Previsão do Tempo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Fwd: Baptista Bastos sobre Cavaco





 

 

«O dr. Cavaco consumiu vinte minutos, no Centro Cultural de Belém, a
> esclarecer os portugueses que não havia português como ele. Os
> portugueses, diminuídos com a presunção e esmagados pela soberba,
> escutaram a criatura de olhos arregalados. Elogio em boca própria é
> vitupério, mas o dr. Cavaco ignora essa verdade axiomática, como,
> aliás, ignora um número quase infindável de coisas.
>
> O discurso, além de tolo, era um arrazoado de banalidades, redigido
> num idioma de eguariço. São conhecidas as amargas dificuldades que
> aquele senhor demonstra em expressar-se com exactidão. Mas, desta vez,
> o assunto atingiu as raias da nossa indignação. Segundo ele de si
> próprio diz, tem sido um estadista exemplar, repleto de êxitos
> políticos e de realizações ímpares. E acrescentou que, moralmente, é
> inatacável.
>
> O passado dele não o recomenda. Infelizmente. Foi um dos piores
> primeiros-ministros, depois do 25 de Abril. Recebeu, de Bruxelas,
> oceanos de dinheiro e esbanjou-os nas futilidades de regime que,
> habitualmente, são para "encher o olho" e cuja utilidade é duvidosa.
> Preferiu o betão ao desenvolvimento harmonioso do nosso estrato
> educacional; desprezou a memória colectiva como projecto ideológico,
> nisso associando-se ao ideário da senhora Tatcher e do senhor Regan;
> incentivou, desbragadamente, o culto da juventude pela juventude,
> característica das doutrinas fascistas; crispou a sociedade portuguesa
> com uma cultura de espeque e atrabiliária e, não o esqueçamos nunca,
> recusou a pensão de sangue à viúva de Salgueiro Maia, um dos mais
> abnegados heróis de Abril, atribuindo outras a agentes da PIDE, "por
> serviços relevantes à pátria." A lista de anomalias é medonha.
>
> Como Presidente é um homem indeciso, cheio de fragilidades e de
> ressentimentos, com a ausência de grandeza exigida pela função. O
> caso, sinistro, das "escutas a Belém" é um dos episódios mais vis da
> história da II República. Sobre o caso escrevi, no Negócios, o que
> tinha de escrever. Mas não esqueço o manobrismo nem a desvergonha,
> minimizados por uma Imprensa minada por simpatizantes de jornalismos e
> por estipendiados inquietantes. Em qualquer país do mundo, seriamente
> democrático, o dr. Cavaco teria sido corrido a sete pés.
>
> O lastro de opróbrio, de fiasco e de humilhação que tem deixado atrás
> de si, chega para acreditar que as forças que o sustentam, a
> manipulação a que os cidadãos têm sido sujeitos, é da ordem da mancha
> histórica. E os panegíricos que lhe tecem são ultrajantes para aqueles
> que o antecederam em Belém e ferem a nossa elementar decência.
>
> É este homem de poucas qualidades que, no Centro Cultural de Belém,
> teve o descoco de se apresentar como símbolo de virtudes e sinónimo de
> impolutabilidade. É este homem, que as circunstâncias determinadas
> pelas torções da História alisaram um caminho sem pedras e empurraram
> para um destino que não merece - é este homem sem jeito de estar com
> as mãos, de sorriso hediondo e de embaraços múltiplos, que quer, pela
> segunda vez, ser Presidente da nossa República. Triste República, nas
> mãos de gente que a não ama, que a não desenvolve, que a não resguarda
> e a não protege!
>
> Estamos a assistir ao fim de muitas esperanças, de muitos sonhos
> acalentados, e à traição imposta a gerações de homens e de mulheres. É
> gente deste jaez e estilo que corrói os alicerces intelectuais,
> políticos e morais de uma democracia que, cada vez mais, existe,
> apenas, na superfície. O estado a que chegámos é, substancialmente, da
> responsabilidade deste cavalheiro e de outros como ele.
>
> Como é possível que, estando o País de pantanas, o homem que se
> apresenta como candidato ao mais alto emprego do Estado, não tenha,
> nem agora nem antes, actuado com o poder de que dispõe? Como é
> possível? Há outros problemas que se põem: foi o dr. Cavaco que
> escreveu o discurso? Se foi, a sua conhecida mediocridade pode ser
> atenuante. Se não foi, há alguém, em Belém, que o quer tramar.
>
> Um amigo meu, fundador de PSD, antigo companheiro de Sá Carneiro e
> leitor omnívoro de literatura de todos os géneros e projecções, que me
> dizia: "Como é que você quer que isto se endireite se o dr. Cavaco e a
> maioria dos políticos no activo diz 'competividade' em vez de
> 'competitividade' e julga que o Padre António Vieira é um pároco de
> qualquer igreja?"
>
> Pessoalmente, não quero nada. Mas desejava, ardentemente desejava, ter
> um Presidente da República que, pelo menos, soubesse quantos cantos
> tem "Os Lusíadas."» [Jornal de
Negócios]
> http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=451255>]

>
Por Baptista-Bastos.

--
João J. C.Couto

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

IMPACTOS FATAIS (dub) - parte 2 de 2

IMPACTOS FATAIS (dub) - parte 1 de 2

Os Cavaleiros Templários (dublado e completo)

Sem palavras...

Apelo aos professores: vamos todos impugnar a redução ilegal dos salários no próximo dia 25 de Janeiro!

Vamos todos impugnar a redução ilegal dos salários no próximo dia 25 de Janeiro


No âmbito das iniciativas que a FENPROF (FEDERAÇÂO NACIONAL DE PROFESSORES) e os seus sindicatos têm vindo a desenvolver contra o iníquo e inadmissível corte nos salários dos professores , a presente proposta consiste em convidar todos os professores em tomarem a iniciativa de solicitar individualmente a impugnação da redução dos seus salários

Depois das Providências Cautelares interpostas por todas as organizações da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública e, por isso, também, pela FENPROF e pelos seus sindicatos, chegou a hora de entregarmos uma reclamação sobre o acto cometido de redução salarial, tendo a FENPROF agendado para o dia 25 de Janeiro esta importante acção.

Assim, propomos que, numa acção concertada a nível nacional, envolvendo docentes e investigadores de todos os níveis de educação e ensino, acompanhem as seguintes orientações:

1. A minuta de reclamação abaixo reproduzida pode ser fotocopiada e distribuída por outros professores;

2. Para fazer esta reclamação, deve solicitar, previamente, o respectivo recibo de vencimento (em Janeiro, tendo em conta a coincidência do dia 23 com um domingo, os vencimentos serão pagos a 21, 6.ª feira);

3. Depois de preenchida, deve ser entregue no dia 25 de Janeiro ou, caso tal seja impossível neste dia, deve fazê-lo num dos dias seguintes;

4. No acto da entrega deve solicitar-se uma cópia carimbada com data de entrega para desenvolvimento deste processo;

5. Esta minuta encontra-se disponível para descarregar em www.fenprof.pt, com indicações precisas quanto aos procedimentos a tomar.

http://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=226&doc=5266





MINUTA DE RECLAMAÇÃO (cortes salariais)

Exmo(a). Senhor(a)
Director(a) da Escola /Agrupamento de
Escolas de ………………….

