Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
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sábado, 15 de dezembro de 2012
15 de Dezembro de 1891, James Naismith inventa o basquetebol
15 DE DEZEMBRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Para um dia bem disposto!
- Joãozinho, dê um exemplo de relação sexual!
- É o Seguro e o Coelho, professora!
- O quêêê?!
- Então um não está querendo foder o outro?!
14 de Dezembro de 1476, morreu o Conde Vlad Tepes
Como voivoda Vlad III liderou uma política independente em relação ao Império Otomano e, na Romênia, é lembrado como um cavaleiro cristão que lutou contra o expansionismo islâmico na Europa. Em turco, Vlad III é conhecido como Kazıklı Bey, ou o Príncipe Empalador, sendo um herói popular na Roménia e na República da Moldávia ainda hoje.
Fora da Roménia o voivoda é conhecido por contos que exageram suas atrocidades contra seus inimigos, sendo que muitos dos atos que lhe são atribuído são de veracidade duvidosa. Alguns sustentam que sua personalidade teria inspirado a personagem Drácula, o vampiro mais famoso do mundo, criado por Bram Stoker.
Seu pai era Vlad II, príncipe da Valáquia , também conhecido como Vlad Dracul por ser um membro da Ordem do Dragão, um pacto medieval de luta contra os turcos. Assim, o menino herdou a alcunha Draculea, que significa "filho de Dragão". Há de se considerar, entretanto, que a palavra dracul tanto pode se referir a dragão quanto a serpente, um eufemismo comum para fazer referência ao Demónio.
Em 1444, Vlad e seu irmão mais novo, Radu, tornaram-se reféns dos turcos. Conta-se que foi nessa época que o menino aprendeu a torturar, treinando técnicas cada vez mais sinistras com ratos e outros animais! A principal delas consistia em varar o corpo do inimigo com uma estaca, de baixo até à cabeça. Esse método bárbaro garantiu ao pequeno Vlad mais um apelido: Tepes (Tsepesh), que significa "O Empalador". Em 1447, a Hungria tomou posse da Valáquia; Vlad II e seu filho mais velho, Mircea, foram assassinados. Um ano depois, os turcos resolveram libertá-lo, mas ele teve que se refugiar na Moldávia. Em 1456, Vlad Tepes conseguiu derrotar seu primo Vladislav II e assumir o trono da Valáquia. Como Tepes só foi libertado após a morte de Vlad Dracul, e era extremamente parecido com o pai, começaram a surgir os boatos de que o príncipe era imortal.
A crueldade do soberano ficou famosa em toda a Europa. Dizem que Vlad punia uma vila inteira para castigar uma pessoa, e que fazia suas refeições tranquilamente enquanto seus inimigos eram esquartejados, esfolados e queimados! Uma história muito famosa conta que, em pleno domingo de Páscoa, Vlad se vingou das pessoas que teriam traído seu pai. Reunidos em Tirgoviste com suas melhores roupas, Vlad decidiu empalar os mais velhos e obrigou os demais a marchar até a cidade de Poenari, onde trabalharam como escravos na construção das muralhas do Castelo de Drácula! Em outro episódio, Vlad teria mandado pregar um turbante na cabeça de um turco desobediente que se recusara a tira-lo na sua presença argumentando que era sua tradição.
Em 1462, Vlad Tepes perdeu o trono para seu irmão Radu, que tinha se aliado aos turcos. Conta-se que a esposa de Drácula teria se suicidado nessa ocasião, o que também inspirou a trama de Bram Stoker. Preso na Hungria até 1474, Vlad morreu dois anos depois, em plena luta para recuperar o poder na Valáquia. Até hoje, Vlad Tepes é considerado um herói nacional romeno, e muitos questionam sua associação com o maldoso vampiro da literatura. Entretanto, os mistérios de sua biografia, como a decapitação e posterior desaparecimento de seu corpo, alimentaram ainda mais a mística em torno de Vlad Drácula.
Paul Eluard, nasceu a 14 de Dezembro de 1895
14 de Dezembro de 1758 são presos os Távoras
O Processo dos Távoras refere-se a um escândalo político português do século XVIII. Os acontecimentos foram desencadeados pela tentativa de assassinato do Rei D. José I em 1758, e culminaram na execução pública de toda a família Távora e dos seus parentes próximos em 1759. Alguns historiadores interpretam o assunto como uma tentativa do primeiro-ministro Sebastião de Melo, o famoso Marquês de Pombal, de limitar os poderes crescentes de famílias da alta nobreza.
