GENERALISTAS E ECONÓMICOS
DESPORTIVOS
Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Absolutamente Justo...
"Se você estiver procurando algo na vida que seja justo, lembre-se do soutien:
- oprime os grandes,
- protege os pequenos
- e levanta os caídos."
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Para quando estiver raivoso
ESTE EXEMPLO É PIOR QUE MAU
Por vezes, quando se tem um mau dia e precisamos de o descarregar em alguém, não o faça em alguém seu conhecido. Descarregue em alguém que NÃO conheça.
Estava sentado à minha secretária, quando me lembrei de um telefonema que tinha de fazer. Encontrei o número e marquei-o.
Respondeu um homem que disse:
- "Está?"
Educadamente respondi-lhe:
- "Estou! Sou o Luís Alves. Posso falar com a Sra. Ana Marques, por favor?"
Ficou com uma voz transtornada e gritou-me aos ouvidos:
- "Vê lá se arranjas a merda do número certo, ó filho da puta!" e desligou o telefone.
Nem queria acreditar que alguém pudesse ser tão mal educado por causa de uma coisa destas. Quando consegui ligar à Ana, reparei que tinha acidentalmente transposto os dois últimos dígitos.
Decidi voltar a ligar para o número "errado" e, quando o mesmo tipo atendeu, gritei-lhe:
- "És um grande paneleiro!" e desliguei. Escrevi o número dele juntamente com a palavra "paneleiro" e guardei-o.
De vez em quando, sempre que tinha umas contas chatas para pagar ou um dia mesmo mau, telefonava-lhe e gritava-lhe:
- "És um paneleiro!" Isso animava -me.
Quando surgiu a identificação de chamadas, pensei que o meu terapêutico telefonema do "paneleiro" iria acabar. Por isso, liguei-lhe e disse:
- "Boa tarde. Daqui fala da PT. Estamos a ligar-lhe para saber se conhece o nosso serviço de identificação de chamadas!"
Ele disse "NÃO!" e bateu o telefone.
De seguida liguei-lhe, e disse:
- "É porque és um grande paneleiro!"
Uma vez, estava no parque do Centro Comercial e, quando me preparava para estacionar num lugar livre, um tipo num BMW cortou-me o caminho e estacionou no lugar que eu tinha estado à espera que vagasse.
Buzinei-lhe e disse-lhe que estava ali primeiro à espera daquele lugar, mas ele ignorou-me.
Reparei que tinha um letreiro "Vende-se" no vidro de trás do carro, e tomei nota do número de telefone que lá estava.
Uns dias mais tarde, depois de ligar ao primeiro paneleiro, pensei que era melhor telefonar também para o paneleiro do BMW.
Perguntei-lhe:
- "É o senhor que tem um BMW preto à venda?"
- "Sim", disse ele.
- "E onde é que o posso ver?", perguntei.
- "Pode vir vê-lo a minha casa, aqui na Rua da Descobertas, Nº 36. É uma casa amarela e o carro está estacionado mesmo à frente."
- "E o senhor chama-se?." perguntei.
- "O meu nome é Alberto Palma", disse ele.
- "E a que horas está disponível para mostrar o carro?"
- "Estou em casa todos os dias depois das cinco."
- "Ouça, Alberto, posso dizer-lhe uma coisa?"
- "Diga!"
"És um grande paneleiro!", e desliguei o telefone.
Agora, sempre que tinha um problema, tinha dois "paneleiros" a quem telefonar.
Tive, então, uma ideia. Telefonei ao paneleiro Nº 1.
- "Está?"
- "És um paneleiro!" (mas não desliguei)
- "Ainda estás aí?" ele perguntou.
- "Sim", disse-lhe.
- "Deixa de me telefonar!" gritou.
- "Impede-me", disse eu.
- "Quem és tu?" perguntou.
- "Chamo-me Alberto Palma", respondi.
- "Ah sim? E onde é que moras?"
- "Moro na Rua da Descobertas, Nº 36, tenho o meu BM preto mesmo em frente, ó paneleiro. Porquê?
- "Vou já aí, Alberto. É melhor começares a rezar", disse ele.
- "Estou mesmo cheio de medo de ti, ó paneleiro!" e desliguei.
A seguir, liguei ao paneleiro Nº 2.
- "Está?"
- "Olá, paneleiro!", disse eu.
- Ele gritou-me: "Se descubro quem tu és..."