………………………………..……………………………………………………, ……………………….. educador(a)/professor(a) do Agrupamento de Escolas …………………………………. pertencente ao grupo de docência ……………, posicionado(a) no ……… escalão da carreira docente que corresponde ao índice ….., residente em …………………………………………, tendo tido conhecimento do processamento do seu vencimento, relativo ao mês de Janeiro de 2011, no dia …/…/…….., em valor inferior àquele a que corresponde a sua categoria profissional e índice remuneratório, vem junto de V. Ex.ª apresentar
RECLAMAÇÃO
Nos termos e com os seguintes fundamentos:
1. O(A) Reclamante encontra-se posicionado(a) no …. escalão da carreira docente a que corresponde o índice remuneratório ……
2. Ora, no dia ………….. o(a) Reclamante teve conhecimento, através da consulta do seu recibo de vencimento/por informação prestada pelos serviços administrativos da Escola/do Agrupamento, que lhe foi processado o seu vencimento do mês de Janeiro de 2011, no valor ilíquido de …………..€
3. A vinculação do(da) ora Reclamante à carreira docente não sofreu qualquer alteração.
4. Mantendo-se inalterável o quadro legal que prevê o escalão e índice remuneratório a que pertencia (E.C.D., na redacção que lhe foi dada pelo D.L. nº 75/2010, de 23 de Junho).
5. Por conseguinte, verifica-se uma redução objectiva do seu salário.
6. Não pode o(a) Reclamante conformar-se com tal acto, porquanto, o mesmo se reveste de manifesta ilegalidade e inconstitucionalidade.
7. Ora, os docentes mantêm o vínculo definitivo à função pública (paralelo ao contrato individual de trabalho do sector privado) por força da Lei nº 12-A/2008, de 27/2, (que aprovou o regime de vínculos e carreiras na Administração Pública) e da Lei nº 59/2008, de 11/09, que estabelece o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, doravante designado por RCTFP.
8. A retribuição é elemento essencial desse vínculo laboral de carácter definitivo à Administração Pública: artigos 68º, nº 1, h), 72º, nº 2, c), último segmento, e 214º do RCTFP.
9. Além do mais, a proibição de diminuição da retribuição é uma solução legal imperativa decorrente do artigo 129º, nº 1, d), do Código do Trabalho. E,
10. Esta solução legal também pode, em coerente unidade do sistema jurídico, extrair-se da lei.
11. Na verdade, o artigo 89º, alínea d), da Lei nº 59/2008 proíbe à entidade empregadora pública “diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos na lei”.
12. Relativamente à ressalva do segundo segmento da alínea d) do artigo 89º do mesmo normativo, necessário é que a lei tenha correspondência na Constituição da República Portuguesa (CRP).
13. Com efeito, não há acolhimento na CRP para uma lei redutora da retribuição.
14. Do artigo 59º, nº 1, a), da Constituição, resulta o direito fundamental a uma justa remuneração.
15. Tal desiderato está igualmente presente:
a) No artigo 1º da CRP – que consagra, como valor axiológico fundamental da República, o princípio da dignidade da pessoa humana e postula o empenhamento do Estado na construção de uma sociedade justa e solidária;
b) No artigo 9º, d), da CRP – é tarefa fundamental do Estado promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo;
c) Nos artigos 59º, nº 1, a) e 2, a), da CRP – direito à retribuição do trabalho “de forma a garantir uma existência condigna” e a incumbência do Estado de assegurar o estabelecimento e a actualização do salário mínimo nacional;
d) No artigo 81º, a) da CRP – incumbência prioritária do Estado de “promover o aumento do bem-estar social e económico e da qualidade de vida das pessoas”
16. A redução objectiva do salário ora operada constitui um grave prejuízo pessoal e familiar para o(a) Reclamante que, dessa forma, vê as suas condições de vida irremediavelmente postas em causa.

Nestes termos, e face à redução objectiva do seu salário por acção unilateral da Escola/Agrupamento de Escolas …………, deverá o acto de não proceder ao pagamento do salário correspondente ao escalão e índice remuneratório a que o(a) Reclamante pertence ser revogado, procedendo-se ao pagamento integral do seu vencimento nos termos legais, de acordo com o que se deixa alegado.

Lisboa, ........ de Janeiro de 2011.

Pede deferimento

O(A) Reclamante

Primeiras páginas de alguns diários de hoje 17/1/2011

GENERALISTAS

Correio da Manhã


Jornal de Notícias-País



Público


Diário de Notícias

i


O Primeiro de Janeiro


Destak


Metro - Lisboa

DESPORTIVOS

A Bola

Record


O Jogo


ECONÓMICOS

Diário Económico


Jornal de Negócios


Oje- Portugal

Filosofia para a velhice

Check out this SlideShare Presentation:

Um motor não poluente, sem ruído, sem barulho, sem combustível e sem...NADA


Lá se vai o Petróleo e seus interesses...

Um motor não poluente, sem ruído, sem barulho, sem combustível e sem...NADA

Como surgiu o Serviço Nacional de Saúde



Vale a pena ver até ao fim...
Eu diria OBRIGATÓRIO VER ATÉ AO FIM !!!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Fwd: FW: ALTERAÇÃO IRS 2010-ATENÇÃO


 
 


Alteração ao IRS 2010 - Atenção

IRS 2010 - Atenção à actualização da relação dos seus dependentes!

Actualize a sua lista de dependentes na DECLARAÇÃO ANUAL DE RENDIMENTOS - IRS (Por definição, são seus dependentes, todos aqueles que você é OBRIGADO, POR LEI, A SUSTENTAR)

Assim, são SEUS DEPENDENTES:

- Ciganos;

- Vagabundos;

- Presidência da República e assessores;

- Governo e assessores (até mesmo os familiares nomeados por clientelismo político);

- Câmara Municipal e assessores (idem);

- Águas de ... (consumos mínimos e estimado);

- EDP (consumos mínimos e consumo estimado);

- TMN; VODAFONE; OPTIMUS; etc.

- Gás de Portugal (consumos mínimos e estimado);

- Beneficiárias da taxa de saneamento básico (recolha de lixo, etc);

- Centros de inspecção de veículos;

- Companhias seguradoras (seguro automóvel obrigatório);

- BRISA - Portagens;

- Concessionárias de parques e estacionamento automóvel;

- Concessionárias de terminais aeroportuárias e rodoviários;

- Instituições financeiras - Taxas de administração e manutenção de contas correntes, renovação anual de cartões, requisição de cheque etc.;

- Mais de 230 deputados da Assembleia da República, com os respectivos ESQUEMAS de apoio.

... Para o ano é provável que tenha ainda MAIS!!!

 







 
 



------ End of Forwarded Message




--
João J. C.Couto

Regresso do NRP Sagres - 2010


O Navio-Escola Sagres regressou a Lisboa da Volta ao Mundo no dia 24 de Dezembro, uma viagem que durou cerca de 11 meses e durante a qual fez escala em 28 portos, tendo percorrido 40.000 milhas e realizado 5.500 horas de navegação, foi ainda visitado por cerca de 300.000 pessoas.

Dias Ferreira e Bettencourt completamente sóbrios


DEPOIS DO JOGO DE ONTEM, NADA MELHOR PARA ESQUECER.

Coelho espreitou casa de Cavaco na urbanização da Coelha - Portugal - DN

Coelho espreitou casa de Cavaco na urbanização da Coelha - Portugal - DN

Primeiras páginas de alguns diários de hoje 16/1/2011

GENERALISTAS

Correio da Manhã


Jornal de Notícias-País

Público


Diário de Notícias

DESPORTIVOS

A Bola


Record


O Jogo

Mudança de Valores

Óptimo vídeo q serve de estímulo para a automotivação pessoal, apoiando nossa autoestima e as relações humanas; valorizando tb nossas capacidades para uma melhor qualidade de vida. Este vídeo faz referência ao filme "O Gladiador", numa metáfora fabulosa! Vale a pena ver!


