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segunda-feira, 30 de março de 2015

No dia 30 de Março destacamos a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1921.

Há 93 anos iniciou-se a primeira travessia aérea do Atlântico Sul
Há 94 anos iniciou-se a primeira travessia aérea do Atlântico Sul


A primeira travessia aérea do Atlântico Sul aconteceu há 93 anos, sendo realizada pelos aeronautas portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, no contexto das comemorações do Centenário da Independência do Brasil.
Sacadura Cabral era natural de Celorico da Beira e estudara no liceu da Guarda.
A épica viagem iniciou-se em Lisboa, às 7 horas de 30 de Março de 1921, no hidroavião monomotor Lusitânia, equipado com motor Rolls-Royce, especialmente concebido para a viagem. Sacadura Cabral exercia as funções de piloto e Gago Coutinho as de navegador. Este último havia criado, e empregaria durante a viagem, um horizonte artificial adaptado a um sextante, a fim de medir a altura dos astros, invenção que revolucionou a navegação aérea na época.
A primeira etapa da viagem foi concluída, no mesmo dia, em Las Palmas, nas Ilhas Canárias.
No dia 5 de Abril, partiram rumo à Ilha de São Vicente, no Arquipélago de Cabo Verde, cobrindo 850 milhas. Lá se demoraram até 17 de Abril para reparos no hidroavião, tendo partido rumo ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo, em águas brasileiras, onde amararam, sem o auxílio do vento, no dia 18. O mar causou danos ao Lusitânia, que perdeu um dos flutuadores, sendo os aeronautas recolhidos por um Cruzador da Marinha Portuguesa, que os conduziu a Fernando de Noronha.
Apesar de exaustos comemoraram a chegada aqueles rochedos em pleno Atlântico Sul, apenas com o recurso do método de navegação astronómica criado por Gago Coutinho.
O governo português enviou outro hidroavião, baptizado como Pátria, pelo navio brasileiro Bagé, que chegou no dia 6 de Maio. Tendo o hidroavião sido desembarcado e montado, a 11 de Maio partiram rumo ao Brasil continental. Porém aconteceu uma nova fatalidade: logo que levantaram voo uma paragem do motor obrigou-os a amarar de emergência. Estiveram no mar nove horas até serem resgatados por um cargueiro inglês – o Paris City.
Reconduzidos a Fernando de Noronha, aguardaram até 5 de Junho, quando lhes foi enviado de Portugal um novo avião, baptizado como Santa Cruz. Levantaram voo rumo ao Recife, fazendo escalas em Salvador, Porto Seguro, Vitória, e dali para o Rio de Janeiro, então Capital Federal, onde, a 17 de Junho de 1922 amararam em frente à Ilha das Enxadas, nas águas da baía de Guanabara.
Aclamados entusiasticamente como heróis em todas as cidades brasileiras onde passaram, os aeronautas haviam concluído com êxito não apenas a primeira travessia do Atlântico Sul, mas também pela primeira vez na História da Aviação tinha-se viajado sobre o Oceano Atlântico apenas com o auxílio da navegação a partir do avião.

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