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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Otto de Oliveira Lara Resende, morreu a 28 de Dezembro de 1992






Otto de Oliveira Lara Resende nasceu no dia 1°. de maio de 1922, numa casa na Rua da Matola, 9, em São João del Rei, Minas Gerais. Seu pai, Antônio de Lara Resende, era professor, gramático e memorialista, além de legítimo representante da Tradicional Família Mineira (TFM). Casado com D. Maria Julieta de Oliveira teve 20 filhos, dos quais Otto era o quarto.

O longevo professor — morreu em 1988, com 94 anos de idade — fundou seu próprio colégio em São João del Rei, o Instituto Padre Machado, que teve como aluno, entre outros, o futuro escritor João Guimarães Rosa. O Instituto foi transferido para Belo Horizonte quando a família para lá se mudou, em 1938. Tempos depois, foi entregue ao controle dos padres barnabitas.

Foi em 1938, através de Benone Guimarães, um dos professores do colégio, que Otto fez contato com alguns autores cujos livros o acompanharam por toda sua vida. No colégio estreou como jornalista, tendo desempenhado as funções de "gerente", eleito por voto secreto, do jornalzinho feito pelos alunos.

O professor Benone dirigia o jornal, orientava os colaboradores e exercia as funções de copidesque, pois não permitia de forma alguma a publicação de algo que julgasse impróprio. Com ele, tiveram início as agruras de Otto Lara na imprensa. Não se vendo nos textos publicados, após terem sido alterados pelo rígido professor, o autor chegou a inventar um pseudônimo, que mais era um trocadilho do que qualquer outra coisa:
Oh Tu!
Foi através do professor e orientador que teve contato com o Boletim de Ariel, a revista literária dos anos 30, e com a obra de Agripino Grieco, do qual se tornou admirador.

Segundo Otto, foi aí que resolveu ser escritor. "Eu estava convencido de que tinha vindo ao mundo para escrever, para lutar com as palavras, por mais vã que fosse essa luta".

Também por influência de Benone, tornou-se um leitor voraz de Machado de Assis. "A descoberta de Machado de Assis, de sua visão cética, amarga, de sua ironia, de seu sense of humour, desvendou um mundo para mim. Aos catorze, quinze anos, eu talvez fosse mais amargo e mais pessimista do que Machado...".

Nessa época, para deslumbramento do jovem escritor, Alceu Amoroso Lima, ou Tristão de Athayde, famoso autor e pensador católico, vai até São João del Rei para proferir uma conferência no Centro Dom Vital, organização de direita católica da qual seu pai fazia parte, e faz uma visita à sua casa. Vê-lo de perto, engalanado com seu fardão da Academia Brasileira de Letras, levou Ottoa constatar que é possível ter duas caras: "Uma convencional, acadêmica e fardada; outra, jovial, humana e simpática".

Seguindo os passos de seu pai, aos 14 anos o biografado já era professor de Francês, que aprendeu por conta própria.

Vale lembrar que, com a Revolução de 30, Minas assumiu o poder cultural do país. Getúlio Vargas nomeou Gustavo Capanema para dirigir sua política educacional e cultural, colocando-o à frente do Ministério da Educação e Saúde Pública. Com carta branca do governo, o Ministro fez sua própria revolução no empoeirado meio cultural da época. Cercou-se de mineiros, nomeando Carlos Drummond de Andrade como seu chefe de gabinete. Tido como comunista, o poeta não era muito benquisto pela nata da sociedade conservadora, incluindo-se aí os velhos mandarins dos círculos literários oficiais e os representantes da direita católica. Outro mineiro levado por Capanema ao Ministério foi o escritor e jornalista Rodrigo Melo Franco de Andrade, que foi o criador, em 1937, do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico, hoje Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Ajudou-o nessa tarefa o escritor paulista Mário de Andrade, que se tornou uma espécie de mentor e orientador intelectual do grupo de jovens mineiros de que Otto fazia parte.

Em 1938 Otto, no esplendor de seus 16 anos, muda-se com a família para Belo Horizonte, onde morou por sete anos.

"Na carreira literária a glória está no começo. O restante da vida é aprendizado intensivo para o anonimato, o olvido", disse Paulo Mendes Campos, que já era conhecido do biografado desde os tempos de São João del Rei. Numa Belo Horizonte pequena, com menos de 200.000 habitantes, cuja população era oriunda de outras cidades mineiras que para lá — como a família Lara Resende — havia se mudado em busca de novas oportunidades, o biografado inicia sua carreira literária.

Naquela época, o poema "No meio do caminho", de Drummond, ainda provocava escândalo. A Tradicional Família Mineira (TFM) e a Igreja, esta representada pelo poderoso arcebispo dom Antônio dos Santos Cabral, exerciam forte patrulha sobre a população.

Otto, que havia nascido com vocação para a galhofa, era um jovem esperto e aplicado. Lecionava Português e Francês no Instituto Padre Machado, do qual era um dos herdeiros, o que levava a crer que seguiria a carreira de professor.