No seguimento do terramoto de Lisboa de 1 de Novembro de 1755, que destruiu o palácio real, o rei D. José I vivia num grande complexo de tendas e barracas instaladas na Ajuda, às saídas da cidade. Este era o presente centro da vida política e social portuguesa,chamada pelo povo a Real Barraca da Ajuda.
Apesar de constituírem acomodações pouco espectaculares, as tendas da Ajuda eram o centro de uma corte tão glamorosa e rica como a de Versalhes de Luís XV de França. O rei vivia rodeado pela sua equipa administrativa, liderada pelo primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, e pelos seus nobres. O primeiro-ministro era um homem severo, filho de um fidalgo de província, com algum rancor para com a velha nobreza, que o desprezava. Desavenças entre ele e os nobres eram frequentes e toleradas pelo rei, que confiava em Sebastião de Melo pela sua liderança competente após o terramoto.
D. José I era casado com Mariana Vitoria de Borbón, princesa espanhola, e tinha 4 filhas. Apesar de ter uma vida familiar alegre, D. José I tinha uma amante, a infame Teresa Leonor, mulher de Luís Bernardo, herdeiro da família de Távora.
A Marquesa Leonor de Távora e o seu marido Francisco Assis, conde de Alvor e antigo vice-rei da Índia, eram as cabeças de uma das famílias mais poderosas do reino, ligadas às casas de Aveiro, Cadaval e de Alorna. Eram também inimigos cerrados de Sebastião de Melo. Leonor de Távora era uma mulher política, preocupada com os negócios do Reino, entregue a seu ver a um novo-rico sem educação. Ela era também uma devota católica, com forte afiliação aos jesuítas, tendo como confessor um deles, Gabriel Malagrida.
O caso Távora
Na noite de 3 de Setembro de 1758, D. José I seguia incógnito numa carruagem que percorria uma rua secundária nos arredores de Lisboa. O rei regressava para as tendas da Ajuda vindo de uma noite com a amante. Pelo caminho, a carruagem foi interceptada por três homens, que dispararam sobre os ocupantes. D. José I foi ferido num braço, o seu condutor também ficou ferido gravemente, mas ambos sobreviveram e regressaram à Ajuda.
Sebastião de Melo tomou o controlo imediato da situação. Mantendo em segredo o ataque e os ferimentos do rei, ele efectuou um julgamento rápido. Poucos dias depois, dois homens foram presos e torturados. Os homens confessaram a culpa e que tinham tido ordens da família dos Távoras, que estavam a conspirar pôr o duque de Aveiro, José Mascarenhas, no trono. Ambos foram enforcados no dia seguinte, mesmo antes da tentativa de regicídio ter sido tornada pública. Nas semanas que se seguem, a marquesa Leonor de Távora, o seu marido, o conde de Alvor, todos os seus filhos, filhas e netos foram presos. Os conspiradores, o duque de Aveiro e os genros dos Távoras, o marquês de Alorna e o conde de Atouguia foram presos com as suas famílias. Gabriel Malagrida, o jesuíta confessor de Leonor de Távora foi igualmente preso.
Foram todos acusados de alta traição e de regicídio. As provas apresentadas em tribunal eram simples:
As confissões dos assassinos executados;
A arma do crime pertencia ao duque de Aveiro;
O facto de apenas os Távoras poderem ter sabido dos afazeres do rei nessa noite, uma vez que ele regressava de uma ligação com Teresa de Távora, presa com os outros.
Os Távoras negaram todas as acusações mas foram condenados à morte. Os seus bens foram confiscados pela coroa, o seu nome apagado da nobreza e os brasões familiares foram proibidos.
A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca, a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. A marquesa, porém, não seria poupada. Ela e outros acusados que tinham sido sentenciados à morte foram torturados e executados publicamente a 13 de Janeiro de 1759, num descampado perto de Lisboa. A execução foi violenta mesmo para a época, as canas das mãos e dos pés dos condenados foram partidas com paus e as suas cabeças decapitadas e depois os restos dos corpos queimados e as cinzas deitadas ao rio Tejo. O rei esteve presente, juntamente com a sua corte. Os Távoras eram os seus semelhantes, mas o rei quis que a lição fosse aprendida e para que nunca mais a nobreza se rebelasse contra a autoridade régia.
O palácio do Duque de Aveiro, em Belém, Lisboa foi demolido e o terreno salgado, simbolicamente, para que nunca mais nada ali crescesse. No local, hoje chamado Beco do Chão Salgado, existe um marco alusivo ao acontecimento mandado erigir por D. José com uma lápide que pode ser lida . As coroas da família Távora foram picadas e o nome Távora foi mesmo proibido de ser citado.
