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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Notícias de Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011

Jornais do Dia enviado para Abaciente
Jornais do Dia


Bom dia Abaciente,

Enviamos-lhe as capas dos jornais e as principais notícias de Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011.

Capa do Correio da Manhã Correio da Manhã

Arraiolos: Feridos em despiste
Tavira: Combate à poluição
Turismo: Menos procura em 2011
VRSA: Câmara aprova descontos
Huelva: Caso Mariluz julgado

Capa do Público Público

Juros da dívida dispararam em várias frentes na véspera de nova emissão
Ondas de 10 metros lançam aviso vermelho na costa portuguesa
Suspeito de dois assaltos baleado por polícia depois de disparar contra a polícia
Benfica perdeu com o Ventspils e complicou apuramento na EuroChallenge
Google cria instituto científico para estudar futuro da Internet

Capa do Diário de Notícias Diário de Notícias

GNR expulsa 10 militares envolvidos em crimes
Um em cinco reclama das telecomunicações
Pessoas com 85 anos e mais quadruplicaram em 40 anos
Mulher que atropleu na passadeira escapa a prisão
Falso alarme de bomba na Sociedade de Geografia

Capa do Jornal de Notícias Jornal de Notícias

Maratona do beijo bate recorde do Guinness
Preços dos alimentos estão em "níveis perigosos"
"Larga maioria dos comboios" deverá ficar hoje parada
Piscinas municipais sem IVA ou a cobrar taxas diferentes
Suprimidos comboios Intercidades e suburbanos devido à greve

Capa do i i

Ariane 5. Olhos da missão estiveram no Monte das Flores durante oito minutos críticos
Dólares. Investigação procura ainda 3 milhões
Governo dá a mão à cultura e manda-a dar uma volta (lá fora)
Magistrados. Novas alterações do PS facilitam progressão na carreira
Ex-ministra do PS critica medidas de Sócrates contra o Estado social

Capa do Diário Económico Diário Económico

"Escapamos ao FMI por uma unha negra se UE nos ajudar"
Preços dos alimentos estão em níveis perigosos
Venezuela é o país do mundo com mais reservas certificadas de Petróleo
Madoff diz que a sua fraude era conhecida pelos bancos
Costa ocidental portuguesa sob aviso vermelho devido a ondas de 10 metros

Capa do Jornal Negócios Jornal Negócios

Greve: 78% de supressões de comboios até às 06h00
Madoff diz que a sua fraude era necessariamente conhecida pelos bancos
Preços dos alimentos estão em níveis perigosos
Vídeo: Ulisses Pereira continua optimista na Jerónimo Martins
Fusão vai trazer maior visibilidade à bolsa de Lisboa

Capa do Oje Oje

Via Verde quer novos accionistas
NYSE e Deutsche Börse acordam fusão
ICT do sector privado subiu 4,1%
Barclays lucra 3,5 mil milhões em 2010
EDF lucra menos 74% com provisões

Capa do Destak Destak

Tottenham ganha em Milão (1-0), Schalke empata em Valência com golo histórico de Raul
Paulo Sérgio suspenso, falha Sporting-Benfica
Parlamento aprova lei que permite fechar sites que violem direitos de autor
Yannick é novidade nos eleitos para o embate com o Rangers
Governo tem planos de contingência para retirar cidadãos portugueses

Capa do A Bola A Bola

Chineses remedeiam a crise
Liga aprovou Municipal de Portimão
A história repetida três vezes
Alberto Contador chegou em hora de vazio
Desafio messiânico para Villas Boas

Capa do Record Record

Dias Ferreira garante apoio de Figo
A epopeia de Falcão pede um novo capítulo
Hildebrand: «Aimar é grande jogador»
Jesus já faz parte da mobília
Espírito de grupo para voltar a ganhar

Capa do O Jogo O Jogo

Lakers sofrem derrota mais pesada da temporada. Nem treinador nem jogadores encontram justificações
FC Porto, Benfica e SC Braga multados por comportamentos impróprios dos adeptos
Benfica perde com Ventspils (71-74) e falha apuramento na Eurochallenge
Caicedo quer vingança do Real Madrid
Renan: "Um tropeção sexta-feira seria trágico para as nossas metas e ambições"



Cumprimentos,

Jornais do Dia


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ALGARVIADA - Para um dia bem disposto

ALGARVIADA

Pergunta o miúdo à mãe:
- Ó mãe, o qué um insete?


- Ê cá nã sê, preguntá mana...!


- Ó mana, o qué um insete?
- Pôs nã sê... preguntó pai...!


-Ó pai, o qué um insete?
-Ó mê ganda burre... um insete sã... Oite!!!.

A HISTÓRIA DO CAPUCHINHO VERMELHO NOTICIADA HOJE

A HISTÓRIA DO CAPUCHINHO VERMELHO NOTICIADA HOJE

Na TV portuguesa:


TELEJORNAL - RTP1
"Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem... mas a actuação de um caçador evitou uma tragédia"


JORNAL DA NOITE - SIC
"Vamos agora dar-lhe conta de uma notícia de última hora. Uma menina foi literalmente engolida por um lobo quando se dirigia para casa da sua avó! Esta é uma história aterradora mas com um final feliz... o Sr. telespectador não vai acreditar mas, esta linda criança foi retirada viva da barriga do lobo! Simplesmente genial!"


JORNAL NACIONAL - TVI
"... onde vamos parar, onde estão as autoridades deste país?! A menina ia sozinha para a casa da avó a pé! Não existe transporte público naquela zona? Onde está a família desta menina? E a Comissão de Protecção de Menores? Tragicamente esta criança foi devorada viva por um lobo. Em épocas de crise, até os lobos, animais em vias de extinção, resolvem aparecer?? Isto é uma lambada na cara da actual governação portuguesa."


