O transatlântico inglês Titanic, o maior objecto móvel já construído pelo homem até então, medindo cerca de 268,25m (quase 3 campos de futebol), por 28m de largura e uma altura aproximada de um prédio de 10 andares, partiu de Southampton no dia 10 de Abril de 1912 com destino a Nova Iorque. Transportava aproximadamente 2.223 pessoas a bordo entre passageiros e tripulantes. As 23:40h do dia 14, esbarrou num iceberg e afundou 2 horas depois levando seu nome e o de mais de 1.500 pessoas para dentro da história como o desastre marítimo mais famoso do século XX.
História
No início do século XX a imigração para o então novo mundo, como era denominada a América, era intensa. Muitos buscavam uma nova oportunidade de vida e deixavam para trás a miséria e a fome do antigo mundo. A única forma de travessia era através de navios. E as companhias marítimas não demoraram muito para ver o nicho de mercado que estava diante delas. A briga foi intensa entre as companhias marítimas até o surgimento da aviação comercial no fim da década de 1940.
No começo de 1900 duas grandes companhias inglesas disputavam palmo a palmo a supremacia no Atlântico Norte no transporte de passageiros, a Cunard e a White Star Line. A White Star viu a sua rival transpor o Atlântico com imensos colossos até 1909, quando teve início nos estaleiros da Harland & Wolff, em Belfast, a construção de um trio de gigantes. Os denominados Olympic, Titanic e Gigantic seriam os maiores objectos móveis jamais construídos pelo homem. Os dois primeiros foram construídos em paralelo e o Olympic foi o primeiro a ficar pronto (1911), seguido pelo Titanic (1912), e pelo Gigantic baptizado como Britannic (1915).
Os números ostentados pelo Titanic inundavam a imprensa da época, voraz por informações sobre o colosso dos mares: 268,25m de comprimento; 28,05m de largura; 4 chaminés com 19,81m de altura por 6,71m de diâmetro; 29 caldeiras para produzir vapor; uma turbina a vapor de baixa pressão; 2 motores a vapor com inversão de giro; 20 botes salva-vidas; 3 hélices, uma central no meio do leme e uma em cada lado do casco; 3.560 coletes salva-vidas; 9 decks (andares); 1 piscina; 1 campo de squash; banhos turcos; biblioteca para 1ª e segunda classe; e 15 anteparas de 1/2 polegada de espessura que dividiam o casco do navio em 16 compartimentos estanques.
Essa divisão do casco em 16 compartimentos estanques, separados por anteparas hermeticamente fechadas por portas à prova de água, que eram fechadas com o accionamento de um botão na cabine de comando do navio, deram ao Titanic o título de "insubmergível". Jornais da época relataram que "Nem Deus poderia afundar esse navio". Talvez um presságio para o que viria a acontecer.
Depois que o seu casco foi lançado ao mar numa enorme cerimónia em 1910, o Titanic passou mais 1,5 anos sendo aparelhado e equipado com o que havia de mais moderno e luxuoso para a época. Os 735 passageiros da primeira classe poderiam usufruir de cómodas suites nunca vistas até então num navio. Aos 674 passageiros da segunda classe não faltou comodidade e conforto. E nem mesmo aos 1.024 passageiros da terceira classe faltou conforto. As cabines da terceira classe eram equipadas com beliches e lavatórios, algo inédito para navios da época.
Chega o dia da partida. Em 10 de Abril de 1912, o Royal Mail Steamship Titanic zarpa de Southampton (Inglaterra), com destino a Cherbourg (França). Ao passar pelo canal de acesso ao mar, o turbilhão causado pelo deslocamento do navio foi tão forte que as amarras do navio New York se romperam. Graças à acção imediata do corajoso capitão de um dos rebocadores um desastre não aconteceu logo na partida. Esse incidente fez o Titanic se atrasar, pois teve que parar, dar marcha à ré, aguardar pelo navio New York para ser rebocado para outro cais e aí sim, seguir viagem. Já avançava a noite de 10 de Abril quando o Titanic ancora as margens de Cherbourg. Não foi possível ir até o cais pois não havia profundidade suficiente para acomodar o casco do Titanic. Os passageiros foram trazidos a bordo através da barca Nomadic da própria White Star Line. Aqui os últimos passageiros de renome mundial embarcaram no navio, juntamente com alguns imigrantes. Na manhã de 11 de Abril o RMS Titanic ancora as margens de Queenstown (Irlanda do Norte), para receber seus últimos passageiros. As únicas fotos a bordo do Titanic foram tiradas por passageiros que desembarcaram em Cherbourg e em Queenstown. As 13:30h o navio segue viagem para Nova York (EUA).
Durante os 3 dias seguintes a viagem seria tranquila e sem nenhum transtorno extra para os mais de 2.200 passageiros e tripulantes do navio. Trabalho extra somente para os operadores do rádio-telégrafo. Um serviço disponível aos passageiros que ficavam enviando e recebendo mensagens para os seus parentes na América e na Europa. Durante o dia 14 de Abril a temperatura baixou muito e o Titanic recebeu 7 avisos de iceberg na sua rota. Os avisos foram entregues ao capitão Smith mas não surtiram muito efeito. Desviou a rota do navio um pouco mais para o sul mas continuou à velocidade máxima de 22 nós, cerca de 41km/h. O capitão Smith tinha um renome entre os capitães da época. O seu curriculum era invejado por muitos. Só aceitou comandar o Titanic nessa viagem pois iria aposentar-se e queria encerrar a sua carreira com chave de ouro. O capitão Smith era capitão do Olympic o primeiro irmão do Titanic. Muitos oficiais do Olympic foram deslocados para a primeira viagem do Titanic. Junto nessa primeira viagem seguiram o presidente da companhia White Star Line o Sr. Bruce Ismay e também o engenheiro chefe da construção do navio o Sr. Thomas Andrews.
Ao anoitecer de 14 de Abril o capitão Smith mandou reforçar a vigia no mastro de proa (frente do navio), e fornecer a eles binóculos. Esses equipamentos não foram encontrados e os vigias tiveram que trabalhar apenas com a sua visão. O capitão Smith retirou-se para os seus aposentos e deixou no comando na cabine o oficial William Murdoch. A noite estava fria, calma, sem ondas no mar, nem vento. Somente a luz das estrelas e do Titanic iluminavam a escuridão. As 23:40h um dos vigias do mastro, Frederick Fleet, avistou uma sombra mais escura que o mar, à frente. A imensa sombra cresceu rapidamente e revelou-se num imenso Iceberg vindo em direcção ao navio.
Imediatamente o pânico deu lugar aos reflexos e o vigia tocou o sino de alerta do mastro três vezes e ergueu o inter-comunicador para falar com a ponte de comando. Preciosos segundos se perderam até que o inter-comunicador foi atendido e o vigia gritou "Iceberg logo à frente". O primeiro oficial que ouvira e vira a imensa massa de gelo vindo em direcção ao navio, entrou na sala de comando e gritou "tudo a estibordo" e imediatamente accionou os telégrafos de comunicação com a sala de máquinas solicitando "toda a velocidade para trás". Enquanto o timoneiro ainda virava o leme do navio a estibordo a sala de máquinas respondeu à solicitação de todo o vapor para trás. Na ponte de comando e no mastro de proa os tripulantes só observavam inertes o imenso Iceberg vindo de encontro ao navio. Na sala de máquinas, por sua vez, a correria foi grande. O vapor que estava sendo deslocado para os motores teve que ser trancado, a fim de parar os pistões. Nas salas de caldeiras o aviso de paragem dos motores provocou alvoroço entre os carvoeiros que tiveram que parar de alimentar as fornalhas e abrir os abafadores das caldeiras. Quando os enormes pistões estavam quase a parar, uma alavanca na base dos motores foi accionada para reverter os giros das hélices centrais, e então as válvulas tiveram que ser novamente accionadas para liberar o vapor para entrar nos motores que começaram a girar no contrário. A hélice central assim que fora accionado o reverso dos motores parou de funcionar, pois este não era accionado pelos motores do navio mas sim por uma turbina que era alimentada pela sobra do vapor dos motores.
Finalmente a proa do navio começa a deslocar-se do Iceberg, mas 37 segundos após ter avistado o Iceberg, o vigia Fleet agacha-se no ninho da gávea do mastro de proa e sente o navio tremer e pedaços de gelo são arremessados aos decks de proa. O navio todo treme e na ponte de comando o oficial Murdoch acciona imediatamente o fechamento das portas à prova de água. Nos porões de carga do navio a água jorra com imensa força. Na sala de caldeiras número 6 o foguista Frederick Barret estava trabalhando ainda no abafamento das fornalhas quando a luz de alerta soou e as portas começaram a fechar-se. Seguiu-se então um estrondo e a água espumante do mar rompeu por toda a lateral da sala de caldeiras número 6. Barret conseguiu esquivar-se para a sala de caldeiras 5 através da porta à prova de água enquanto esta se fechava. Mas a situação ali não era diferente. A lateral ali também já metia água. Com a sacudidela provocada pela colisão muitos acordaram. O capitão dirigiu-se imediatamente para a ponte de comando e foi informado do ocorrido. Ordenou imediatamente a paragem total dos motores. Com a paragem dos motores o vapor das caldeiras teve que ser liberado pelas chaminés, caso contrário uma explosão seria inevitável pelo aumento da pressão. Um barulho ensurdecedor era ouvido na área externa do navio, devido à grande quantidade de vapor que era expelido.
