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sábado, 6 de agosto de 2022

Como surgiu a expressão "Estar a fazer tijolo"

 "Estar a fazer tijolo" - Expressão usada para descrever a situação de alguém que morreu e foi enterrado.


Esta expressão remonta à época da reconstrução de Lisboa. Após o Terramoto de 1755, Lisboa ficou quase completamente em ruínas e foi necessário fazer a reconstrução sobretudo reconstruir as muitas casas que tinham caído. Para isso, eram necessários muitos tijolos e, houve necessidade de construir um forno onde os tijolos pudessem ser cozidos e ficar capazes de ser empregues na reconstrução das habitações. O barro era o melhor material para realizar essa tarefa e encontrava-se num campo de terra argilosa que tinha início num espaço onde hoje fica uma parte da Av: Almirante Reis assim como em várias artérias que subiam até à Graça. Porém, esse espaço, tinha sido, muitos anos antes, um cemitério mouro mas ninguém sabia disso. Só quando os operários começaram a cavar a terra para retirar o barro, e constataram que aquele espaço estava cheio de ossadas, se soube da existência do cemitério. Mas ... aconteceu uma coisa muito bizarra: como o barro era muito pouco e não chegava para fazer todos os tijolos necessários para as obras, tiveram a ideia "luminosa" de utilizar os ossos dos mouros como "material de construção" e, se bem o pensaram, melhor o fizeram. Os ossos eram partidos em bocadinhos e misturados com o barro, obtendo-se, assim, muito mais massa para fazer os tijolos. Segundo se consta, foi com esta terra barrenta misturada com ossadas que, grande parte de Lisboa foi reconstruída. A partir daí, quando alguém morria, dizia-se que "já estava a fazer tijolo".

Mais tarde a expressão alargou-se a todo o país e, ainda hoje, quando se fala de alguém que morreu e está enterrado, se diz que "já lá está...a fazer tijolo".
Em Lisboa, ainda existe a Rua do Forno do Tijolo (uma das artérias que vai sair na Av: Almirante Reis) onde, se situava o tal forno em que os tijolos eram cozidos com uma mistura de argila e ossos.

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