Gabriel Malagrida foi queimado vivo alguns dias depois e a ordem dos jesuítas declarada ilegal. Todos as suas propriedades foram confiscadas e os jesuítas expulsos do território português, na Europa e no Ultramar. A família Alorna e as filhas do Duque de Aveiro foram condenadas a prisão perpétua em mosteiros e conventos.
Sebastião de Melo foi feito Conde de Oeiras pelo seu tratamento competente do caso, e posteriormente, em 1770, obteve o título de Marquês de Pombal, o nome pelo qual é conhecido hoje.
Roald Amundsen conquista o Polo Sul a 14 de dezembro de 1911
A corrida ao pólo Sul foi um dos acontecimentos mais dramáticos no começo do século passado. Para quem já experimentou a hostilidade do clima na Antártida sob a proteção de roupas especiais, helicópteros e embarcações de alta tecnologia, a conquista de Amundsen e Scott hoje parece uma loucura.
Nascido em 1872 em Borge, Noruega, Roald Amundsen era fascinado pelos relatos de exploradores do Ártico. Seu sonho era conquistar o pólo Norte, mas acabou perdendo a corrida em 1909 para o norte-americano Robert Peary. Quando Amundsen resolveu partir para o pólo Sul, Scott já era um veterano antártico.
Sua primeira viagem à Antártida, em 1901, a bordo do navio Discovery, tinha o objetivo de chegar o mais próximo possível do pólo Sul.
Na primeira expedição Scott não achou a rota do pólo. Condecorado pela Royal Geographical Society, voltaria à Antártida em 1911, para sua última viagem. Enquanto Scott se preparava para conquistar o pólo Sul, Amundsen preparava dezenas de cachorros e seu navio, o Fram, para atacar o pólo Norte.
Os preparativos para a viagem já estavam acabados quando chegou a notícia da conquista de Peary. Amundsen mandou um telegrama a Scott sobre a mudança de planos. Seu objetivo, agora, era o pólo Sul. Começava a corrida.
A viagem do navio Fram seguiu planeamento impecável. Com cães, esquimós e homens acostumados ao frio intenso, Amundsen aportou na baía das Baleias, 96 quilómetros mais próximo do pólo que Scott, que desembarcou mais ao leste. Scott levou póneis da Manchúria, o que acabou atrasando sua marcha rumo ao pólo. Mais pesados, os póneis não passavam tão bem pelas fendas no gelo.
Amundsen partiu para o pólo no dia 19 de Outubro, com quatro homens e 52 cães, que seriam abatidos na viagem para alimentar os demais. Na tarde de 14 de Dezembro, o grupo norueguês atinge a latitude de 90º Sul.
"Assim se rasgou para sempre o véu e um dos maiores segredos da Terra deixou de existir", escreveu Amundsen. Scott e seus homens atingiram o planalto Polar em Dezembro. Além do atraso com os póneis, Scott incluiu um homem de última hora, aumentando a carga dos trenós. O sonho britânico acabou quando o grupo encontrou a bandeira norueguesa tremulando no pólo.
14 DE DEZEMBRO - AS HISTÓRIAS DESTE DIA
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
José Eduardo Agualusa nasceu a 13 de Dezembro de 1960
Christopher Plummer nasceu a 13 de Dezembro de 1929
Heinrich Heine nasceu a 13 de Dezembro de 1797
Heinrich Heine nasceu em Düsseldorf, Alemanha, em 1797, e morreu em Paris em 1856. Chamado ao mesmo tempo de "último Romântico alemão" e de superador e transformador do Movimento, a obra de Heinrich Heine, como tem sido destacado na imprensa brasileira após o lançamento monumental desta antologia organizada por André Vallias, teve uma recepção crítica polémica, conturbada e dividida. Celebrado, vilipendiado ou simplesmente ignorado, sua obra é um exemplo perfeito do que Ezra Pound diria sobre a poesia de qualidade: ela pode ser ignorada e desprezada por décadas ou séculos, mas cedo ou tarde um leitor, sem ser subornado, a encontrará em uma estante e a colocará novamente em circulação. Mais de 150 anos após a sua morte, Heine é hoje um dos poetas alemães do século XIX mais lidos no país, seu Buch der Lieder (Livro das canções) ainda pode ser encontrado em quase toda residência alemã, e sua influência, direta ou indiretamente, pode ser sentida em vários dos mais importantes poetas germânicos do século XX.
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