O comandante chamou o engenheiro chefe Thomas Andrews e solicitou um exame das avarias. Andrews desceu aos conveses inferiores com alguns tripulantes e após alguns minutos voltou com o relato de avarias. O Sr. Bruce Ismay já se encontrava junto do capitão. O que Andrews viu nos porões no Titanic foi devastador... Após alguns cálculos Andrews selou o destino do Titanic. "O navio vai afundar, temos menos de 2 horas para evacuar o navio". Ismay e o capitão mostraram-se pasmos com o relato. - O Titanic não pode afundar - menciona Ismay - é impossível ele afundar - resmunga novamente. Já o capitão Smith pergunta a Andrews se ele tem a certeza disso e o mesmo volta a confirmar. O iceberg raspou o casco do Titanic, amassando as placas de aço e rasgando-as. As avarias atingiram 5 compartimentos estanques. Com 4 compartimentos o Titanic ainda conseguiria flutuar, mas com 5 não. O peso de 5 compartimentos cheios fez a proa afundar e o navio perdeu o seu ponto de equilíbrio. A água do sexto passaria para o sétimo compartimento, depois o oitavo e assim por diante. Como numa forma de gelo coloca-se água em alguns compartimentos e essa ainda flutua na água. Mas assim que perde o ponto de equilíbrio a água invade as demais e ela afunda.
Por volta das 0:00h do dia 15 de Abril o capitão Smith dirige-se a cabine de telégrafos e solicita para que o operador de plantão envie a posição do navio e o pedido de ajuda. "SOS Abalroamos um Iceberg. Afundando rápido. Venham ajudar-nos". Foi a primeira vez que o sinal de SOS (Save Ours Sours, Salvem Nossas Almas), fora utilizado num desastre. O navio de passageiros da concorrente Cunard o Carpathia recebeu o pedido de ajuda do Titanic e foi o primeiro a atender. O radioperador do Carpathia ia dormir quando resolveu dar uma última verificação nas comunicações e captou a mensagem do Titanic. O Carpathia estava a 4 horas de distância do Titanic, mas mesmo assim deixou de lado a sua rota e partiu em ajuda ao navio que pedia socorro.
Próximo do Titanic um navio era visível, possivelmente o Californian. O seu telegrafista não recebeu os pedidos de ajuda, pois acredita-se que estava dormindo. Não era comum manter telegrafistas de plantão durante a noite. Após o desastre do Titanic tornou-se obrigatório.
As 0:05h o capitão reuniu os oficiais e informou do ocorrido. Solicitou que os passageiros fossem acordados e que se dirigissem ao convés de botes salva-vidas. Sabiam que o número de botes era suficiente para apenas um terço das pessoas abordo, mas mesmo assim pediu para não haver pânico. Camareiras e camareiros começaram a passar de cabine por cabine na primeira e segunda classe, acordando os passageiros, solicitando para colocarem os coletes salva-vidas e que se dirigissem para o convés de botes imediatamente. Vinte minutos após os botes começaram a ser preenchidos com "Mulheres e crianças primeiro", uma ordem dada pelo capitão Smith. Alguns sobreviventes relataram que a sensação ao caminhar no convés de botes era a de estar descendo um morro.
As 0:45h como o navio que estava próximo não respondia nem aos sinais de telégrafo e nem aos sinais de lanterna, o capitão solicitou que fossem disparados os foguetes de sinalização. Neste mesmo instante o primeiro bote começa a ser lançado ao mar. A água estava gélida, cerca de 2 graus abaixo de zero o suficiente para matar por hipotermia uma pessoa em apenas 20min.
A fim de evitar a euforia e o pânico o capitão solicitou que a orquestra de bordo viesse tocar junto ao convés de botes para animar os passageiros. Enquanto os passageiros de primeira e segunda classe entravam nos botes, os passageiros de terceira classe permaneciam reunidos e trancados no grande salão da terceira classe junto da popa (parte de trás do navio). Só seria permitido a saída deles assim que a ordem viesse dos oficiais. Muitos passageiros revoltaram-se e alguns aventuraram-se pelos labirintos de corredores no interior do navio para tentar achar a outra saída. Alguns conseguiram mas outros acabaram perdendo-se nas entranhas do Titanic.
Agora tudo era uma questão de tempo. Enquanto que nos primeiros botes tinha que se implorar para as pessoas entrarem, fazendo muitos deles descerem praticamente vazios, nos últimos o tumulto já era visível. Relata-se em tiros para o alto para conter os mais afoitos. Faltando pouco mais de 2 botes para deixar o navio, os passageiros da terceira classe são libertados. Restava apenas esses dois botes e os dois desmontáveis que ficavam junto à base da primeira chaminé. A água já invadia os conveses de botes quando os botes desmontáveis conseguiram ser lançados.