Entretanto manifeste a sua opinião e ligue para:
707696901 se acha que a culpa é do lobo
707696902 se acha que a culpa é do capuchinho
707696903 se acha que a culpa é do governo


Na imprensa portuguesa:


CORREIO DA MANHÃ
"Governo envolvido no escândalo do Lobo"


JORNAL DE NOTICIAS
"Como chegar à casa da avozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho"


Revista MARIA
"Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama"


A BOLA
"Lobo será reforço de inverno na Luz"


JOGO
"Mourinho quer Caçador no Real"


LUX
"Na cama com o lobo e a avó"

EXPRESSO
Legenda da foto: "Capuchinho, à direita, aperta a mão do seu salvador".
Na reportagem, caixa com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Capuchinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.


PÚBLICO
"Lobo que devorou Capuchinho Vermelho seria filiado no PS"


O PRIMEIRO DE JANEIRO
"Sangue e tragédia na casa da avozinha"


CARAS
Ensaio fotográfico com Capuchinho na semana seguinte:
Na banheira de hidromassagem, Capuchinho fala à CARAS: "Até ser devorada, eu não dava valor à vida. Hoje sou outra pessoa."


MAXMEN
Ensaio fotográfico no mês seguinte:
"Veja o que só o lobo viu"


SOL
"Gravações revelam que lobo foi assessor político de grande influência"

Uma tomada de posição que arrasa a ADD

Mais uma tomada de posição - Dep. C. S. H. da Escola Secundária de Amora

Por múltiplas formas, a denúncia da incompetência do processo de avaliação em curso não pára de crescer nas escolas.

Transcreve-se, a seguir, o requerimento aprovado (49 votos a favor e 7 contra) pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas, da Escola Secundária de Amora. Este documento explicita alguns dos obstáculos e dos problemas queimpossibilitam, objectivamente, a concretização deste modelo de avaliação. 
Os professores requerem superiormente os esclarecimentos relativos aos problemas que enunciam e consideram-se impossibilitados de prosseguir o processo avaliativo, enquanto esses esclarecimentos não forem efectuados.

Requerimento

Exmo. Sr. Director 
da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Amora 

Após cinco meses de trabalho de análise do conteúdo dos documentos legais relativos à avaliação do desempenho docente, os professores do Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Amora vêem-se confrontados com obstáculos que ainda não conseguiram ultrapassar e que se lhes afiguram impeditivos da salvaguarda do direito de todos os professores a uma avaliação justa, séria e credível. 

1. O primeiro grave obstáculo diz respeito à falta de formação para o exercício da função de professor relator. Há três anos que os professores reivindicam essa formação como condição necessária para o cumprimento credível dessa função. O Conselho Científico para a Avaliação dos Professores recomendou formalmente que essa formação teria de ser de média e de longa duração, ministrada por instituições do ensino superior. Esta formação é necessária não apenas para os professores relatores poderem exercer com credibilidade a sua função, como é fundamental para que os professores avaliados possam reconhecer neles essa mesma credibilidade.Este é um obstáculo que ainda não conseguimos ultrapassar. 

2. O segundo obstáculo, provavelmente derivado do primeiro, prende-se com a objectiva impossibilidade de resolução dos problemas técnicos que a execução prática do modelo de avaliação suscita. Desses problemas técnicos damos, de seguida, alguns exemplos e requeremos os respectivos esclarecimentos. 

1.º Problema. 
Indicador: «Reconhecimento do dever de promoção do desenvolvimento integral de cada aluno». 
descritor, dos níveis «Excelente» e «Muito Bom», correspondente a este indicador é o seguinte: «Revela profundo comprometimento na promoção do desenvolvimento integral do aluno». 
Requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— De que modo é fiável avaliar se um professor está «comprometido na promoção do desenvolvimento integral de um aluno»? 
— Com duas ou três aulas observadas, de que modo pode ser avaliado, com um mínimo de fiabilidade, o comprometimento do professor no desenvolvimento integral de «cada» aluno (conforme enuncia o indicador)? 
— Relativamente aos professores que não têm aulas observadas como deve ser realizada, de modo fiável, essa avaliação? 
— De que modo fiável se determina a fronteira entre estar profundamente comprometido e estar apenas comprometido? Segundo que critérios se avalia o grau de profundidade de um comprometimento? 
— Quais são os critérios que permitem estabelecer a fronteira que separa o desenvolvimento integral do desenvolvimento não integral de um aluno, e que critérios permitem aferir a respectiva promoção desse desenvolvimento? 

2.º Problema.  
Indicador«Responsabilidade na valorização dos diferentes saberes e culturas dos alunos.» Este indicador, inexplicavelmente, não tem ligação com nenhum dos treze descritores existentes. 
Requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— Que critérios fiáveis permitem aferir se um professor valoriza os diferentes saberes e culturas dos alunos? 
— Quando se pretende a valorização dos diferentes saberes e culturas dos alunos isso significa que todos os saberes e culturas devem ser igualmente valorizados, independentemente dos valores que essas culturas defendam? Se não forem igualmente valorizados, que critérios devem presidir à sua diferenciação? 
— Como se deve avaliar, sem aulas observadas, se um professor valoriza ou não valoriza os saberes e as culturas dos seus alunos? 

3.º Problema 
Descritor: «O docente demonstra claramente que reflecte e se envolve consistentemente na construção do conhecimento profissional e no seu uso na melhoria das práticas.» (Nível «Excelente») 
Requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— Como se deve proceder à distinção entre uma demonstração clara e umademonstração não clara? Existem demonstrações não claras? De que características se revestem? 
— Como se define, em termos comportamentais, uma «envolvência consistente»? 
— Como se determina, de modo fiável e observável, a fronteira entre umaenvolvência consistente e uma envolvência não consistente

4.º Problema 
Descritor«Revela um profundo comprometimento na promoção do desenvolvimento integral do aluno e investe na qualidade das suas aprendizagens.» (Níveis «Excelente» e «Muito Bom»). 
Descritor: «Revela comprometimento na promoção do desenvolvimento integral do aluno e na qualidade das suas aprendizagens.» (Nível «Bom»). 
A diferença entre os níveis «Excelente» e «Muito Bom» e o nível «Bom» reside exclusivamente na ausência, neste último, dos termos «profundo» e «investe», 
Requeremos o seguinte esclarecimento: 
— Entre um profundo comprometimento e um comprometimento que não seja profundo como deve ser medida a diferença? Isto é, que comportamentos configuram um profundo comprometimento, e que comportamentos configuram um comprometimento não profundo? 