Conhece Fernando Sabino e juntos aderem à causa do escotismo, face ao incentivo da respeitada educadora Helena Antipoff. Nascida na Rússia, a fundadora dos institutos Pestalozzi, após algum tempo no Rio de Janeiro mudou-se para Minas, em 1920, e acabou por transformar-se em uma autêntica mineira.

Freqüenta, com Paulo Mendes Campos, velho conhecido, o curso de inglês. Juntou-se ao grupo Hélio Pellegrino, futuro psicanalista de renome. Os quatro, amigos por toda a vida, formaram o mais célebre quarteto que o Brasil já conheceu. Nas palavras de Otto, os "adolescentes definitivos". Amantes ardorosos da literatura, eram também portadores de feroz sentimento antifascista.

Passando do campo das idéias para o campo das ações, Otto e Hélio, com o suporte financeiro de alguns políticos, entre eles Afrânio de Melo Franco, publicam e distribuem clandestinamente o jornal "Liberdade", contra o Estado Novo. Além de Wilson Figueiredo, outros jovens se juntaram à dupla, cabendo citar Sábato Magaldi, Autran Dourado e João Etiene Filho. Este último teve grande influência na formação intelectual dos "Quatro Mineiros".

Além de professor, a partir de 1939 o autor aceita um convite para trabalhar no Serviço do Imposto Territorial da Secretaria de Finanças de Minas. "Sempre fui funcionário, que fatalidade" — diria ele anos depois. Dessa época vem a amizade com o jornalista Carlos Castello Branco, o "Castellinho", vindo do Piauí para estudar Direito na capital mineira e que trabalhava no jornal "Estado de Minas".

Aos dezoito anos, começa a trabalhar como jornalista no periódico "O Diário", de Belo Horizonte, ao mesmo tempo em que é professor, funcionário público e estudante de Direito. Sua estréia na imprensa, em 1940, se dá com o artigo "Panelinhas literárias". Dai por diante nunca mais deixou de ser jornalista, tendo chegado a editar o suplemento literário do "Diário de Minas". No Rio, anos depois, trabalhou no "Diário de Notícias", "O Globo", "Diário Carioca", "Correio da Manhã", "Última Hora", "Manchete", "Jornal do Brasil" e "TV Globo". Morreu como cronista do jornal "Folha de São Paulo".

O biografado dizia ter tido sorte de ter virado jornalista num momento em que as mudanças começavam a acontecer na "lerda e acolhedora" capital mineira. Já com Gustavo Capanema à frente do Ministério da Educação e Saúde Pública, outro mineiro se sobressai no âmbito regional: Juscelino Kubitschek de Oliveira, nomeado prefeito de Belo Horizonte pelo interventor Benedito Valadares. Com menos de 40 anos, Juscelino era o único alvo visível quando se queria atingir o Estado Novo, e assim "Os quatro mineiros" agiram. Surpreendidos com a visita do prefeito à mesa onde, entre cafezinhos, discutiam sobre política e literatura, na leiteria "Nova Celeste", fizeram questão de demonstrar a Juscelino não era bem-vindo. Hélio Pellegrino, em especial, aproveitou a oportunidade para um ajuste de contas com o Estado Novo. Juscelino ouviu, com tranqüilidade, o inflamado Hélio e, vendo que ali não teria espaço para expor suas idéias, levantou-se de repente dizendo: "Entrego os pontos", e foi-se embora.

Entre outras realizações, Juscelino promoveu uma espécie de feira cultural — conhecida como "semaninha" — que pretendia ser um reprodução, em tamanho menor, da Semana de Arte Moderna de 1922. Nela, Otto e amigos tiveram oportunidade de conhecer Oswald de Andrade. Mário já mantinha, nessa época, correspondência com Fernando Sabino, tendo conhecido, depois, os outros membros do grupo.

Em 1945, já formado em Direito, Otto muda-se para o Rio de Janeiro, onde já moravam seus amigos Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos. Vai trabalhar como repórter no "Diário de Notícias". Ao mesmo tempo, permanecia em seu emprego público, tendo em vista que, não se sabe como, havia conseguido a transferência de sua matrícula para o Rio. Depois de servir em diversas secretarias, é nomeado, em 1960, procurador do Estado da Guanabara.

Otto tinha o talento de colecionar e cultivar amizades. Além dos velhos amigos mineiros de infância, logo conquistou Augusto Frederico Schmidt, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Rubem Braga, João Cabral de Melo Neto, Carlos Lacerda, Samuel Wainer e muitos outros mais.

Em 1946, começa a namorar Helena, filha de Israel e neta do ex-governador de Minas, João Pinheiro. Casa-se em 1948, na Igreja do Mosteiro de São Bento, no Rio. Ficaram casados por 44 anos e tiveram quatro filhos: André, Bruno, Cristiana e Heleninha.

Considerava-se "casadíssimo" e não se cansava nem se envergonhava de alardear seu amor pela família. "Como pai, me considero, modéstia à parte, uma mãe exemplar", dizia ele. Levava os filhos à missa dominical, cortava-lhes as unhas, acompanhava o andamento de seus estudos na escola.

Helena leu, antes dos amigos, seus primeiros trabalhos literários. Seu primeiro livro de contos, "Lado Humano", é lançado em 1952 pela "Editora A Noite".

Cinco anos depois, em 1957, a "Editora José Olympio" publica seu segundo livro de contos, "Boca do Inferno". Consta que, logo após seu lançamento, o autor saiu, de livraria em livraria, recolhendo os exemplares, insatisfeito com sua publicação. Se ele ficou insatisfeito, seu pai ficou mais ainda. Em carta, deu um puxão de orelhas no filho, embora já estivesse com 35 anos. Outra reclamação veio de Heráclito Sobral Pinto, militante católico.

Trabalhava na revista "Manchete" nessa ocasião, já há três anos, tendo iniciado como redator-chefe e depois como diretor. Otto cativou Adolpho Bloch, dono da publicação, com sua conversa e, segunda consta, teria Adolpho proposto a ele que construíssem um mausoléu comum, para que ele pudesse continuar ouvindo as histórias do biografado pela eternidade afora. A revista, nas mãos de Otto, melhorou. Levou para lá o artista plástico mineiro Amílcar de Castro, para cuidar da parte gráfica, e colaboravam Rubem Braga, Lúcio Rangel, Flávio de Aquino, Darwin Brandão e Irineu Guimarães, entre outros.

Alegando estar à beira da estafa, e ainda sob o impacto do lançamento do livro "Boca do Inferno", se demite da "Manchete" e parte com a família para a Bélgica, onde vai exercer as funções de adido cultural brasileiro junto à Embaixada em Bruxelas. Com isso, não teve o desprazer de ver o fim do escândalo: segundo Autran Dourado, a porta do apartamento de Otto aparece coberta de fezes, obra, talvez, da "filial" carioca da TFM.

Terminado, em 1960, o mandato de Juscelino, o escritor, contra a vontade, volta ao Brasil. Sua mulher, Helena, o convence a cancelar contrato já assinado com a UNESCO e a retornar ao Rio de Janeiro. Cheio de dúvidas quanto a seu futuro e a profissão que iria exercer, sente-se completamente perdido. Disse: "Caí em depressão. Fui para a Procuradoria como advogado substituto". O destino acaba levando-o para o Banco Mineiro da Produção, onde exerceu, por curto período, o cargo de diretor, nomeado pelo amigo Magalhães Pinto, à época governador de Minas Gerais.

José Aparecido de Oliveira, secretário de imprensa do recém empossado Presidente Jânio Quadros, convence-o a fazer do escritor um membro de sua equipe. Mesmo contra sua vontade foi nomeado, à revelia, coordenador da Assessoria Técnica da Presidência.  Não chegou a tomar posse, pois logo Jânio renunciou.

Os dias tumultuados que se seguiram fizeram com que Otto fosse chamado pelo amigo Magalhães Pinto, governador de Minas Gerais, para redigir uma declaração que esclarecesse a posição do governador em relação à posse do vice-presidente João Goulart, o Jango. Consta desse documento uma pérola de exemplo da posição "em cima do muro" escrita por Otto: "Minas está onde sempre esteve".

Anos depois, Otto declarou ser, à época, a favor da posse de Jango, tanto que, nada tendo contra ele, a pedido do amigo Jorge Serpa, havia montado uma entrevista (as perguntas e respostas) publicada pela revista "Manchete" pouco antes da deposição do presidente pelos militares. Carvalho Pinto, ministro da Fazenda, não concordou com as declarações de Jango (que na verdade eram de Otto) e demitiu-se.

Seria chamado novamente, em 1964, pelo governador mineiro, para escrever uma carta a João Goulart alertando-o dos riscos da agitação no campo. Dias depois, no Rio, sem saber de nada, João Pinheiro Neto, ministro de Jango, solicita a Otto o favor de escrever uma carta em resposta àquela que Jango havia recebido do governador de Minas Gerais.

Assume a função de editorialista do Jornal do Brasil. Funda, com Rubem Braga e Fernando Sabino, entre outros amigos, a Editora do Autor. Por ela são publicados "O retrato na gaveta" (1962), "O braço direito" (1963). Em 1964 escreveu "A cilada", um conto sobre a avareza no livro "Os sete pecados capitais", publicado pela Civilização Brasileira, em companhia de Guimarães Rosa (soberba), Carlos Heitor Cony (luxúria), Mário Donato (ira), Guilherme Figueiredo (gula), José Condé (inveja) e Lygia Fagundes Telles (preguiça).

Disse Nelson Rodrigues: "A grande obra de Otto Lara Resende é a conversa. Deviam pôr um taquígrafo atrás dele e vender suas anotações em uma loja de frases". O relacionamento dos dois merece um capítulo especial. Conheceram-se na redação de "O Globo" e a todos espantava o fato de terem se tornado amigos, pois eram pessoas completamente diferentes. Nelson tinha uma vida sentimental tumultuada, enquanto Otto era o exemplo do bom cristão, voltado para a família, um intelectual cuja literatura mesclava prazer, dever e até tortura. Um escritor medido, perfeccionista. Nelson era um vulcão. Escrevia aos borbotões, sem que aparentemente houvesse por trás um projeto literário ou um método.

