Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Mais sobre a morte de António Oliveira Salazar
Hoje assinala-se a morte de António de Oliveira Salazar, o antirrepublicano, que se revia no fascisco italiano e impôs um Estado corporativo e nacionalista, protegido pela polícia política Salazar caiu da cadeira, a 3 de agosto de 1968, e viria a morrer a 27 de julho de 1970.
António de Oliveira Salazar nasceu no Vimieiro, em Santa Comba Dão, a 28 de abril de 1889. Estudante e seminarista, desde cedo iniciou a sua luta contra os republicanos. E é precisamente em 1910 - ano da implantação da República - que se muda para Coimbra, onde se formaria em Direito.
Com a crise económica e a agitação política da Primeira República, a Ditadura Militar chamou Salazar, em 1926, para a pasta das Finanças, o que marca o início do seu percurso político. Exerceu o cargo durante poucos meses, mas voltaria a ser ministro das Finanças, entre 1928 e 1932.
Instituidor do Estado Novo (1933-1974) e da organização política que o suportava – a União Nacional –, António de Oliveira Salazar geriu os destinos de Portugal, como presidente do Conselho de Ministros, entre os anos de 1932 e 1968.
As ditaduras emergentes na Europa influenciaram Salazar, quer na vertente da propaganda, quer na repressão. Com a criação da Censura, o Estado Novo quis assegurar o domínio das massas.
Para o efeito, a polícia política – a PVDE, que viria a dar origem à PIDE, a partir de 1945 –, e a Legião Portuguesa combatiam os opositores, criando o delito de opinião, que importunava o regime.
A doutrina social de Salazar assentava na Igreja Católica e a sua política voltava-se para um corporativismo de Estado, de linha económica nacionalista, com protecionismo e isolacionismo de natureza fiscal, para Portugal e suas colónias.
Ideologicamente próximo do fascismo italiano, o regimede Salazar tentou distanciar-se dos movimentos nazis, que considerou ilegais. No entanto, deu instruções aos embaixadores para que limitassem a concessão de vistos a judeus que pretendiam fugir da França, entretanto invadida pela Alemanha. Aristides de Sousa Mendes não cumpriu essas ordens e salvou a vida a muitos judeus.
Salazar, com uma opção de isolacionismo internacional, sob o lema ‘Orgulhosamente Sós’, levou Portugal a sofrer consequências negativas, a nível cultural e económico. Defensor também de uma política colonialista, alimentou fileiras da Guerra Colonial, que se espalhou à Guiné e a Moçambique. Salazar queria segurar o império ultramarino, mas a Guerra Colonial teve como consequência milhares de vítimas.
O princípio do fim de António Oliveira Salazar dá-se a 3 de agosto de 1968, no Forte de Santo António, no Estoril. A queda de uma cadeira determina o seu afastamento do Governo.
Na noite de 6 de setembro, sai um carro de São Bento, com um médico. Salazar é internado no Hospital de São José e os clínicos apontam como diagnóstico um hematoma, ou uma trombose cerebral. É operado um dia depois e a 27 de setembro de 1968 deixa definitivamente o Governo.
O Presidente da República Américo Tomás chama Marcelo Caetano para substituir Salazar, ditador que viria a morrer em Lisboa, a 27 de julho de 1970.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário