Em 1878, o pai levou a família para Paris. Paul fez os seus estudos secundários no Liceu Louis-le-Grand e tornou-se amigo de Pierre Louÿs e André Gide.
Frequentava o Café Voltaire, quartel-general dos poetas simbolistas. Redigiu em 1889 um «manifesto a favor da criação de um teatro representativo deste grupo, que rompesse com a corrente naturalista». Criou neste mesmo ano, juntamente com Lugné-Poe, o Teatro de Arete que se tornou em 1893 o Théâtre de l'Œuvre e que viria a revelar os dramaturgos nórdicos Henrik Ibsen e August Strindberg.
Acabada a sua “aventura” teatral, consagrou-se então à poesia. Entregou os seus primeiros poemas à editora Mercure de France em 1896. Estes poemas viriam a constituir o começo das “Ballades françaises”, 17 volumes de poesia escritos sobretudo entre os anos 1920 e 1950.
Paul Fort organizou, desde 1903, sessões semanais de leituras poéticas. Em 1905, co-fundou a revista “Vers et prose”, que publicou vários trabalhos de Guillaume Appolinaire e Max Jacob, entre outros escritores de nomeada.
Feito comendador da Legião de Honra, Paul Fort contribuiu bastante para dar ao bairro de Montparnasse, em Paris, a sua fama artística. Foi eleitoPríncipe dos Poetas em 1912, no seguimento de um referendo organizado por cinco jornais: “Gil Blas”, “Comoedia”, “La Phalange”, “Les Loups” e “Les Nouvelles”.
Foi um dos principais membros do júri do Prémio Juventude, criado em 1934. Voltou oficialmente a Reims, sua terra natal, para inaugurar uma exposição – que lhe era consagrada – na Biblioteca Carnenie.
Entre as homenagens que lhe foram prestadas após o falecimento, salienta-se ter sido dado o seu nome a várias escolas francesas, a uma rua de Paris e a uma sala de espectáculos em Nantes. O pintor Ferdinand Desnos pintou um quadro intitulado “Le poète Paul Fort à la Closerie des Lilas”. Alguns dos seus poemas foram musicados e cantados por Georges Brassens.
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