Às 2:17h o último sinal de socorro é enviado pelos telegrafistas. O capitão Smith ordena cada um por si e não é mais visto por ninguém. Já com a proa mergulhada no mar e a água atingindo o convés de botes o pânico é geral. Heroicamente, os operários da sala de electricidade resistem para manter as luzes quanto podem. Todos padeceram. As primeiras vítimas foram 5 operários que lutavam para manter seguras as correspondências na sala de correios inundada logo após a colisão. Morreram todos afogados tentando salvar as cartas que rumavam para a América a bordo do navio. A primeira chaminé não aguentando mais a pressão exercida sobre ela tomba na água, esmagando dezenas de pessoas nos conveses e na água. A água avança com foracidade pelo navio já condenado. Entra pelo redomo da grande escadaria arrasando tudo pela frente. Muitos são sugados pelas janelas para dentro do navio carregados pela força das águas. A popa do Titanic agora eleva-se fora da água mostrando as suas imponentes hélices de bronze. Os que conseguem ainda caminhar arrastam-se para a o castelo de popa do navio. O navio agora afunda mais rapidamente invadindo o interior e os porões do navio.
História
No início do século XX a imigração para o então novo mundo, como era denominada a América, era intensa. Muitos buscavam uma nova oportunidade de vida e deixavam para trás a miséria e a fome do antigo mundo. A única forma de travessia era através de navios. E as companhias marítimas não demoraram muito para ver o nicho de mercado que estava diante delas. A briga foi intensa entre as companhias marítimas até o surgimento da aviação comercial no fim da década de 1940.
No começo de 1900 duas grandes companhias inglesas disputavam palmo a palmo a supremacia no Atlântico Norte no transporte de passageiros, a Cunard e a White Star Line. A White Star viu a sua rival transpor o Atlântico com imensos colossos até 1909, quando teve início nos estaleiros da Harland & Wolff, em Belfast, a construção de um trio de gigantes. Os denominados Olympic, Titanic e Gigantic seriam os maiores objectos móveis jamais construídos pelo homem. Os dois primeiros foram construídos em paralelo e o Olympic foi o primeiro a ficar pronto (1911), seguido pelo Titanic (1912), e pelo Gigantic baptizado como Britannic (1915).
Os números ostentados pelo Titanic inundavam a imprensa da época, voraz por informações sobre o colosso dos mares: 268,25m de comprimento; 28,05m de largura; 4 chaminés com 19,81m de altura por 6,71m de diâmetro; 29 caldeiras para produzir vapor; uma turbina a vapor de baixa pressão; 2 motores a vapor com inversão de giro; 20 botes salva-vidas; 3 hélices, uma central no meio do leme e uma em cada lado do casco; 3.560 coletes salva-vidas; 9 decks (andares); 1 piscina; 1 campo de squash; banhos turcos; biblioteca para 1ª e segunda classe; e 15 anteparas de 1/2 polegada de espessura que dividiam o casco do navio em 16 compartimentos estanques.
Essa divisão do casco em 16 compartimentos estanques, separados por anteparas hermeticamente fechadas por portas à prova de água, que eram fechadas com o accionamento de um botão na cabine de comando do navio, deram ao Titanic o título de "insubmergível". Jornais da época relataram que "Nem Deus poderia afundar esse navio". Talvez um presságio para o que viria a acontecer.
Depois que o seu casco foi lançado ao mar numa enorme cerimónia em 1910, o Titanic passou mais 1,5 anos sendo aparelhado e equipado com o que havia de mais moderno e luxuoso para a época. Os 735 passageiros da primeira classe poderiam usufruir de cómodas suites nunca vistas até então num navio. Aos 674 passageiros da segunda classe não faltou comodidade e conforto. E nem mesmo aos 1.024 passageiros da terceira classe faltou conforto. As cabines da terceira classe eram equipadas com beliches e lavatórios, algo inédito para navios da época.
Chega o dia da partida. Em 10 de Abril de 1912, o Royal Mail Steamship Titanic zarpa de Southampton (Inglaterra), com destino a Cherbourg (França). Ao passar pelo canal de acesso ao mar, o turbilhão causado pelo deslocamento do navio foi tão forte que as amarras do navio New York se romperam. Graças à acção imediata do corajoso capitão de um dos rebocadores um desastre não aconteceu logo na partida. Esse incidente fez o Titanic se atrasar, pois teve que parar, dar marcha à ré, aguardar pelo navio New York para ser rebocado para outro cais e aí sim, seguir viagem. Já avançava a noite de 10 de Abril quando o Titanic ancora as margens de Cherbourg. Não foi possível ir até o cais pois não havia profundidade suficiente para acomodar o casco do Titanic. Os passageiros foram trazidos a bordo através da barca Nomadic da própria White Star Line. Aqui os últimos passageiros de renome mundial embarcaram no navio, juntamente com alguns imigrantes. Na manhã de 11 de Abril o RMS Titanic ancora as margens de Queenstown (Irlanda do Norte), para receber seus últimos passageiros. As únicas fotos a bordo do Titanic foram tiradas por passageiros que desembarcaram em Cherbourg e em Queenstown. As 13:30h o navio segue viagem para Nova York (EUA).