Como nasce um paradigma?



Experiência com macacos, que explica como são criados os Paradigmas

sábado, 15 de janeiro de 2011

donatien alphonse françois: A minha linda casinha...esta é de um "misero profe...

donatien alphonse françois: A minha linda casinha...esta é de um "misero profe...

José Manuel Coelho visitou casa de férias de Cavaco Silva (sem registo na Conservatória de Albufeira), que tem como vizinho José Oliveira e Costa do BPN. Ele há cada coincidência...

José Manuel Coelho visitou casa de férias de Cavaco Silva (sem registo na Conservatória de Albufeira), que tem como vizinho José Oliveira e Costa do BPN. Ele há cada coincidência...

O candidato à Presidência da República José Manuel Coelho apelou hoje aos portugueses para que votem nele e afastem os que "enganam o povo", numa declaração à imprensa diante da casa de férias de Cavaco Silva, em Albufeira. Veja vídeo em baixo
José Manuel Coelho disse que escolheu o local, situado na aldeia da Coelha, para mostrar aos portugueses e portuguesas a casa do recandidato à Presidência da República, que disse ter "o seu quê de curioso", porque "existem mais duas casas semelhantes a esta que são de dois amigos do senhor dr. Cavaco Silva, o senhor Oliveira e Costa [antigo presidente do BPN] e o senhor Dias Loureiro [ex ministro de Cavaco, ligado à Sociedade Lusa de Negócios].

"Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és"

"E há um ditado português que diz: Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és. E o professor Cavaco Silva é muito amigo destes senhores, que são os maiores burlões que apareceram em Portugal a seguir ao Alves dos Reis", afirmou.

Para o candidato madeirense, "este é um motivo para os portugueses refletirem: Ou continuam a ser masoquistas e a votar nestes políticos falsos, que enganam o povo português, que protegem os ladrões que roubam o erário público, ou mudam de política e escolhem outro candidato e votam no José Manuel Coelho.

"Velho país, caduco, corrupto e decadente"

"Os portugueses é que vão decidir. Ou querem continuar com um velho país, caduco, corrupto e decadente" e reelegem Cavaco Silva, atual Presidente da Republica, ou escolhe outra opção para o país, com um País moderno, solidário, onde não haja corrupção e ressuscite os ideais de abril para criar uma sociedade nova, progressista e solidária".

José Manuel Coelho teceu também críticas aos magistrados e juízes, que, segundo disse, "são convenientes com a corrupção" e, se fosse eleito, daria "uma vassourada" para melhorar a Justiça.

A edição da revista "Visão" de quinta feira avançou que a escritura do lote da casa de férias de Cavaco Silva na praia da Coelha não se encontra no registo predial de Albufeira.



José Manuel Coelho junto à casa de férias de Cavaco Silva em Albufeira

A 15 de Janeiro de 1622, nasce (ou pelo menos é baptizado) o comediógrafo francês Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière

Jean Molière









Jean-Baptiste Poquelin nasceu em Paris, em 1622. Filho de pais ricos, teve uma boa educação, estudando no Colégio Clermont, dos jesuítas.

Desde cedo atraiu-se pela literatura e filosofia. Alguns cogitam que ele se formou em Direito. Ficou conhecido pelo pseudônimo de Molière. Assim, em 1643, Molière já estava envolvido com o teatro, fundando, inclusive, o grupo L'Illustre Théâtre.

O grupo se apresentou em Paris por dois anos, mas o fracasso, as dívidas e a prisão de Molière fazem com que grupo passe a excursionar no interior da França. O grupo passou cerca de 14 anos excursionando e apresentando peças clássicas e algumas peças do próprio Molière.

Em 1658, o grupo apresentou-se para o rei Luís 14 duas peças: “Nicomède de Corneille" e "O médico apaixonado", que era de Molière. Foi um grande sucesso, que ocasionou na mudança de nome do grupo para Trupe de Monsieur, que era uma referência ao irmão do rei, o duque Filipe de Orléans. Nessa mesma época, o grupo se juntou a uma companhia italiana dedicada à commedia dell'arte.

Em Paris, apresentaram "As preciosas ridículas", que era uma crítica à afetação e maneirismos da época. Já em 1660, o grupo passa a ocupar uma sala do Palais-Royal. Com tal reconhecimento, Molière pode apresentar em Paris e em outros lugares suas próprias obras. Mas, Molière também enfrentou acusações de imoralidade e várias proibições.

"O tartufo", escrita em 1664, consegue autorização do próprio rei para ser encenada. Porém, isso só acontece alguns anos depois, em 1669. Nessa época, Molière já se encontrava muito doente e enfraquecido pelas tragédias pessoais e dívidas.

Perdeu o apoio do rei Luis 14 e morreu algumas horas depois da encenação de “O doente imaginário", em 1673.

Barzan Ibrahim al-Tikriti, morreu a 15 de Janeiro de 2007



Barzan Ibrahim al-Tikriti (Tikrit, 17 de Fevereiro de 1951 - Bagdad, 15 de Janeiro de 2007), era irmão de Saddam Hussein e o antigo director do Mukhabarat, os serviços secretos iraquianos.

Até 1995 geriu a fortuna pessoal de Saddam. Esta tarefa era levada a cabo por uma rede de correctores estrangeiros, dado que Saddam decidiu que não se podía confiar esta tarefa a ninguém no Iraque.

Os Oficiais do Exército Americano descreveram-no como membro da "Dúzia Suja de Saddam", sendo responsável por torturas e assassinatos no Iraque. Foi capturado pelas forças americanas no dia 17 de Abrilde 2003. Era o 5 de Paus no baralho iraquiano dos mais procurados, pelo que no dia 5 de Novembro de 2006 foi condenado à forca tal como o seu irmão Saddam Hussein e Awad Hamed al-Bandar.

Foi executado aos 55 anos de idade. A execução realizou-se no dia 15 de Janeiro de 2007 e durante esta, foi decapitado pela corda que ia enforcá-lo, tendo-se separado a cabeça do corpo e caído a alguns metros deste.
Karl Liebknecht
(Fundador do Partido )
13-8-1871, Leipzig 
15-1-1919, Berlim









Filho de Wilhelm Liebknecht, advogado, fundou o SPD (Partido Social-Democrata). Em 1908, tornou-se membro da Câmara de Representantes da Prússia e do Parlamento alemão, em 1912, dirigindo, com Rosa Luxemburgo, a esquerda do SPD. Antimilitarista radical, defendeu a relação direta entre militarismo e capitalismo, em favor da greve geral como arma de combate político. Apesar disso, obedeceu à disciplina do partido, votando a favor da autorização para despesas na Primeira Guerra Mundial, embora fosse o único deputado a declarar-se contra a guerra, em dezembro de 1914. Em 1915, fundou o Grupo Internacionalista, que deu lugar ao movimento espartaquista. Excluído, em 1916, do grupo parlamentar do SPD, organizou uma manifestação antimilitarista e foi condenado a quatro anos de prisão. Foi anistiado em 1918 e, em 9 de novembro desse ano, proclamou a República Livre Socialista da Alemanha da varanda do castelo de Berlim (Revolução de Novembro), inspirando-se no modelo soviético. Ao mesmo tempo, o social-democrata Philipp Scheidemann proclamou da varanda do Parlamento a República Alemã, impedindo a entrada de Liebknecht no Conselho de Deputados do Povo. Em 1918 fundou, com Rosa Luxemburgo, o Partido Comunista da Alemanha (KPD), ambos presidentes do partido. Após o fracasso do levante espartaquista de Berlim contra o governo provisório de Friedrich Ebert, em janeiro de 1919, Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram assassinados por oficiais do Exército.

