Previsão do Tempo

sábado, 29 de maio de 2010

A 30 de Maio de 1672, nasce Pedro o "Grande"

Estadista russo (30/05/1672-8/2/1725). Piotr Alekseievitch nasce em Moscou, filho único do segundo casamento do czar Aleixo. É coroado aos 10 anos juntamente com seu meio-irmão Ivan, doente mental, filho do primeiro casamento de Aleixo.
Depois de disputas pelo poder com a meia-irmã mais velha, Sofia, assume o governo sozinho em 1689 (formalmente, Ivan V reina até o fim da vida, em 1696). No mesmo ano une-se a Eudóxia, com quem tem um único filho, Alexis. Em 1698 envia a esposa para um convento.
O garoto cresce com antipatia pelo pai, que se casa novamente em 1712 com uma plebéia, coroada imperatriz Catarina I em 1724. Alexis morre na prisão, em 1718, acusado de traição. Em 1696 cria a primeira Marinha russa, ganha uma guerra contra os turcos e viaja pela Europa, onde conhece Inglaterra, Holanda e Áustria. De volta à Rússia, começa a modernizar o Estado e o Exército.
Pedro, o GrandeEntre suas providências estão a construção da cidade de São Petersburgo (hoje Leningrado), transformada em capital em 1712, a fundação do primeiro jornal russo (Vedomosti, 1703) e a reformulação do ensino, com a simplificação do alfabeto russo e a introdução dos numerais arábicos.
Em 1713 entra em guerra com a Suécia, a quem toma a Estónia, a Letónia e parte da Finlândia, tornando-se a maior potencia do norte da Europa. No mesmo ano é proclamado imperador. Morre em São Petersburgo, sem indicar herdeiro. Sua viúva, Catarina I, sucede-o até sua morte, em 1727.

A 30 de Maio de 1431, é queimada viva Joana d'Arc

Joana d'Arc (em francês Jeanne d'Arc) (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro 1412 — Ruão, 30 de Maio 1431), por vezes chamada donzela de Orléans, é a santa padroeira da França e foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos. Durante a guerra, tomou partido pelos Armagnacs na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses. Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.

Segundo a escritora Irène Kuhn, Joana d'Arc foi esquecida pela história até ao século XIX (o século do nacionalismo), o que parece confirmar as teorias sobre o nacionalismo de Ernest Gellner. Irène Kuhn escreveu: "Foi apenas no século XIX que a França redescobriu esta personagem trágica".




Estátua de Joana d'Arc na Catedral de Notre-Dame de Paris

Principais acontecimentos registados no dia 30 de Maio

Principais acontecimentos registados no dia 30 de Maio:

1367 - Nasce Rei Henrique IV de Inglaterra.

1416 - Jerônimo de Praga é condenado à morte na fogueira por heresia, pelo Concílio de Constança, realizado na cidade de Constança, na Alemanha. 

1431 - Em Ruão, França, Joana d'Arc é queimada na fogueira aos 19 anos por bruxaria. 

1469 -Nasce Rei Manuel I de Portugal. 

1536 - Henrique VIII de Inglaterra casa com Joana Seymour, 11 dias depois da execução de Ana Bolena.

1672 - Nasce Pedro, "o grande", Czar da Rússia.

1808 - Napoleão Bonaparte anexa Toscânia, na Itália.

1904 - As forças japonesas ocupam Dalmy (Darien), na Rússia.

1913 - Assina-se, em Londres (Inglaterra), o tratado de paz entre a Turquia e os Estados balcânicos.

1925 - Disparos efectuados pela polícia municipal de Xangai sobre estudantes chineses e outros incidentes ocorridos em Cantão provocam o boicote chinês nas mercadorias britânicas.

1957 - A Grã-Bretanha suaviza as restrições comerciais que impusera à China.

1959 - O Iraque põe fim aos acordos militares assinados com os EUA.

1961 - Rafael Trujillo, ditador da República dominicana, é assassinado.

1968 - O Presidente francês, Charles de Gaulle, rejeita as exigências da sua demissão, dissolve o parlamento e convoca novas eleições gerais.

1971 - A nave espacial norte-americana "mariner" ' lançada de Cabo Kennedy, no Estado da Florida, em direcção ao planeta Marte.

1974 - O Partido Comunista Jugoslavo termina o seu décimo congresso, nomeando Josip Broz Tito Presidente vitalício do país.

1981 - O presidente do Bangladesh, Ziaur Rahman, é assassinado a tiro, durante uma revolta efectuada por oficiais do exército na cidade portuária de Chittagong.