Nelson adorava pôr amigos (e inimigos também) como personagens em suas peças, crônicas e romances. Aproveitava a oportunidade que seus livros lhe davam para pôr casualmente na boca de personagens, inventados ou não, o que gostaria de dizer por própria conta.

Otto tornou-se um dos personagens da predileção do dramaturgo. Citado em "Asfalto selvagem" (que tem como subtítulo "Engraçadinha, seus amores e seus pecados") e em crônicas, culminou por ser "homenageado" e ter uma peça com seu nome: "Bonitinha mas ordinária ou Otto Lara Resende". O biografado, para sua surpresa e desgosto, figurou escandalosamente em cartazes e no letreiro do Teatro Maison de France, no Rio de Janeiro, em 1962, quando a peça estreou e ficou em cartaz por cinco meses. O nome do escritor é citado 47 vezes pelos atores.

O homenageado detestou a brincadeira. Em represália, não foi assistir ao espetáculo. Com o tempo, o caso foi esquecido e os dois continuaram bons amigos até o fim.

Em 1967, estréia seu programa "O pequeno mundo de Otto Lara Resende" na "TV Globo". Uma participação diária de 60 segundos, onde falaria sobre os acontecimento do dia. Sua maior dificuldade foi a de adaptar-se ao tempo disponível, já que adorava falar pelos cotovelos.

Ainda naquele ano, Otto despede-se temporariamente do "Jornal do Brasil" e da "TV Globo" e muda-se com a família para Portugal, onde residiria por dois anos, exercendo as funções de adido cultural junto à nossa Embaixada naquele país, em pleno governo Costa e Silva. Lá nasceu sua filha mais nova, Heleninha, a temporã que deixou o escritor, então com 45 anos, deslumbrado. Dizia que ter filhos após os 40 era uma beleza. "Consegui ser avô de minha filha e pai de minha neta, eliminando a intermediação antipática do genro".

Quando retornou ao Brasil, em 1969, não trazia consigo nenhuma crise profissional. Só a alegria de um pai extemporâneo. Voltou a trabalhar no "Jornal do Brasil", agora como diretor. Foi de extrema importância sua atuação junto à autoridades que detinham o poder, pois era obrigado a lidar com a censura, atos institucionais, desmandos e tudo o mais que compunham o ambiente da época.

Saiu do "Jornal do Brasil" em 1974 e, logo depois ingressou nas organizações "Globo".

Em 1975, publica o livro de contos "As pompas do mundo".

Em 03 de julho de 1979 é eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Toma posse em 02 de outubro do mesmo ano, na cadeira 39, vaga com a morte de Elmano Cardim, em solenidade concorridíssima onde estiveram presentes — fato inédito — seus pais. Apesar de não ter sido um acadêmico exemplar, pois comparecia muito pouco às reuniões, segundo colegas, Ottolevou um pouco de graça e brilho à vetusta Academia Brasileira de Letras.

Após ter trabalhado por dez anos nas organizações "Globo" (1974/1984), foi demitido sem saber porquê. A verdade é que tal fato o deixou abaladíssimo. Durante seis anos remoeu essa mágoa e, em 1991, voltou a brilhar em nova fase profissional, quando foi contratado pelo jornal "Folha de São Paulo" como colunista.

Seu retorno põe fim a um período difícil em sua vida. Angustiado, queixava-se da falta de dinheiro e dizia não estar satisfeito com a vida que viveu até então. Deixou a barba crescer, começou a beber além de seu normal e, profundamente deprimido, chegou a se trancar em seu escritório e não participar da passagem de ano com sua família.

Em maio de 1985, um grupo de amigos liderados por José Aparecido de Oliveira, então governador de Brasília, movimentou-se para tirar o escritor da reclusão em que se encontrava, mediante sua nomeação para o cargo de Ministro da Cultura do governo José Sarney. Tudo parecia acertado. Sarney ligou paraOtto e formulou o convite. Ele não disse nem que sim e nem que não. Viajou para Petrópolis e depois para Tiradentes (MG) e nunca mais tocou no assunto.

Como se não bastasse, no início de 1989, Otto atropelou uma criança na movimentada Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, quando voltava de sua casa de veraneio, em Petrópolis. O escritor prestou-lhe imediato socorro, mas o menino morreu. Ficou comprovado que não teve nenhuma culpa no infausto acontecimento. Em novembro do mesmo ano, seu apartamento foi assaltado e os ladrões levaram tudo o que existia de valor na casa.

Seu velho conhecido, o jornalista Janio de Freitas, vem de São Paulo com a tarefa de convidar Otto a participar do grupo de articulistas do jornal "Folha de São Paulo". Apesar da má vontade externada pelo escritor em aceitar, Janio sentiu que com um pouco de insistência o acordo seria fechado. Veio, então, ao Rio, o editor-executivo da Folha, Matinas Suzuki Jr., para fechar o negócio. A proposta era um desafio: escrever crônicas em seis dias da semana, com não mais de 30 linhas datilografadas. Tudo acertado, o primeiro artigo, publicado no dia 1° de Maio, quando completava 69 anos, intitulava-se "Bom dia para nascer". Ou renascer, como diriam alguns.