- "Fazes o quê?" perguntei-lhe.
- "Parto-te a tromba!" disse ele.
E eu disse-lhe:
- "Olha, paneleiro, vais ter essa oportunidade. Vou agora aí a tua casa, e já vais ver."
Desliguei e telefonei à Polícia, dizendo que morava na Rua da Descobertas, Nº 36 e que ia agora para casa matar o meu namorado gay.
Depois liguei para as cadeias de TV e falei-lhes sobre a guerra de gangs que se estava a desenrolar nesse momento na Rua da Descobertas.
Peguei no meu carro e fui para a Rua da Descobertas. Cheguei a tempo de ver os dois parvalhões a matarem-se à pancada em frente de seis viaturas da polícia e uma série de repórteres de TV.
Já me sinto muito melhor.
Gerir a raiva sempre funciona.
enviado por MARTINS
Para um dia bem disposto.
Num avião, o piloto informa:
- Senhoras e senhores, o avião está perdendo a altitude e toda bagagem deverá ser atirada fora!
Apesar de mais coisas serem lançadas fora, o avião continuou perdendo altitude.
- Estamos ainda perdendo altitude! Teremos que atirar fora algumas pessoas! Avisa o piloto!
Há, neste momento, um grande rebuliço entre os passageiros.
E continua o piloto:
- Para fazer isso, de forma imparcial, os passageiros serão jogados para fora por ordem alfabética. Assim, começamos pela letra 'A'. Há algum 'Afro' a bordo?
Ninguém se move!
- 'B'... Algum 'Black' a bordo?
Nada!
- 'C'... Algum 'Crioulo' a bordo?
Continuou e... Nada!
- 'D'... Alguém 'De cor?'
De novo ninguém se mexeu!
- 'E'... Algum mais 'Escurinho'?
Nada!
Nisto, um pequeno menino negro pergunta ao pai:
- Pai, afinal o que nós somos???
- ZULUS, meu filho! Somos ZULUS!
- Senhoras e senhores, o avião está perdendo a altitude e toda bagagem deverá ser atirada fora!
Apesar de mais coisas serem lançadas fora, o avião continuou perdendo altitude.
- Estamos ainda perdendo altitude! Teremos que atirar fora algumas pessoas! Avisa o piloto!
Há, neste momento, um grande rebuliço entre os passageiros.
E continua o piloto:
- Para fazer isso, de forma imparcial, os passageiros serão jogados para fora por ordem alfabética. Assim, começamos pela letra 'A'. Há algum 'Afro' a bordo?
Ninguém se move!
- 'B'... Algum 'Black' a bordo?
Nada!
- 'C'... Algum 'Crioulo' a bordo?
Continuou e... Nada!
- 'D'... Alguém 'De cor?'
De novo ninguém se mexeu!
- 'E'... Algum mais 'Escurinho'?
Nada!
Nisto, um pequeno menino negro pergunta ao pai:
- Pai, afinal o que nós somos???
- ZULUS, meu filho! Somos ZULUS!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Parabéns Eusébio.
Eusébio da Silva Ferreira
(Jogador de futebol)
25-1-1942, L. Marques, atual Maputo, Moçambique
Dotado de uma velocidade e uma potência de finalização incomparáveis, é considerado um dos maiores jogadores de futebol do mundo. Jogou pelo Sporting de Lourenço Marques (1959-1960), Sport Lisboa e Benfica (1960-1976) e Sport Clube Beira-Mar (1976-1977). Tendo ficado conhecido como "Pantera Negra", participou de 64 jogos internacionais e marcou 41 gols. Vestiu a camisa da FIFA (duas vezes, fazendo dois gols) e a da UEFA (cinco vezes, fazendo oito gols). Foi dez vezes campeão nacional e venceu cinco Taças de Portugal e uma Taça dos Clubes Campeões Europeus. Conquistou duas vezes (1965 e 1973) a Bota de Ouro (France-Football) e uma vez a Bola de Ouro (France-Football). Na fase final do Campeonato Mundial de 1966, na Inglaterra, sagrou-se artilheiro, com nove gols. Terminada a carreira de jogador, continuou integrado ao quadro técnico do Benfica, que lhe prestou homenagem com uma festa de despedida, em 25 de Setembro de 1973, e com uma estátua na entrada do Estádio da Luz, inaugurada em 1994. Alcançou o espantoso recorde de 727 gols em 718 jogos oficiais a serviço do Benfica e da selecção nacional, sendo ainda hoje reconhecido internacionalmente como o maior símbolo do futebol português.