1982 - A Espanha torna-se o décimo sexto membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

1983 - Os sete principais países industrializados do ocidente comprometem-se, em Williamsburg, a congregar esforços para reduzir a inflação, combater o desemprego e estabilizar as taxas de juro.

1985 - A Grã-Bretanha aceita a responsabilidade da tragédia ocorrida na véspera no estádio de Heysel, em Bruxelas-Bélgica, em que morreram 38 pessoas, na sequência de incidentes entre adeptos do Liverpool e do Juventus e oferece um quarto de milhão de libras como pagamento inicial da indemnização às famílias.

1986 - Os ministros dos Negócios Estrangeiros da OTAN aceitam o desafio do líder soviético, Gorbachev, para dialogar sobre desarmamento na Europa, criando um novo organismo destinado a propor novos passos no controlo de armas convencionais.

1987 - O general Dimitri Yazov, aos 63 anos de idade, é nomeado ministro da Defesa da URSS, substituindo Sokolov, demitido na sequência do voo, de mais de 900 quilómetros, do jovem alemão federal Mathias Rust, até a Praça Vermelha, em Moscovo, sem nunca ter sido detectado pela defesa aérea soviética.

1989 - Os estudantes chineses concentrados na Praça Tiananmen, em Pequim (China), erguem uma estátua de oito metros de altura, representando uma mulher que segura uma tocha com ambas as mãos, que apelidam de "estátua da democrácia".

1990 - O governo nicaraguense e o movimento guerrilheiro dos "Contras" concordam em desarmar e desmobilizar a força rebelde da guerrilha.

1994 - O Papa João Paulo II pronuncia-se por um "não" irrevogável e "definitivo" a ordenação sacerdotal das mulheres, num documento considerado como um dos mais firmes do seu pontificado.

1996 - O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela condena o antigo presidente Carlos Andres Perez a 2 anos e 4 meses de prisão por utilização abusiva de fundos públicos.

1998 - Um sismo no Norte do Afeganistão provoca mais de cinco mil mortos.

2005 - As autoridades do Sudão prendem o chefe da ONG Médicos Sem Fronteira (MSF) no país, Paul Foreman, por causa de um relatório que detalha os casos de estupros de Darfur.

             Este é o centésimo quinquagésimo dia do ano. Faltam 215 dias para acabar 2010.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A mula da cooperativa - Maximiano de Sousa (Max)

MAX - "Ilha da Madeira"

Max - Pomba Branca.

Max - Porto Santo

Max - A Coisa

militar max

Max (Maximiano de Sousa)

A 29 de Maio de 1980, morreu Maximiano de Sousa (Max)

Foi uma das mais populares vedetas da rádio, do teatro e da televisão portuguesas, desde os anos quarenta até à sua morte em 1980.

A ele se devem êxitos como Noites da Madeira, Bailinho da Madeira ou A Mula da Cooperativa. E nada faria prever que este jovem madeirense, que sonhava ser barbeiro e fora alfaiate, viria a ser um dos mais populares artistas portugueses.

Maximiano de Sousa, de todos conhecido como Max, era madeirense, nascido no Funchal em 1918. Foi aí que iniciou a sua carreira artística. Sonhara ser barbeiro e violinista, tinha ouvido para a música mas pouca paciência para aprender o solfejo, e acabou por aprender o ofício de alfaiate.

Contudo, o bichinho da música que sempre tivera tornou-se numa carreira em 1936, quando começa a actuar no bar de um hotel do Funchal: cantor à noite, alfaiate de dia. Em 1942, é um dos fundadores - como cantor e baterista - do Conjunto de Tony Amaral, que se torna numa sensação nas noites madeirenses e que, em 1946, vem conquistar Lisboa.

O trabalho é muito e o conjunto assenta arraiais no night-club Nina, interpretando os ritmos do momento - boleros, slows, fados-canções. E é o Fado Mayerúe de Armandinho e Linhares Barbosa, mais conhecido como Não Digas Mal Dela, que populariza a voz de Max e leva à sua saída do Conjunto de Tony Amaral, iniciando finalmente a carreira a solo que desejava em 1948.

Agora actuando sozinho, Max dispara para o estrelato através da rádio e das suas presenças no Passatempo APA do Rádio Clube Português, em parceria com Humberto Madeira. Em 1949, assina contrato com a Valentim de Carvalho e grava o seu primeiro disco: um 78 rotações com Noites da Madeira e Bailinho da Madeira.