5.º Problema 

Descritor«Participa no trabalho colaborativo e nos projectos da escola com alguma regularidade.» (Nível «Bom») 
Requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— No contexto específico da «participação no trabalho colaborativo e nos projectos da escola», como se mede a regularidade no trabalho colaborativo? Aquele que participa no trabalho colaborativo com «regularidade» é aquele que colabora todos os meses, todas as semanas, algumas vezes por semana, todos os dias? Como se mensura, enquanto comportamento, a participação com «regularidade», no trabalho colaborativo? 
— O quantificador existencial «alguma» (regularidade), presente neste descritor, remete para uma indeterminação. Como deve ser medida essa indeterminação? 

6.º Problema 
Descritor: «O docente demonstra alguma preocupação com a qualidade das suas práticas [...]» (Nível «Regular»). 
Descritor: «Revela alguma preocupação com as aprendizagens dos alunos [...]»(Nível «Regular»).
Constata-se que ambos os descritores enunciam um estado de espírito: «preocupação». 
Requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— Como se mensura um estado de espírito? Que critérios operativos devem ser utilizados para medir um estado de espírito? 
— Também neste descritor se encontra o quantificador existencial «alguma», que nos remete para uma indeterminação. Como é possível avaliar através de um quantificador indeterminado? Como é possível avaliar através de um quantificador indeterminado um estado de espírito? 

7.º Problema 
Esta dimensão é composta por quatro domínios, sendo que dois desses domínios são avaliados apenas nos casos em que os professores têm aulas observadas. Todavia, existem descritores que sobrepõem domínios avaliáveis em situação de aula observada com domínios que são avaliados sem aulas observadas. Isto é, sobrepõem o domínio «preparar/organizar actividades lectivas» com o domínio «realizar actividades lectivas» (por exemplo, 4.º e 6.º descritores do nível «Excelente»). 
Requeremos o seguinte esclarecimento: 
— Nestes casos, como deve ser operacionalizada a avaliação? 

8.º Problema  
Indicador«Comunicação com rigor e sentido do interlocutor». 
Requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— Que significado deve ser atribuído à expressão: «Comunicação [...] com sentido do interlocutor»?  
— Em termos avaliativos, qual a operacionalização que deve ser dada a este enunciado? 

9.º Problema 
Descritor«Constitui uma referência para o desempenho dos colegas com quem trabalha». 
Inexplicavelmente, este descritor não tem relação com qualquer um dos catorze indicadores. 
Requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— Como deve ser contextualizado, em termos avaliativos, um descritor sem indicador? 
— Quais são os critérios que permitem avaliar, de modo fiável, se um professor é uma «referência»? 
— Neste caso concreto, o descritor enuncia que o professor deve ser uma referência, mas não indica «em quê»? Da ausência de especificação da referência deve inferir-se que o professor deve ser uma referência na totalidade dos catorze indicadores? Sendo assim, como se operacionaliza essa avaliação? Se não se refere a todos os indicadores, refere-se a quantos e a quais? 

10.º Problema 
Descritor«O docente evidencia elevado conhecimento científico, pedagógico e didáctico inerente à disciplina/área curricular.» 
Requeremos o seguinte esclarecimento: 
— O que se entende por «elevado conhecimento científico»? Qual a fronteira entre um conhecimento científico elevado e um conhecimento científico não elevado? 
— De que forma é que os professores podem revelar possuir «elevado conhecimento científico»? 
— Existem dois modos de se evidenciar ser detentor de conhecimento científico: através de texto escrito e através de texto oral. 
A nível oral: não sendo a aula (do ensino básico ou do ensino secundário) um local adequado para a apresentação de profundas exposições nem para demonstrações científicas que permitam aquilatar da elevação de um conhecimento, como pode/deve ser avaliado o elevado conhecimento científico de um professor? 
A nível escrito: que textos escritos deve o professor elaborar para demonstrar o seu «elevado conhecimento científico»? Escrever livros? Redigir ensaios? Publicar artigos em revistas da especialidade? Fazer um trabalho sobre uma determinada matéria? 
— Quem é detentor de autoridade e de credibilidade científica para avaliar o elevado conhecimento científico de alguém? 
— Do ponto de vista formal, para que o processo não seja a priori descredibilizado, o avaliador terá de possuir uma habilitação académica superior ao avaliado — tanto mais que será chamado a avaliar do elevado nível de conhecimento científico do seu avaliado. Todavia não é isto que se passa. Como se ultrapassa este problema? 

11.º Problema  
Descritor«Planifica com rigor, integrando de forma coerente e inovadora propostas de actividades, meios, recursos e tipos de avaliação das aprendizagens.» 
Em contexto pedagógico, a inovação, além de não ser um fim em si mesmo, muitas vezes, não é sequer um meio. Em contexto pedagógico, os problemas não só não têm de ser resolvidos de modo inovador como, em muitos casos, não devem ser resolvidos de modo inovador. Devem ser resolvidos de modo adequado a cada aluno, e esse modo adequado pode não ter nada de inovador. 
Assim, requeremos o seguinte esclarecimento: 
— Em termos de avaliação do desempenho do professor, como deve ser resolvido este problema (o descritor determinar uma prática e a pedagogia e o interesse do aluno determinarem outra)? 

