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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A 27 de Dezembro de 1831, Charles Darwin iniciou uma volta ao mundo a bordo do navio Beagle

Modelo do Beagle (acima, Charles Darwin)

A viagem do jovem Charles Darwin a bordo do navio britânico HMS Beagle, de 1831 a 1836, é 1 dos
episódios mais conhecidos em toda a história da ciência. Darwin, que tinha na época 22 anos, recém formado pela Universidade de Cambridge, e que estava destinado a uma carreira como pastor na zona rural de Londres, embarcou no Beagle como convidado para servir de companhia ao capitão do barco, Robert Fitzroy, jovem aristocrata. Durante a viagem Darwin acabou desempenhando o papel de naturalista. Sua teoria sobre a origem das espécies só foi publicado muitos anos depois, em 1859, cujo título completo era Da Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida. 
Ainda em vida sua teoria sobre a seleção natural foi bem aceita, mas apenas por volta de 1940 foi integrada à genética. 
O principal objetivo da expedição do era mapear os ancoradouros da América do Sul. Após completar seu 
trabalho de levantamento da costa da América do Sul, o Beagle passou um ano completando uma 
circunavegação do mundo, retornando à Inglaterra em outubro de 1836, quando Darwin tinha então 27 anos. 
Darwin mantinha um diário de bordo, que mais tarde se transformou no livro de viagens A Viagem do Beagle.
Suas pesquisas eram feitas com fósseis e animais vivos. Os fósseis eram quase todos embalados e enviados
à Inglaterra, aos cuidados de John Stevens Henslow, botânico que foi mentor de Darwin em Cambridge. A
identificação e descrição dos fósseis ficaram aos cuidados de um jovem anatomista de Londres, Richard Owen, que estava consolidando sua reputação como autoridade em mamíferos extintos. Também tiveram
participação nestas pesquisas o Ornitólogo John Gould e o Zoólogo Thomas Bell. Darwin era apenas um pesquisador de campo que aprendia na prática com sua incessante curiosidade e talento para observação e percepção da natureza . 
A relação entre fósseis e formas vivas como roedores, preguiças, camelos, tatus, tamanduás, antas, macacos, porcos selvagens e gambás foram fatos muito interessantes para sua pesquisa. 
Muitos acreditam que Darwin retornou da viagem do Beagle, ainda sem ser evolucionista, mas apenas 
intrigado com o que vira. O grande salto foi dado após consultas em Londres com John Gould e Richard Owen, sobre as espécies de aves e fósseis que lhes enviara. Há quem discorde.
Ao terminar a viagem no Beagle, Darwin tinha se transformado em um naturalista experiente e passou a dedicar sua vida à pesquisa científica, passando a não mais acreditar na imutabilidade das espécies e a 
teorizar sobre a seleção natural, pela qual o indivíduo mais bem adaptado de cada população sobrevive e deixa descendente, ao contrário dos menos adaptados. O aperfeiçoamento de sua teoria mantida em sigilo levou 20 anos, até que se sentindo ameaçado pelas conclusões semelhantes a que também chegou Alfred Russel Wallace, foi forçado a divulgar suas idéias. Isso aconteceu em 1858, quando deixou de lado o extenso tratado que vinha escrevendo e criou uma versão mais concisa, feita às pressas apresentando um “resumo” da teoria e dos dados que a sustentavam, que foi publicado em 1859 “Da Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural”, que foi êxito em vendagem na época, e que ainda hoje, 150 anos depois, continua a exercer grande influência. 
Darwin morreu em 1882.

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