Rosa Luxemburgo, morreu a 15 de Janeiro de 1919

Rosa Luxemburgo
(1871-1919)







Filha de família pequeno burguesa, de origem judia, cujo pai, educado na Alemanha, era proprietário de uma serralheria e a mãe, mulher culta, leitora assídua dos clássicos alemães, Rosa Luxemburgo, nasceu em Zamosc, sudeste da Polônia, em 5 de março de 1871.
Rosa era a filha caçula, possuindo quatro irmãos. Aos dois anos e meio de idade foi com a família para Vasórvia. Aos cinco já sabia ler e escrever. Um diagnóstico incorreto de uma doença na coluna contraída nos seus primeiros anos de vida, além de deixá-la por cerca de um ano acamada, provoca uma deficiência que a fará mancar por toda a sua vida.
Ainda nos primeiros anos de sua vida aprenderá além do polonês, o alemão e, logo no início de sua juventude, dominará o russo.
Aos 13 anos, ingressará na escola secundária para mulheres em Vasórvia, na qual concluirá os estudos em 1887 e, apesar das excelentes notas obtidas, não receberá a tradicional medalha de ouro, destinada aos melhores alunos, em função de sua "atitude rebelde" diante das autoridades escolares.
Foi justamente como secundarista que iniciou sua militância política, na clandestinidade, no Partido Revolucionário Proletário.
Perseguida pela polícia e ameaçada de prisão, em 1889, Rosa deixará a Polônia dirigindo-se para Zurique, destino da maioria dos refugiados políticos de toda a Europa, onde permanecerá por nove anos, encontrando-se como importantes dirigentes marxistas da época, como os russos Jorge Plekhânov e Pavel Axelrod.
Em 1891, entra para a Universidade, cursando Direito e dedicando-se também ao estudo das ciências naturais e da matemática. Torna-se, em 1897, uma das primeiras mulheres a concluir o curso de doutorado em ciências políticas
Nestes anos, conhecerá Leo Jogiches, também militante socialista polonês, que trabalhará politicamente em estreita colaboração com Rosa, pelo resto de suas vidas e com o que se tornará seu marido por 15 anos.
Em 1892, Rosa participa da fundação do Partido Socialista Polonês; tentativa de unificação dos diferentes grupos socialistas poloneses. Desde os primeiros momentos, estabelecerá com os principais dirigentes do PSP uma divergência sobre a questão do nacionalismo polaco, mostrando-se contrária à adoção da luta pela independência da Polônia como um eixo do partido, por entender que esta reivindicação subordinava os interesses dos operários e demais explorados da nação aos interesses da burguesia polonesa.
Dois anos depois, rompe com o PSP, fundando junto com Leo Jogiches, Marchlewski e Wazawski, a Social-democracia do Reino da Polônia, grupo que será o embrião do Partido Social Democrata da Polônia e Lituânia, tornando-se desde então uma das principais dirigentes da social-democracia européia.
Em 1896, quando já escreve para diversos jornais socialistas da Europa Ocidental, participa pela primeira vez como delegada do Congresso Mundial da Internacional Socialistas, a II Internacional. Nele polemiza com importantes lideranças da social democracia mundial, como Karl Kautski e Wilhelm Liebknecht - renomados dirigentes do poderoso Partido Social Democrata Alemão - sobre a questão nacional.
Para burlar a proibição de que estrangeiros desenvolvessem atividades políticas na Alemanha, Rosa casa-se, em abril de 1897, com Gustav Lueck, filho de um amigo alemão, obtendo a cidadania alemã para o resto de sua vida. A encenação do enlace matrimomial dura apenas até a porta do Cartório de Registro Civil e cinco anos depois - tempo mínimo estabelecido pela legislação do país - os dois se divorciam.
A partir de 1898, fixa residência em Berlim e milita no SPD, então o principal exemplo da enorme influência que política revolucionária conquistará no movimento operário europeu e a maior organização proletária de todos os tempos. Em 1898 possui mais de dois milhões de eleitores; os quais ultrapassaram os 4,2 milhões em 1912 (34,7% do eleitorado), sua bancada parlamentar vai de 12 deputados em 1877, para 35 eleitos, em 1890, ultrapassando uma centena na segunda década deste século. O partido possuiu organizações femininas, da juventude, uma cooperativa, organizações desportivas e culturais e uma universidade. Chegou a publicar noventa jornais que possuíam mais de um milhão e meio de assinantes. Movimentava um capital de 21,5 milhões de marcos e possuía cerca de 3.500 empregados, incluindos os dos sindicatos que dirigia, com vários milhões de filiados.
Rosa torna-se na social-democracia alemã uma das principais opositoras da política reformista de Eduard Bernstein e outros que preconizavam o afastamento do SPD de uma política revolucionária, defendendo sua integração crescente ao Estado burguês.
Indicada em mais de uma oportunidade para organizar o trabalho feminino do SPD, rejeitou a tarefa pois apesar de compreender a importância da organização das mulheres para a luta pela sua emancipação e que esta só seria possível com a revolução socialista e o fim da escravidão econômica do matrimônio, entendia, acertadamente, a necessidade de estabelecer-se como uma das principais dirigentes do conjunto do partido.
Integrando sempre a ala esquerda do SPD, colocou-se ao lado dos bolcheviques russos, contra os mencheviques, nas discussões sobre o caráter das revoluções russas de 1905 e 1917, posicionando-se sempre a favor de que a classe operária é quem deveria dirigir a luta por seus interesses.
Desde antes da I Guerra Mundial, integra a ala internacionalista da II internacional, que se oporá ao apoio que o SPD e grande maioria dos partidos social-democratas emprestaram às burguesia de seus países na I Guerra Mundial, traindo a luta da classe operária.
Conseqüente com sua oposição à guerra e a defesa de que os operários e soldados deveriam voltar suas armas contra as burguesia de seus países, impulsionará a ruptura com as posições da direção da social-democracia, criando com Karl Liebknecht e outros a Liga Espartáco - depois Partido Comunista Alemão - e participando do movimento que levará à criação da III Internacional, Internacional Comunista, sob a direção de Lênin e Trotski, em 1919.
Brilhante oradora, Rosa foi presa várias vezes, principalmente no período em que se lançou com todas suas energias à campanha contra a guerra imperialista. Saiu de sua última prisão libertada pelas massas sublevadas na Revolução Alemã de 1918.
Há 92 anos, no dia 15 de janeiro, junto com Liebknecht, foi brutalmente assassinada por forças paramilitares dirigidas pelo governo, então dirigido pelo SPD.
Entre seus principais escritos destacamos: A Polónia independente e a causa dos operários; Reforma social ou revolução; O socialismo e as igrejas; A crise da Social Democracia; A Revolução Russa; a Que se propõe o grupo Espártaco.