12.º Problema 
Descritor«Planifica de forma adequada» 
A adequação de uma planificação só é susceptível de ser avaliada a posteriori
Só depois de aplicada é que o professor saberá se a planificação foi adequada, e, muitas vezes, não o consegue saber imediatamente após aplicação, e, outras vezes, nunca o virá a saber, com a certeza que gostaria de saber.
Sendo assim, aquilo que poderá ser objecto de uma avaliação a priori (que é disto que se trata no presente descritor, porque são outros os descritores que abordam aprática) será apenas o carácter presumivelmente adequado da mesma, tendo em atenção as características da turma. Ou seja, o que será susceptível de ser avaliado é a fundamentação que o professor apresenta para optar por determinada planificação, e não por outra, em função do conhecimento dos seus alunos. Todavia, o professor relator não conhece a turma (não conhece rigorosamente nada, nos casos em que não observa aulas; e pouco mais que nada conhece, nos casos em que observa duas ou três aulas, conforme está previsto). Isto é, o professor relator não tem condições para avaliar se é adequada ou presumivelmente adequada a planificação elaborada pelo professor avaliado, por desconhecimento dos alunos aos quais ela se destina.  
Requeremos o seguinte esclarecimento: 
— Tendo presente esta impossibilidade, como deve ser feita a avaliação? 

13.º Problema 
Descritor«Promove consistentemente a articulação com outras disciplinas e áreas curriculares e a planificação conjunta com pares.» (Nível Excelente)  
É sabido que alguns advérbios avaliativos são de objectivação particularmente difícil ou mesmo impossível. É o caso do advérbio «consistentemente», presente neste descritor. Deste modo requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— De que modo é possível determinar a fronteira entre uma promoção consistente e uma promoção não consistente
— Que critérios deve o avaliador utilizar para definir essa fronteira?
— Se não definir essa fronteira, como poderá o professor relator avaliar o nível em que se situa o desempenho do professor avaliado? 

14.º Problema 
descritor do nível «Excelente» enuncia: «Concebe e aplica estratégias de ensino adequadas às necessidades dos alunos e comunica com rigor e elevada eficácia.» 
Por sua vez, o descritor do nível «Muito Bom» diz: «Concebe e aplica estratégias de ensino adequadas às necessidades dos alunos e comunica com rigor e eficácia.»  
Constata-se, nestes dois descritores, que a diferença entre um professor «Excelente» e um professor «Muito Bom» reside no facto de um comunicar com «elevada eficácia» e o outro comunicar apenas com «eficácia». Isto pressupõe afirmar que é possível determinar, com clareza, a diferença entre uma eficácia «elevada» e um eficácia «não elevada». 
Deste modo, requeremos os seguintes esclarecimentos: 
— Como se determina a fronteira entre uma comunicação realizada com «elevada eficácia» e uma comunicação realizada com uma eficácia não elevada? 
— Quais são os instrumentos avaliativos que possibilitam a medição da eficácia

15.º Problema 
A primeira parte do quarto descritor do nível «Bom» enuncia: «Procura adequar as estratégias de ensino às necessidades dos alunos [...]» 
A primeira parte do descritor do nível «Regular» diz: «Implementa estratégias de ensino nem sempre adequadas às necessidades dos alunos [...]» 
«Procurar adequar as estratégias» significa que o professor tenta implementar estratégias adequadas, o que comporta a possibilidade de não conseguir implementar estratégias adequadas. Apesar disso, segundo o descritor, este desempenho situa-se no nível «Bom». 
Todavia, um professor que efectivamente implemente estratégias de ensino adequadas, ainda que nem sempre o faça, é penalizado e classificado como «Regular». 
Requeremos o seguinte esclarecimento: 
— Um professor que implemente estratégias de ensino adequadas, ainda que nem sempre o consiga deve ser penalizado relativamente a um outro que apenas procura adequar as estratégias, mas que pode não conseguir implementá-las? 

Acabámos de referir exemplos de problemas relativos às duas primeiras dimensões dos Padrões de Desempenho. Todavia, problemas desta natureza repetem-se nas restantes dimensões. 

Estamos, deste modo, confrontados com a dificuldade de ultrapassar estes obstáculos e estes problemas. Problemas que, enquanto não esclarecidos,objectivamente nos impedem de prosseguir os trabalhos relativos ao processo avaliativo

A seriedade profissional a que estamos obrigados exige que requeiramos junto de V. Exa., ou de quem V. Exa. considerar dever endereçar, estes imprescindíveis esclarecimentos. 


Amora, 15 de Fevereiro de 2011 
(Seguem-se assinaturas)

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Aproveito para divulgar a lista de escolas (retirada do blogue da APEDE) que publicamente já manifestaram a sua oposição ao processo de avaliação em curso e à anunciada revisão curricular:





Escola EB 2/3 Luisa Todi, Setúbal (Reorganização Curricular)

Escola Secundária D. João II, Setúbal (Reorganização Curricular)

Agrupamento Vertical Clara de Resende, Porto (ADD e Reorganização Curricular)







Agrupamento de Escolas de São Silvestre, Coimbra (ADD)



Agrupamento Vertical Fernando Casimiro Pereira da Silva, Rio Maior (Moção do Conselho Pedagógico sobre ADD)

Habilidades de um guarda-redes


Chama-se Lassi Hurskainen e é a mais recente coqueluche de vídeos desportivos no Youtube. Este jovem guarda-redes finlandês fez furor ao apontar um golo de baliza a baliza na liga do seu país e agora resolveu mostrar que os guarda-redes afinal são bons com os pés.

Aviso da Direcção Geral de Saúde

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tá excelente ....

