O ex-presidente argentino Raúl Alfonsín, símbolo do retorno do país à democracia após uma violenta ditadura militar, morreu nesta terça-feira aos 82 anos em sua casa em Buenos Aires, vítima de um câncer no pulmão, informou um dos médicos que o atendeu.
Advogado de profissão, Alfonsín governou a Argentina entre 1983 e 1989, período conturbado pelos ressentimentos causados por uma ditadura que perseguiu e matou milhares de dissidentes durante os sete anos que esteve no poder.
O ex-presidente e líder da União Cívica Radical, um partido de centro, liderou o histórico julgamento da Junta Militar em 1985, que acabou com a prisão da cúpula da ditadura.
Mas pouco depois, em meio a fortes pressões políticas e de sucessivas tentativas de golpe de Estado, foram promulgadas leis de amnistia que permitiram a centenas de militares de baixo escalão evitar a Justiça.
O governo de Alfonsín terminou prematuramente em meio a uma forte crise economica e violentas greves de sindicatos, maioritariamente de oposição.
Sem comentários:
Enviar um comentário