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quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Imperialismo, Hoje

O Imperialismo, Hoje

Pablo González Casanova
Ex-reitor da Universidade Nacional Autônoma do México


No fim do século XX, o imperialismo, que é a formação mais avançada do capitalismo, domina no mundo inteiro, com exceções como Cuba, muito pouco explicadas na teoria das alternativas.
Desde os anos 1970 e 1980, as redefinições ou reestruturações do imperialismo deram uma força especial ao processo conhecido como “globalização”. Sob esse processo se delinearam as novas formas de expansão das grandes potências, em particular dos Estados Unidos.
Na década de 1970, os Estados Unidos tomaram a ofensiva no controle mundial ao impor o dólar em vez do ouro, que até então tinha sido o referente de todas as moedas. Os Estados Unidos, juntamennte com a Europa e o Japão, formaram uma Tríade (que o primeiro país encabeçou) e com ela promoveram uma política de endividamento interno e externo dos governos que enfrentavam uma crise fiscal crescente ou uma crise na balança de pagamentos.
Suas principais vítimas foram os governos dos países dependentes, incapazes de alterar a relação de intercâmbio desfavorável, ou o sistema tributário regressivo, e coagidos ao mesmo tempo a satisfazer demandas populares mínimas para manter sua precária estabilidade. A política global de endividamento dos poderes públicos e nacionais renovou o velho método de submissão dos devedores pelos credores, e ocorreu em nível macroeconômico mundial, incluindo muitos governos das cidades metropolitanas. O processo de endividamento correspondeu ao desenvolvimento de um capitalismo tributário e à submissão financeira renovada dos países dependentes. Com taxas de juros móveis, que podiam aumentar à discrição do credor, a política de globalização impôs um sistema de renovação automática de uma dívida crescente e impagável que fez da dependência um fenômeno permanente de colonialismo financeiro, fiscal e monetário.
Desde 1973, após o golpe de Estado de Pinochet, implantou-se no Chile o neoliberalismo. Desde os anos 1980, o neoliberalismo se converteu na política oficial da Inglaterra, com Thatcher, e dos Estados Unidos, com Ronald Reagan. As forças dominantes enalteceram o neoliberalismo como uma política econômica de base científica e de aplicação universal, reafirmando e renovando a ofensiva anglo-saxã, que desde o século XVII impulsionara a Inglaterra, sob o manto do liberalismo clássico, a aproveitar as vantagens que o fato de ser o país mais industrializado lhe dava no comércio mundial.
A globalização neoliberal iniciada no fim do século XX também teve como objetivos centrais: a privatização dos recursos públicos; a desnacionalização das empresas e patrimônios dos Estados e povos; o enfraquecimento e a ruptura dos compromissos do Estado social; a “desregulagem” ou supressão dos direitos trabalhistas e da previdência social dos trabalhadores; o desamparo e a desproteção dos camponeses pobres em benefício das grandes companhias agrícolas, particularmente as dos Estados Unidos; a mercantilização de serviços antes públicos (como a educação, a saúde, a alimentação, etc.); o depauperamento crescente dos setores médios; o abandono das políticas de estímulo aos mercados internos; a instrumentação deliberada de políticas de “desenvolvimento do subdesenvolvimento” com o fim de “tirar do mercado” globalizado os competidores das grandes companhias.
O neoliberalismo globalizador exportou a crise para as periferias do mundo ao mesmo tempo em que se apropriou dos mercados e meios de produção e serviços que tinham sido criados no pós-guerra, substituindo os que não fossem rentáveis e estabelecendo um neocolonialismo cada vez mais acentuado e repressivo, em que compartilhou os lucros com as oligarquias locais, civis e militares, e negociou com elas privatizações e desnacionalizações para associá-las ao processo.
A negociação, como concessão, cooptação e corrupção, adquiriu características macroeconômicas e esteve constantemente vinculada a novos fenômenos de paternalismo, de humanitarismo caritativo, de cooptação e corrupção de líderes e clientelas, fenômenos que abarcaram até mesmo as populações mais pobres e castigadas, contra as quais se preparou um novo tipo de guerra chamada de baixa intensidade, com o emprego de contingentes militares e paramilitares, e com as mais variadas formas de terrorismo de Estado por conta das “forças especiais”, encarregadas de “operações encobertas” realizadas por agências governamentais, ou por agentes subsidiados e contratados pelas mesmas. Os negócios da droga aportaram contribuições milionárias na montagem de um teatro de confusões e à perda de sentido das lutas alternativas. Também serviram para consegur a criminalização, real ou fingida, de líderes e movimentos populares, sistêmicos e anti-sistêmicos.
Nos anos 1990, a guerra econômica entre as grandes potências substituiu o projeto de governabilidade do mundo pela Trilateral. Os Estados Unidos subjugaram em poucos anos o Japão e os Tigres Asiáticos. O grande capital impôs uma política de apoio fiscal, político e militar crescente aos contribuintes mais ricos, muitos deles possuidores dos bancos e das megaempresas, amiúde também integrantes dos altos cargos públicos e das velhas e novas elites dominantes. Os privilégios para o grande capital legalizaram formalmente a apropriação de recursos públicos e privados no centro e na periferia do mundo capitalista, incluindo o direito a especulações gigantescas como a que esteve a ponto de falir o Banco da Inglaterra.