Cinco cirurgiões discutiam sobre quais os melhores pacientes numa sala de operações

Dizia o primeiro:
- Gosto de operar contabilistas porque, quando os abres, todos os órgãos
estão numerados e ordenados.
O segundo retorquiu:
- Sim, mas melhor são os electricistas porque todos os órgãos estão codificados por cores. Não há qualquer   risco de engano.
Ao que respondeu o terceiro:
- Qual quê!!! Os melhores são os bibliotecários. Dentro deles tudo está ordenado alfabeticamente.
O quarto cirurgião opinou:
- Não há como os mecânicos. Eles até já transportam uma reserva dos órgãos que são necessários substituir.
Finalmente, disse o quinto:
- Deixem-me discordar de todos vocês, meus caros companheiros mas, em minha opinião, os melhores pacientes para operar são os políticos. Não têm coração, não têm estômago nem tomates. Além disso,  pode-se-lhes trocar o cérebro com o cú que ninguém dá conta de nada ...
--
João J. C.Couto

Notícias de Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011

Jornais do Dia enviado para Abaciente
Jornais do Dia


Bom dia Abaciente,

Enviamos-lhe as capas dos jornais e as principais notícias de Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011.

Capa do Correio da Manhã Correio da Manhã

Valongo: Três feridos em colisão
Mãe de Renato quer ir viver para os EUA
Carlos Azenha: Técnico demite-se
Silvio Berlusconi: Reage a 'manifs'
Alexandre Quintanilha: Nomeado presidente

Capa do Público Público

Processo do microchip vai ser alterado porque o sistema não identifica alguns animais
Economia fecha 2010 em queda e agrava receios de recessão
Curto-circuito provocou pequeno incêndio no edifício da câmara do Porto
Zona euro abdica de reforçar o fundo de emergência financeira depois de 2013
"Luisão vai acabar carreira no Benfica", diz Luís Filipe Vieira

Capa do Diário de Notícias Diário de Notícias

CDS-PP vai abster-se em moção que "não é a sério"
Autarquias já têm programas que salvam idosos isolados
Nem pescadores escapam à GNR
40% trocam mensagens atrevidas na Internet
Voto electrónico deixou de ser prioridade

Capa do Jornal de Notícias Jornal de Notícias

Oitenta por cento da população mundial sem protecção social
Prostitutas ajudavam em megaburla com IRS
Luisão "acaba carreira" no Benfica
Dias Ferreira é candidato à presidência do Sporting
CDS vai abster-se na moção de censura do BE ao Governo

Capa do i i

Afeganistão. Governo autoriza GNR a gastar 1,5 milhões por ajuste directo
Censura. CDS-PP abstém-se face a moção que "não é séria"
Teleassistência a idosos. "Só agora é que o governo se lembra?"
Sindicalista do STAL foi absolvido
Espinho. Professora do sexo ameaçava passar "com o carro por cima dos alunos"

Capa do Diário Económico Diário Económico

Curto-circuito provoca pequeno incêndio no edifício da câmara municipal
Preço do café sobe no máximo 7,5%
Economia portuguesa deverá entrar em recessão até Março
"Quer extinguir-se a escola privada, pondo uma pública ao lado"
LG Portugal entra no segmento empresarial

Capa do Jornal Negócios Jornal Negócios

Bolsas asiáticas valorizam pelo segundo dia
As notícias em foco na edição de hoje, dia 15 de Fevereiro, no Negócios
"Cajas" venderam metade dos investimentos em Portugal
Bancos cobraram 2,6 mil milhões em comissões
Exportadora não cresce por falta de especialistas

Capa do Oje Oje

Wall Street encerra equilibrada numa sessão animada pelas energéticas
Crédito especializado sobe em 2010
Juros da dívida pública estão em máximos
Economia contraiu 0,3% no quarto trimestre
Número de passageiros vai subir 32%

Capa do Destak Destak

Por falar em todos os outros
As gémeas e o risco do rapto parental
Natalie Portman, versão rapper
Homem morto há uma semana encontrado no seu apartamento
Yannick apto, Valdés falha Rangers e Benfica

Capa do A Bola A Bola

Madeirenses em alerta amarelo
Carlos Pereira sem medo de acção judicial do FC Porto
Aimar chega à centena
Só Sevilha, só Falcao
Contador às portas da Volta ao Algarve

Capa do Record Record

Matías para o Rangers
Jara no ataque ao Estugarda
Boxeur Otamendi dá triunfos por KO
Freitas abre porta ao regresso a Alvalade
Carole acelera integração

Capa do O Jogo O Jogo

Scolari apoia decisão de Ronaldo
Raúl admite que deslocação a Valência será "memorável"
Valdés: "Casillas não tocou no Callejón"
Dias Ferreira confirma que é candidato à presidência
Leonardo Jardim: "Não tivemos critério na finalização"



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MEDICINA NO MEIO RURAL

  • MEDICINA NO MEIO RURAL

  • Um velho doutor que sempre trabalhara no meio rural, achou que tinha chegado a hora de se aposentar depois de ter exercido medicina mais de 50 anos !
  • Ele encontrou um jovem médico para o lugar dele e sugeriu ao novo diplomado que o acompanhasse nas visitas domiciliares, para que as
  • pessoas se habituassem a ele progressivamente.

  • Na primeira casa uma mulher queixou-se que lhe doía muito o estômago.
  • O velho doutor respondeu-lhe:
  • - Sabe, a causa provável é que você abusou das frutas frescas... Por que não reduz a quantidade que consome ?

  • Quando eles saíram da casa o jovem disse:
  • - O senhor nem sequer examinou aquela mulher... Como conseguiu chegar ao diagnóstico assim tão rápido ?

  • - Oh, nem valia a pena examina-la.... Você notou que eu deixei cair o estetoscópio no chão ? Quando me abaixei para apanha-lo, notei que havia meia dúzia de cascas de mangas, um pouco verdes, no balde do lixo. Éprovável que isso lhe deu as dores. Na próxima visita você se encarrega do exame.

  • - Humm ! Que esperteza ! Eu penso que vou tentar empregar essa técnica.

  • Na casa seguinte, eles passam vários minutos a falar com uma mulher ainda jovem. Ela queixava-se de uma grande fadiga:
  • - Eu sinto-me completamente sem forças...

O jovem doutor disse-lhe então :
 
- Você deu provavelmente muito de si para a igreja... Se reduzir essa
actividade, talvez recupere um pouco da sua energia.

