Previsão do Tempo

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A 20 de Janeiro de 1554 - Nasceu D. Sebastião de Portugal

A 20 de Janeiro de 1942 - Realizou-se a Conferência de Wannsee



No dia 20 de Janeiro de 1942, a convite de Reinhard Heydrich, chefe da Polícia de Segurança (Sicherheitspolizei) e do Serviço de Segurança (Sicherheitsdienst - SD) da Alemanha nazi, uma reunião entre representantes das SS, do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) e de vários ministérios do Reich tratou da “solução final da questão judaica” (“Endlösung der Judenfrage”). A discussão centrou-se no objectivo de expulsão dos judeus de todas as esferas da vida do povo alemão.
O encontro aconteceu ao meio-dia na sala de jantar do palacete de Wannsee (à beira do lago Wann), nos arredores de Berlim, e durou cerca de 90 minutos.
Foram discutidas medidas a tomar e o conceito de 'deportação' dos judeus para o Leste Europeu foi alterado para "trabalho apropriado no curso do qual sem dúvida uma grande porção será eliminada por causas naturais" e os "restantes serão... tratados de forma apropriada, porque, se libertados, iriam agir como semente de uma nova restauração judaica".
Heydrich tinha como objectivo o reconhecimento do seu próprio papel de liderança nas deportações, bem como o envolvimento de ministérios e membros do Partido importantes na preparação para o assassinato dos judeus. Ao mesmo tempo, deveriam ser resolvidos os conflitos das administrações de ocupação alemãs civis na Polónia e nos territórios do Báltico e Leste Europeu (“Ostland”) com os líderes das SS.
Os participantes fizeram propostas e levantaram objecções em nome dos organismos a que pertenciam, mas em geral mostraram-se dispostos a colaborar.
Antes, em Julho de 1941, Herman Goering, agindo sob instruções de Hitler, já ordenara que Heydrich e Heinrich Himmler - na altura o número dois do regime - apresentassem “tão cedo quanto possível, um plano geral elencando as medidas administrativas, materiais e financeiras necessárias que levassem à desejada solução final da questão judaica”.
Heydrich convocou então Adolf Eichmann, chefe doDepartamento Central da Emigração Judaica, e 15 outros altos funcionários de diversos ministérios e organizações nazis para a reunião em Wannsee. A agenda tratou de um único tema e concentrou-se em elaborar um plano a fim de encontrar a “solução final”, como Hitler havia exigido. Diversas propostas repulsivas e espantosas foram abertamente discutidas, inclusive esterilização em massa e deportação para a ilha de Madagáscar.
Heydrich propôs simplesmente o transporte de judeus de todos os cantos da Europa para campos de concentração na Polónia, onde encontrariam a morte. Houve objecções a esta proposta, alegando-se que ela consumiria muito tempo. O que fazer com os que levassem mais tempo para morrer? O que fazer com os milhões de judeus que ainda estavam na Polónia? Embora a expressão “extermínio” não constasse das actas da reunião, estava implícita: quem quer que resistisse às condições de um campo de trabalho forçado deveria ser “tratado adequadamente”.
Meses mais tarde, o Zyklon-B, em Chelmno, na Polónia, mostrou ser a “solução” que estavam à procura – o meio mais eficaz de matar grandes grupos de pessoas ao mesmo tempo. Os fornos crematórios, que transformariam cadáveres em cinzas, acabariam por completar a tarefa.
Todos os cuidados para manter sob sigilo o encontro de Wannsee foram adoptados. Não obstante, descobertas as actas da reunião forneceram provas decisivas durante os Processos de Nuremberga.
Surgiu aí a expressão “Holocausto” que diz respeito à aniquilação de cerca de 6 milhões de judeus – dois terços da população judaica europeia anterior à Segunda Guerra Mundial – que incluíam 4,5 milhões da Polónia, Ucrânia, Rússia e países bálticos; 750 mil da Hungria e Roménia; 290 mil da Alemanha e Áustria; 105 mil dos Países Baixos; 90 mil da França; 54 mil da Grécia.
O Holocausto foi único na História na prática do genocídio – a sistemática destruição de um povo devido apenas à religião, raça, etnia, nacionalidade ou preferência sexual – em escala jamais igualada. Além dos judeus, entre 9 e 10 milhões de pessoas – ciganos, eslavos, homossexuais e deficientes físicos – foram exterminados.