Martin Luther King Jr. O pastor e activista político nasceu no dia 15 de Janeiro de 1929



Martin Luther King Jr. O pastor e activista político nasceu no dia 15 de Janeiro de 1929 e, desde 1986, tem sua luta e vida comemorada nos Estados Unidos na terceira segunda-feira do mês de janeiro. Apenas os presidentes George Washington e Abraham Lincoln receberam um feriado em sua homenagem, além do pastor.

O mais jovem a receber um Prémio Nobel da Paz, King pregou a desobediência civil e a não-violência (inspiradas na luta de Mahatma Gandhi, na Índia) visando o fim da segregação racial nos Estados Unidos. King não lutou apenas pelos negros, mas também pelas mulheres e por todas as minorias. Seu pensamento vive e estimula toda e qualquer luta contra injustiças em todo mundo.

Se estivesse vivo, Martin Luther King Jr.  orgulharia-se da eleição de um negro para presidente dos EUA, facto quase que directamente ligado a sua luta, mas com certeza cobraria todas as mudanças prometidas na campanha eleitoral. O pastor provavelmente também estaria triste pela situação dos haitianos, que ainda padecem sob os escombros da capital de seu país, e exigiria acções enérgicas.

Mas apesar dos lamentos, King reconheceria que a luta pelos direitos civis, que lhe custou a vida, trouxe novos rumos ao mundo.

Aristóteles Onassis nasceu a 15 de Janeiro de 1906

Aristóteles Onassis

Magnata grego, Aristóteles Onassis nasceu em 1906, no seio de uma família grega que vivia em Smyrna, na Turquia, e se dedicava ao comércio de tabaco.
Quando em 1922 os turcos começaram a atacar a população grega residente naquele país, a família Onassis foi forçada a regressar à Grécia.
Aristóteles Onassis, na altura com 16 anos de idade, tinha o sonho de emigrar para os Estados Unidos da América. Contudo, quando soube que tinha de pôr o nome numa lista de espera que demoraria vários anos a ser despachada, decidiu ir para Buenos Aires, na Argentina.
Chegou à Argentina com poucos dólares no bolso e decidiu aplicar-se a um negócio onde estivesse à vontade e sobre o qual tivesse o máximo de conhecimentos possível. Estabeleceu-se no negócio de tabaco. Pouco tempo depois, expandiu os seus negócios, criando uma empresa de navegação. Com apenas 25 anos, Aristóteles Onassis tornou-se milionário.
Foi casado em segundas núpcias com Jacqueline Bouvier Kennedy, a viúva do presidente norte-americano John F. Kennedy.
Aristóteles Onassis morreu em 1975.

Pierre-Joseph Proudhon, nasceu a 15 de Janeiro de 1809



Pierre-Joseph Proudhon
(15 de Janeiro de 1809, Besançon, França - 19 de Janeiro de 1865, Paris, França) foi um anarquista francês, o principal, cuja influência é sentida até os dias de hoje. Acabou sendo um dos que iniciaram a propor uma ciência da sociedade.

Em seu ensaio Qu'est-ce que la propriété?, afirma « La propriété c'est le vol » (A propriedade é o roubo). Em seu livro Les confessions d'un révolutionnaire, ele afirma, entre outras coisas: « L'anarchie c'est l'ordre » (A anarquia é a ordem).

Após tentar criar um banco para empréstimos sem juros, ele lança as bases de um sistema mutualista cujos princípios são ainda hoje aplicados nos serviços de seguro.

Biografia

Começou a trabalhar cedo numa tipografia, pois era de origem humilde, onde acabou conhecendo Charles Fourier, que influenciou muito em suas idéias, além de conhecer liberais, socialistas e utópicos. Em 1838, já diplomado pela faculdade de Besançon, foi para Paris, onde em 1840 publicou Qu´est-ce que la propriéte? (Que é propriedade?). Nessa obra acaba se afirmando como anarquista, criticando a propriedade privada. Tinha em mente que quando se explorava a força de trabalho de um semelhante por semelhante, isso se definia como roubo. Além disso, destaca que cada pessoa deve comandar os meios de produção que está utilizando.

Em 1842 escreveu algumas teses chamadas Avertissement aux propriétaires (Advertência aos proprietários), onde acabou sendo absolvido do processo, pois os juízes admitiram nesse período não se acharem em competência de julgá-lo. Depois disso foi para Lyon, onde se empregou no comércio. Nesse período entra em contato com uma sociedade secreta, que formulava uma doutrina na qual uma associação de trabalhadores da nascente indústria deveria administrar. Com isso acabaram por transformar as estruturas sociais, não pela atração econômica, mas pela revolução violenta.

Proudhon conheceu Karl Marx,na então mais linda cidade da França,Paris,além de outros revolucionários como Mikhail Bakunin. Em 1846 escreveu Système des contradictions économiques, ou philosophie de la misère (Sistemas de contradições econômicas ou filosofia da miséria), onde criticou o autoritarismo comunista e defendeu um estado centralizado. Marx acabou por dar uma resposta a Proudhon em 1847 com Misère de la philosophie (Miséria da filosofia). Participou em Paris sem convencer sobre a Revolução de 1848. De 1849 a 1852 ficou preso por causa de críticas direcionadas a Napoleão III. Nesse período escreveu Idée générale de la révolution au XIX siècle (1851) - Idéia geral de revolução no século XIX), que colocava uma visão de uma sociedade federalista numa perspetiva mundial, não tendo um governo central, mas em comunas e governadas por autogestão. Os comunistas acabaram por tachá-lo de reacionário, após falar sobre uma união entre proletários e burgueses.

Após publicar De la justice dans la révolution et dans l'église (1858) - A justiça na revolução e na igreja) passou a viver sempre vigiado pela polícia, o que o levou a se exilar em Bruxelas, pois esta obra era totalmente anticlerical. Em 1864 volta a Paris e publica Du Principe fédératif (Do princípio federativo), uma síntese de suas idéias políticas. Suas idéias se espalharam por toda a Europa, influenciando organizações de trabalhadores e dos mais fortes movimentos sindicais que se manifestaram na Rússia, Itália, Espanha e na França.


Idéias
As idéias de Proudhon, junto com as de Owen, eram opostas ao liberalismo, sendo a vertente das teorias socialistas, onde denunciam a organização econômica, governamental e educacional, prevendo a construção de sociedades cooperativas de produção. Tinha um pensamento mais utópico, pois Saint-Simon, da mesma vertente, se difere dos dois por elogiar a industrialização e o desenvolvimento do Estado. Marx e Engels foram os responsáveis por desenvolver ainda mais o socialismo científico, resultando em profundas idéias políticas. O pensamento de Proudhon, assim como de Fourier e Saint-Simon, era voltado para uma reorganização da sociedade, tendo como princípio de tudo a justiça. Essa justiça acabou sendo a harmonia social, mas também para o pensamento humano, até as próprias relações físicas.

Segundo Proudhon, o homem deveria abandonar sua atual condição econômica e moral, pois leva à desarmonia humana, nessa sujeição de homens feita pelos homens. A nova sociedade devia ser apoiada no mutualismo, pois seria uma cooperação livrada por associações, eliminando o poder coercitivo do Estado. Entende-se, também, o absolutismo do indivíduo, pois é responsável pela arbitrariedade e a injustiça. Para ele deveria ter tido uma continuação da revolução, já que tinha conseguido destruir o feudalismo. Nessa sociedade moderna deve existir uma resistência por parte dos indivíduos ao capitalismo (que começa a dar seus primeiros passos), pois seria o responsável pela criação da propriedade privada. Ele ainda defende a anarquia positiva, no qual descarta a Igreja e o Estado, assim acabará indo contra as idéias de Marx sobre o comunismo. Proudhon viu o comunismo como sendo algo utilizado para controlar os homens e eliminar a igualdade, pois são feitos concretos, fundados na liberdade, onde cada uma das partes tome seu interesse e o poder coercitivo do estado seja inútil.