Durante os 3 dias seguintes a viagem seria tranquila e sem nenhum transtorno extra para os mais de 2.200 passageiros e tripulantes do navio. Trabalho extra somente para os operadores do rádio-telégrafo. Um serviço disponível aos passageiros que ficavam enviando e recebendo mensagens para os seus parentes na América e na Europa. Durante o dia 14 de Abril a temperatura baixou muito e o Titanic recebeu 7 avisos de iceberg na sua rota. Os avisos foram entregues ao capitão Smith mas não surtiram muito efeito. Desviou a rota do navio um pouco mais para o sul mas continuou à velocidade máxima de 22 nós, cerca de 41km/h. O capitão Smith tinha um renome entre os capitães da época. O seu curriculum era invejado por muitos. Só aceitou comandar o Titanic nessa viagem pois iria aposentar-se e queria encerrar a sua carreira com chave de ouro. O capitão Smith era capitão do Olympic o primeiro irmão do Titanic. Muitos oficiais do Olympic foram deslocados para a primeira viagem do Titanic. Junto nessa primeira viagem seguiram o presidente da companhia White Star Line o Sr. Bruce Ismay e também o engenheiro chefe da construção do navio o Sr. Thomas Andrews.
Ao anoitecer de 14 de Abril o capitão Smith mandou reforçar a vigia no mastro de proa (frente do navio), e fornecer a eles binóculos. Esses equipamentos não foram encontrados e os vigias tiveram que trabalhar apenas com a sua visão. O capitão Smith retirou-se para os seus aposentos e deixou no comando na cabine o oficial William Murdoch. A noite estava fria, calma, sem ondas no mar, nem vento. Somente a luz das estrelas e do Titanic iluminavam a escuridão. As 23:40h um dos vigias do mastro, Frederick Fleet, avistou uma sombra mais escura que o mar, à frente. A imensa sombra cresceu rapidamente e revelou-se num imenso Iceberg vindo em direcção ao navio.
Imediatamente o pânico deu lugar aos reflexos e o vigia tocou o sino de alerta do mastro três vezes e ergueu o inter-comunicador para falar com a ponte de comando. Preciosos segundos se perderam até que o inter-comunicador foi atendido e o vigia gritou "Iceberg logo à frente". O primeiro oficial que ouvira e vira a imensa massa de gelo vindo em direcção ao navio, entrou na sala de comando e gritou "tudo a estibordo" e imediatamente accionou os telégrafos de comunicação com a sala de máquinas solicitando "toda a velocidade para trás". Enquanto o timoneiro ainda virava o leme do navio a estibordo a sala de máquinas respondeu à solicitação de todo o vapor para trás. Na ponte de comando e no mastro de proa os tripulantes só observavam inertes o imenso Iceberg vindo de encontro ao navio. Na sala de máquinas, por sua vez, a correria foi grande. O vapor que estava sendo deslocado para os motores teve que ser trancado, a fim de parar os pistões. Nas salas de caldeiras o aviso de paragem dos motores provocou alvoroço entre os carvoeiros que tiveram que parar de alimentar as fornalhas e abrir os abafadores das caldeiras. Quando os enormes pistões estavam quase a parar, uma alavanca na base dos motores foi accionada para reverter os giros das hélices centrais, e então as válvulas tiveram que ser novamente accionadas para liberar o vapor para entrar nos motores que começaram a girar no contrário. A hélice central assim que fora accionado o reverso dos motores parou de funcionar, pois este não era accionado pelos motores do navio mas sim por uma turbina que era alimentada pela sobra do vapor dos motores.
Finalmente a proa do navio começa a deslocar-se do Iceberg, mas 37 segundos após ter avistado o Iceberg, o vigia Fleet agacha-se no ninho da gávea do mastro de proa e sente o navio tremer e pedaços de gelo são arremessados aos decks de proa. O navio todo treme e na ponte de comando o oficial Murdoch acciona imediatamente o fechamento das portas à prova de água. Nos porões de carga do navio a água jorra com imensa força. Na sala de caldeiras número 6 o foguista Frederick Barret estava trabalhando ainda no abafamento das fornalhas quando a luz de alerta soou e as portas começaram a fechar-se. Seguiu-se então um estrondo e a água espumante do mar rompeu por toda a lateral da sala de caldeiras número 6. Barret conseguiu esquivar-se para a sala de caldeiras 5 através da porta à prova de água enquanto esta se fechava. Mas a situação ali não era diferente. A lateral ali também já metia água. Com a sacudidela provocada pela colisão muitos acordaram. O capitão dirigiu-se imediatamente para a ponte de comando e foi informado do ocorrido. Ordenou imediatamente a paragem total dos motores. Com a paragem dos motores o vapor das caldeiras teve que ser liberado pelas chaminés, caso contrário uma explosão seria inevitável pelo aumento da pressão. Um barulho ensurdecedor era ouvido na área externa do navio, devido à grande quantidade de vapor que era expelido.
O comandante chamou o engenheiro chefe Thomas Andrews e solicitou um exame das avarias. Andrews desceu aos conveses inferiores com alguns tripulantes e após alguns minutos voltou com o relato de avarias. O Sr. Bruce Ismay já se encontrava junto do capitão. O que Andrews viu nos porões no Titanic foi devastador... Após alguns cálculos Andrews selou o destino do Titanic. "O navio vai afundar, temos menos de 2 horas para evacuar o navio". Ismay e o capitão mostraram-se pasmos com o relato. - O Titanic não pode afundar - menciona Ismay - é impossível ele afundar - resmunga novamente. Já o capitão Smith pergunta a Andrews se ele tem a certeza disso e o mesmo volta a confirmar. O iceberg raspou o casco do Titanic, amassando as placas de aço e rasgando-as. As avarias atingiram 5 compartimentos estanques. Com 4 compartimentos o Titanic ainda conseguiria flutuar, mas com 5 não. O peso de 5 compartimentos cheios fez a proa afundar e o navio perdeu o seu ponto de equilíbrio. A água do sexto passaria para o sétimo compartimento, depois o oitavo e assim por diante. Como numa forma de gelo coloca-se água em alguns compartimentos e essa ainda flutua na água. Mas assim que perde o ponto de equilíbrio a água invade as demais e ela afunda.
Por volta das 0:00h do dia 15 de Abril o capitão Smith dirige-se a cabine de telégrafos e solicita para que o operador de plantão envie a posição do navio e o pedido de ajuda. "SOS Abalroamos um Iceberg. Afundando rápido. Venham ajudar-nos". Foi a primeira vez que o sinal de SOS (Save Ours Sours, Salvem Nossas Almas), fora utilizado num desastre. O navio de passageiros da concorrente Cunard o Carpathia recebeu o pedido de ajuda do Titanic e foi o primeiro a atender. O radioperador do Carpathia ia dormir quando resolveu dar uma última verificação nas comunicações e captou a mensagem do Titanic. O Carpathia estava a 4 horas de distância do Titanic, mas mesmo assim deixou de lado a sua rota e partiu em ajuda ao navio que pedia socorro.
Próximo do Titanic um navio era visível, possivelmente o Californian. O seu telegrafista não recebeu os pedidos de ajuda, pois acredita-se que estava dormindo. Não era comum manter telegrafistas de plantão durante a noite. Após o desastre do Titanic tornou-se obrigatório.
As 0:05h o capitão reuniu os oficiais e informou do ocorrido. Solicitou que os passageiros fossem acordados e que se dirigissem ao convés de botes salva-vidas. Sabiam que o número de botes era suficiente para apenas um terço das pessoas abordo, mas mesmo assim pediu para não haver pânico. Camareiras e camareiros começaram a passar de cabine por cabine na primeira e segunda classe, acordando os passageiros, solicitando para colocarem os coletes salva-vidas e que se dirigissem para o convés de botes imediatamente. Vinte minutos após os botes começaram a ser preenchidos com "Mulheres e crianças primeiro", uma ordem dada pelo capitão Smith. Alguns sobreviventes relataram que a sensação ao caminhar no convés de botes era a de estar descendo um morro.
As 0:45h como o navio que estava próximo não respondia nem aos sinais de telégrafo e nem aos sinais de lanterna, o capitão solicitou que fossem disparados os foguetes de sinalização. Neste mesmo instante o primeiro bote começa a ser lançado ao mar. A água estava gélida, cerca de 2 graus abaixo de zero o suficiente para matar por hipotermia uma pessoa em apenas 20min.
A fim de evitar a euforia e o pânico o capitão solicitou que a orquestra de bordo viesse tocar junto ao convés de botes para animar os passageiros. Enquanto os passageiros de primeira e segunda classe entravam nos botes, os passageiros de terceira classe permaneciam reunidos e trancados no grande salão da terceira classe junto da popa (parte de trás do navio). Só seria permitido a saída deles assim que a ordem viesse dos oficiais. Muitos passageiros revoltaram-se e alguns aventuraram-se pelos labirintos de corredores no interior do navio para tentar achar a outra saída. Alguns conseguiram mas outros acabaram perdendo-se nas entranhas do Titanic.
