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quarta-feira, 11 de maio de 2011
Afonso Costa morreu a 11 de Maio de 1937 em Paris
AFONSO COSTA
(Seia, 1871 – Paris, 1937)
Filho de um advogado de Seia, Afonso Costa foi um símbolo da 1.ª República portuguesa. Iniciou a sua vida
política em Coimbra, durante a crise do Ultimatum, fazendo parte "da geração absolutamente activa" do
republicanismo. Até 1910, isto é, até à implantação da República, Afonso Costa reparte a sua vida entre a
docência universitária e a actividade política. É eleito deputado pelo Partido Republicano Português, tornase redactor-político do jornal “O Norte”, integra a Junta Directiva do Norte do PRP, inicia-se na Maçonaria, é
preso por participar num golpe contra João Franco (chefe do governo entre 1906 e 1908) e a 23 de Abril de
1910 é nomeado pelo Congresso do PRP para preparar a revolução republicana. Logo a 6 de Outubro de
1910, Afonso Costa torna-se ministro da Justiça. Então, decretou a Lei da Separação da Igreja e do Estado
(1911), lançando assim as bases da criação de um Estado laico. Ficaram particularmente célebres as suas
medidas anticlericais postas em prática logo a seguir à implantação da República: a expulsão das ordens
religiosas e a obrigatoriedade do registo civil.
Dirigente máximo do Partido Democrático, foi ministro da Justiça (1910-1911), chefe do Governo e ministro
das Finanças (1913-1914, 1915-1916 e 1917). O seu primeiro governo foi um sucesso pois conseguiu,
através de uma política de restrições financeiras, diminuir o défice orçamental e atingir, até, um resultado
positivo.
Foi o principal responsável pela entrada de Portugal na 1.ª Guerra Mundial. Para Afonso Costa, a
intervenção no conflito mundial serviria não só para garantir a posse das colónias africanas, mas também
para legitimar a nível nacional o novo regime republicano.
Aquando da ditadura de Sidónio Pais, exilou-se em França, não voltando a desempenhar cargos políticos
em Portugal, ainda que tivesse representado o país na Conferência de Paz de 1919, após o final da 1.ª
Guerra Mundial. Foi também o representante português na primeira assembleia da Sociedade das Nações.
Fundou em Paris, no período da Ditadura Militar, a Liga de Defesa da República, tendo sido uma das
figuras dirigentes da resistência anti-salazarista no exílio até à morte, em 1937.
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