A 20 de Janeiro de 1993 - Morreu a actriz Audrey Hepburn

A 20 de Janeiro de 1936 - Eduardo VIII foi proclamado rei da Inglaterra



O rei Jorge V de Inglaterra morreu em 20 de Janeiro de 1936, aos 71 anos. Após a sua morte, a sua esposa, a rainha Mary, ajoelhou-se em frente ao primogénito Edward Albert Christian George Andrew Patrick David, príncipe de Gales e conde de Chester, o sucessor natural do trono.
Eduardo, 42 anos, foi proclamado rei de Inglaterra. Esta, entretanto, era uma responsabilidade que não combinava com o seu estilo de vida. Ele apreciava festas e gostava de sair com os amigos nobres e ricos e de circular pela alta sociedade. Apesar disso, ou talvez justamente por isso, os súbditos amavam-no.
"Tanto na época em que fui príncipe do País de Gales quanto mais tarde, quando assumi o trono da Inglaterra, sempre recebi manifestações de carinho dos cidadãos, em todos os lugares por onde passei. Eu sou muito grato por isso", afirmou certa vez Eduardo VIII.
Ao contrário do povo, a família real e o governo inglês não viam com bons olhos o comportamento do filho mais velho de Jorge V. Na festa da sua proclamação, Eduardo estava acompanhado de uma mulher que jamais poderia estar presente em tão especial e pomposo momento, de acordo com o rigoroso cerimonial real. Mas ela estava lá: era uma burguesa norte-americana. Duas vezes divorciada. O seu nome: Wallis Simpson.
Eduardo conhecera Wallis numa festa promovida pela amiga Lady Furness. O então príncipe ficou fascinado por aquela mulher elegante e dominadora. Ela lembrava-lhe uma severa governanta que tivera na sua infância. A paixão foi fulminante.
Wallis agia de forma recatada, embora não fizesse segredo que gostava de usufruir de extravagâncias. O ainda marido de Wallis já se havia conformado que a sua mulher tinha outro. Os seus negócios, aliás, iam de vento em popa com a repercussão do caso.
Tudo haveria continuado assim se Eduardo não decidisse que Wallis não podia ser apenas sua amante. Ele queria casar – se com ela, o que era um escândalo. O governo ameaçou depô-lo. Um rei não podia ficar ao lado de uma mulher com tal passado.
No dia 11 de Dezembro de 1936, Eduardo VIII fez o anúncio público da sua abdicação do trono de Inglaterra, alegando que não poderia ser rei sem a ajuda e o apoio da mulher que amava. O seu irmão, pai da actual rainha Isabel, assumiu o trono como Jorge VI. Eduardo casou e foi para o exílio em Paris na companhia de Wallis, que em 1937 se tornaria Duquesa de Windsor.

Aguarelas feitas por D.Carlos


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A 20 de Janeiro comemora-se o dia de S. Sebastião em Dornelas- Boticas



