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terça-feira, 10 de novembro de 2015

AFINAL O QUE É TER UMA MAIORIA PARLAMENTAR?



A repetição de que os eleitores do PS não queriam um eventual acordo entre socialistas, bloquistas e comunistas tem de ser um dos argumentos mais exuberantemente pífios que já invadiram o espaço público em muitos e muitos anos. Como toda a direita, e sua legião de adeptos disfarçados de jornalistas, repetem assanhadamente essa cassete, é provável que não encontrem mesmo mais nada para dizer perante uma possibilidade de maioria parlamentar que é a única a poder oferecer estabilidade governativa. A única.
Queriam os eleitores do PS, do BE e do PCP a continuação da devastação causada pelos maiores mentirosos – e traidores – que a história da democracia regista? E quem votou PAF queria que depois das eleições a direita viesse anunciar que, afinal, o programa do PS é que era bom? Será que os direitolas vão continuar a tratar os portugueses como se tivessem 5 anos de idade, já sem qualquer noção do ridículo que os consome?
Outro argumento lerdo é esse de os pafiosos terem ganhado as eleições, daí só eles poderem governar. Imaginemos que tal estupidez estava inscrita na Constituição, qual seria o resultado? O Parlamento deixaria de ter autonomia para encontrar qualquer outra solução governativa perante bloqueios políticos onde a oposição era maioria e teria de se repetir as eleições as vezes que fossem precisas até aparecer um partido ou coligação com maioria absoluta. E se não aparecesse? Ficaríamos com um Governo de gestão por anos e anos, talvez décadas. É esta a lógica que se prepara para ser repetida ad nauseam nos próximos dias, meses e anos.
Mas chega do meu paleio simplório e passemos a quem percebe mesmo do assunto. Aqui em baixo temos o Pedro, com a vantagem de estar em campanha eleitoral que é quando ele se revela decente e patriota, a dizer umas verdades aos portugueses acerca do que é e para que serve o Parlamento. Brilhante e incontestável discurso.

In http://aspirinab.com

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