Obras
1840 - Qu'est ce que la propriéte?
"primeira proposição:a propridade é impossível porque do nada exige alguma coisa"

1843 - De la création de l'ordre dans l'humanité, ou principes d'organisation politique
1846 - Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria (Système des contraditions économiques ou Philosophie de la misère)'
Nesta obra trava uma briga teórica com Marx. No verbete há uma tabela comparando o conteúdo de Contradições com O Capital

1849 - Les Confessions d'un révolutionnaire
1852 - La révolution sociale
1853 - Philosophie du progrès
1858 - De la justice dans la révolution et dans l'église (em três volumes, segunda edição foi aumentada e foi publicada em 1860)
1861 - A guerra e a paz
Numa obra publicada após sua morte, De la capacité politique de la classe ouvrière (da capacidade política das classes operárias), mostra quais são as três condições segundo as quais o proletário pode ser visto como força política - quando tem consciência de sua dignidade, das posições que ocupa na sociedade - analisa e expõe suas condições. Depois disso faz um programa de ação política. Em uma revista ainda colaborou e ajudou a fundar.

1847 - Le représentant du peuple
1848 - Le peuple
1848 - La voix du peuple cada uma delas formada por 14 volumes, só publicada integralmente em 1875.

O Voo US Airways 1549 foi um voo comercial de passageiros rotineiro, que iria de Nova Iorque para Charlotte, Carolina do Norte, que, em 15 de janeiro


A já célebre queda do avião no rio Hudson, em Nova York, foi registrada por várias câmeras de vigilância.
O milagre do Rio Hudson, como a precisa manobra do piloto Chelsey Sullenberger já ficou conhecida, foi registrado de vários ângulos. Veja como foi o pouso que salvou 155 passageiros da morte certa no dia 15 de janeiro de 2008:


Jornais do dia de Hoje 15/01/2011

NOTÍCIAS GERAIS


Correio da Manhã


Jornal de Notícias-País


Público


Diário de Notícias


i

Expresso


O Primeiro de Janeiro


Destak

DESPORTIVOS


A Bola


Record


O Jogo

ECONÓMICOS


Diário Económico


Jornal de Negócios


Oje- Portugal

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A dinâmica da insolvência

A dinâmica da insolvência

Ouço na SIC-Notícias os comentários de doutos professores de economia e não quero acreditar no que ouço. Melhor, no que não ouço. Com discursos cautelosos relativamente à evolução das taxas que teremos de pagar em próximos leilões da dívida pública, todos deixam implícito que, gerindo bem a austeridade, controlando bem a despesa pública, fazendo as ditas “reformas estruturais”, o País até será capaz de ultrapassar a crise. Uns preferindo que esse esforço seja feito sem intervenção externa, outros admitindo que é necessária (e mesmo inevitável) uma “ajuda” da UE/FMI.

Pelo menos na SIC-Notícias tive direito a uma excepção. Parabéns ao nosso colega de blogue, o deputado do BE José Guilherme Gusmão, intervindo no debate moderado pelo jornalista José Gomes Ferreira já depois das 23h. Foi o único economista que disse, preto no branco, que só uma intervenção da UE, de natureza federal, nos pode salvar. E sublinhou que a “ajuda” actualmente oferecida pela UE/FMI traria austeridade em dose reforçada, o que só aprofundaria a crise das finanças públicas, para além das outras crises (económica, social e política).

E, acrescento eu, só ganhamos em enfrentar a realidade nua e crua. Que é a seguinte:
1) por muito perfeita que seja a execução orçamental no corrente ano, o ataque à dívida pública portuguesa não vai abrandar porque é a arquitectura institucional do euro que está em causa;
2) por imposição da Alemanha que vê nisso uma questão de princípio para punir países despesistas, a “ajuda” da UE/FMI terá uma taxa de juro idêntica à dos acordos celebrados com a Grécia e a Irlanda, ou seja, entre 5 e 6%.

Acontece que uma taxa de juro desta ordem de grandeza não é sustentável, nem sequer no curto prazo. Teodora Cardoso, administradora do Banco de Portugal, já muito diplomaticamente o deu a entender. Para que se possa ver com mais clareza o buraco em que estamos metidos (nós e o resto da periferia da Eurozona, o que além da Espanha, também inclui a Itália … e a Bélgica?) façamos umas contas com recurso a uma equação simples que vem nos manuais de macroeconomia. A variação do rácio da dívida pública relativamente ao Produto Interno Bruto [Δ(B/Y)] depende da soma do saldo orçamental primário [SPrim] com o efeito dinâmico da dívida. Este é dado pelo produto da dívida do ano anterior [(B/Y)-1 ] pelo diferencial entre a taxa de juro média da dívida e a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto [(i-y) ]. Aqui trabalho com taxas nominais.

Alguns pressupostos muito benevolentes:
a) Mesmo com um reforço de austeridade exigido pela UE/FMI, a recessão prevista pelo Banco de Portugal para 2011 confirma-se; b) o País sai da recessão em 2013 graças a um grande esforço das exportações; c) a austeridade não é desastrosa do lado das receitas fiscais pelo que os saldos primários irão diminuindo; d) não considero factores exógenos, positivos ou negativos, na evolução da dívida (privatizações, BPN, …); e) com a reciclagem da dívida de curto e médio prazo e de uma parte da dívida a dez anos a uma taxa de 5,5%, a taxa de juro média da dívida pública alcança o valor de 4,5% em 2012.

O que nos dizem estas contas:
- Admitindo o recurso à “ajuda” da UE/FMI já nas próximas semanas, ainda assim em 2012 o rácio da dívida ficará perto dos 100%.
- Mais ainda, a “ajuda” da UE/FMI nem sequer permite estabilizar o rácio da dívida. Para o conseguir em 2013, ao nível de 99,4%, o Governo teria de apresentar um excedente orçamental de 3,5%.

Sabendo nós o que foi preciso em termos de cortes na despesa para ambicionar uma redução do défice no corrente ano, a que se seguirá mais um ano de cortes para continuar a reduzir o défice primário, é difícil imaginar o que significa apresentar em 2013 um excedente de 3,5% do PIB sem o apoio de um crescimento que se veja. Ou seja, ao contrário do que muitos comentadores deixam entender, a “ajuda” da UE/FMI não trava a dinâmica da dívida em que estamos lançados.

Por muito que nos digam que o leilão de ontem foi um sucesso, realidade é simplesmente esta: no actual quadro institucional, o Estado Português já é insolvente. Não acham que é tempo de começarmos a discutir um verdadeiro Plano B?


POR JORGE BATEIRA

CAVACO ENCONTRA O RUMO CERTO - apontado por Dias Loureiro




 OLHA É ALI!...




Cavaco

"Utilizarei os meus poderes para que Portugal encontre o rumo certo"

BPN: Cavaco é vizinho de Oliveira e Costa no Algarve


AMIGOS INSEPARÁVEIS...

Ainda há românticos...



Haverá algo mais sensacional do que uma romântica ida a dois a fantástico jogo de futebol da Liga Belga em pleno boxing day (dia 26 de Dezembro) e, ao intervalo, pedir a namorada em casamento? A resposta é sim! Sobretudo se, em frente a todo o estádio e com transmissão televisiva em directo para todo o Mundo, a namorada recusar o pedido e mostrar na fuga subsequente os seus dotes de corrida, deixando de joelhos no relvado o desafortunado namorado.