É o primeiro de uma longa lista de sucessos como A Mula da Cooperativa, Porto Santo, 31 ou Sinal da Cruz. Em entrevista ao jornal Se7e, em 1978, referia que eram os discos que lhe davam mais dinheiro, pois "os direitos de autor estavam sempre a pingar".

Depois da rádio, Max conquista o teatro, participando a convite de Eugênio Salvador na revista Saias Curtas, em 1952. Será apenas a primeira de uma longa série de revistas que confirmarão também os seus dotes de actor e humorista.

Em 1957, parte para os EUA para uma digressão de cinco anos interrompida por uma súbita doença de coração ao fim de dois. Viajará em seguida por Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil e Argentina.

Regressado a Portugal, embora continue a ser um dos artistas mais queridos do público, encontrará alguma dificuldade de trabalho, sobrevivendo à conta dos discos que continuava a gravar. Um dos seus maiores êxitos surgirá aliás neste período, Pomba Branca. Faleceu em 1980.

Entrevista com Débora Bloch

Débora Bloch: treino de sucesso

Débora Bloch, nasceu em Belo Horizonte,a 29 de maio de 1963

Debora Bloch
Débora Bloch (Belo Horizonte, 29 de maio de 1963) é uma actriz brasileira. É filha do também actor Jonas Bloch e sobrinha do finado Adolfo Bloch (meio-irmão de Jonas).


Débora é contratada da Rede Globo, tendo feito diversos trabalhos na emissora. Fez também diversos filmes para o cinema brasileiro.


Estreou profissionalmente em 1980, na peça de teatro Rasga Coração, de Oduvaldo Viana Filho, quando substituiu a actriz Lucélia Santos. Participou da trilha musical de Bete Balanço, sua estréia nos cinemas em 1984.


Em 1984 ganhou os prémios de melhor actriz nos Festivais de Gramado e Cartagena, pela actuação em Noites do Sertão (1984).


Em 1994 foi premiada como melhor actriz no Festival Latino-Americano de Rhode Island por sua actuação em Veja Esta Canção.


Foi casada durante quinze anos com o padeiro e empresário francês Olivier Anquier e tem dois filhos, Júlia e Hugo.

John Fitzgerald Kennedy ,nasceu em Brookline, Massachusetts, em 29 de maio de 1917


John Fitzgerald Kennedy (1917 - 1963)