(Jogador de futebol)
25-1-1942, L. Marques, atual Maputo, Moçambique
Dotado de uma velocidade e uma potência de finalização incomparáveis, é considerado um dos maiores jogadores de futebol do mundo. Jogou pelo Sporting de Lourenço Marques (1959-1960), Sport Lisboa e Benfica (1960-1976) e Sport Clube Beira-Mar (1976-1977). Tendo ficado conhecido como "Pantera Negra", participou de 64 jogos internacionais e marcou 41 gols. Vestiu a camisa da FIFA (duas vezes, fazendo dois gols) e a da UEFA (cinco vezes, fazendo oito gols). Foi dez vezes campeão nacional e venceu cinco Taças de Portugal e uma Taça dos Clubes Campeões Europeus. Conquistou duas vezes (1965 e 1973) a Bota de Ouro (France-Football) e uma vez a Bola de Ouro (France-Football). Na fase final do Campeonato Mundial de 1966, na Inglaterra, sagrou-se artilheiro, com nove gols. Terminada a carreira de jogador, continuou integrado ao quadro técnico do Benfica, que lhe prestou homenagem com uma festa de despedida, em 25 de Setembro de 1973, e com uma estátua na entrada do Estádio da Luz, inaugurada em 1994. Alcançou o espantoso recorde de 727 gols em 718 jogos oficiais a serviço do Benfica e da selecção nacional, sendo ainda hoje reconhecido internacionalmente como o maior símbolo do futebol português.
Para começar o dia a rir
Num exame de Química
- Qual a diferença entre solução e dissolução?
Resposta do aluno:
- Se colocarmos um membro do governo em ácido sulfúrico e esperarmos que se dissolva, temos uma dissolução; se fizermos o mesmo com o governo inteiro obtemos a solução.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Explosão no aeroporto de Moscovo faz, pelo menos, 35 mortos
Explosão no aeroporto de Moscovo faz, pelo menos, 35 mortos
Pelo menos 35 pessoas morreram e cerca de 130 ficaram feridas na sequência de uma explosão no aeroporto de Domodedovo, segundo os últimos números avançados pela televisão estatal russa, que ficará a dever-se a um atentado suicida.
Fwd: A MAGIA DA CRISE
Embora em "espanhol", acho que é uma explicação clara do que se está a passar no nosso país… e a escola vai "a reboque" destas mega empresas!
Segue um estupendo truque de magia negra para quem quiser entender o que se está a passar com o brutal ataque de que quase todos somos vítimas. |
João J. C.Couto
domingo, 23 de janeiro de 2011
Crise em Portugal
"Ora aqui vai outro importante contributo, para que o Ministro das Finanças não continue a fazer de nós parvos, dizendo com ar sonso que não sabe em que mais cortar. Acabou o recreio! Se todos vocês reencaminharem como eu faço, ao fim do dia seremos centenas de milhar de "olhos mais bem abertos".Orçamento do Estado Todos os ''governantes'' [a saber: os que se governam...] de Portugal falam em cortes das despesas, mas não dizem quais, e aumentos de impostos, a pagar pela malta Não ouvi foi nenhum governante falar em: . Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados. . Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode . Acabar com os milhares de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e têm funcionários e administradores com 2º ou 3º emprego. . Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euros mês e que não servem para nada, antes acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc . Redução drástica das Juntas de Freguesia. . Acabar com o pagamento de 200 € por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 € nas Juntas de Freguesia . Acabar com o Financiamento aos Partidos. Que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem para conseguirem verbas para as suas actividades . Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País. . Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e família. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos. . Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos às escolas, ir ao mercado a compras, etc. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis... . Acabar com os "subsídios" de habitação e deslocação a deputados eleitos por circulos fora de Lisboa... que sempre residiram na Capital e nunca tiveram qualquer habitação nos circulos eleitorais a que concorreram! . Controlar os altos quadros "colocados" na Função Pública (pagos por nós...) que quase nunca estão no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total: HÁ QUADROS QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO OS DA COISA PÚBLICA... . Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCEPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder... . Acabar com os milhares de pareceres jurídicos e outros, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar. . Acabar com as várias reformas, acumuladas, por pessoa, de entre o pessoal do Estado e de entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado. . Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP, com os juros devidos! . Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e quejandos, onde quer que estejam e recuperar essas quantias para os cofres do Estado. . E por aí fora... Recuperaremos depressa a nossa posição, sobretudo a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado . . Quem pode explicar porque é que o Presidente da Assembleia da República tem, ao seu dispor, dois automóveis de serviço? Deve ser um para a "pasta" e outro para a "lancheira"!... Envie-a, pelo menos, 12 pessoas. Isto não pode parar. Nós contribuintes pagamos tudo. |
Hotel do buçaco
O Palace Hotel do Buçaco é uma edificação neomanuelina, construída entre 1888, ano da aprovação do projecto de Luigi Manini, e 1907, data em que abriu o concurso público para a sua concessão, por um prazo de 19 anos, ganho por Paul Bergamim e com contracto celebrado em 12 de Novembro desse mesmo ano. A história deste local é, no entanto, muito anterior, remontando a 1628-30, época que testemunhou o início da edificação do único Deserto carmelita existente em Portugal, e do qual apenas a igreja foi conservada e integrada no projecto oitocentista.