Passados pouquíssimos anos do início do processo, o complexo militar-empresarial dos Estados Unidos, expressão máxima do capitalismo organizado dominante, confirmou que suas mediações, instituições e recursos de dominação ideológica, política e econômica tinham chegado a um ponto de crise ameaçadora ao seu domínio e interesses. Isso o levou a endurecer sua política e empreender novas ações que lhe permitissem se manter na ofensiva e ampliar sua situação de privilégio.
A crise das mediações do capitalismo organizado se manifestou: em um crescente desprestigio de seu projeto de democracia de mercado; nos graves escândalos de corrupção de que foram atores os principais gerentes e proprietários das megaempresas – supostamente mais honrados do que os funcionários populistas e socialdemocratas dos governos dos Estados “minimizados”; no insuportável mal-estar de uma cidadania sem opções, aprisionada entre os mesmos programas e políticas de democratas e republicanos, e vítima da insegurança social e do desemprego em ascensão; da deterioração e da insuficiência das escolas públicas; da falta de serviços médicos e de remédios; da criminalidade generalizada em zonas urbanas e rurais. As eleições fraudulentas e elitistas em que Bush perdeu a presidência dos Estados Unidos por 500.000 votos e pouco depois a ganhou pela decisão de uma minoria de quatro juizes a favor e três contra, foram o ponto de partida de um processo de lógica totalitária em que as mentiras não são ditas para que se acredite nelas mas, sim, para que sejam obedecidas. E como à crise de instituições e de mediações se somou o perigo de uma recessão que não cedia, os Estados Unidos levaram a Europa à guerra econômica com a qual já tinham controlado o Japão. Ao mesmo tempo, aceleraram uma ofensiva geopolítica mundial que já tinham iniciado anos antes. Com a invasão do Iraque culminaram suas intervenções na Europa Central (Kosovo), na Ásia Central (Afeganistão) e no Oriente Médio, esta última por conta de Israel, um elemento da estratégia militar do “Ocidente” cada vez mais instrumentalizado pelos Estados Unidos. Dez anos de bombardeios contra o Iraque, apoiados pelas próprias Nações Unidas, após debilitar e empobrecer terrivelmente este país, facilitaram a ocupação de seu território e, sobretudo, de suas imensas riquezas petrolíferas. Os Estados Unidos mostraram cada vez mais estar na posição de líder da globalização neoliberal e inclusive fizeram gestos simbólicos e prepotentes que confirmaram seu caráter de “Soberano” que pode estar acima das Nações Unidas para declarar a guerra, da Suprema Corte da Justiça para violar os direitos humanos, dos acordos de Kioto para não assinar um compromisso que os obrigasse a tomar as medidas necessárias para a preservação da Terra.
A nova política globalizadora diante da crise interna e externa consistiu em dar prioridade ao neoliberalismo de guerra e à conquista de territórios, empresas e riquezas mediante o uso da força. No campo ideológico os Estados Unidos complementaram sua ideologia de luta pela democracia e pela liberdade, gravemente desprestigiada, pela ideologia de uma guerra preventiva contra o terrorismo. Adjudicaram-se o direito de definir o que seria terrorismo e de incluir na definição todos os opositores de que precisassem se desfazer, bem como de excluir dela todos os delinqüentes de que tivesse necessidade e seus próprios corpos especiais militares e paramilitares “com direito a matar” e “torturar”. A guerra não esteve incluída nos atos de terrorismo, nem o bombardeio e extermínio das populações civis, de povos, cidades e países inteiros. Pelo contrário, os Estados Unidos afirmaram empreender uma guerra do Bem contra o Mal, dispondo-se a travá-la em todas as partes do mundo e por um tempo indefinido.
Nem todos os falsos mitos da Idade Moderna foram destruídos. Muitos, como a democracia com sangue, foram impostos pela força. O governo dos Estados Unidos fingiram que tinham ido ao Iraque para impor a democracia e construir um país independente mediante a conquista. Seus enganos premeditados mostraram tanta violência quanto a que exerceram sobre a população do Iraque com o argumento de que seu verdadeiro objetivo era aprisionar Sadam Hussein, enquanto, para tanto, destruíam o país, cidade por cidade e casa por casa, e se apoderavam de seus ricos poços de petróleo.
A consternação mundial diante dessa política desumana se manifestou no desfile de milhões de pessoas nas grandes capitais do mundo. Também apareceu no desconcerto e na sensação de impotência que viveram os movimentos sociais partidários da paz e em luta por “outro mundo possível”.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos se propuseram a demonstrar sua decisão de atuar sozinhos quando fosse necessário, e de associar aos seus projetos de intervenção mundial os governos dos países altamente desenvolvidos e das potências intermediárias, assim como as demais burguesias e oligarquias do mundo que se submetessem a aceitar e apoiar “os seus valores e os seus interesses”. Mediante concessões e repressões, trataram de forjar um complexo imperialista. Pelo sentido comum entenderam que a repartição do butim e das zonas de influência deveria conceder prioridade sempre aos Estados Unidos, com pequenos ajustes prévia ou posteriormente negociados.
A política de repressões e de negociações abarcou todos os atores e todas as ações. Orientada sempre pela política de privatização, incluiu a privatização das empresas de guerra e dos exércitos, e a privatização em profundidade e em extensão, incluindo a terra e o subsolo, as fontes energéticas, a água e os mares, o ar e o espaço aéreo.