Aconteceu no último dia 26 de Dezembro, no intervalo do jogo entre o Cercle de Brugges e o Standard de Liège e merece ser visto, apesar de não ter tradução. As imagens valem realmente por mil palavras. Observem a reacção de crescente incredulidade da, presumimos, actual ex-namorada do infeliz rejeitado. Aquele passo atrás no momento em que ele se ajoelha é magnífico!



[Shanghai World Expo Closing Ceremony Concert 720HD] 09 - Happy Laughter


IMAGENS ESPECTACULARES DO ENCERRAMENTO DA EXPOSIÇÃO DE SHANGAI

[Shanghai World Expo Closing Ceremony Concert 720HD] 04 - Fusion of Art ...

ENCERRAMENTO DA EXPOSIÇÃO DE SHANGAI


Hier encore (legendado)


UMA PRENDA DE FIM DE SEMANA

Heidi - Versão Original RTP

A 14 de Janeiro de 1977 – Heidi nas Montanhas estreia em Portugal





Às 21:15 de 14 de Janeiro de 1977, estreia, no cinema Avis, em Lisboa, o filme Heidi nas Montanhas
Fonte: Diário Popular nº 12133, de 14-01-1977, 35º ano de publicação, p. 18




Baseando-se em acontecimentos reais, Johanna Spyri escreveu, em 1880, um livro infantil sobre a vida de Heidi, uma menina suíça que perdeu os pais quando tinha 5 anos. Em Portugal, esta história obteve um sucesso enorme através de uma série de desenhos animados apresentados, com regularidade, na RTP - Radiotelevisão Portuguesa, pelo que o aparecimento deste filme constituiu, na altura, um grande êxito.

A 14 de Janeiro de 1996, Jorge Sampaio é eleito presidente da República Portuguesa.


Jorge Sampaio – de seu nome completo, Jorge Fernando Branco de Sampaio – nasceu em Lisboa, em 18 de Setembro de 1939, filho de Arnaldo Sampaio, médico, especialista em Saúde Pública, e de Fernanda Bensaude Branco de Sampaio, professora particular de inglês. É casado com Maria José Ritta e tem dois filhos, Vera e André.

Desde a infância, fez estudos musicais e, por imperativo da carreira do pai, passou largo tempo nos EUA e em Inglaterra, experiência que o marcou profundamente. Frequentou os estudos secundários nos liceus Pedro Nunes e Passos Manuel.

Em 1961, licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Na Universidade, desenvolveu uma relevante actividade académica, iniciando, assim, uma persistente acção política de oposição à Ditadura. Foi eleito Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito, em 1960-61, e Secretário-Geral da Reunião Inter Associações Académicas (RIA), em 1961-62. Nessa qualidade, é um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, a qual esteve na origem de um longo e generalizado movimento de contestação estudantil, que durou até ao 25 de Abril de 1974, e que abalou profundamente o Regime.

Deu, entretanto, início a uma intensa carreira de advogado, que se estendeu por todos os ramos de Direito, tendo desempenhado, igualmente, funções directivas na Ordem dos Advogados. Teve um papel de relevo na defesa de presos políticos no Tribunal Plenário de Lisboa.

Prosseguindo a sua acção como opositor à Ditadura, candidatou-se, em 1969, às eleições para a Assembleia Nacional, integrando as listas da CDE. Desenvolve uma constante actividade política e intelectual, participando nos movimentos de resistência e na afirmação de uma alternativa democrática de matriz socialista, aberta aos novos horizontes do pensamento político europeu.

Após a Revolução do 25 de Abril de 1974, é um dos principais impulsionadores da criação do Movimento de Esquerda Socialista (MES), do qual se desvincula, todavia, logo no congresso fundador em Dezembro do mesmo ano, por discordância de fundo com a orientação ideológica aí definida.

Desempenha, nos anos da Revolução, um importante papel no diálogo com a ala moderada do MFA, sendo um activo apoiante das posições do “Grupo dos Nove”. Em Março de 1975, é nomeado Secretário de Estado da Cooperação Externa, no IV Governo Provisório.

Ainda em 1975, funda a “Intervenção Socialista”, grupo constituído por políticos e intelectuais, que viriam a desempenhar funções de relevo na vida pública, e que desenvolveu um significativo trabalho de reflexão e renovação política.

Em 1978, Jorge Sampaio adere ao Partido Socialista (PS). Em 1979, é eleito deputado à Assembleia da República, pelo círculo de Lisboa e passa a integrar o Secretariado Nacional do PS.

De 1979 a 1984, é membro da Comissão Europeia dos Direitos do Homem no Conselho da Europa, realizando aí um importante trabalho na defesa dos Direitos Fundamentais e contribuindo para uma aplicação mais dinâmica dos princípios contidos na Convenção Europeia dos Direitos do Homem. É reeleito deputado à Assembleia da República em 1980, 1985, 1987 e 1991. Em 1987/88 é Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, tendo assumido, em 1986-87, a responsabilidade das Relações Internacionais do PS. Foi ainda co-Presidente do “Comité África” da Internacional Socialista.

No ano de 1989, é eleito Secretário-Geral do Partido Socialista, cargo que exerce até 1991, e é designado, pela Assembleia da República, como membro do Conselho de Estado.

Em 1989, decide concorrer à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, cargo para o qual é, então eleito e depois reeleito em 1993. Esta candidatura assumiu, na altura, um grande significado político e contribuiu para dar às eleições autárquicas um relevo nacional. Como Presidente da Câmara de Lisboa, e à frente de uma equipa, afirmou uma visão estratégica, com recurso a novas concepções e métodos de planeamento, gestão, integração e desenvolvimento urbanístico.

De 1990 a 1995, exerce a Presidência da União das Cidades de Língua Portuguesa (UCCLA), sendo eleito Vice-Presidente da União das Cidades Ibero-Americanas, em 1990. Foi também eleito Presidente do Movimento das Eurocidades (1990) e Presidente da Federação Mundial das Cidades Unidas (1992).

Em 1995, Jorge Sampaio apresenta a sua candidatura às eleições presidenciais. Recebe o apoio de inúmeras personalidades, independentes e de outras áreas políticas, com destaque na vida política, cultural, económica e social, e do Partido Socialista. Em 14 de Janeiro de 1996, é eleito à primeira volta. Foi investido no cargo de Presidente da República no dia 9 de Março de 1996, prestando juramento solene. Cumpriu o seu primeiro mandato exercendo uma magistratura de iniciativa na linha do seu compromisso eleitoral. Apresentou-se de novo e voltou a ser eleito à primeira volta, em 14 de Janeiro de 2001, para um novo mandato.

Jorge Sampaio manteve, ao longo dos anos, uma constante intervenção político-cultural, nomeadamente através da presença assídua em jornais e revistas (Seara Nova, O Tempo e o Modo, República, Jornal Novo, Opção, Expresso, O Jornal, Diário de Notícias e Público, entre outros).

Em 1991, publicou, sob o título A Festa de Um Sonho, uma colectânea dos seus textos políticos. Em 1995, é editado o seu livro Um Olhar sobre Portugal, no qual responde a personalidades de vários sectores da vida nacional, configurando a sua perspectiva dos problemas do País. Em 2000, publica o livro Quero Dizer-vos, em que expõe a sua visão actualizada dos desafios que se põem à sociedade portuguesa. As suas intervenções presidenciais foram reunidas nos livros Portugueses I-X.