A coluna, como não poderia deixar de ser, teve grande aceitação e o número de leitores — e em especial, de leitoras — cresceu sensivelmente. Logo estaria entre os três colunistas mais lidos do jornal. O sucesso, como era da personalidade de Otto, lhe trouxe felicidade e tormento. Apesar de suabibliofobia crônica, publicou mais um livro, "O elo partido e outras histórias". Escreveu quase 600 crônicas no período em que lá esteve, de Maio de 1991 a novembro de 1992.

Deixa o jornalismo aos 70 anos e, logo em seguida, a vida. Internado para uma operação sem importância, falece inesperadamente aos 28 de dezembro de 1992, segundo os médicos de "embolia pulmonar" mas, segundo a família, de infecção hospitalar.

Em 1992, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro homenageou o escritor dando seu nome para uma pracinha no bairro do Jardim Botânico.

O acadêmico Josué Montello, em fala ressaltando as qualidades do amigo falecido, citou os dois versos em que Afrânio Peixoto resumia sua própria biografia: "Estudou e escreveu./Nada mais lhe aconteceu".

Nos tempos de juventude, numa brincadeira, Fernando Sabino fez a seguinte quadrinha para adornar a lápide de Otto:

Aqui jaz Otto Lara Resende
mineiro ilustre, mancebo guapo.
Deixou saudades, isso se entende:
Passou cem anos batendo papo.

Daniela Perez Gazolla, morreu a 28 de Dezembro de 1992



Daniela Perez Gazolla (Rio de Janeiro, 11 de agosto de 1970 — Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1992) foi uma atriz brasileira, filha da autora de telenovelasGlória Perez.

Daniela tinha 22 anos quando foi assassinada pelo ator Guilherme de Pádua e por sua mulher Paula Nogueira Thomaz, que a emboscaram e mataram com 18 golpes de tesoura.

Causou muita indignação à população brasileira o fato do casal de assassinos, poucas horas depois de atirar o corpo de Daniela num matagal, ter ido abraçar e prestar solidariedade à família dela, chegando à delegacia no próprio carro onde começaram a apunhalar Daniela.

Julgados e condenados por homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, os dois cumpriram apenas sete dos 19 anos a que foram condenados.

A indignação popular que se seguiu a esse episódio resultou na alteração da legislação penal, graças aos esforços da mãe de Daniela, Glória Perez, que encabeçou uma campanha de assinaturas e conseguiu fazer passar a primeira iniciativa popular de projeto de lei a se tornar lei efetiva na história do Brasil.

Ainda que a mudança da lei não tenha atingido os assassinos de Daniela, a partir daí o homicídio qualificado passou a ser punido com mais rigor. Sua personagem saiu da trama com uma viagem de estudos ao exterior, o personagem de Guilherme de Pádua (Bira) deixou de existir.

BOLERO-RAVEL

Maurice Ravel, morreu a 28 de Dezembro de 1937

Maurice Ravel
(Compositor francês)
7-3-1875, Ciboure 
28-12-1937, Paris






Filho de um francês e de uma basca, Ravel uniu em sua obra a elegância francesa das formas a uma fantasia transbordante e a um colorido que recordam a música popular espanhola. Esta influência espanhola está presente especialmente em sua obra Rapsódia Espanhola (1907), na ópera breve A Hora Espanhola (1911) e em sua composição mais conhecida, Bolero (1928). Juntamente com o amigo Claude Debussy, Ravel é considerado um dos principais representantes do impressionismo francês, embora também tivesse uma forte tendência construtiva no que se refere às formas, o que resultou na máxima simplificação de suas obras na maturidade. Nos anos 20, assimilou elementos de música moderna, como blues e jazz, e tornou-se, junto a George Gershwin, um dos mais ousados compositores modernos. Além do balé Dafne e Cloé (1912), compôs numerosas obras para piano, entre elas Gaspard de la Nuit (1908), Ma Mère l'Oye (1910, para piano a quatro mãos, orquestrada em 1911), Le Tombeau de Couperin (1917) e o Concerto para Piano em Ré para Mão Esquerda (1931), que compôs especialmente para o pianista P. Wittgenstein, que perdera o braço direito. Ravel foi um magnífico orquestrador e realizou ainda, em 1922, a conhecida orquestração da suíte para piano Quadros de uma Exposição de Modest Mussorgski.

Wanessa Camargo - Louca

Wanessa Godói Camargo Buaiz, nasceu na 28 de Dezembro de 1982



Wanessa Godói Camargo Buaiz (Goiânia, 28 de Dezembro de 1982), mais conhecida como Wanessa Camargo ou simplesmente Wanessa, é uma cantora de música pop brasileira. Também é compositora, atriz formada (possui DRT), bailarina, instrumentista e empresária. É filha do cantor Zezé di Camargo e esposa do empresário capixaba Marcus Buaiz.

Em 2009, deixou de usar o sobrenome do pai, Camargo, no meio artístico, deixando seu nome artístico apenas como Wanessa.

Com uma voz potente e grave, Wanessa atinge uma nota de 3,2 oitavas e consegue em determinadas músicas uma extensão vocal de até 18 segundos.