Nesta etapa da globalização neoliberal, os Estados Unidos e seus complexos e redes de associados e subordinados continuaram aproveitando a crise atravessada pelos movimentos de libertação e aqueles favoráveis à democracia e ao socialismo. Os movimentos alternativos, sistêmicos e não sistêmicos, continuavam padecendo da desestruturação e alienação de ideologias e estruturas e dos fluxos de informação e ação. Embora desde os anos 1990 começasse o movimento universal por uma nova alternativa, que procurava combinar e enriquecer as experiências das lutas anteriores, a clareza de idéias e a eficiência da organização de povos, trabalhadores e cidadãos mostraramse muito ineficientes para enfrentar a terrível ofensiva. Muitos deles tinham pensado que a crise crescente do capitalismo em si mesma os favorecia. Não tinham imaginado a imensa capacidade de reação e de violência de que era capaz o capitalismo. Ou não quiseram vê-la. A “guerra preventiva de ação generalizada” não constituiu somente uma mudança profunda em comparação com a “estratégia da contenção” que tinha predominado durante a guerra fria: foi também a forma mais adequada – a curto prazo – para que o grande capital e as potências imperialistas impedissem o desenvolvimento da consciência e a organização das forças alternativas emergentes.
Nessas circunstâncias, umas contradições começaram a atropelar as outras sem que se destacassem as lutas pela libertação, pela democracia e pelo socialismo como aquelas capazes de dar um novo sentido à História. Juntamente com as grandes manifestações de protesto contra a guerra, apareceram movimentos locais e globais de uma riqueza teórica e organizativa extraordinária; mas suas lutas tenderam a limitar-se a ações de protesto, e quando muito a ações de pressão passageira, ou de lenta construção de alternativas.
Em sua maioria, continuaram a mostrar-se incapazes de diminuir o ímpeto da política neoliberal que, na paz e na guerra, está levando o mundo a uma catástrofe generalizada.
A tais movimentos, ao mesmo tempo alentadores e incipientes, somaram-se outros, de um pensamento religioso e fundamentalista, que tendem a reproduzir a situação anterior de opressão e alienação dos povos oprimidos e fanatizados. Os líderes da resistência raramente se mostraram líderes de um pensamento crítico e radical; ou, freqüentemente, o representaram em suas formulações mais autoritárias e confusas, como no caso dos maoístas do Nepal, que voltaram a agir como líderes de movimentos armados incapazes de construir um mundo alternativo. Em muitos outros casos, os movimentos guerrilheiros foram penetrados pela contra-insurgência que, com o narcotráfico e os agentes especiais, os desabilitaram a empreender a necessária revolução ético-política. Numerosas guerrilhas se transformaram em grupos de foragidos sem outra lei nem ideologia além da pilhagem e da dominação repressiva das próprias populações em que se inseriam, às quais por vezes chegavam a impor políticas clientelistas e de privilégios excludentes, étnicos ou lingüísticos. Pareciam estar feitas à imagem e semelhança dos “terroristas bestializados” pelo terrorismo de Estado. Por todas as partes, e nas mais diversas culturas, desenvolveram-se instintos autodestrutivos, individuais e coletivos, muitos deles vinculados a uma violência do desespero. No campo das lutas políticas e sociais, dos partidos e das organizações da sociedade civil, os modelos de corrupção e repressão, de conformismo e de alienação anularam diversos movimentos que, de início, indicavam uma saída aos povos.
Seus líderes foram cooptados ou corrompidos, ou simplesmente se adaptaram a um mundo controlado em que predominam as filosofias individualistas segundo as quais cada um “defende o seu”.
É verdade que, ao mesmo tempo, foram surgindo grandes movimentos como os de Chiapas no México, Seattle nos Estados Unidos, Porto Alegre no Brasil, o outro Davos na Europa, Mombay na Índia e muitos outros, que tentam unir o local e o universal e criam os novos projetos de um mundo livre, eqüitativo e independente que se aproxima da verdadeira democracia, do verdadeiro socialismo e da verdadeira libertação.
Todas as lutas mencionadas, porém,ocupam um espaço pequeno demais no tocante às necessidades da mudança sistêmica e da sobrevivência humana, ameaçada por uma guerra contra os pobres que pode terminar em guerra bacteriológica e nuclear.
Apareceram ao mesmo tempo, por conseguinte, as contradições entre o imperialismo e os países dependentes, neocoloniais e recolonizados; as contradições entre os trabalhadores e o capital, muitas delas mediatizadas e estratificadas; as contradições entre as etnias e as nações-Estado; as contradições entre as potências atômicas e nucleares e entre os próprios integrantes da comunidade imperialista, zelosos de suas zonas de influência e temerosos de perder poder e privilégios. Todas estas e muitas outras contradições se esboçaram em um imperialismo dominante mais ou menos coletivo, que tende a identificar-se com o capitalismo como sistema global. O desfecho das contradições não pareceu assegurar-se no sentido de que um sistema mais justo e livre do que o sistema capitalista mundial pudesse ser atingido no tempo de uma geração de lutadores políticos, sociais ou revolucionários. Ainda mais, a ameaça à sobrevivência da humanidade fez com que os governantes obrigatoriamente pensassem em uma alternativa ainda mais sinistra, capaz de manter seus privilégios e seu poder: a destruição de uma parte da humanidade para a sobrevivência do resto dela. Este raciocínio levou à imposição paulatina e constante de um regime de “nazismo-cibernético”, com a eliminação de povos inteiros pelo mundo afora, à maneira de Pol-Pot, ou do equivalente aos sete milhões de judeus vitimados pelo nazismo anterior, que agora desponta no campo de concentração e eliminação em que o imperialismo e seus associados converteram a Palestina.