Assim que deixaram aquela casa, o velho doutor disse para o novo :

- O seu diagnóstico surpreendeu-me... Como é que chegou à conclusão que
  aquela mulher se dava de corpo e alma aos trabalhos religiosos ?

- Eu apliquei a mesma técnica que o senhor me indicou : deixei cair o meu estetoscópio e, quando me abaixei para o apanhar, vi o padre debaixo da cama...!!!

Los montestianmen

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A busca pela verdade e a não-violência foram fundamentais para a emancipação política da Índia. Mahatma Gandhi, precursor de tais idéias, foi o grande articulador deste processo. Como um homem tão franzino e tão humilde pode alcançar tamanha proeza? Conforme demonstra em Autobiografia: minha vida e minhas experiências com a verdade e em A roca e o calmo pensar, Gandhi acreditava que Deus o guiara de forma que praticasse o bem. Os caminhos percorridos foram tortuosos, mas essenciais para que ele se sensibilizasse com a situação política indiana e mobilizasse o povo a lutar pela libertação do país. Mohandas Karamchand Gandhi nasceu em Porbandar, em 02 de outubro de 1869. A família pertencia à casta bania (formada por mercadores e comerciantes) e não possuía muitos bens. O avô e o pai participaram ativamente da vida política do país, exercendo cargos ministeriais. Segundo relata, o pai, Kaba Gandhi, era um homem incorruptível e tornou-se conhecido pela imparcialidade. A mãe tinha grande influência sobre seus atos, era muito inteligente e observava as leis hindus com grande fervor. O pequeno Gandhi nutria por eles muita estima e respeito, o que lhe proporcionou um caráter exemplar, assim como a abominação pela mentira. Gandhi também reteve a Bíblia como a base doutrinal de suas ações. As influências intelectuais vieram principalmente dos mestres John Ruskin – glorificação do trabalho; Henry Thoreau – dever da desobediência cívica e, principalmente, Leon Tolstoi – sabedoria cristã. Tolstoi amadureceu seu espírito, contribuindo para esclarecer pensamentos ainda confusos. O desejo de estudar Direito na Inglaterra tornou-se uma decisão familiar, que resultou na expulsão da casta, medida que Gandhi aceitou. Na Inglaterra, sofreu grande choque cultural e sentiu vergonha de se assumir como hindu. Acreditava que, para se tornar um advogado, teria de se transformar em um verdadeiro lord inglês. Neste país, a principal experiência foi o contato com diferentes religiões – esteve aberto para qualquer uma que o convencesse – o que só fortaleceu sua credulidade no hinduismo. O retorno à Índia mostrou-se frustrante, pois sua extrema timidez, aliada ao desconhecimento das leis indianas, o deixou inseguro. Assim, não recusou a proposta de trabalho na África do Sul – onde sofreu na pele a discriminação vivida por indianos e negros, assim como as limitações impostas pela hierarquia social daquele país. Ao perceber que o problema racial sul-africano estava muito mais entranhado naquele cotidiano do que poderia imaginar, prolongou a estada na África do Sul, a fim de combater pacificamente o racismo e defender os direitos dos indianos. Foi neste contexto que percebeu a importância de se assumir enquanto indiano. Organizou a comunidade indiana local e implementou trabalhos comunitários que melhorassem as condições de vida daquele povo. Com estas ações “Deus plantou os alicerces da minha vida na África do Sul e lançou a semente da luta pela dignidade dos indianos” (Gandhi: 1999, p.133). Várias conquistas sociais e politicas foram alcançadas. Como conseqüência, fundou-se em 1894 um partido político, o Congresso Indiano de Natal. Com o advento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Gandhi apoiou a participação indiana na guerra, como já o fizera em conflitos anteriores travados pelo Império Britânico – mesmo contrariando alguns companheiros. Acreditava, na época, “que o Império existia para o bem-estar do mundo” (Gandhi: 1999, p.273) e que “o erro era mais de cada funcionário britânico do que do sistema inglês” (Gandhi: 1999, p.300). Esta participação ocorreu, no entanto, no quadro dos servicos de saúde (unidades de ambulância), e ainda assim, muitos a contestaram, pois qualquer envolvimento em atividades de guerra não é condizente com o ahimsa (não-violência). Gandhi reconhecia a imoralidade da guerra, mas rebatia dizendo que a violência é inerente à vida humana. Portanto, o adepto da não-violência respeitará seu voto com fidelidade, pois a mola propulsora de suas ações, argumentava, fora a compaixão (Gandhi: 1999, p. 302). Assim, interromper a guerra ou libertar os demais da dor era uma obrigação daqueles que prezavam a não-violência. A filosofia pacifista somada às experiências de vida no exterior contribuíram para que ele desenvolvesse um novo olhar sobre a Índia. O retorno à terra natal ocorreu ainda durante a Primeira Grande Guerra, quando sua saúde esteve fragilizada. Mesmo abatido fisicamente, Gandhi dispôs-se a conhecer os problemas dos indianos e a solucioná-los da forma mais justa possível. Atuou em prol de diversos segmentos sociais explorados no seu país, e muitas vezes empregou o jejum como um instrumento de luta, sem abster-se do diálogo e da argumentação, a fim de alcançar os objetivos propostos. Suas ações baseavam-se também na ideologia do satyagrha, que engloba os princípios da não-violência e o fim da acomodação diante da dominação sofrida pelo povo. Desta forma, as idéias de “desobediência civil” e “não-cooperação” – pilares com os quais desafiou os colonizadores – tornaram-se perceptíveis na Índia, e também difundidas mundialmente pelos meios de comunicação. Um exemplo dessa desobediência civil está na organização do boicote aos produtos ingleses. Com ele a população indiana voltou a confeccionar suas próprias roupas, rejeitando os tecidos britânicos. O ápice de sua atuação, no entanto, se deu em 1930, quando, acompanhado por adeptos, Gandhi marchou cerca de 300 quilômetros em direção ao mar para obter sal pelo poder colonialista e que, portanto, só poderia ser obtido pelas vias britânicas. Conhecido como a Marcha do Sal, o ato simbólico também atraiu e mobilizou a atenção da imprensa internacional. Gandhi foi preso, mas a Inglaterra, pressionada pela opinião pública, o libertou e também revogou a lei do monopólio do sal. Com o passar do tempo, o movimento de descolonização se tornou ainda mais forte, principalmente no contexto da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Inglaterra voltava as atenções para a Europa – palco dos principais combates – e Gandhi, de acordo com seus ideais, não se aproveitou da fraqueza britânica durante este período, mesmo quando as pressões internas se tornaram cada vez maiores para que a Índia conquistasse a liberdade. Gandhi não conseguira, entretanto, solucionar divergências entre hindus e mulçumanos. Embora quisesse unir no mesmo país os seguidores das duas religiões, ao perceber a possibilidade de uma guerra civil emergente, concordou com a criação de duas nações soberanas, que, de fato, emergiram no final da década de 1940. Os hindus concentravam-se na Índia, e seus antagonistas no Paquistão. Visando uma aproximação com os muçulmanos, Gandhi dispôs-se a visitar o Paquistão, a fim de demonstrar que todos eram filhos do mesmo Deus. Entretanto, um extremista hindu, contrariado pelas atitudes inclusivas do já então Mahatma (grande alma), assassinou o líder da Índia, em 1948. As idéias de Gandhi, entretanto, não morreram. Estão perpetuadas, entre outras obras, em Autobiografia: Minha vida e minhas experiências com a verdade e nos pensamentos de A roca e o calmo pensar. Embora ambos os livros não analisem a independência da Índia em si, por terem sido escritos antes de sua efetivação, a partir dos registros do Mahatma Gandhi é possível perceber como a filosofia da não-violência tornou-se sua principal bandeira política. Ao demonstrar como dirigiu a vida em busca do engrandecimento espiritual, destacou-se, sobretudo, como um grande homem e não como uma figura mitológica. Ao refazer este percurso, o leitor constata que a independência da Índia, assim como também a força e o carisma de Gandhi, são conseqüências de um processo no qual o que está em curso é a conquista da tão sonhada liberdade. Cronologia • 1869 – Nascimetno de Gandhi e em Porbandar • 1888-1891 – Estudos de Direito em Londres • 1893-1914 – Período em que vive na África do Sul • 1920 – Luta pelo boicote aos produtos ingleses • 1930 – Campanhas de desobediência civil • 1947 – Independência da Índia • 1948 – Gandhi é assassinado por um extremista hindu Glossário Ahimsa: não-violência Satyagrha: resistência pacífica








