Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
terça-feira, 28 de março de 2017
segunda-feira, 27 de março de 2017
domingo, 26 de março de 2017
A RODADA DA NOITE AO VIVO
O Museu Rijksmuseum da Holanda teve uma ideia:
"vamos levar a arte às pessoas e, então, provavelmente, virão para ver mais arte no museu".
Escolheram uma pintura de Rembrandt de 1642, "Rodada de noite", e deram vida a seus personagens, os colocaram em um centro comercial muito movimentado...
E o resto podes ver tu mesmo. Obrigado por compartilhar este vídeo: Arte, música... Cultura: chegando a todos e de todas as formas possíveis.
sábado, 25 de março de 2017
sexta-feira, 24 de março de 2017
quinta-feira, 23 de março de 2017
Não me vás deixar (Ne me quitte pas)- Simone de Oliveira
Não me vás deixar
importa esquecer
trata de esquecer
o que há-de passar
esquecer o tempo
dos mal-entendidos
e o tempo perdido
em busca do vento
esquecer de vez
o que sem parar
nos tenta matar
com tantos porquês
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Não me vás deixar
Por mim te darei pérolas de chuva dum país sem chuva que nem água tem deixarei tesouros depois de morrer para tudo te encher de luzes e de ouro um reino farei onde a murmurar de sempre te amar só tu serás rei Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar
Não me vás deixar inventar-te-ei palavras que nem se podem escutar e falar-te-ei de quem por amor destrói o terror de todas as leis e a história de um rei morto de pesar por não me encontrar também encontrei Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar
Já mesmo se viu do fundo de um mar que nunca existiu o fogo brotar acontece enfim um campo queimado dá trigo mais grado que o melhor Abril e ao cair da tarde vão-se misturar sob o céu que arde tantas cores aos pares Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar
Não me vás deixar nada te direi nem chorar já sei vou ali ficar dali te verei dançar e sorrir e escutar-te-ei a cantar e a rir até me sentir sombra de uma sombra que há na tua mão sombra do teu cão Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar
Por mim te darei pérolas de chuva dum país sem chuva que nem água tem deixarei tesouros depois de morrer para tudo te encher de luzes e de ouro um reino farei onde a murmurar de sempre te amar só tu serás rei Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar
Não me vás deixar inventar-te-ei palavras que nem se podem escutar e falar-te-ei de quem por amor destrói o terror de todas as leis e a história de um rei morto de pesar por não me encontrar também encontrei Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar
Já mesmo se viu do fundo de um mar que nunca existiu o fogo brotar acontece enfim um campo queimado dá trigo mais grado que o melhor Abril e ao cair da tarde vão-se misturar sob o céu que arde tantas cores aos pares Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar
Não me vás deixar nada te direi nem chorar já sei vou ali ficar dali te verei dançar e sorrir e escutar-te-ei a cantar e a rir até me sentir sombra de uma sombra que há na tua mão sombra do teu cão Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar Não me vás deixar
ASSIM SE FALA NO PORTO,SEM PAPAS NA LÍNGUA. IMPERDÍVEL!!!!
CARTA ABERTA AO JEROEN DIJLESBOING (ou lá como é...)
Caro Sinhor, sou um cidadom europeu, do Puorto, o tal que foi eleito "Béste Déstineixion 2016", mas in antes tamvém já tinhamos o mesmo galardom em 2012 e 2014... portantanto nada de nobo! Mas diga lá uma coisa: bocê já cá beio??? Já sei: num pode bir porque estaba a fazer o Mestrado ... aquele que disseram que bai-se a ber e afinal num tinha! Mas benha, carago! Bocês in antes de dizer essas tangas debeis bir cá e fazer tipo uma rota das tascas e da noite! Era a mêma coisa que dizer "ai e tal os países do centro da europa que até alguns diz que bibe abaixo do níbel do mar, num pode gastar o guito em tulipas, batatas fritas e festibais da canção e depois aumentar os juros dos empréstimos dos países que têm a melhor pomada e as gaijas mais boas (digo-lhe, meu amigo, que bocê armou um giga do carago em Ermesinde...)! Quer, dezer nós aqui no sul (mas cuidado... se bocê bier ó Puorto num diga que somos do sul... senão leba um enxerto que até lhe introduzem um doutoramento na mona em 3 tempos...) Bocê sabe o que é o presunto da "Badalhoca"? ... atençom: num tamos a falar de ninguém do centro da europa! É o nome duma tasca! Bocê já bebeu um tinto do Douro, num bou falar do Barca Belha pra num fazer puvlicidade... ou até uma Super Bock? Bocê sabe o são Tripas á moda do Puorto?? Num seja murcom, carago! Benha cá!!! Bocê já biu o nosso mulherio todo produzido na noite??? Já as biu ó sol na Foz??? Aton cale-se, carago! Cum a milhor comida do mundo e as mulheres mais jeitosas, querem que o pobo gaste em quê??? Produtos tóxicos dos Bancos que faliram e que bocês num fizeram a ponta dum corno pra ebitar? Certicados de aforro que num bale um carago? Deixe-se de tangas!!! Benha cá que depois de ir ber a náite bocê apanha uma cardina e isso passa-lhe!!! Eu até acho cajente gasta pouco nisso! Já agora: o que é para si gastar o guito em mulheres??? Bocê conhece o Bloco de Isquerda num conhece? Para já: eles bão-se passar! Aton e a malta que é abstémica e num gosta de mulheres??? Esses som poupados por natureza? É desses que bocês gostam? A díbida de Portugal num conta coeles??? Antes de avrir essa boca, carago, veja com quem fala!!! Nós num somos os ingleses que se põem a bulir mal cheira a granel!!! Ponha-se fino, murcom do carago!!!!