A imoralidade e a criminalidade doentias dos novos dirigentes do sistema, como as dos antigos nazis, combinadas com o conhecimento e o uso que fazem das tecnociências e dos sistemas auto-regulados, adaptativos e criativos, anunciam obscuramente um futuro negro para a humanidade, caso os povos das periferias, e inclusive os das metrópoles, não consigam impor a transição para um sistema de produção e democracia pós-capitalista que assegure a vida humana e a sobrevivência da espécie.
Todas as redefinições do imperialismo de hoje parecem dirigir-se à construção de um império liderado pelos Estados Unidos, seus associados e subordinados, em que é mais provável uma guerra entre as potências nucleares do que uma revolução social, ou do que uma mudança de rota em direção à socialização, democratização e independência real das nações, cidadãos e povos. Deste fato derivam, em parte, as afirmações irresponsáveis de Michael Hart e Antonio Negri no sentido de que seja necessário substituir o conceito de imperialismo pelo conceito de império e o de luta de classes pelo de uma luta da “multidão” contra o “império”. A superficialidade desta interpretação se deve em grande medida a uma conjuntura histórica em que é evidente que a construção do império mundial pelos Estados Unidos ocupou o primeiro plano da cena. Também se deve ao fato evidente de que a luta de classes original e atual tem sido fortemente mediatizada por outras lutas políticas, econômicas, ideológicas e sociais, e de que as organizações que lutaram contra o sistema de dominação e acumulação característico do Capitalismo foram mediatizadas e derrotadas, primeiramente no século XIX, depois no século XX.
No início do século XXI ainda se vive a desorganização das forças alternativas e de suas próprias organizações ou meios para alcançar o socialismo, a democracia, a libertação. O caráter relativamente desestruturado e multitudinário que as forças alternativas ainda apresentam é evidente. Mas, nem do projeto norte-americano de um Império Global, nem da crise mundial das alternativas se pode derivar que, em vez de pensar e agir contra o imperialismo, se deva pensar e agir contra o império, e que, em vez de pensar nas novas organizações da resistência e da organização do poder alternativo, se deva lutar nos termos vagos de um pensamento libertário ou neoanarquista conservador que pretenda enfrentar a multidão desorganizada ao capitalismo mais organizado de toda a História.
A origem da formulação mistificadora de Hart e Negri provém de uma lógica das disjuntivas que geralmente tem sido reacionária. Consiste em pensar que as novas características do imperialismo acabem com o imperialismo, ou que os novos aspectos da luta de classes se expressem em uma luta histórica empreendida pelas multidões – este outro termo que o pensamento conservador e elitista sempre aplicou aos povos que teme agressivamente.
A verdade é que hoje, mais do que nunca, o conceito do imperialismo como uma etapa do capitalismo e da História da humanidade continua sendo um conceito fundamental. Ao articular a História dos impérios com a História das empresas, o conceito de “imperialismo” pôs a descoberto o poder crescente das empresas monopolistas e do capital financeiro. Também reformulou a luta antiimperialista combinando a luta das nações oprimidas com a luta das classes exploradas.
Se hoje estamos assistindo à construção de um império mundial pelo complexo militar-empresarial dos Estados Unidos (e a palavra império lhes parece grata desde a rainha Vitória), tal projeto de Império corresponde às mais avançadas políticas imperialistas e capitalistas: combina a força crescente das megaempresas e das potências, em que se apoiam e de que se servem, com as novas formas de dominação e exploração dos povos e dos trabalhadores.
De fato, o projeto mencionado articula cada vez mais o imperialismo ao capitalismo, até tornar cada um deles incompreensível sem o outro. Ainda mais, permite explorar as contradições na construção do império mundial norte-americano em pugna inevitável com outros impérios dada sua crescente apropriação e dominação de territórios, recursos e populações, bem como o fato de que apareça como o beneficiário principal da nova acumulação original e ampliada de capitais, formulando problemas de insegurança às grandes potências e às potências intermediárias.
A luta contra o imperialismo e o capitalismo, encarada como uma luta pela democracia, pela libertação e pelo socialismo, corresponde, por sua parte, a um fenômeno alternativo de sistemas emergentes, e, tanto por suas tendências naturais como pelas que serão encaminhadas para atingir tais objetivos, pode ter um crescimento exponencial que inclua a própria população dos Estados Unidos, sem mencionar a do resto do mundo. Nesse futuro o exemplo de Cuba, longe de ser “excepcional”, tem características universais que se tornarão cada vez mais evidentes conforme se descubra nela a necessidade ético-política que todo movimento pela libertação, pela democracia e pelo socialismo deve priorizar na organização de seu pensamento e de suas ações.

