"É preciso sair do euro", afirma Marine Le Pen, da Frente Nacional francesa, numa interessante entrevista ao Expresso desta semana, acrescentando de seguida que a alternativa é: "Relançar a economia com uma política monetária eficaz. Promover uma saída organizada do euro, reencontrar a liberdade monetária, para que os bancos centrais financiem o Tesouro sem terem de pedir dinheiro emprestado nos mercados internacionais predadores. É preciso criar protecções razoáveis nas fronteiras (...) O povo percebeu que não há diferença entre o Partido Socialista, a ala esquerda do ultraliberalismo, e a União para um Movimento Popular (UMP), sua ala direita. Em 2012 vamos oferecer-lhes outra escolha ideológica: a nação contra a globalização.", página 32 (Expresso, Caderno principal).
Estas declarações, independentemente dos juízos de carácter que os comentadores possam atribuir a quem as profere, acertam em cheio no alvo, nomeadamente na resistência que os países mais afectados pela crise começarão a oferecer às tentativas de mudança dos seus respectivos paradigmas nacionais. Em França, que ainda recentemente protestou contra a subida da idade de reforma (dos 60 para....os 62!), não será diferente, daí que a crescente popularidade da Sra. Le Pen junto do eleitorado gaulês seja um fenómeno, cada vez mais, digno de registo.
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