Nasceu em Brookline, Massachusetts, em 29 de Maio de 1917. Era filho de uma rica família católica, ligada ao Partido Democrata. Alistou-se na Marinha quando da entrada americana na Segunda Guerra, seguindo para o Pacífico em 1943. Ferido quando a lancha-torpedeira que comandava foi afundada pelos japoneses nas ilhas Salomão, conseguiu salvar a tripulação, foi condecorado e fez questão de voltar ao serviço activo. Em 1946 iniciou a carreira política, como deputado, e defendeu reformas sociais destinadas a proteger os sectores menos favorecidos da população. Em 1952 elegeu-se senador pelo estado de Massachusetts e, no ano seguinte, casou com Jacqueline Lee Bouvier, que complementaria a imagem pública do futuro chefe de estado. Em 1960, tornou-se o 35º presidente dos Estados Unidos, o mais jovem da história e o primeiro católico a ocupar o cargo, depois de vencer por pequena margem o candidato republicano, Richard Nixon. Kennedy apoiou uma expedição de cubanos exilados contra Cuba, no famoso episódio da invasão da Baía dos Porcos, que resultou num grande fracasso. Quando, em 1962, se soube que a União Soviética instalara mísseis atómicos em Cuba, Kennedy pressionou, mesmo com o risco de provocar uma guerra nuclear, para que os mísseis fossem retirados e conseguiu o seu objectivo. No ano seguinte, assinou o tratado de proscrição de testes nucleares com o Reino Unido e a União Soviética. Outra realização em política internacional foi a criação da chamada Aliança para o Progresso, organização de ajuda aos países da América Latina. O envolvimento no Vietnam cresceu perigosamente no seu governo: se em 1960 o número de assessores militares americanos naquele país era de 900, no fim de 1962 já eram 11.000. O irmão Robert Francis, que ocupou o cargo de secretário de Justiça no seu governo, o ajudou a impor medidas contra o racismo, o que lhe valeu o apoio dos negros e da população de origem latino-americana. Durante o seu mandato, a Casa Branca  caracterizou-se pelo alto nível intelectual e social das pessoas que cercavam o presidente e a primeira-dama. Em 22 de Novembro de 1963, uma sexta-feira, durante uma visita à cidade texana de Dallas - com o objectivo de consolidar a unidade do Partido Democrata - o Presidente Kennedy foi atingido fatalmente por duas balas, uma na garganta e outra na cabeça. Os tiros supostamente foram disparados por Lee Harvey Oswald, segundo a conclusão a que chegou a Comissão Warren, que investigou o crime. Décadas depois, porém, essa versão oficial ainda era contestada por alguns, que viam no episódio sinais de uma conspiração. Oswald foi assassinado dois dias mais tarde. A Comissão Warren foi incumbida de investigar o crime. Todas as provas obtidas pelos investigadores incriminavam um certo Lee Harvey Oswald. Segundo Mark Lane - advogado que conheceu bem o presidente Kennedy, estudou o seu assassinato há mais de 20 anos e que colheu informações de pessoas íntimas de Oswald na época em que ele servia a Marinha, em Truro, na Califórnia - Oswald era um agente secreto. Era o único fuzileiro que sabia russo e que teve acesso a informações secretas interessantes para os soviéticos, como os dados sobre os aviões U2 . Mark Lane assegura que Oswald foi enviado à União Soviética para ser visto como comunista. Considerado lá um desertor, Oswald volta para os Estados Unidos com uma esposa russa e é readmitido sem problemas. Foram programados contatos entre ele e um agente da KGB, no México. Durante o inquérito da Comissão Warren, a CIA declarou que Oswald tinha contactos com esse agente soviético, sendo possivelmente um agente comunista. Oswald parecia o acusado perfeito, só que não chegou a ser julgado. Foi assassinado - dois dias depois de ser preso - por Jack Ruby, membro da CIA, em Dallas. Aparentemente, Ruby também trabalhava para a Máfia americana. Na opinião da Comissão Warren, Ruby tinha silenciado a testemunha-chave do caso. Há quem diga que Kennedy foi morto devido ao seu posicionamento na guerra do Vietnam. Muitos americanos apoiavam a intervenção militar nesse país. Em Setembro de 1963, Kennedy anunciara a intenção de retirar as tropas americanas do Vietnam antes do final do ano seguinte. Essa política foi revertida por Lyndon Johnson assim que se tornou presidente. Johnson enviaria mais de quatrocentos e cinqüenta mil reforços para o Vietnam

Teófilo Braga, foi eleito na sessão do Congresso de 29 de Maio de 1915, Presidente da República

Joaquim Teófilo Fernandes Braga
Nasceu a 24 de Fevereiro de 1843, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores, filho de Joaquim Manuel Fernandes Braga, oficial do exército miguelista e posteriormente professor de Matemática e Filosofia, e de D. Maria José da Câmara Albuquerque, ambos descendentes de aristocratas, o primeiro descendente presumível de D. João V e a segunda talvez de D. Afonso III. A mãe morre, quando Teófilo tinha 3 anos de idade, e a sua morte e a má relação futura com a madrasta, com quem seu pai casa dois anos depois, vão marcar decisivamente o seu temperamento fechado e agreste.
Em 1868, casou com Maria do Carmo Xavier de quem teve três filhos. Tanto a sua esposa como os filhos faleceram muito jovens. Faleceu no seu gabinete de trabalho em 28 de Janeiro de 1924.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Para se afastar da influência da madrasta, começou por trabalhar na tipografia do jornal A Ilha, estendendo a sua colaboração aos jornais O Meteoro e O Santelmo.
Terminados os estudos em Ponta Delgada, ingressa na Faculdade de Coimbra, com a ideia de cursar Teologia, acabando, no entanto, por optar pelo curso de Direito.
Como a ajuda paterna fosse insuficiente, só graças às traduções, explicações, artigos e poemas conseguiu acabar o curso, defendendo tese e tomando capelo, em 1868, a pedido da própria Faculdade. Esta simpatia e apreço não evitaram que fosse preterido não só para o cargo de lente daquele estabelecimento de ensino, como também para o de professor da Escola Politécnica do Porto.
Em 1872, concorre a lente da cadeira de Literaturas Modernas do Curso Superior de Letras. Consegue desta vez assegurar o lugar superiorizando-se no confronto com Manuel Pinheiro Chagas e Luciano Cordeiro.
A partir desta época, o positivismo de Auguste Comte vai exercer uma influência decisiva na sua forma de pensar e consequentemente na sua obra literária e na sua atitude política. A partir de 1878, funda e dirige com Júlio de Matos a revista O Positivismo, o mesmo se passa em relação às revistas A Era Nova, em 1880, e Revista de Estudos Livres, a partir de 1884, mas desta vez em parceria com Teixeira Bastos.
Em 1880, junto com Ramalho Ortigão, organiza e coordena as comemorações do Tricentenário de Camões.
PERCURSO POLÍTICO
Em 1871, é um dos subscritores do projecto das Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, interrompidas por acção das autoridades monárquicas.
Influenciado pelas teses sociológicas e políticas da teoria positivista, cedo adere aos ideais republicanos, podendo considerar-se como pertencendo à geração dos republicanos doutrinários. Nesta qualidade desenvolveu as actividades seguintes, nomeadamente:
- Candidato às eleições de Outubro de 1878, pelos republicanos federalistas;
- Membro do directório Republicano Português em 1890;
- Assina e colabora na elaboração do Manifesto Programa do PRP de 11 de Janeiro de 1891, que precede de três semanas a revolução de Janeiro de 1891;
-Membro efectivo do directório político, em 1 de Janeiro de 1910, conjuntamente com Basílio Teles, Eusébio Leão, José Cupertino Ribeiro e José Relvas;
-Deputado por Lisboa nas eleições de 28 de Agosto de 1910;
-Presidente do Governo Provisório republicano (Publicado em Diário do Governo de 6 de Outubro de 1910);
-Presidente da República em substituição de Manuel de Arriaga; exerceu o cargo no período compreendido entre 29 de Maio de 1915 e 4 de Agosto do mesmo ano.
  
