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domingo, 5 de agosto de 2012

A 5 de Agosto de 1192 deu-se a batalha de Jafa


Ricardo I na batalha de Arsuf ou Jafa
A batalha de Jafa

Ricardo I colocou as forças cristãs de tal forma que poderiam, ser rapidamente convertidas em formação de combate. As divisões de cavalaria defendidas por uma linha ininterrupta de unidades de peões, estendendo-se ao longo da coluna composta por trinta mil homens. O exército seguia à beira do litoral Mediterrâneo, cuja vanguarda era formada por um destacamento de cavaleiros da Ordem do Templo, enquanto a retaguarda era protegida pelos cavaleiros Hospitalários.
As emboscadas que os cristãos sofriam eram constantes, devido às armaduras que os homens e animais se faziam transportar, ao contrário dos guerreiros de Saladino, que usava ginetes-arqueiros sem qualquer protecção. Mas o rei Ricardo recomendou que os seus homens resistissem ao incitamento das forças inimigas, forçando cansar o adversário.
No dia 7 de Setembro, pela manhã, o exército cruzado encontrava-se a curta distância do norte de Arsuf; atravessou o rio Rachetaille, em formação de três colunas. Próximo do mar, a caravana das bagagens era escoltada por soldados de infantaria. Na coluna central composta de doze esquadrões de cavalaria com cem cavaleiros cada uma; a ala esquerda era formada por soldados de infantaria armados com bestas e lanças.
A pressão dos muçulmanos era cada vez mais enérgica, incidindo principalmente sobre o flanco esquerdo, defendido pelos Hospitalários, que embora tivessem um número reduzido de baixas, perderam um grande número de cavalos, pondo em risco a continuidade das operações.
A expectativa do rei Ricardo I, era esperar que Saladino expusesse o flanco direito das suas tropas e ficassem mais vulneráveis. Mas os cavalos continuavam a morrer, e os Hospitalários começaram a avançar espontaneamente. Não tendo outra opção, Ricardo I, desferiu um ataque, ordenando que as forças do Templo fustigassem o flanco esquerdo dos muçulmanos. Deixando a bagagem à retaguarda próximo à beira-mar, Ricardo Coração de Leão postou a cavalaria no meio, enquanto que a infantaria encabeçava as linhas da frente.
As trompas muçulmanas deram o sinal de ataque. Vindos da floresta de Arsuf, surgiram em vagas sucessivas, submergindo num mar de mourama, a ala esquerda da linha defendida pelos guerreiros do Templo na tentativa de separá-los para em seguida os destruir.
Nesse espaço de tempo, os cavaleiros Hospitalários juntamente com a infantaria, deslocando-se à sua frente, atacaram pelos espaços deixados pelos peões muçulmanos.
Saladino não esperava uma reacção destas! As constantes provocações a que o exército fora exposto, produziram os efeitos contrários aos seus desejos!... Os seus homens tentaram reagrupar-se, mas sucumbiram ao massacre pelas cargas de cavalaria a par da infantaria.
De vinte mil homens que compunham o exército de Saladino, perdera à volta de sete mil; da parte dos cristãos pereceram cerca de mil.
Prosseguido em direcção a Joppa, o rei Ricardo acabou por reconquistar o almejado porto.


“Jaffa antes baptizada de Arshof, derivada do nome do deus fenício Reshef. Quando foi conquistada por Alexandre, o Grande, em 333 a.C. passou a designar-se de Apóllonia, em homenagem ao deus Apólo. Depois do séc. IV durante o período bizantino, recebeu o nome de Sozusa (a cidade do Salvador). Com a conquista muçulmana, em 636 d.C. voltou a ser chamada de Arshof, sofrendo a mutação para Arsuf. Nos séc. XII e XIII durante as cruzadas foi designada por Arsur, variação fonética de Arsuf”.

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