Agora tudo era uma questão de tempo. Enquanto que nos primeiros botes tinha que se implorar para as pessoas entrarem, fazendo muitos deles descerem praticamente vazios, nos últimos o tumulto já era visível. Relata-se em tiros para o alto para conter os mais afoitos. Faltando pouco mais de 2 botes para deixar o navio, os passageiros da terceira classe são libertados. Restava apenas esses dois botes e os dois desmontáveis que ficavam junto à base da primeira chaminé. A água já invadia os conveses de botes quando os botes desmontáveis conseguiram ser lançados.
Às 2:17h o último sinal de socorro é enviado pelos telegrafistas. O capitão Smith ordena cada um por si e não é mais visto por ninguém. Já com a proa mergulhada no mar e a água atingindo o convés de botes o pânico é geral. Heroicamente, os operários da sala de electricidade resistem para manter as luzes quanto podem. Todos padeceram. As primeiras vítimas foram 5 operários que lutavam para manter seguras as correspondências na sala de correios inundada logo após a colisão. Morreram todos afogados tentando salvar as cartas que rumavam para a América a bordo do navio. A primeira chaminé não aguentando mais a pressão exercida sobre ela tomba na água, esmagando dezenas de pessoas nos conveses e na água. A água avança com foracidade pelo navio já condenado. Entra pelo redomo da grande escadaria arrasando tudo pela frente. Muitos são sugados pelas janelas para dentro do navio carregados pela força das águas. A popa do Titanic agora eleva-se fora da água mostrando as suas imponentes hélices de bronze. Os que conseguem ainda caminhar arrastam-se para a o castelo de popa do navio. O navio agora afunda mais rapidamente invadindo o interior e os porões do navio.
Primeira classe 98% 31% 199 130Segunda classe 87% 16% 119 166
Terceira classe 47% 14% 174 536
Tripulação 22% 685 214
Dos botes os passageiros assistem dantescos às sombras do navio afundando para sempre, em meio milhar de gritos de pavor. Após a popa sumir alguns segundos de silêncio são seguidos por uma fina névoa branca acinzentada por sobre o local do naufrágio. Como se um véu de morte fosse esticado por sobre as vítimas. Essa névoa fora provocada pela fuligem do carvão e também pelo vapor que ainda havia no interior do navio. O silêncio que parecia imenso deu lugar a uma infinita gritaria por pedidos de socorro. Mais de 1.500 pessoas estavam agora lançadas à água congelante. Os que não tiveram a sorte de morrer durante o naufrágio agora lutavam para se manter vivos, tentando agarrar qualquer coisa que boiasse. Aos passageiros dos botes não restava nada a fazer a não ser esperar. Mas um bote não esperou. O bote comandado pelo oficial Lowe aproximou-se de outro, transferiu seus passageiros e retornou ao local do naufrágio para recolher alguns possíveis sobreviventes. Foi uma decisão tomada muito tardia. Praticamente todos já tinham morrido de hipotermia. Apenas 6 pessoas foram resgatadas ainda com vida.
As 4:10h da madrugada de 15 de Abril de 1912 o Carpathia consegue resgatar o primeiro bote salva-vidas. No local apenas duas dezenas de botes flutuando dispersos e vestígios boiando eram a prova de que um dia o Titanic viria a ser o maior navio do mundo. Agora o seu nome era símbolo de tragédia. Das 2.223 pessoas a bordo, apenas 706 foram resgatadas. Mais de 1.500 padeceram. Assim que os primeiros raios de sol surgiram no horizonte, outros navios começaram a chegar à área do naufrágio. Dentre eles o Californian. Mas nada mais havia a fazer a não ser resgatar os corpos que boiavam. As 8:10h o Carpathia partiu rumo a Nova York com os sobreviventes e os botes resgatados como prova do ocorrido naquela fatídica noite de 15 de Abril de 1912.
O capitão Smith e o engenheiro Thomas Andrews perderam suas vidas. No entanto o presidente da companhia Bruce Ismay conseguiu embarcar num dos últimos botes que deixava o navio. A sociedade da época nunca ira perdoá-lo por esse feito.
Dois inquéritos posteriores viriam a julgar os culpados pela tragédia: um inglês e um americano. Com a perda do Titanic e das centenas de pessoas dessa tragédia as leis que regiam a construção de transatlânticos foram alteradas. Telegrafistas teriam que ser deixados de plantão durante a noite. A Patrulha Internacional do Gelo foi criada para monitorizar, alertar e até destruir Icebergs que venham a oferecer riscos a navegação.