Linus Benedict Torvalds, nasceu a 28 de Dezembro de 1969

Linus Benedict Torvalds



Linus Benedict Torvalds (Helsinque, 28 de Dezembro de 1969) é o criador do Linux, núcleo do sistema operacional GNU/Linux. O núcleo Linux foi inicialmente desenvolvido por Linus Torvalds numa tentativa de criar um sistema operacional similar ao Unix que rodava em processadores Intel 80386. O projeto foi lançado em 1991 em uma famosa mensagem para a Usenet em que ele divulgou que estava disposto a disponibilizar o código-fonte e contar com a colaboração de outros programadores. Desde os primeiros dias, ele recebeu ajuda de hackers do Minix, e hoje recebe contribuições de milhares de programadores dos mais diversos locais do mundo.

Beto"Vontade de vencer"

Beto nasceu a 28 de Dezembro de 1967



Albertino João Santos Pereira, mais conhecido como Beto, (Peniche, 28 de Dezembro de 1967 - Caldas da Rainha, 23 de Maio de 2010) foi um dos maiorescantores românticos portugueses da sua geração.



Aos 5 anos começou a cantar. Aos 17 anos foi para Torres Vedras e passa por vários grupos de música portuguesa.

Em 1992, fundou os Tanimara, que eram uma das melhores banda de covers da altura. Actuavam no bar Xafarix em Lisboa.

Em 1998 é convidado pelo Maestro José Marinho para representar Portugal no Festival da OTI, na Costa Rica, com o tema "Quem Espera (Desespera)", ficando em 3º lugar.[1]

A partir daqui vários colegas de profissão reconheceram-lhe o enorme talento e convidaram-no para participar nos seus álbuns, no caso de Rita Guerra e Paulo de Carvalho, em duetos, e ainda em centenas de concertos, no caso de Luís Represas e Paulo Gonzo, por todo o país e em salas de prestígio como os Coliseus e o Centro Cultural de Belém.

Destaca-se "Brincando com o Fogo", com Rita Guerra, que até hoje é um tema muito do agrado do público.

Em 2000 é convidado a gravar um disco a duo com Rita Guerra. O álbum "Desencontros" deu origem a uma tournée com dezenas de espectáculos em todo o país.

Entre 2000 e 2003 grava 8 temas para bandas sonoras de telenovelas.

No dia 14 de Julho de 2003 lança o seu álbum de estreia a solo, "Olhar em frente", com temas como "Memórias Esquecidas" (tema da novela "Coração Malandro"), «Dois Corações Unidos» (da novela «Nunca Digas Adeus») e «Tudo Por Amor» (da novela «Tudo Por Amor»).

O disco vendeu em quatro meses mais de 13.000 cópias e foi certificado Disco de Prata pela Associação Fonográfica Portuguesa.

Passado pouco mais de um ano deste álbum estar à venda entrou para os lugares cimeiros do Top de vendas nacional permanecendo mais de 57 semanas consecutivas no Top e atingindo o disco de Platina (dupla platina segundo as novas regras da AFP) e sendo o disco português mais vendido no ano de 2004 (cerca de 50 mil exemplares).

Faz entretanto algumas participações em álbuns de outros artistas como Gonçalo Pereira e Ménito Ramos.

No dia 2 de Maio de 2005 lança o álbum "Influências". Em apenas 6 meses é Platina com quase 30.000 cópias vendidas. E para marcar o início da sua tournée, apresentou-se ao vivo no Coliseu dos Recreios em Lisboa.

Em Outubro de 2005, a convite de Maria João Abreu e José Raposo, estreia-se no teatro: 'A Revista é Liiinda', espectáculo que o empresário Hélder Freire Costa apresenta no Teatro Maria Vitória. Interpreta "Estrela Da Manhã" e "Podia Ter Sido Amor" em dueto com Paula Sá.

Muda de editora e edita "Porto de Abrigo", um disco com uma sonoridade mais acústica e pura, tentando consolidar os laços já criados com o seu público.

No dia 4 de Maio de 2010 realizou a sua última actuação no Evento Solidariedade - DESMISTIFICA SIMPLIFICA. Este evento foi organizado entre os alunos do Núcleo de Curso de Gestão de Lazer e Turismo de Negócios da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche e a CERPIC PENICHE.

Faleceu na manhã do dia 23 de Maio de 2010, num hotel de Caldas da Rainha, vítima de paragem cardiorrespiratória. . Tinha 42 anos de idade.

Fernando Marques Lopes, nasceu a 28 de Dezembro de 1935



Fernando Marques Lopes
(Maçãs de Dona Maria, 28 de Dezembro de 1935), cineasta português.

Passou a infância em Ourém, aos cuidados de uma tia, e veio para Lisboa aos dez anos, ao encontro da mãe. Pouco depois começou a trabalhar, como paquete, à medida que continuava os estudos, no Ensino Técnico. Desponta para a realização através do movimento cine-clubista (foi sócio do Cineclube Imagem, animado por José Ernesto de Sousa). Em 1957 ingressa no quadro técnico da Rádio e Televisão de Portugal, então inaugurada. Em 1959 torna-se bolseiro do Fundo do Cinema Nacional, o que o leva para a London Film School, em Inglaterra, obtendo um diploma em Realização de Cinema.

