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sábado, 25 de agosto de 2018

Ludwig II da Baviera, o Rei dos Contos de Fadas, nasceu a 25 de Agosto de 1845



Entre os castelos alemães, o de Neuschwanstein (construído no reinado de Ludwig II) bate todos os recordes de preferência junto dos turistas. Demora meia hora o percurso a pé de Schwangau, nas proximidades da cidade de Füssen, até ao Castelo de Neuschwanstein, que parece saído das páginas de um livro de contos de fadas.
Hipersensível, o rei da Baviera Ludwig II (25 de Agosto de 1845– 13 de Junho de 1886) viveu e governou entre os sonhos românticos de soberania e as coacções de uma monarquia moderna. Os inúmeros castelos que mandou construir na paisagem da Alta Baviera, entre a região do Ammergau e os Alpes do Allgäu, são expressão do desejo frustrado de concentrar o poder nas suas mãos, como um autocrata dos velhos tempos. Conhecido como "Rei Cisne" ou "Rei de Conto de Fadas", foi monarca da Baviera de 1864 até ser deposto três dias antes da sua morte. Era o filho mais velho do rei Maximiliano II e sua esposa a princesa Maria da Prússia.
Nascido no Castelo de Nymphenburg, em Munique, Ludwig II passou os primeiros anos de vida em Hohenschwangau, o castelo neogótico do pai, o rei Maximiliano II. Herrenchiemsee, a réplica de Versalhes construída numa ilha no lago de Chiemsee, simboliza mais do que qualquer outro edifício o desvario de Ludwig II pela majestade derivada de um "direito divino" segundo os moldes da França no século XVII.
Linderhof, erigido no local em que Maximiliano II tinha um pavilhão de caça, foi construído entre 1870 e 1872 em forma de "U", a ala central é formada por um dormitório gigantesco.
Neuschwanstein foi construído a partir de 1868 no estilo genuíno dos antigos burgos de cavaleiros medievais. A concepção do edifício foi esboçada por Luís II da Baviera numa carta a Richard Wagner, datada de 31 de Maio de 1868;

"É minha intenção reconstruir a ruína do velho castelo em Hohenschwangau, próximo do Desfiladeiro de Pollat, no verdadeiro espírito dos velhos castelos dos cavaleiros alemães (...) a localização é a mais bela que alguém pode encontrar, sagrada e inacessível, um templo digno para o divino amigo que trouxe a salvação e a verdadeira bênção ao mundo."

Luís usou a sua fortuna pessoal, complementada anualmente a partir de 1873 por 270.000 marcos para financiar a construção de uma série de castelos. Em 1867 visitou as obras de Viollet-le-Duc no Castelo de Pierrefonds, e o Palácio de Versalhes em França, bem como o Castelo de Wartburg, próximo a Eisenach, na Turíngia, obras que constituem referências para o que será o estilo das suas edificações. Embora o rei tenha pago os seus projectos com os seus próprios fundos e não com dinheiro público, isso não poupou a Baviera da derrocada financeira. Em 1885, o rei acumulava um total de 14 milhões de marcos em dívidas.
Buscando uma causa para depor Luís por meios constitucionais, os ministros decidiram rebelar-se, alegando que ele era mentalmente doente e incapaz de governar. Solicitaram ao tio de Luís, o príncipe Leopoldo, que assumisse a regência assim que o rei fosse deposto. Leopoldo aceitou, com a condição de que os conspiradores apresentassem provas confiáveis que atestassem a loucura de Luís.
Às 4 horas da manhã de 10 de Junho de 1886, uma comissão do governo, chegou a Neuschwanstein para entregar formalmente ao rei o documento de deposição e colocá-lo sob custódia. Os médicos haviam atestado que ele sofria de esquizofrenia paranóica. Ele morreu misteriosamente nas águas do Würmsee (hoje Starnberger See), no dia 13 de Junho de 1886, juntamente com o médico que o acompanhara de Neuschwanstein para o Castelo de Berg, às margens do lago.

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