A matemática a funcionar

Um professor de matemática envia para sua esposa um email com a seguinte mensagem:
Querida esposa, sei que compreendes que agora tens 58 anos, e que eu tenho certas necessidades que já não podes satisfazer.
Sou feliz contigo, como minha esposa e, sinceramente, espero que não te sintas magoada ou ofendida ao saber que,
quando estiveres lendo este e-mail,estarei no Big Dick Motel com minha secretária, que tem 18 anos. Mas não te preocupes, que chegarei em casa antes da meia-noite “.
Quando o cara chega em casa, vindo do motel, encontra a seguinte carta da esposa:
“Querido marido, obrigada pelo aviso. Aproveito a oportunidade para lembrar-te que tu também tens 58 anos.
Ao mesmo tempo, te comunico que, quando estiveres lendo esta carta, estarei no Motel Happy Dust com meu professor de tênis, que também tem 18 anos.
Como és um matemático, poderás compreender facilmente que estamos nas mesmas circunstâncias, mas com uma pequena diferença:
“18 entra mais vezes em 58, do que 58 em 18…”
Portanto, não me espere, porque vou chegar só amanhã!

Coisas do Dubai

Uma mulher fez sua primeira viagem a Dubai.
Um esplendor, tudo era novidade!
Hospedou-se num tremendo seis estrelas, chiquérrimo.
Ao chegar na sua sofisticada suíte, foi fazer um xixi.
Estava apertada e já quase pingando na calcinha.
Sentou naquele luxuoso banheiro com peças em ouro, ao terminar notou que faltava papel higiênico.
Muito chateada, de dentro do banheiro mesmo, acionou o comunicador para a recepcionista bilíngüe:
- Minha filha… Que absurdo!
Um hotel luxuosíssimo e dessa categoria sem papel higiênico?
Como vou limpar a minha…?

- Desculpe senhora, não usamos mais esse tipo de material em nossos hotéis.
- Por gentileza, olhe o painel em ouro a seu lado.
Aperte o primeiro botão de diamante à sua esquerda.
A mulher, incrédula e curiosa seguiu as instruções.
Imediatamente um jatinho delicioso de água morna foi esguichado.
- Senhora, agora aperte o segundo botão de rubi, ao lado do primeiro.
Imediatamente, um ventinho quente rapidamente secou.
- Que maravilha, falou a hóspede!
- Espere senhora, ainda não acabou.
Por favor, agora aperte o terceiro botão de pérola.
Ela apertou, sentiu uma borrifada, e a fragância de um delicioso perfume íntimo francês.
Maravilhada com aquele luxo e tecnologia, não se conteve e exclamou:
- C a r a a a a a l h o !
E a recepcionista bilíngüe imediatamente respondeu:
- É no botão vermelho, senhora. Queira, por gentileza, especificar cor, comprimento e espessura, já é lubrificado e vibra…

Afinal não é só na Grécia!