A busca pela verdade e a não-violência foram fundamentais para a emancipação política da Índia. Mahatma Gandhi, precursor de tais idéias, foi o grande articulador deste processo. Como um homem tão franzino e tão humilde pode alcançar tamanha proeza? Conforme demonstra em Autobiografia: minha vida e minhas experiências com a verdade e em A roca e o calmo pensar, Gandhi acreditava que Deus o guiara de forma que praticasse o bem. Os caminhos percorridos foram tortuosos, mas essenciais para que ele se sensibilizasse com a situação política indiana e mobilizasse o povo a lutar pela libertação do país.
Mohandas Karamchand Gandhi nasceu em Porbandar, em 02 de outubro de 1869. A família pertencia à casta bania (formada por mercadores e comerciantes) e não possuía muitos bens. O avô e o pai participaram ativamente da vida política do país, exercendo cargos ministeriais. Segundo relata, o pai, Kaba Gandhi, era um homem incorruptível e tornou-se conhecido pela imparcialidade. A mãe tinha grande influência sobre seus atos, era muito inteligente e observava as leis hindus com grande fervor. O pequeno Gandhi nutria por eles muita estima e respeito, o que lhe proporcionou um caráter exemplar, assim como a abominação pela mentira. Gandhi também reteve a Bíblia como a base doutrinal de suas ações. As influências intelectuais vieram principalmente dos mestres John Ruskin – glorificação do trabalho; Henry Thoreau – dever da desobediência cívica e, principalmente, Leon Tolstoi – sabedoria cristã. Tolstoi amadureceu seu espírito, contribuindo para esclarecer pensamentos ainda confusos.
O desejo de estudar Direito na Inglaterra tornou-se uma decisão familiar, que resultou na expulsão da casta, medida que Gandhi aceitou. Na Inglaterra, sofreu grande choque cultural e sentiu vergonha de se assumir como hindu. Acreditava que, para se tornar um advogado, teria de se transformar em um verdadeiro lord inglês. Neste país, a principal experiência foi o contato com diferentes religiões – esteve aberto para qualquer uma que o convencesse – o que só fortaleceu sua credulidade no hinduismo.