Nos primeiros anos que sucederam à tragédia inúmeros projectos para resgatar os restos do Titanic foram desenhados e lançados. Mas não havia tecnologia suficiente ainda e nem verba para tal empreendimento. No fim de 1970 e começo de 1980 um empresário americano abancou diversas expedições para tentar localizar o navio. Nenhuma delas teve êxito. Somente em 1985, com uma expedição Franco-Americana, o Dr. Robert Ballard descobriu os escombros do Titanic submersos a 3,6 mil metros de profundidade, nas proximidades de Grandes Bancos de Newfoundland. A notícia correu o mundo e ele passou a ser conhecido como "O descobridor do Titanic". Retornou ao local em 1986 com uma equipe de filmagem da National Geographic Society para fazer as primeiras filmagens do transatlântico após 73 anos. Desde então, a empresa RMS Titanic, Inc. obteve os direitos de realizar operações de salvamento no local e recuperou mais de 6 mil artefactos do navio. Diversas empresas de turismo e produtoras de filmes também visitaram o local em veículos submergíveis tripulados. O Dr. Ballard retornou ao Titanic em 2004 para averiguar as avarias que o navio sofreu desde o seu descobrimento. Constatou que a deterioração da estrutura do navio é acelerada e os danos provocados pelas inúmeras expedições e visitas ao local só serviram para danificar o sítio
Terceira classe 47% 14% 174 536
Tripulação
Dos botes os passageiros assistem dantescos às sombras do navio afundando para sempre, em meio milhar de gritos de pavor. Após a popa sumir alguns segundos de silêncio são seguidos por uma fina névoa branca acinzentada por sobre o local do naufrágio. Como se um véu de morte fosse esticado por sobre as vítimas. Essa névoa fora provocada pela fuligem do carvão e também pelo vapor que ainda havia no interior do navio. O silêncio que parecia imenso deu lugar a uma infinita gritaria por pedidos de socorro. Mais de 1.500 pessoas estavam agora lançadas à água congelante. Os que não tiveram a sorte de morrer durante o naufrágio agora lutavam para se manter vivos, tentando agarrar qualquer coisa que boiasse. Aos passageiros dos botes não restava nada a fazer a não ser esperar. Mas um bote não esperou. O bote comandado pelo oficial Lowe aproximou-se de outro, transferiu seus passageiros e retornou ao local do naufrágio para recolher alguns possíveis sobreviventes. Foi uma decisão tomada muito tardia. Praticamente todos já tinham morrido de hipotermia. Apenas 6 pessoas foram resgatadas ainda com vida.
As 4:10h da madrugada de 15 de Abril de 1912 o Carpathia consegue resgatar o primeiro bote salva-vidas. No local apenas duas dezenas de botes flutuando dispersos e vestígios boiando eram a prova de que um dia o Titanic viria a ser o maior navio do mundo. Agora o seu nome era símbolo de tragédia. Das 2.223 pessoas a bordo, apenas 706 foram resgatadas. Mais de 1.500 padeceram. Assim que os primeiros raios de sol surgiram no horizonte, outros navios começaram a chegar à área do naufrágio. Dentre eles o Californian. Mas nada mais havia a fazer a não ser resgatar os corpos que boiavam. As 8:10h o Carpathia partiu rumo a Nova York com os sobreviventes e os botes resgatados como prova do ocorrido naquela fatídica noite de 15 de Abril de 1912.
O capitão Smith e o engenheiro Thomas Andrews perderam suas vidas. No entanto o presidente da companhia Bruce Ismay conseguiu embarcar num dos últimos botes que deixava o navio. A sociedade da época nunca ira perdoá-lo por esse feito.
Dois inquéritos posteriores viriam a julgar os culpados pela tragédia: um inglês e um americano. Com a perda do Titanic e das centenas de pessoas dessa tragédia as leis que regiam a construção de transatlânticos foram alteradas. Telegrafistas teriam que ser deixados de plantão durante a noite. A Patrulha Internacional do Gelo foi criada para monitorizar, alertar e até destruir Icebergs que venham a oferecer riscos a navegação.
Nos primeiros anos que sucederam à tragédia inúmeros projectos para resgatar os restos do Titanic foram desenhados e lançados. Mas não havia tecnologia suficiente ainda e nem verba para tal empreendimento. No fim de 1970 e começo de 1980 um empresário americano abancou diversas expedições para tentar localizar o navio. Nenhuma delas teve êxito. Somente em 1985, com uma expedição Franco-Americana, o Dr. Robert Ballard descobriu os escombros do Titanic submersos a 3,6 mil metros de profundidade, nas proximidades de Grandes Bancos de Newfoundland. A notícia correu o mundo e ele passou a ser conhecido como "O descobridor do Titanic". Retornou ao local em 1986 com uma equipe de filmagem da National Geographic Society para fazer as primeiras filmagens do transatlântico após 73 anos. Desde então, a empresa RMS Titanic, Inc. obteve os direitos de realizar operações de salvamento no local e recuperou mais de 6 mil artefactos do navio. Diversas empresas de turismo e produtoras de filmes também visitaram o local em veículos submergíveis tripulados. O Dr. Ballard retornou ao Titanic em 2004 para averiguar as avarias que o navio sofreu desde o seu descobrimento. Constatou que a deterioração da estrutura do navio é acelerada e os danos provocados pelas inúmeras expedições e visitas ao local só serviram para danificar o sítio
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