De acordo com estudos recentes, particularmente desenvolvidos por Paulo Varela Gomes (2004, pp.37-43), o convento dos Carmelitas Descalços constituiu uma obra de arte total, da qual faziam parte a própria mata, cuja frondosa e muito diversificada vegetação é evocativa do monte carmelo e do paraíso terrestre, bem como todas as construções associadas, de que destacamos as ermidas e as capelas da Via Crucis, que representam os Passos e as estações da Paixão, e compõem o mapa da cidade Santa de Jerusalém (IDEM, p. 38). A Via Sacra deve-se à iniciativa de Manuel de Saldanha, Reitor da Universidade de Coimbra, mas as capelas que hoje conhecemos são 50 anos posteriores, do final do século XVII, e mandadas construir pelo bispo-conde de Coimbra, D. João de Melo. À semelhança de outros exemplos do Buçaco, também estes pequenos edifícios de planta quadrada foram revestidos por materiais pobres, constituindo os denominados embrechados, considerados, actualmente, um dos aspectos arquitectónicos mais originais do conjunto (MECO, 2004, p.94).
Do ponto de vista da interpretação deste Deserto, e retomando, de forma genérica, a via seguida por Paulo Varela Gomes, o Buçaco enquadra-se nas discussões sobre a origem da Ordem, que geraram acesa polémica no seio da Igreja. A este quadro junta-se a situação política portuguesa e a Inquisição, cujos membros mais significativos se encontram ligados ao Buçaco, e à Via Crucis que destaca a pressão judaica na morte de Jesus, conferindo maior destaque ao Pretório e ao Calvário (p.39). Assim, pode concluir-se que "O Sacromonte foi embelezado e desenvolvido como afirmação poderosa da antiguidade dos Carmelitas e da intransigência católica" (pp. 39-40).
Já depois da Extinção das Ordens Religiosas, D. Maria Pia pretendeu criar neste espaço um palácio real, que rivalizasse com a Pena, mas os planos acabaram por não se concretizar e o então Ministro das Obras Públicas, Emídio Navarro, muito ligado ao Buçaco, propôs a construção de um palácio do Povo, ou seja, um hotel (ANACLETO, 2004, p.66). Para tal, encarregou o cenógrafo Luigi Manini, que terminou as primeiras aguarelas em 1886. O plano foi aprovado em 1888 e as obras tiveram início ainda nesse ano. A antiga igreja, em torno da qual se encontravam as primitivas celas, foi conservada no seio do novo edifício, bem como algumas das estruturas conventuais. Manini inspirou-se na Torre de Belém e no Claustro dos Mosteiro de Santa Maria de Belém, para criar no Buçaco uma obra que não pode ser considerada apenas como um neo, mas sim como uma recriação ecléctica que denota aspectos historicistas, mas pouco relacionados com o retorno ao passado ou a ideias românticas (ANACLETO, 2004, p.66).