O retorno à Índia mostrou-se frustrante, pois sua extrema timidez, aliada ao desconhecimento das leis indianas, o deixou inseguro. Assim, não recusou a proposta de trabalho na África do Sul – onde sofreu na pele a discriminação vivida por indianos e negros, assim como as limitações impostas pela hierarquia social daquele país. Ao perceber que o problema racial sul-africano estava muito mais entranhado naquele cotidiano do que poderia imaginar, prolongou a estada na África do Sul, a fim de combater pacificamente o racismo e defender os direitos dos indianos. Foi neste contexto que percebeu a importância de se assumir enquanto indiano. Organizou a comunidade indiana local e implementou trabalhos comunitários que melhorassem as condições de vida daquele povo. Com estas ações “Deus plantou os alicerces da minha vida na África do Sul e lançou a semente da luta pela dignidade dos indianos” (Gandhi: 1999, p.133). Várias conquistas sociais e politicas foram alcançadas. Como conseqüência, fundou-se em 1894 um partido político, o Congresso Indiano de Natal.
Com o advento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Gandhi apoiou a participação indiana na guerra, como já o fizera em conflitos anteriores travados pelo Império Britânico – mesmo contrariando alguns companheiros. Acreditava, na época, “que o Império existia para o bem-estar do mundo” (Gandhi: 1999, p.273) e que “o erro era mais de cada funcionário britânico do que do sistema inglês” (Gandhi: 1999, p.300). Esta participação ocorreu, no entanto, no quadro dos servicos de saúde (unidades de ambulância), e ainda assim, muitos a contestaram, pois qualquer envolvimento em atividades de guerra não é condizente com o ahimsa (não-violência). Gandhi reconhecia a imoralidade da guerra, mas rebatia dizendo que a violência é inerente à vida humana. Portanto, o adepto da não-violência respeitará seu voto com fidelidade, pois a mola propulsora de suas ações, argumentava, fora a compaixão (Gandhi: 1999, p. 302). Assim, interromper a guerra ou libertar os demais da dor era uma obrigação daqueles que prezavam a não-violência.
A filosofia pacifista somada às experiências de vida no exterior contribuíram para que ele desenvolvesse um novo olhar sobre a Índia. O retorno à terra natal ocorreu ainda durante a Primeira Grande Guerra, quando sua saúde esteve fragilizada. Mesmo abatido fisicamente, Gandhi dispôs-se a conhecer os problemas dos indianos e a solucioná-los da forma mais justa possível. Atuou em prol de diversos segmentos sociais explorados no seu país, e muitas vezes empregou o jejum como um instrumento de luta, sem abster-se do diálogo e da argumentação, a fim de alcançar os objetivos propostos. Suas ações baseavam-se também na ideologia do satyagrha, que engloba os princípios da não-violência e o fim da acomodação diante da dominação sofrida pelo povo.
Desta forma, as idéias de “desobediência civil” e “não-cooperação” – pilares com os quais desafiou os colonizadores – tornaram-se perceptíveis na Índia, e também difundidas mundialmente pelos meios de comunicação. Um exemplo dessa desobediência civil está na organização do boicote aos produtos ingleses. Com ele a população indiana voltou a confeccionar suas próprias roupas, rejeitando os tecidos britânicos. O ápice de sua atuação, no entanto, se deu em 1930, quando, acompanhado por adeptos, Gandhi marchou cerca de 300 quilômetros em direção ao mar para obter sal pelo poder colonialista e que, portanto, só poderia ser obtido pelas vias britânicas. Conhecido como a Marcha do Sal, o ato simbólico também atraiu e mobilizou a atenção da imprensa internacional. Gandhi foi preso, mas a Inglaterra, pressionada pela opinião pública, o libertou e também revogou a lei do monopólio do sal.

Com o passar do tempo, o movimento de descolonização se tornou ainda mais forte, principalmente no contexto da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A Inglaterra voltava as atenções para a Europa – palco dos principais combates – e Gandhi, de acordo com seus ideais, não se aproveitou da fraqueza britânica durante este período, mesmo quando as pressões internas se tornaram cada vez maiores para que a Índia conquistasse a liberdade.
Gandhi não conseguira, entretanto, solucionar divergências entre hindus e mulçumanos. Embora quisesse unir no mesmo país os seguidores das duas religiões, ao perceber a possibilidade de uma guerra civil emergente, concordou com a criação de duas nações soberanas, que, de fato, emergiram no final da década de 1940. Os hindus concentravam-se na Índia, e seus antagonistas no Paquistão. Visando uma aproximação com os muçulmanos, Gandhi dispôs-se a visitar o Paquistão, a fim de demonstrar que todos eram filhos do mesmo Deus. Entretanto, um extremista hindu, contrariado pelas atitudes inclusivas do já então Mahatma (grande alma), assassinou o líder da Índia, em 1948.
As idéias de Gandhi, entretanto, não morreram. Estão perpetuadas, entre outras obras, em Autobiografia: Minha vida e minhas experiências com a verdade e nos pensamentos de A roca e o calmo pensar. Embora ambos os livros não analisem a independência da Índia em si, por terem sido escritos antes de sua efetivação, a partir dos registros do Mahatma Gandhi é possível perceber como a filosofia da não-violência tornou-se sua principal bandeira política. Ao demonstrar como dirigiu a vida em busca do engrandecimento espiritual, destacou-se, sobretudo, como um grande homem e não como uma figura mitológica. Ao refazer este percurso, o leitor constata que a independência da Índia, assim como também a força e o carisma de Gandhi, são conseqüências de um processo no qual o que está em curso é a conquista da tão sonhada liberdade.

Cronologia

• 1869 – Nascimetno de Gandhi e em Porbandar
• 1888-1891 – Estudos de Direito em Londres
• 1893-1914 – Período em que vive na África do Sul
• 1920 – Luta pelo boicote aos produtos ingleses
• 1930 – Campanhas de desobediência civil
• 1947 – Independência da Índia
• 1948 – Gandhi é assassinado por um extremista hindu

Glossário
Ahimsa: não-violência
Satyagrha: resistência pacífica

O Massacre do Dia de São Valentim

Em Chicago, no dia 14 de Fevereiro de1929, bandidos suspeitos de estarem a serviço do chefe do crime organizado, Al Capone, eliminam sete membros da gangue de George "Bugs" Moran numa garagem da Rua North Clark. O Massacre do Dia de São Valentim provocou uma verdadeira onda na imprensa centrada nas suas actividades ilegais desafiando a Lei Seca, motivando as autoridades federais a redobrar seus esforços para encontrar evidências suficientemente incriminatórias para tirá-lo das ruas. Aproximadamente um ano após o assassínio, a polícia invadiu a casa de Fred Burke, um assassino profissional que às vezes era contratado por Capone. Foram encontradas as armas usadas no Massacre do Dia de São Valentim. Burke nunca foi acusado de ter participado do Massacre, sendo apenas condenado pelo assassínio de um policial no estado do Michigan. 




BBC - O Poder da arte 1 - Caravaggio part 1/6

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História da arte 06 - Barroco

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