ELEIÇÕES E PERÍODO PRESIDENCIAL
Foi eleito na sessão do Congresso de 29 de Maio de 1915, obtendo 98 votos a favor, contra 1 voto do Dr. Duarte Leite Pereira da Silva e 3 votos em branco. Presidente de transição, face à demissão de Manuel de Arriaga, cumprirá o mandato até ao dia 5 de Outubro do mesmo ano, sendo substituído por Bernardino Machado.
Na impossibilidade de João Chagas poder tomar posse por ter sido vítima de um atentado, José Ribeiro de Castro será empossado num novo governo, o 11.º Constitucional, em 18 de Junho de 1915, e que durará até 29 de Novembro do mesmo ano.
ACTIVIDADE PÓS-PRESIDENCIAL
Após o mandato, Teófilo Braga, sozinho e solitário, em consequência da morte dos seus familiares mais chegados, dedicou-se quase em exclusivo à sua actividade de escritor.
OBRAS PRINCIPAIS
A obra literária de Teófilo Braga é imensa e portanto impossível de a enumerar exaustivamente num documento resumo, como este pretende ser. Não queremos é deixar de mencionar alguns exemplos, quanto mais não seja para ilustrar a diversidade das áreas sobre que se debruçou. Assim, Folhas Verdes, de 1859, Stella Matutína, de 1863, Visão dos Tempos e Tempestades Sonoras, de 1864, A Ondina do Lago, de 1866, Torrentes, em 1869, Miragens Seculares de 1884, representam incursões no campo da poesia. Ainda neste campo escreve a História da Poesia Popular Portuguesa, em 1867, abrangendo o Romanceiro Geral e Cancioneiro Popular eA Floresta de Vários Romances de 1868.
Como investigador das origens dos povos, seguiu a linha da análise dos elementos tradicionais desde os mitos, passando pelos costumes e terminando nos contos de tradição oral, que lhe permitiram escrever obras como Os Contos Tradicionais do Povo Português, de 1883, O Povo Português nos seus Costumes, Crenças e Tradições, em 1885, e História da Poesia Portuguesa, que lhe levou anos a escrever, procurando as suas origens através das várias épocas e escolas.
As áreas restantes das suas 360 obras, abrangem campos tão diversos como o da História Universal, História do Direito, da Universidade de Coimbra, do Teatro Português, da influência de Gil Vicente naquela forma de manifestação artística, da Literatura Portuguesa, das Novelas Portuguesas de Cavalaria, do Romantismo em Portugal, das Ideias Republicanas em Portugal, passando pelos folhetos de polémica literária e política e ensaios biográficos, como o que respeita a Filinto Elísio.
Além desta verdadeira enxurrada literária, nem sempre abordada com o rigor exigido, o que lhe valeu várias críticas dos meios literários da época, não se pode esquecer o seu contributo para a coordenação das obras de Camões, Bocage, João de Deus e Garrett, os prefácios para tantas obras dos escritores mais representativos e um sem-número de artigos escritos para os jornais do seu tempo.