Amanhã a tradição repete-se em Dornelas- Boticas

20 de Janeiro, o dia de S. Sebastião e a celebração da “Mesinha de S. Sebastião”, em Dornelas, que se integra na antiga tradição das refeições comunitárias rituais ou festivas.
Esta festividade tem a sua origem aquando das invasões francesas (a 2ª, em 1809), mas há quem a faça recuar no tempo. Esta gente tem fé em S. Sebastião, o patrono da guerra, da fome e da peste, que na 2ª invasão francesa evitou que os soldados de Napoleão os espoliassem, porque passaram ao largo. Isso foi um “milagre” e daí a festa se repetir todos os anos. Dizem que durante um ano não haverá nesta aldeia nem fome nem peste. Mas tal poderá acontecer se não fizerem a festa.
Nesse dia, a população oferece pão, arroz e carne de porco a todos quantos visitam a freguesia, dispostos ao longo de uma extensa mesa onde todo o mundo tem o direito de comer. O pão é metade centeio e a outra metade milho. Durante dois dias é cozido, sabendo-se que se gastam cinco carros de lenha para aquecer o forno. A carne de porco é da orelheira, peituga e beiça, e é posta a cozer à lareira em potes de ferro. O arroz é feito na água de cozer as carnes.
Toda a comida é benzida, sendo o pão posto em cestos e a carne e o arroz em grandes tachos. Depois, é distribuída de vara em vara, em cima da mesinha que tem algumas centenas de metros de comprimento e que é disposta ao longo da rua principal.
Antes de se começar a comer, é dado S. Sebastião a beijar, recolhendo-se ao mesmo tempo as esmolas que cada um lhe queira oferecer.
É uma festa única, que se repete ano após ano e que nem a chuva consegue estragar.

A 19 de Janeiro de 1809 - Nasceu o escritor norte-americano Edgar Allan Poe

A 19 de Janeiro de 1839 - Nasceu o pintor francês Paul Cézanne

A 19 de Janeiro de 1923 - Nasceu Eugénio de Andrade



Eugénio de Andrade (1923 - 2005) desenvolve a parte mais importante da sua obra no Porto, para onde foi viver relativamente jovem por razões profissionais. Recebeu diversas distinções e prémios nacionais e internacionais.
Nasceu José Fontinhas, mas adotou o nome artístico de Eugénio de Andrade, nome pelo qual ficará conhecido. A sua vida começa no Fundão. Segue depois para Lisboa e Coimbra, antes de se fixar no Porto, como inspetor administrativo do Ministério da Saúde.
O seu primeiro livro, “Adolescente“ foi editado em 1942, mas é “As mãos e os Frutos”, em 1948, que lhe dá grande visibilidade. Escreveu sempre ao longo da sua vida e publicou dezenas de livros, participando ainda em diversas antologias.
Foi também autor de livros infantis e tradutor. Entre os autores que traduziu encontra-se Garcia Lorca. É também um dos poetas portugueses mais traduzidos.
Entre outros foi-lhe atribuído o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada e a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, o Prémio da Associação Internacional dos Críticos Literários, O Prémio Europeu de Poesia da Comunidade de Varchatz (da ex-Jugoslávia), o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Camões.
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A 19 de Janeiro de 1889 - Nasceu Sophie Taeuber-Arp