Regressado a Portugal, assina Belarmino (1964), uma média-metragem sobre a vida do pugilista Belarmino Fragoso, considerada obra-chave no movimento do Novo Cinema português, ao lado de Dom Roberto eOs Verdes Anos. (Ver: Cinema de Portugal, anos sessenta - wikipedia).

Em 1965 faz um estágio em Hollywood, onde permanece três meses. Ao regressar filma Uma Abelha na Chuva (1971) (baseado no romance homónimo de Carlos de Oliveira), que se tornaria, com Belarmino e, posteriormente, O Delfim (2002) (baseado no livro de José Cardoso Pires), as obras mais significativos da sua filmografia.

Fernando Lopes foi ainda co-fundador e director da RTP2, na década de 1980, e leccionou durante vários anos no Curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa.

98 Octanas (2006) e Os Sorrisos do Destino (2009) são os seus mais recentes filmes.

Mariana Rey Monteiro, nasceu a 28 de Dezembro de 1922



Mariana Rey Monteiro, natural de Lisboa e filha de Amélia Rey Colaço e de Robles Monteiro, estreou-se no Teatro Nacional, em 1946, na peça Antígona, de Sófocles.

Em 1962, recebeu o Óscar da Imprensa pela sua participação no filme "Um dia de vida".

Na televisão, tornou-se conhecida do grande público na série "Gente fina é outra coisa" e em novelas como "Vila Faia", "Cinzas", "Vidas de Sal" e "Roseira Brava".

Corpo ficará em câmara ardente na Igreja do Santo Condestável
O funeral realiza-se sexta-feira, às 11h00, com missa de corpo presente na Igreja do Santo Condestável, no bairro de Campo de Ourique, em Lisboa.

De acordo com uma fonte da agência funerária Servilusa, estava inicialmente previsto que o corpo da actriz ficasse em câmara ardente na Igreja de Santos, mas o local foi alterado.

A partir das 17h00 de hoje, o corpo ficará em câmara ardente no centro funerário da Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique. Na sexta-feira as exéquias fúnebres realizam-se às 10h15, com uma missa de corpo presente, seguindo depois o funeral às 11h00 para o Cemitério dos Prazeres. 

Thomas Woodrow Wilson, nasceu a 28 de Dezembro de 1856

Thomas Woodrow Wilson
(1856 - 1924)





27o presidente dos Estados Unidos (1913-1921) nascido em Staunton, estado de Virgínia, cujos esforços ao final da primeira guerra mundial foram cruciais para a criação da Liga das Nações (1919), o que lhe deu o Prêmio Nobel da Paz daquele ano. Estudou direito, casou-se (1885) com Ellen Louise Axson Wilson (1860-1914) e doutorou-se em ciências políticas e história pela Universidade Johns Hopkins (1886), ano em que iniciou as atividades de professor universitário. Prestigiado como reitor em Princeton (1902-1910) e como membro do Partido Democrático, foi eleito governador de Nova Jersey (1910). Venceu as eleições presidenciais e tomou posse em 4 de março (1913), enviuvou (1914) e casou-se novamente (1915) com a viúva (1908) Edith Bolling Galt Wilson (1872-1961). Reduziu os direitos de importação, modificou o sistema bancário federal, combateu os monopólios industriais e fortaleceu as organizações sindicais. Sua política externa caracterizou-se pela resistência ao uso da força contra países mais fracos. Assim, mesmo pressionado por interesses comerciais europeus e americanos. Recusou-se inicialmente a intervir no México, contra o governo ditatorial do general Victoriano Huerta. Porém, após ofensas feitas a marinheiros americanos (1914) e para impedir o desembarque de munições vindas da Alemanha, a força naval dos Estados Unidos ocupou Veracruz. Durante a primeira guerra mundial, em seu primeiro mandato mediou em favor da paz e conseguiu manter a neutralidade. Reeleito (1916) sua neutralidade tornou-se insustentável e os Estados Unidos entraram na guerra em 2 de abril (1917) contra os alemães. Delegou a direção dos assuntos militares relativos à guerra aos chefes das forças armadas e dedicou-se à organização da sociedade civil. Obteve do Congresso poderes especiais e constituiu um gabinete de guerra. Propôs ao Congresso (1918), como base da paz, seus famosos 14 pontos, que seriam mais tarde invocados pela Alemanha, na iminência da derrota. Compareceu pessoalmente às conferências de paz, iniciadas em Paris em dezembro (1918) e, prestigiado entre os europeus, conseguiu impor a idéia da Liga das Nações, para garantia da paz internacional. O Senado americano, na sua maioria Republicano, não aprovou a participação do país na Liga e recusou o Tratado de Versalhes. Politicamente debilitado, iniciou uma campanha nacional de mobilização popular, mas o resultado do esforço foi uma trombose que paralisou o lado esquerdo de seu corpo. Seu partido perdeu as eleições presidenciais (1920 e, após o final de seu mandato, retirou-se da vida pública. Morreu em Washington, três anos depois, em 3 de fevereiro. Escreveu muitos artigos e alguns livros comoCongressional Government (1885), A History of the American People, 5 vols (1902) e The New Freedom: A Call for the Emancipation of the Generous Energies of a People (1913).