Oswald Arnold Gottfried Spengler, nascido em Blankenburg em 29 de Maio de 1880

Oswald Arnold Gottfried Spengler (1880 – 1936), historiador e filósofo, cujos interesses incluíam a matemática, a ciência e a arte, marcou fortemente o início do século XX e é considerado fundamental para a teoria social. Nascido em Blankenburg em 29 de Maio de 1880, fez os estudos universitários em Munique, Berlim e Halle, onde se doutorou em 1904. Em seguida trabalhou como professor de matemática em Hamburgo (1909-1911), mas abandonou rapidamente o ensino para estudar história em Munique. Essencialmente antidemocrático e anti-socialista, passou a escrever o livro mais conhecido: Der Untergang des Abendlandes (“A Decadência de Ocidente”), um estudo sobre a filosofia da história e que tem uma importância fundamental. Esta obra realiza uma síntese histórica que reúne  num só trabalho a economia, política, as ciências, as matemáticas, as artes plásticas e a música. Iniciada antes da Primeira Guerra Mundial foi publicada a partir do seu término (1918). Essa obra l rendeu-lhe fama em todo o mundo e inspirou  numerosos autores contemporâneos, entre eles Thomas Mann, Ernst Jünger, Martin Heidegger e Arnold Toynbee. 
Identificado também como um dos pensadores do grupo chamado de “Revolucionários Conservadores”, defendia valores contraditórios com a própria lógica da modernidade, chamando a atenção para os estigmas da modernização científica e técnica, abordando conjuntamente temas da direita e da esquerda, sem se localizar em nenhuma destas frentes. O seu pensamento foi bastante influenciado por pensadores como Goethe e Nietzsche
Durante a república de Weimar combateu veementemente a democracia e publicou Preussentum und Sozialismus (“Prussianismo e socialismo”, 1920), obra em que exalta a Prússia autoritária como protótipo do verdadeiro socialismo. Escreveu “O homem e a técnica” (1931) no período entre a primeira e a segunda guerra. Em Jahre der Entscheidung (“Anos de decisão”, 1933), cuja publicação coincidiu com a ascensão do nazismo ao poder, voltou a expor idéias antidemocráticas e anti-socialistas, mas foi mantido no ostracismo pelo ceticismo com que via o regime hitleriano. Oswald Spengler morreu em Munique, Alemanha, em 8 de Maio de 1936.

A 29 de Maio de 1500, morreu Bartolomeu Dias


Bartolomeu Dias foi o navegador português a quem D. João II confiou o comando da armada que em 1487 dobrou o Cabo das Tormentas, depois chamado de Cabo da Boa Esperança. Esta abertura da passagem do Atlântico para o Índico foi decisiva para a chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498.
Tendo acompanhado Pedro Álvares Cabral na expedição que chegaria ao Brasil, acaba por falecer quando, a caminho da Índia, a sua nau naufraga junto ao Cabo que o imortalizou.

A 29 de Maio de 1453, Constantinopla cai na posse dos Turcos Otomanos

Conquista de Constantinopla

Depois de recuperar das derrotas sofridas contra Tamerlão na Ásia Central, no início do século XV, os turcos otomanos avançam em direcção ao que restava do velho império bizantino. Em 1453, o sultão Maomé II sitiou Constantinopla. As forças da cidade eram pouco numerosas, ao contrário dos turcos que, para além da vantagem numérica, contavam com a melhor artilharia de cerco de toda a Europa, além de bombardas (canhão curto de grande calibre para arremessar balas de pedra). Os bizantinos fecharam a entrada do porto de Constantinopla (o chamado Corno de Ouro) por meio de correntes; contudo, durante a noite os turcos arrastaram para ali 70 barcos sobre tábuas recobertas de sebo. O cerco prolongou-se durante 53 dias. Em 29 de Maio deu-se o assalto final e a cidade caiu nas mãos dos turcos. O último imperador bizantino, Constantino Paleólogo, morreu no combate. Maomé II entrou solenemente em Constantinopla e converteu-a na terceira e última capital do Estado, rebaptizando-a com o nome de Istambul.
A queda da antiga capital do Império Romano do Oriente causou grande choque em toda a Europa. Desde então, o grande império turco ou otomano tornou-se uma ameaça constante para os reinos europeus.