Em Abril de 2006 tomou posse como Conselheiro de Estado, na sua qualidade de antigo Presidente da República.

Em Maio de 2006 foi designado Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Luta contra a Tuberculose e, em Abril de 2007, foi nomeado, pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Alto Representante para a Aliança das Civilizações.

É também Presidente do Conselho Consultivo da Universidade de Lisboa (Fev. 2007).

É Grande-Colar da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e da Ordem da Liberdade e, Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Entre as condecorações estrangeiras destacam-se:

Grande Colar Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, do Brasil; Colares das Ordens de Carlos III e de de Isabel a Católica, de Espanha; Grã-Cruz da Legião de Honra, de França; 1º Grau da Ordem Suprema do Crisântemo, do Japão; Grã-Cruz da Ordem do Leão de Ouro da Casa de Nassau, Luxemburgo; Grande-Colar da Ordem de Wissam Al-Mohammadi e Grã-Cruz Ordem de Wissam Alaouite (Wissam Alaouit Cherifien), Marrocos; 1º Grau da Ordem Amizade e Paz, de Moçambique; Grã-Cruz da Real Ordem de St. Olavo, da Noruega; Grã-Cruz da Ordem de Orange Nassau, dos Países Baixos; Grã-Cruz da Ordem de São Miguel & S. Jorge e da Real Ordem Victoriana, do Reino Unido.

Tem recebido diversas distinções nacionais e estrangeiras, entre as quais:

Doutor Honoris Causa - Universidade de Aveiro, 2 de Abril de 2008; Universidade de Coimbra, 24 de Junho de 2010 (Mais…); Universidade de Lisboa, 11 de Outubro de 2010

Prémio Europeu Carlos V - 2004, pela Fundación Academia Europea de Yuste (Mais…)

XIV Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa – Rainha Rania-Al Abdullah eantigo Presidente da República Jorge Sampaio, dia 16 de Março 2010 (Mais…)

Prémio Diálogo de Culturas 2010, pelo Ayuntamiento de la Antigua y Leal Villa de Montánchez

Medal of Gratitude 2010, pelo European Solidarity Center (Polónia)

A Batalha das LINHAS DE ELVAS, travou-se a 14 de Janeiro de 1659

A Batalha das LINHAS DE ELVAS
14 de Janeiro de 1659  





Mas a mais importante batalha a que Elvas tem ligado o seu nome glorioso, pelas consequências morais e materiais da vitória alcançada pelos Portugueses, foi a das Linhas de Elvas. A 14-I-1659. Havia já perto de 3 meses (desde 22-VIII-58) que o exército castelhano, comandado pelo primeiro ministro D. Luís de Haro, tinha investido a praça de Elvas. Esta, apesar da sua pequena guarnição - 11.000 homens, reduzida por terríveis epidemias contra 14.000 infantes, 2500 cavalos e numerosa artilharia - resistia sempre. Logo de começo o seu comandante, André de Albuquerque, tinha conseguido passar as linhas dos castelhanos, acompanhado por outros oficiais, e dirigira-se a Estremoz, onde o conde de Cantanhede organizava um exército de socorro, ficando como comandante D. Sancho Manuel, depois do conde de Vila- Flor. Compunha-se este exército de socorro de 8.000 infantes (sendo só 2.500 regulares), 2.900 cavalos e sete peças de artilharia. Saindo a 11 de Estremoz, a 13 estava em frente de Elvas, avisando da sua chegada com o troar da sua artilharia. Na manhã evocada de 14, D. João Pacheco, general castelhano, que já na véspera saíra a reconhecer os nossos, voltou a fazer novo reconhecimento, concluindo que os nossos não atacariam nesse dia. Ordenou então D. Luís de Haro que as forças castelhanas que tinham reforçado as guarnições da linha fronteira ao nosso exército, recolhessem aos seus quartéis. Entretanto tinha-se dissipado o nevoeiro, ficando um dia formosíssimo. Os nossos, que já na véspera tinham tomado o seu «dispositivo de batalha»e recebido ordens para o ataque, começaram o seu avanço. A sua «ordem de batalha» era a seguinte: na frente, mil homens escolhidos levando, além das suas armas, «faxinas» para cegarem os fossos, comandados pelo mestre de campo - general Diogo Mendes de Figueiredo. «Vanguarda», 3.000 infantes, 1.200 cavalos, comandados pelo conde de Mesquitela e André de Albuquerque. «batalha» (grosso), 2.000 infantes e 900 cavalos, comandados pelo sargento-mor Manuel Mendes Leitão. «Reserva», 2.000 infantes e 800 cavalos, comandados por Pedro de Lalande. A «artilharia», comandada por Afonso Furtado de Mendonça, ocupara uma eminência perto de Amoreira, donde batia eficazmente o campo de batalha. A guarnição da praça tinha tomado posições, donde podia coadjuvar o exército. Logo que D. Luís de Haro reconheceu o erro que cometera, coadjuvado pelos seus generais, mandou os seus terços reocuparem as posições ameaçadas que eram a parte das linhas: Monte de Nossa Senhora da Graça-Murtais-mosteiro de S.Francisco, constituída por forte circunvalação flanqueada por 5 fortins. Esta manobra foi feita de maneira confusa e desordenada, pois além dos obstáculos naturais e artificiais do terreno, o fogo dos nossos era de grande intensidade e eficácia, sendo o exército espanhol «surpreendido no momento de tomar o seu dispositivo de combate», revés inicial que, pode-se dizer, decidiu do resultado da batalha. Sob a pressão formidável dos nossos, foi impossível ao general espanhol, embora auxiliado por bons e afamados generais, como o duque de Ossuna, o duque de S.German, D.Nicolau de Cordova e outros, deter o nosso progresso. As linhas foram cortadas pelos infantes escolhidos de Diogo de Figueiredo, auxiliados pelos terços do conde de Mesquitela e logo um dos fortins foi tomado. Pela aberta ou brecha foram entrando as forças que formavam a «batalha» (grosso), que tomaram posição no interior das linhas. As tropas espanholas concentraram-se nos fortins, onde se concentrou a resistência. A artilharia e as forças da praça cooperavam com grande energia. A luta durou muitas horas mas foi-nos sempre favorável. Caíram em nosso poder outros dois fortins, e os outros dois ficaram cercados, sendo um deles o do Monte da Graça. Ao anoitecer os nossos entraram na praça e a vitória transformou-se em triunfo. Os dois chefes abraçaram-se no campo de batalha. D. Luís de Haro tinha retirado pouco depois do começo da batalha para Badajoz e o seu substituto, D. Rodrigo Moxica, também se não demorou. Todo o acampamento caiu em nosso poder. Nos despojos figuravam 15.000 espingardas, 19 peças e 3 morteiros. Prisioneiros foram mais de 5.000. Número de mortos foi também muito elevado. Dos nossos morreram cerca de duas centenas, e grande número de oficiais, entre eles André de Albuquerque. Durante a noite renderam-se os dois últimos fortins. Logo de manhã D. Sancho Manuel, com a cavalaria perseguiu os Espanhóis, que retiravam em grande desordem, até ao Caia, causando muitas baixas e tomando-lhe duas peças, carros, etc. Foram muito importantes as vantagens obtidas nesta batalha, tanto militares como políticas; infelizmente não puderam ser mantidas por muito tempo.