Sem nos podermos alongar demasiadamente nesta descrição, salientamos ainda alguns dos nomes ligados a esta grandiosa obra, como foram os arquitectos Nicola Bigaglia, José Alexandre Soares e Manuel Joaquim Norte Júnior, este último responsável, em 1905, pelo projecto da denominada Casa dos Brasões, que segue a lógica das Beaux-Arts. A partir de 1903, foram contratados diversos artistas para decorar os interiores do Hotel, entre os quais se encontram os pintores António Ramalho, Carlos Reis, João Vaz, o pintor de azulejo Jorge Colaço (que executou, entre outros, os painéis do vestíbulo, alusivos à Batalha do Buçaco), e o escultor Costa Motta Sobrinho, responsável pelos grupos escultóricos da Via Sacra. (RC)
FONTE : IPPAR eck out this SlideShare Presentation:
De acordo com estudos recentes, particularmente desenvolvidos por Paulo Varela Gomes (2004, pp.37-43), o convento dos Carmelitas Descalços constituiu uma obra de arte total, da qual faziam parte a própria mata, cuja frondosa e muito diversificada vegetação é evocativa do monte carmelo e do paraíso terrestre, bem como todas as construções associadas, de que destacamos as ermidas e as capelas da Via Crucis, que representam os Passos e as estações da Paixão, e compõem o mapa da cidade Santa de Jerusalém (IDEM, p. 38). A Via Sacra deve-se à iniciativa de Manuel de Saldanha, Reitor da Universidade de Coimbra, mas as capelas que hoje conhecemos são 50 anos posteriores, do final do século XVII, e mandadas construir pelo bispo-conde de Coimbra, D. João de Melo. À semelhança de outros exemplos do Buçaco, também estes pequenos edifícios de planta quadrada foram revestidos por materiais pobres, constituindo os denominados embrechados, considerados, actualmente, um dos aspectos arquitectónicos mais originais do conjunto (MECO, 2004, p.94).
Do ponto de vista da interpretação deste Deserto, e retomando, de forma genérica, a via seguida por Paulo Varela Gomes, o Buçaco enquadra-se nas discussões sobre a origem da Ordem, que geraram acesa polémica no seio da Igreja. A este quadro junta-se a situação política portuguesa e a Inquisição, cujos membros mais significativos se encontram ligados ao Buçaco, e à Via Crucis que destaca a pressão judaica na morte de Jesus, conferindo maior destaque ao Pretório e ao Calvário (p.39). Assim, pode concluir-se que "O Sacromonte foi embelezado e desenvolvido como afirmação poderosa da antiguidade dos Carmelitas e da intransigência católica" (pp. 39-40).
Já depois da Extinção das Ordens Religiosas, D. Maria Pia pretendeu criar neste espaço um palácio real, que rivalizasse com a Pena, mas os planos acabaram por não se concretizar e o então Ministro das Obras Públicas, Emídio Navarro, muito ligado ao Buçaco, propôs a construção de um palácio do Povo, ou seja, um hotel (ANACLETO, 2004, p.66). Para tal, encarregou o cenógrafo Luigi Manini, que terminou as primeiras aguarelas em 1886. O plano foi aprovado em 1888 e as obras tiveram início ainda nesse ano. A antiga igreja, em torno da qual se encontravam as primitivas celas, foi conservada no seio do novo edifício, bem como algumas das estruturas conventuais. Manini inspirou-se na Torre de Belém e no Claustro dos Mosteiro de Santa Maria de Belém, para criar no Buçaco uma obra que não pode ser considerada apenas como um neo, mas sim como uma recriação ecléctica que denota aspectos historicistas, mas pouco relacionados com o retorno ao passado ou a ideias românticas (ANACLETO, 2004, p.66).
Sem nos podermos alongar demasiadamente nesta descrição, salientamos ainda alguns dos nomes ligados a esta grandiosa obra, como foram os arquitectos Nicola Bigaglia, José Alexandre Soares e Manuel Joaquim Norte Júnior, este último responsável, em 1905, pelo projecto da denominada Casa dos Brasões, que segue a lógica das Beaux-Arts. A partir de 1903, foram contratados diversos artistas para decorar os interiores do Hotel, entre os quais se encontram os pintores António Ramalho, Carlos Reis, João Vaz, o pintor de azulejo Jorge Colaço (que executou, entre outros, os painéis do vestíbulo, alusivos à Batalha do Buçaco), e o escultor Costa Motta Sobrinho, responsável pelos grupos escultóricos da Via Sacra. (RC)
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Não esmoreças nem desistas.
Trabalha duro!
Milhares de pessoas que vivem do Rendimento Mínimo, sem trabalhar, dependem de ti!
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