Bomtempo - TE DEUM (9/10) - Per Singulos Dies Benedicimus Te [2/3]

João Domingos Bomtempo, nasceu a 28 de Dezembro de 1775


João Domingos Bomtempo (1775-1842) iniciou os estudos com o seu pai, oboísta italiano que trabalhava para a corte de D. José. Continuou depois a estudar na Irmandade de Santa Cecília e distinguiu-se em Londres e Paris como pianista e como compositor. Relacionou-se com Field eClementi, músico cuja editora publicou grande parte das suas obras. Em Portugal lutou por causas liberais, esteve ligado à criação do Conservatório Nacional e fundou a Sociedade Filarmónica, pioneira na divulgação de música instrumental (a sonata, o concerto, a sinfonia).

Cabaz de Natal atirado ao lixo

Cabaz de Natal atirado ao lixo

Crise!... Qual crise?

Doze gestores públicos levam 1,6 milhões só em salários - JN

Doze gestores públicos levam 1,6 milhões só em salários - JN

domingo, 26 de dezembro de 2010

Homenagem a todos Fernão Capelo Gaivota, que não hesitam a voar ...


Homenagem a todos Fernão Capelo Gaivota, que não hesitam a voar ... Livro escrito por Richard Bach.

Alguns vão viajar para locais de charme, aventura luz e da liberdade, a partilha de uma busca, uma viagem, uma experiência de liberdade, tudo para descobrir os seus próprios fins através da perfeição espiritual.

Como João não será mais só a carne e o sangue, mas uma idéia perfeita de liberdade e de vôo, sem qualquer limitação ... Você está pronto?


No próximo ano não virem a cara à luta!



Há muitos anos vi este filme/documentário.
Chamava-de Jonathan Livingstone Seagull (Fernão Capelo Gaivota).
Nunca mais me esqueci.
E aqui vos deixo uma das cenas mais significativas do filme.

Uma gaivota ferida, entre a resignação e a força de vontade.
Irá ela, figura principal do filme, sucumbir ou, pelo contrário, lutar com todas as suas forças para regressar aos voos?
Vejam e oiçam.
E aceitem o desafio. Nuna se deixem abater. Lutem com todas as vossas forças.

Toda a banda sonora tem a assinatura de Neil Diamond.




Um ano em 40 segundos

A 27 de Dezembro 1950 – Cruzeiro de fim de ano à Madeira



A 27 de Dezembro de 1950, parte, do Cais da Rocha de Conde de Óbidos, em Lisboa, o paquete Serpa Pinto com centenas de excursionistas para assistir às Festas de Fim de Ano na Madeira. Para alegrar os viajantes, seguiram a bordo duas orquestras e vários artistas.
Fonte: Diário Popular nº 2959, de 27-12-1950, p. 6



O Paquete Serpa Pinto esteve ao serviço da Companhia Colonial de Navegação entre 1940-1955. Transportava 704 passageiros. Tal como o fazem os navios de cruzeiros dos nossos dias, este paquete levava a bordo orquestras e vários artistas para animar os passageiros durante a viagem.

Gustave Eiffel, morreu a 27 de Dezembro de 1923

Gustave Eiffel



Engenheiro francês (15/12/1832-27/12/1923). Responsável pelo projeto de vários viadutos na Europa, fica mundialmente conhecido pela construção da torre em Paris que leva seu nome. Nascido em Dijon, Alexandre-Gustave Eiffel forma-se em 1855 pela Escola Central de Artes e Ofícios de Paris, especializando-se em estruturas metálicas.

Em 1858 dirige a construção de uma ponte metálica para a estrada de ferro em Bordeaux. Após inúmeros trabalhos, em 1866 funda a própria empresa, tornando-se famoso pelos projetos com estruturas de ferro batido. Entre suas obras mais importantes desse período está a ponte sobre o rio Douro, na cidade do Porto, em Portugal, com um arco de aço de 160 m de altura.

Também é o responsável pela estrutura interna da Estátua da Liberdade, presente da França à cidade de Nova York, em 1886. Logo depois ocupa-se com a edificação da Torre Eiffel.

Concluído em 1889, para as celebrações do centenário da Revolução Francesa, o projeto consume 7.000 toneladas de ferro e, ainda hoje, é um símbolo da cidade de Paris. No início da década de 1890, Eiffel abandona a administração da construtora e dedica-se a experiências de aerodinâmica. Morre em Paris.

Paula Mora, nasceu a 27 de Dezembro de 1956

 

Paula Mora é uma actriz portuguesa (Lisboa, 27 de Dezembro de 1956), é licenciada em psicologia pela Universidade Autónoma de Lisboa, pertence ao elenco do Teatro Nacional e participa em diversas séries televisivas e telenovelas. Em 2003 estreou-se no cinema com o filme Os Imortais de António Pedro de Vasconcelos, em que é nomeada para os Globos de Ouro, na categoria Melhor Actriz/Cinema.

É casada com o jurista e escritor Jaime Roriz