Previsão do Tempo

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A 17 de Junho de 2009, morreu José Calvário



José Carlos Calvário (Porto, 1951 - Oeiras, 17 de junho de 2009) foi um maestro português. É considerado um dos melhores orquestradores e arranjadores de Portugal. Foi ainda compositor, destacando-se clássicos da música portuguesa como "E Depois do Adeus" e "Flor Sem Tempo".
José Calvário iniciou os estudos musicais em meados de 1956, praticando no piano. No ano seguinte, no Conservatório de Música do Porto, executou o seu primeiro recital e em 1961, com apenas dez anos de idade, deu o seu primeiro concerto juntamente com a Orquestra Sinfónica do Porto dirigida pelo maestro Silva Pereira.
Mudou-se depois para a Suíça, onde os pais queriam que se formasse em Economia. Em 1968, Calvário fez parte de uma Orquestra de jazz suíça. Tocou em Portugal com os Psico de Toni Moura.
Em 1971 regressou de vez a Portugal, mudando-se para a cidade de Lisboa. Na capital portuguesa, começou a trabalhar como arranjador e produtor. Faz o seu primeiro arranjo para a canção "E Alegre se Fez Triste" de Adriano Correia de Oliveira (no álbum "Gente de Aqui e de Agora"). Com José Sottomayor foi o autor da canção "Flor Sem Tempo", interpretada por Paulo de Carvalho. O tema ficou em 2º lugar noFestival RTP da Canção de 1971.
No ano seguinte foi o autor de "A Festa da Vida" tema que Carlos Mendes levou ao Festival da Eurovisão, obtendo a nota mais alta que um músico português já tivera.
Colabora no disco "Fala do Homem Nascido", gravado em 1972 nos estúdios madrilenos Celada. O disco, com a poesia de António Gedeão, teve a participação de José Niza, Carlos Mendes, Duarte Mendes,Tonicha e Samuel.
No Festival RTP da Canção de 1973 é autor das canções de Duarte Mendes e Tonicha. Lança um álbum com versões de 10 músicas participantes no Eurofestival desse ano.
É o autor da música de "E Depois do Adeus" tema interpretado por Paulo de Carvalho que venceu o Festival RTP da Canção de 1974 e que foi a primeira senha do 25 de Abril. Ainda em 1974 lança o disco "E Depois do Festival".
Em 1977 lançou o álbum "The Best Disco In Sound" em que adaptava clássicos como "Coimbra", "Canção do Mar" e "Lisboa Antiga".
Lançou álbuns como "Saudades" (1985) e "Saudades Vol.2" (1986) em que contou com a participação da The London Philharmonic Orchestra (Orquestra Filarmônica de Londres).
É o dinamizador do Prémio Nacional de Música, associado ao Festival da RTP, que decorreu na Figueira da Foz. Curiosamente seria uma música de sua autoria, "Voltarei", a ganhar o acesso ao Eurofestival. Depois trabalhou com Fernando Tordo no disco "Menino Ary dos Santos". Ainda em 1988 grava, novamente com a LSO, o disco "Cinema Português".
No ano de 1991, compôs o seu primeiro concerto para orquestra.
Com a Hungarian State Symphony Orchestra gravou o álbum "Mapas" lançado em 1996 pela editora Strauss. Grava também um álbum com António Chaínho e a London Philarmonic Orchestra.
Colabora no álbum "Reserva Especial" de Luís Represas que foi gravado com a Orquestra Sinfónica da Républica Checa.
Foi autor da banda sonora do filme "Kiss Me".
Sofreu uma paragem respiratória seguida de infarte no dia 12 de Novembro de 2008. Em Fevereiro de 2009 foi homenageado pela RTP durante o Festival RTP da Canção, com um bailado inspirado em algumas das canções com que concorreu ao Festival.
José Calvário faleceu a 17 de Junho de 2009, numa unidade de cuidados continuados em Oeiras, deixou dois filhos, Maria Helena Calvário, e um filho menor de idade de um breve segundo casamento.

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