Pagos 165 mil euros em subsídios a magistrados já falecidos


Uma auditoria da Inspecção-Geral das Finanças (IGF) às despesas da Justiça detectou o pagamento de 165 mil euros em excesso de subsídio de compensação a magistrados jubilados já falecidos, isto por falta de comunicação do óbito pelo Instituto do Regimento e Notariado.

De acordo com o relatório da auditoria, o Ministério da Justiça efectuou também pagamentos em excesso de 28,8 mil euros (de 208 a Março de 2010) do suplemento remuneratório para compensação do trabalho para recuperação dos atrasos processuais a oficiais de justiça cuja classificação foi interior a «Bom», isto apesar de ser contrário à lei».

«Dada a ausência de despacho conjunto dos ministros das Finanças e da Justiça, afigura-se questionável a atribuição de abonos para falhas a um número variável entre 337 e 346 secretários de Justiça (ou substitutos) após 01 de Janeiro de 2009, num total pago de 349 mil euros», refere o relatório.

Além disso, o subsídio de fixação atribuído aos magistrados judiciais e do Ministério Público e o suplemento de fixação dos funcionários judiciais que trabalham em comarcas periféricas deveriam ter pago IRS como trabalho dependente. A falha do imposto, relativo ao ano de 2009, estima-se em 4,9 milhões.

No final de 2009, o Ministério da Justiça foi ainda condenado a pagar 40,5 mil euros de juros de mora a três magistrados que reclamaram pelo atraso no pagamento da remuneração por acumulação de funções, atraso que ocorreu devido ao conhecimento tardio dos pareceres dos Conselhos de Magistraturas e da decisão da tutela.

A auditoria detectou, ainda, vários «pontos fracos» ao sistema de controlo interno, nomeadamente pelo facto de o Ministério da Justiça não dispor de informação actualizada sobre os trabalhadores a quem processou remunerações e suplementos sobre assiduidade. Refere, ainda, que não houve um controlo prévio das folhas de vencimento e comparações frequentes entre os valores pagos e as retenções na fonte e que foram detectados erros de cálculo de ajudas de custo.

A aplicação inadequada da despesa com ajudas de custo e transporte, suplemento de fixação e trabalho extraordinário levou, ainda, à falta de poupanças orçamentais de cerca de 745 mil euros, diz o relatório.

Conimbriga,cidade Romana em 3D

A arte de empacotar


Isto é eficiência .

Cozinheiro Indiano


Isto é que trabalhar à Indio.

O maluco pensante

Um maluco apanha um autocarro todas as manhãs e compra sempre dois bilhetes para o mesmo sitío.
Passada uma semana, o condutor, intrigado, pergunta-lhe:
-Ouça lá! Porque é que você compra dois bilhetes todos os dias quando lhe basta um?
-É muito simples - responde o maluco - eu coloco um bilhete no bolso esquerdo e o outro no bolso direito. Se eu perder o bilhete do bolso esquerdo, ainda me resta o bilhete do bolso direito. Se eu perder o bilhete do bolso direito ainda me resta o bilhete do bolso esquerdo.
-Ahhh! E se perder os dois bilhetes ao mesmo tempo?
-Não faz mal !! -responde o maluco - Eu tenho passe !


Provérbios para gente erudita

Expõe-me com quem deambulas e a tua idiossincrasia augurarei. 
(Diz-me com quem andas e te direi quem és)

Espécime avícola na cavidade metacárpica, supera os congéneres revolteando em duplicado. 
(Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar) 

Ausência de percepção ocular, insensibiliza órgão cardial. 
(Olhos que não vêem, coração que não sente) 

Equídeo objecto de dádiva, não é passível de observação odontológica. 
(A cavalo dado não se olham os dentes) 

O globo ocular do proprietário torna obesos os bovinos. 
(O olho do amo engorda o gado) 

Idêntico ascendente, idêntico descendente. 
(Tal pai, tal filho) 

Descendente de espécime piscícola sabe locomover-se em líquido inorgânico. 
(Filho de peixe sabe nadar) 

Pequena leguminosa seca após pequena leguminosa seca atesta a capacidade de ingestão de espécie avícola. 
(Grão a grão enche a galinha o papo) 

Tem o monarca no baixo ventre 
(Tem o rei na barriga) 

Quem movimenta os músculos supra faciais mais longe do primeiro, movimenta-os substancialmente em condições excepcionais. 
(Quem ri por último ri melhor) 

Quem aguarda longamente, atinge o estado de exaustão. 
(Quem espera desespera)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Para todos aqueles que estão a tentar reformar-se...

