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domingo, 7 de outubro de 2018

Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, jornalista e escritora portuguesa, nasceu a 6 de Outubro de 1893

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MARIA LAMAS
Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, jornalista e escritora portuguesa que se notabilizou por ter sido uma combatente de primeira linha na defesa dos direitos humanos, nasceu em Torres Novas a 6 de Outubro de 1893 e faleceu em Lisboa a 6 de Dezembro de 1983, com 90 anos.
Aderiu, após o 25 de Abril de 1974, ao Partido Comunista Português.
Aos 76 anos de idade, quando regressa a Portugal, após um longo exílio a que se viu forçada por questões políticas, concede uma entrevista ao Diário Popular na qual afirma: «Deixei de ter problemas pessoais. Ultrapassei-os. Mesmo a saúde só me interessa porque quero viver para actuar, para participar no esclarecimento das pessoas e, sobretudo, da Mulher».
Maria Lamas, escritora, tradutora, jornalista e defensora dos direitos cívicos de homens e mulheres, destacou-se em vários domínios da defesa dos direitos humanos e foi uma figura ímpar da cultura portuguesa.
Militou cívica e determinadamente, em pleno Estado Novo, por uma plena igualdade entre homens e mulheres, que preconizava fosse ancorada na educação e na independência económica.
Foi uma das primeiras mulheres jornalistas profissionais, com salário e horário fixos, mãe e mulher.
Lutou abnegadamente por valores como a verdade, a igualdade, a liberdade, falando insistentemente num direito fundamental “à felicidade”, no quadro de uma sociedade justa, plenamente democrática, de concretização do que chamou uma “política humana”.
Humanista convicta, Maria Lamas lutou sobretudo, e muito pelo seu exemplo, pela dignificação e a emancipação das mulheres “escravas milenares de erros milenares”, tendo presidido ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e produzido, como jornalista, a obra “As Mulheres do meu País”.
A sua densa e numerosa produção literária, também no domínio da tradução, aliam-se a uma intensa intervenção cívica, que justificam plenamente que a História a tenha inscrito no catálogo dos lutadores pelos direitos humanos, o que a Assembleia hoje vem reconhecer com a atribuição da Medalha do Cinquentenário: aderiu ao MUD, participou activamente na campanha à presidência de Norton de Matos, foi presa por três vezes por actividades políticas contra a ditadura, apoiou, visitou e foi esteio de presos políticos, partiu para o exílio em Paris, onde sempre acolhia, participava e intervinha nas actividades da oposição portuguesa e de onde partia para inúmeros Congressos pela Paz, como Membro do Conselho Mundial da Paz.

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