TEXTO de PEDRO NUNO COSTA SAMPAIO (ESCRITO COM O ACORDO ORTOGRÁFICO DO PORTO)
quarta-feira, 22 de março de 2017
terça-feira, 21 de março de 2017
CAVALO À SOLTA
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura."
José Carlos Ary dos Santos
segunda-feira, 20 de março de 2017
sexta-feira, 17 de março de 2017
quinta-feira, 16 de março de 2017
terça-feira, 14 de março de 2017
segunda-feira, 13 de março de 2017
domingo, 12 de março de 2017
É FESTA NA ALDEIA E VAI PASSANDO A PROCISSÃO!...
Tocam os sinos da torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
Mesmo na frente, marchando a compasso,
De fardas novas, vem o solidó.
Quando o regente lhe acena com o braço,
Logo o trombone faz popó, popó.
Olha os bombeiros, tão bem alinhados!
Que se houver fogo vai tudo num fole.
Trazem ao ombro brilhantes machados,
E os capacetes rebrilham ao sol.
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
Olha os irmãos da nossa confraria!
Muito solenes nas opas vermelhas!
Ninguém supôs que nesta aldeia havia
Tantos bigodes e tais sobrancelhas!
Ai, que bonitos que vão os anjinhos!
Com que cuidado os vestiram em casa!
Um deles leva a coroa de espinhos.
E o mais pequeno perdeu uma asa!
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Vai passando a procissão.
Pelas janelas, as mães e as filhas,
As colchas ricas, formando troféu.
E os lindos rostos, por trás das mantilhas,
Parecem anjos que vieram do Céu!
Com o calor, o Prior aflito.
E o povo ajoelha ao passar o andor.
Não há na aldeia nada mais bonito
Que estes passeios de Nosso Senhor!
Tocam os sinos na torre da igreja,
Há rosmaninho e alecrim pelo chão.
Na nossa aldeia que Deus a proteja!
Já passou a procissão.
sexta-feira, 10 de março de 2017
quinta-feira, 9 de março de 2017
quarta-feira, 8 de março de 2017
Que belo quadro da nossa Lisboa de outrora!...
No Bairro da Madragoa
À janela de Lisboa
Nasceu a Rosa Maria
Filha de gente vareira
Foi criada na Ribeira
Entre peixe e maresia
Flor mulher aquela rosa
É a moça mais airosa
Que a lota já conheceu
E toda a malta do mar
Suspira ao vê-la passar
De chinela e perna ao léu
Lá vai a Rosa Maria que é a alegria desta Ribeira
Ouve e ri à gargalhada qualquer piada, por mais brejeira
Vai bugiar meu menino, não deites barro à parede
Que esta Rosa é peixe fino p'rás malhas da tua rede
O jovem Chico Fateixa
Já jurou que não a deixa
Pois a paixão é teimosa
É de tal modo a cegueira
Que deu à sua traineira
O nome daquela Rosa
E a Rosa da Madragoa
Ao ver escrito na proa
Seu nome, Rosa Maria...
Ergueu os braços ao Chico
Começou o namorico
E vão casar qualquer dia
No dia Internacional da Mulher para todas as mulheres que sofrem...
"Calçada de Carriche" -- António Gedeão
Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu a sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada,
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce o passeio,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Bom dia!... Para todas as mulheres um dia muito feliz.
Mais uma noite perdida
Mais uma noite de fado
É mais um dia de vida
A recordar o passado.
Saudades são pombas mansas
A que nós damos guarida
Um paraíso de lembranças
Da mocidade perdida
Se a neve cai ao de leve
Sem mesmo haver tempestade
O cabelo cor da neve
Às vezes não é da idade.
Pior que o tempo em nos pôr
A cabeça encanecida
São as loucuras de amor
São os desgostos da vida.
Para o passado não olhes
Quando chegares a velhinho
Porque é tarde e já não podes
Voltar atrás ao caminho.
terça-feira, 7 de março de 2017
domingo, 5 de março de 2017
sábado, 4 de março de 2017
sexta-feira, 3 de março de 2017
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