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domingo, 19 de agosto de 2012

Sergio Vieira de Mello - O diplomata brasileiro morreu num atentado à sede da ONU em Bagdá no dia 19 de Agosto de 2003.


 

Embaixador brasileiro e Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Sérgio Vieira de Mello consternou o mundo ao ser morto tragicamente em 19 de agosto de 2003, durante um ataque terrorista contra a sede das Nações Unidas em Bagdá, local a que foi enviado como representante especial do secretário-geral da entidade, Kofi Annan.
Nascido em 15 de Março de 1948, no Rio de Janeiro, Sérgio Vieira de Mello ingressou cedo na carreira diplomática, seguindo a profissão de seu pai, que trabalhou na Argentina durante muitos anos. Aos 21 anos, começou a atuar na ONU, conciliando o seu trabalho com os estudos de filosofia na Universidade de Paris, onde morava.
Na entidade, o brasileiro atuou no setor da ONU para refugiados, em Genebra, e serviu em operações humanitárias e de paz por regiões submetidas a conflitos e guerras como em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique e Peru.
Conhecido como hábil negociador, Mello se destacou na área humanitária e, em 1981, foi nomeado para o cargo de Conselheiro Político Sênior das forças da ONU, no Líbano. Depois disso, ocupou diversas funções importantes na instituição, como a de diretor de departamento regional para Ásia e Oceania, enviado especial do Alto Comissário ao Camboja e coordenador humanitário da ONU na região dos Grandes Lagos, na África.
Em 1996, Mello foi nomeado Assistente do Alto Comissário da ONU para refugiados e, dois anos depois, assumiu em Nova Iorque o cargo de subsecretário geral para casos humanitários e coordenador de Emergência.
Em Kosovo, assumiu temporariamente a função de representante geral do secretário-geral da entidade. Já no Timor Leste, serviu como administrador transitório da ONU, levando o país à independência e à realização de eleições livres.
Em 12 de setembro de 2002, foi nomeado para o cargo de Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, o mais alto posto da instituição em Direitos Humanos, onde ficaria até 2006. Em junho do mesmo ano, afastou-se da função para assumir como representante especial do secretário-geral, Kofi Annan, para o Iraque. No país, onde passaria quatro meses, Mello tinha a missão de trabalhar para restabelecer a tranqüilidade e ajudar o país a construir um governo democrático no pós-guerra.
A sua missão foi interrompida após a explosão de um carro-bomba estacionado em frente ao hotel que servia de sede provisória da ONU no país. Aos 55 anos, o diplomata e outros 21 funcionários foram mortos e cerca de 150 pessoas ficaram feridas no mais violento ataque realizado contra uma missão civil da ONU até aquela época. Atribuído pelos Estados Unidos à rede Al Qaeda, o ataque provocou a retirada dos funcionários estrangeiros do órgão do território iraquiano.
Após o velório no Brasil, o corpo do diplomata foi enterrado no cemitério de Plainpalais, em Genebra. Alguns meses após o atentado, a ONU realizou uma homenagem póstuma, entregando o Prémio de Direitos Humanos das Nações Unidas aquele que foi um dos mais importantes diplomatas do Brasil e da entidade. Separado, Mello teve dois filhos com sua esposa francesa: Laurent e Adrian.




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