Dante Alighieri nasceu em Florença a 29 de Maio de 1265

Dante Alighieri nasceu em Florença em 1265 de uma família da baixa nobreza. A mãe morreu quando era ainda criança e o pai, quando tinha dezoito anos.
Pouco se sabe sobre a vida de Dante e a maior parte das informações sobre a educação, a família e  opiniões são geralmente meras suposições. As especulações sobre a sua vida deram origem à vários mitos que foram propagados por seus primeiros biógrafos, dificultando o trabalho de separar o facto da ficção. Pode-se encontrar muita informação nas suas obras, como na Vida Nova (La Vita Nuova) e na Divina Comédia (Commedia).
Na Vida Nova Dante fala do amor platônico por Beatriz (provavelmente Beatrice Portinari), que encontrara pela primeira vez quando ambos tinham 9 anos e que só voltaria a ver 9 anos mais tarde, em 1283. Nos tempos de Dante, o casamento era motivado principalmente por alianças políticas entre famílias. Desde os 12 anos, Dante já sabia que deveria casar-se com uma moça da família Donati. A própria Beatriz, casou-se em 1287 com o banqueiro Simone dei Bardi e isto, aparentemente, não mudou a forma como Dante encarava o seu amor por ela. Provavelmente em 1285, Dante casou-se com Gemma Donati com quem teve pelo menos três filhos. Uma filha de Dante tornou-se freira e assumiu o nome de Beatrice.
Em 1290, Beatriz morreu repentinamente deixando Dante inconsolável.. Esse acontecimento teria provocado uma mudança radical na sua vida  levando-o a iniciar estudos intensivos das obras filosóficas de Aristóteles e a dedicar-se à arte poética.
Dante foi fortemente influenciado pelos trabalhos de retórica e filosofia de Brunetto Latini - um famoso poeta que escrevia em italiano (e não em latim, como era comum entre os nobres), tendo também  beneficiado da amizade com o poeta Guido Cavalcanti - ambos mencionados na sua obra. Pouco se sabe sobre a educação. Segundo alguns biógrafos, é possível que tenha estudado na universidade de Bologna, onde provavelmente esteve em 1285.
A Itália no tempo de Dante estava dividida entre o poder do papa e o poder do Sagrado Império Romano. O norte era predominantemente alinhado com o imperador (que podia ser alemão ou italiano) e o centro, com o papa (veja mapa).
A Itália, porém, não era um império coeso. Não havia um único centro de poder. Havia vários, espalhados pelas cidades, que funcionavam como estados autónomos e seguiam leis e costumes próprios. Nas cidades era comum haver disputas de poder entre grupos opositores, o que frequentemente levava a sangrentas guerras civis. Florença era, na época, uma das mais importantes cidades da Europa, igual em tamanho e importância a Paris, com uma população de mais de 100 mil habitantes e interesses financeiros e comerciais que incluíam todo o continente.
A política nas cidades representava os interesses de famílias. A afiliação era hereditária. A família de Dante pertencia a uma facção política conhecida como os guelfos(Guelfi) - representados pela baixa nobreza e pelo clero - que fazia oposição a um partido conhecido como os guibelinos(Ghibellini) - representantes da alta nobreza e do poder imperial. Os nomes dos dois grupos eram originários de partidos alemães, porém os ideais políticos eram um mero pretexto para abrigar famílias rivais. Florença  dividiu-se em guelfos e guibelinos quando um jovem da família Buondelmonti não cumpriu uma promessa de casamento com uma moça da família Amadei e foi assassinado. As famílias da cidade tomaram partido por um lado ou por outro e Florença  dividiu-se em guelfos e guibelinos.
Dante nasceu  numa Florença governada pelos guibelinos, que haviam tomado a cidade dos guelfos na sangrenta batalha conhecida como Montaperti (monte da morte), em 1260. Em 1289, Dante lutou com o exército guelfo de Florença na batalha de Campaldino, onde os florentinos venceram os exércitos guibelinos de Pisa e Arezzo, e recuperaram o poder sobre a cidade.
Na época de Dante, o governo da cidade era exercido por representantes eleitos de corporações de operários, artesãos, profissionais, etc. chamadas de guildas. Dante  inscreveu-se na guilda dos médicos e farmacêuticos e disputou as eleições em Florença, tendo sido eleito em 1300 como um dos seis priores (presidentes) do Conselho da Cidade.
A maior parte do poder em Florença estava então nas mãos dos guelfos - opositores do poder imperial. Mas o partido em pouco tempo  dividiu-se em duas fracções. A causa foi novamente uma rixa entre famílias, desta vez, importada da cidade de Pistóia. Os Cancellieri era uma grande família de Pistóia, descendentes de um mesmo pai que tivera, durante a vida, duas esposas. A família Cancellieri  dividiu-se quando um membro desajustado da família assassinou o tio e cortou a mão do primo. Os descendentes da primeira esposa do Cancellieri, que se chamava Bianca, decidiram-se apelidar de Bianchi. Os rivais, que defendiam o jovem assassino,  apelidaram-se de Neri (negros) em espírito de oposição. A briga tomou conta de Pistóia e a cidade acabou por sofrer intervenção de Florença, que levou presos os líderes dos grupos rivais. Mas as famílias de Florença não demoraram a tomar partido e, por causa de uma briga de rua, a divisão  espalhou-se pela cidade, dividindo os guelfos em negros e brancos.
Depois de criados, os partidos assumiram posições políticas. Os guelfos brancos, moderados, respeitavam o papado mas opunham-se à sua interferência na política da cidade. Já os guelfos negros, mais radicais, defendiam o apoio do papa contra as ambições do imperador, que era apoiado pelos guibelinos.
Os priores de Florença (entre eles Dante) viviam em constante atrito com a igreja de Roma que, sob o governo do papa Bonifácio VIII, pretendia colocar toda a Itália sob a ditadura da igreja. Num dos encontros com o papa, onde os priores foram reclamar da interferência da igreja sobre o governo de Florença, Bonifácio respondeu ameaçando excomungá-los. A briga entre os Neri e Bianchi tornou-se cada vez mais intensa durante o mandato de Dante até que ele teve que ordenar o exílio dos líderes de ambos os lados para preservar a paz na cidade. Dante foi extremamente imparcial, incluindo, entre os exilados, um dos seus melhores amigos (Guido Cavalcanti) e um parente de sua esposa (da família Donati).
No meio da confusão entre os guelfos de Florença, o papa decidiu enviar Carlos de Valois (irmão do rei Felipe da França) como pacificador para acabar com a briga entre as fracções. A suposta ajuda, porém, revelou ser um golpe dosNeri para tomar o poder. Eles ocuparam o governo de Florença e condenaram vários Bianchi ao exílio e à morte. Dante foi culpado de várias acusações, entre elas corrupção, improbidade administrativa e oposição ao papa. Foi banido da cidade por dois anos e condenado a pagar uma alta multa. Caso não pagasse, seria condenado à morte se algum dia retornasse a Florença.
Dante no Exílio. Anónimo. Archivo Iconográfico S. A., Itália.
Imagem pertencente à Corbis Image Collections.

No exílio, Dante se aproximou mais da causa dos guibelinos (o império), à medida em que a tirania do papa aumentava. Ele passou o seu exílio em Forlì, Verona, Arezzo, Veneza, Lucca, Pádua (e também provavelmente em Paris e Bologna). Em 1315 voltou a Verona e dois anos depois fixou-se em Ravenna. As esperanças de voltar a Florença retornaram depois que o sucessor de Bonifácio VIII chamou à Itália o imperador Henrique VII. O objectivo de Henrique VII era reunir a Itália sob seu reinado. Porém a traição do papa, que ainda alimentava a ideia de ter um império próprio, seguida por uma nova vitória dos Neri e a morte de Henrique VII três anos depois enterraram de vez as suas esperanças.
Na obra La Vita Nuova, o primeiro trabalho literário de importância, iniciado pouco depois da morte de Beatriz, Dante narra a história do seu amor por Beatriz na forma de sonetos e canções complementadas por comentários em prosa. Durante o seu exílio Dante escreveu duas obras importantes em latim: De Vulgari Eloquentia, onde defende a língua italiana, e Convivio, incompleto, onde pretendia resumir todo o conhecimento da época em 15 livros. Apenas os quatro primeiros foram concluídos. Escreveu também um tratado: De Monarchia, onde defendia a total separação entre a Igreja e o Estado. A Commedia consumiu 14 anos e durou até a sua morte, em 1321, ocorrida pouco após a conclusão do Paraíso. Cinco anos antes de sua morte, foi convidado pelo governo de Florença a retornar à cidade. Mas os termos impostos eram humilhantes, semelhantes àqueles reservados a criminosos perdoados e Dante rejeitou o convite, respondendo que só retornaria se recebesse a honra e dignidade que merecia. Continuou em Ravenna, onde morreu e foi sepultado com honras.