A artista nasceu em Davos-Platz, (Suiça) e faleceu, naturalizada francesa, em Zurique. Sophie Taeuber estudou na Escola de Artes e Ofícios (Saint-Gall, Suíça, 1907); nos Ateliês de Aprendizagem e Ensaio para as Artes Livres e Aplicadas (Munique, Alemanha, 1910); na Escola de Artes Aplicadas (Hamburgo, Alemanha, 1912); e estudou dança moderna na Escola Rudolf von Laban (Zurique, Suíça, 1914-1916).
Em Zurique, Sophie conheceu Hans (Jean) Arp, com quem casou-se posteriormente, na França (1922). Em Zurique a artista tornou-se professora da Escola de Artes Aplicadas, ensinando na Seção Têxtil (1916). A artista participou do Dadaísmo, dançando em váriasperformances, envergando máscaras, de estilo Negro e primitivo, criações de Marcel Janco. A fotografia de Sophie usando máscara e costume de Janco, no acervo da Fundação Arp (Clamart, França), se encontra reproduzida (GIBSON, 1991). Sophie dançou com várias outras colegas que participaram do movimento dadaísta em Zurique, como suas amigas Mary Wigman, Suzanne Perrotet e Maja Kruschev, sendo a última citada namorada de Tristan Tzara. As músicas escolhidas para os espetáculos foram de compositores contemporâneos como as dos franceses Darius Milhaud (Grupo dos Seis) e Erik Satie (Escola de Arcueil); dos russos Igor Stravinsky e Alexander Borodin (Grupo dos Cinco), entre outros.
Sophie participou, semanalmente, do dito Clube Psicológico, grupo de encontros de Carl Jung (1916). A artista criou peça para teatro de marionetes, destinado a entreter crianças: Rei Cervo [Konig Hirsh] (1918, fotografia na Fundação Arp). Sophie incorporou personagens fictícios à sua representação, como o Dr. Freud Analithycus e o Dr. Complexo. As marionetes de Sophie encontram-se reproduzidas nas fotografias publicadas (GIBSON, 1991). Quando Sophie e o estudante de engenharia Hans Arp começaram a namorar, ambos participaram do Grupo Suíço A Nova Vida [Das Neue Leben] (v.), na companhia de Marcel Janco e Fritz Baumann, entre outros. A mostra coletiva do grupo ocorreu na Kunsthalle (Berna), itinerante ao Museu de Arte Decorativa (Zurique; Suíça, 1920).
Sophie executou obras contemporâneas em bordados sobre tela, como Simetria Patética, sobre desenho de Hans Arp (1916-1917, 76 cm x 55 cm, no MNAM, Paris); costumes com tecidos e papelão, obras geométricas com ritmos livres sobre tela; desenhos, além de várias obras nas técnicas mistas com colagens variadas, além de objetos como marionetes. A artista legou seu acervo de fotos, documentos e obras para a Fundação Arp (Clamart, França). Várias de suas fotografias envergando costumes Dadá, da peça Rei Cervo, bem como outras fotos com Arp e máscaras de Marcel Janco, encontram-se reproduzidas (GIBSON, 1991). A obra de Sophie Arp,Relevo retangular com círculos cortados pintados e quadrados, cubos em relevo e cilindros (madeira cortada pintada/ madeira, no acervo do Kunstmuseum, Berna), encontra-se reproduzida (HELLER, 1997). Outra obra importante de Sophie, a Composição vertical, horizontal triângulos recíprocos (1918, óleo/ tela/ cartão, 112 cm x 157,5 cm), encontra-se no acervo da Kunsthaus (Zurique). A fotografia da decoração com tetos pintados por Sophie Arp, no Salão de Chá (1927-1928), encontra-se reproduzida (RAGON, 1992). No acervo do MAC - USP, a obra Triângulos opostos pelo vértice, com retângulos, quadrados, barras (1931, óleo/ tela, 81 cm x 65 cm).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Evocação da Revolta popular de 18 de Janeiro de 1934, Marinha Grande.

Hoje é o Dia Mundial do Riso




Magia com um IPAD!...Nem a entrevistadora está acreditando...

Recordações do passado!...



Vídeo amador de Lisboa filmado, provavelmente, por turistas alemães no Verão de 1973.
Neste curto filme é possível ver vários aspectos curiosos da capital portuguesa desse tempo, como a enorme quantidade de veículos automóveis na Praça do Comércio, a Rua Augusta ainda aberta ao trânsito e a Praça do Rossio sem a sua característica calçada ondulada e com o teatro nacional D. Maria II ainda em obras de reconstrução após o terrível incêndio de 1964.
Talvez o pormenor mais delicioso desta filmagem sejam as panorâmicas do alto do elevador de Santa Justa sobre a Baixa Pombalina com o seu trânsito pontuado pelos desaparecidos autocarros de 2 andares.
De seguida somos levados até Alcântara onde a Ponte 25 de Abril ainda tinha o nome de Salazar.
Em Belém, para além da Torre de S. Vicente e do Mosteiro dos Jerónimos, ex-libris da cidade, vemos também o padrão dos descobrimentos inaugurado apenas 13 anos antes.
De regresso ao centro da cidade percorremos a Feira da Ladra junto à igreja de Santa Engrácia que havia sido concluído somente em 1966.
O filme termina com uma perspectiva da Praça do Comércio e da então Ponte Salazar, a partir do rio Tejo.