Reforma pela Caixa Geral de Aposentações
Usem este truque ou sejam verdadeiros...
Quando o Sr. João (meu vizinho) apresentou a documentação para a merecida reforma da CGA, a senhora que o atendeu pediu-lhe o bilhete de identidade para confirmar a sua idade...
Ele Procurou e percebeu que se tinha esquecido do documento em casa.
- "Vou buscar e depois volto à tarde".
A mulher disse-lhe: - "Desabotoa a camisa."
Muito encavacado, abriu a camisa, revelou o seu tórax cheio de cabelos brancos e ela comentou:
-"Esse cabelo grisalho para mim é prova suficiente", e iniciou o processo, recebendo a documentação.
Quando o sr. João chegou a casa e contou à sua mulher sobre a experiência tida no guiché da CGA, ela disse-lhe:
- "Devias ter baixado as calças. Ias conseguir uma reforma melhor... por invalidez!"

Matilde Rosa Araújo nasceu a 20 de Junho de 1921


Matilde Rosa Araújo
nasceu em Lisboa em 1921 e faleceu em 2010. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letra da Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora do Ensino Técnico Profissional em Lisboa e noutras cidades do País, assim como professora do primeiro Curso de Literatura para a Infância, que teve lugar na Escola do Magistério Primário de Lisboa. Como professora do Ensino Técnico Profissional, efectivou na cidade do Porto. Autora de livros de contos e poesia para o mundo adulto e de mais de duas dezenas de livros de contos e poesia para crianças, tem-se dedicado, ao longo da sua vida, aos problemas da criança e à defesa dos seus direitos. São de sua autoria alguns volumes sobre a importância da infância na criação literária para adultos e sobre a importância da Literatura Infanto-Juvenil na formação da criança e na educação do sentimento poético como raiz pedagógica de valia. Recebeu os seguintes prémios no domínio de Literatura para a Infância: Grande Prémio de Literatura para Criança da Fundação Calouste Gulbenkian ex-aequo com Ricardo Alberty, em 1980; Prémio atribuído pela primeira vez, para o melhor livro estrangeiro (novela O Palhaço Verde), pela associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil, em 1991; Prémio para o melhor livro para a Infância publicado no biénio 1994-1995, pelo livro de poemas Fadas Verdes, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 1996.

Principais acontecimentos registados no dia 20 de Junho

 Principais acontecimentos registados no dia 20 de junho, Dia Mundial dos Refugiados e Dia Internacional do Surf:
1789 - É criada a aula de Anatomia no Hospital de Chaves.
1791 - Luís XVI e a família real tentam abandonar a França. São detidos em Varennes.
1819 -- Nasce o compositor francês Jacques Offenbach, autor de "Orfeo nos Infernos", que integra o popular "Can-can".
1837 -- Subida ao trono britânico da rainha Vitória, após a morte de Guilherme IV.
1860 -- Constituição da Companhia Real dos Caminhos-de-Ferro Portugueses.
1866 -- Reestruturação do ensino da Medicina em Portugal. Os diplomados das Escolas Médico-Cirúrgicas são equiparados aos das Faculdades. A Universidade de Coimbra mantém a exclusividade da licenciatura.
1875 - Abre a linha de caminho de ferro entre Porto e Braga, a primeira inteiramente construída com capitais e técnicos portugueses.
1897 - Sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.
1905 -- Nasce a escritora e dramaturga norte-americana Lillian Helmann, autora de "The Children's Hour", "The Little Foxes", "Watch the Rhine", "Pentimento" e "Talvez", a única obra editada em Portugal.
1911 - Anselmo Braamcamp Freire é eleito Presidente da Assembleia Constituinte.
1919 - É publicado o primeiro número do Diário Operário da Tarde.
1961 - O Kuwait é admitido na Liga Árabe.
1963 - Morre, em Lisboa, Francisco Pulido Valente, 78 anos, médico, investigador e professor universitário, anti fascista, opositor da ditadura do Estado Novo.
- Acordo para o estabelecimento da primeira "linha vermelha", entre Washington e Moscovo.
1965 -- Golpe militar na Argélia depõe o primeiro presidente do país, Ahmed Ben Bella, que permanece em prisão domiciliária durante 15 anos.
1967 -- O pugilista norte-americano Muhammad Ali, Cassius Clay, campeão olímpico e mundial de pesos pesados, é condenado pelo tribunal de Houston, por recusar a mobilização para a Guerra do Vietname.
1974 - Uma Assembleia Magna de estudantes da Associação Académica de Coimbra decide a extinção da secção de futebol, numa altura em que a equipa está numa digressão em Espanha. Os estudantes alegam que esta secção funciona à revelia dos princípios amadores das restantes.
Constitui-se então o CAC -- Clube Académico de Coimbra.
1983 -- Toma posse o primeiro reitor eleito da Universidade de Lisboa, professor Toscano Rico.
1984 - A Polícia do Exército prende o tenente-coronel Otelo Saraiva de Carvalho, no âmbito da investigação sobre as atividades das FP-25.
1991 -- O Parlamento alemão vota a favor do regresso da sede do Governo a Berlim.
1994 -- Início da vaga de protestos pelo aumento em 50 por cento da portagem na Ponte 25 de Abril, em Lisboa.
1995 - Morre o escritor e filósofo francês de origem romena Emil Mikai Cioran, 84 anos.
1997 -- Demissão de Felipe Gonzalez da liderança do Partido Socialista Operário Espanhol, na qual se mantinha há 24 anos.
1999 -- As últimas 40 mil tropas jugoslavas abandonam o Kosovo, cumprindo o plano de paz da ONU, aceite por Belgrado no início do mês.
2003 -- Realiza-se a primeira ligação ferroviária entre Lisboa e o Algarve, sem transbordo no Barreiro.
- Cimeira Europeia, em Salónica, Grécia. O projeto de Tratado Constitucional Europeu é "adotado como documento de base" para a conferência inter-governamental.
2004 -- Euro 2004. Portugal qualifica-se para os quartos de final, com a vitória sobre Espanha por um golo.
2005 - Greve nacional dos professores, contra as alterações aos regimes de reforma e progressão de carreiras.
- Morre Jack Kilby, 81 anos, investigador norte-americano, inventor do circuito eletrónico integrado, Nobel da Física em 2000.
2006 - A Entidade Reguladora para a Comunicação Social renova as licenças televisivas da SIC e da TVI.
- Timor-Leste. É emitido o mandado de detenção do ex-ministro do Interior Rogério Lobato. O Conselho de Segurança prolonga o mandato da missão das Nações Unidas até 20 de agosto.
2007 - É reeleita a direção do Sindicato dos Jornalistas, presidida por Alfredo Maia.
- A publicidade portuguesa conquista um Leão de Prata no Festival Internacional de Cannes, o mais importante do sector, com um anúncio de imprensa criado pela agência Leo Burnett.
- A ilustração "Plágio Literário", criada por João Fazenda e publicada no suplemento Ípsilon do Público a 16 de fevereiro, conquista o Grande Prémio da quarta edição do Prémio Stuart de Desenho de Imprensa.
- Investigações na área do envelhecimento e dos processos associados ao desenvolvimento das células cancerígenas realizadas pelos biólogos Peter Lawrence e Ginés Morata são distinguidas com o Prémio Príncipe das Astúrias de Investigação Científica e Técnica 2007.
-- Morre o americano Paul Strauss, 85 anos, ex-director musical dos Ballets Russos de Monte-Carlo e maestro da Orquestra filarmónica de Liège, na Bélgica.
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Este é o centésimo septuagésimo primeiro dia do ano. Faltam 194 dias para o termo de 2011.
Pensamento do dia: "Só tem convicções aquele que não aprofundou nada". EM Cioran (1911-95), escritor e filósofo francês de origem romena.

domingo, 19 de junho de 2011

Machado de Castro nasceu a 19 de Junho de 1731

Machado de Castro

Escultor português, nasceu em 1731, em Coimbra, e morreu em 1822, em Lisboa. A sua primeira escola foi a oficina de santeiro do pai, onde aprendeu a trabalhar o barro, o gesso e a madeira. Trabalhou nas obras do Palácio-Convento de Mafra, esculpindo alguns dos retábulos das capelas, e deixou uma vasta obra, especialmente na capital. É da sua autoria a estátua equestre de D. José que se encontra na Praça do Comércio. Outras obras suas encontram-se na Basílica da Estrela, no Palácio Nacional da Ajuda e na Sé Catedral de Lisboa.

Mais Você - Churrasco na Panela de Pressão (11-05-2011)


Ana Maria Braga ensina a fazer esse delicioso prato.

Amália Rodrigues-(cheira bem Cheira a lisboa)

Não Desistas - Promo da SIC

Para um dia bem disposto

Assédio...



Um funcionário passa perto de uma colega de escritório e diz-lhe:" o seu cabelo tem um cheiro gostoso".

Indignada, a mulher dirige-se imediatamente ao gabinete do chefe, dizendo-lhe que quer fazer uma queixa de assédio sexual e explica o motivo.

O gerente fica admirado e pergunta:

- Mas, afinal, qual é o mal que tem um colega lhe dizer que o seu cabelo tem um cheiro gostoso?

A mulher:

- O filho da p... é  ANÃO..