O exorcismo de Anneliese Michel Anneliese Michel nasceu a 21 de Setembro de 1952 em Leiblfing, no estado federal alemão da Baviera, mas foi criada com as suas três irmãs no pequeno município de Klingenberg am Main. Seus pais, Josef e Anna Michel, deram-lhe uma educação profundamente religiosa. Em 1969 teve o seu primeiro ataque epiléptico, segundo o que se consta, a jovem alemã começou a ter as primeiras alucinações enquanto rezava. Ela também começou a ouvir vozes, que lhe diziam que ela era amaldiçoada. Em 1973, Anneliese sofria de depressão e considerava o suicídio. O seu comportamento tornou-se cada vez mais bizarro. Ela andava nua pela casa, fazia suas necessidades em qualquer lugar, rasgava suas roupas, comia insectos como moscas e aranhas, carvão e chegou a lamber sua própria urina. Após ter sido admitida num hospital psiquiátrico a sua depressão além de não ter melhorado, agravou-se. Tendo sua vida circulado na base da religião católica, começou a considerar que seria alvo de uma possessão demoníaca. Em Julho de 1970, Anneliese sofre uma terceira convulsão grave e independentemente das drogas que lhe ministravam, as manifestações possessivas não abrandavam. A ter em conta, que a ciência médica ou a ciência em geral, apenas, não mais é do que o conhecimento atingido actualmente, campo onde existe muito a desbravar. Nestes casos a ciência actual põe estes casos que não conseguem explicar num saco muito grande, que dá pelo nome de esquizofrenia. Não sabe como aparece, não sabe como se cura, apenas sabe, por via estatística que a falta de lítio no cérebro é um factor comum. Em 1973, devido à falta de melhoras, começou a ser considerada a hipótese de um exorcismo. Após efectuar uma exacta verificação da possessão (Infestatio) em Setembro de 1975, o Bispo de Würzburg, Josef Stangl, autorizou os padres Ernest Alt e Arnold Renz a realizarem os rituais do Grande Exorcismo, cuja base é o Rituale Romanum, que ainda era, à época, uma lei canônica válida desde o século XVII. Curiosamente o bispo Josef Stangl, foi o que consagrou bispo, o padre Joseph Ratzinger, futuro papa Bento XVI. Após 67 sessões de exorcismo que se seguiram e que se prolongaram inicialmente por cerca de nove meses, durante os quais ela muitas vezes tinha que ser segurada por três homens ou, em algumas ocasiões, acorrentada. Ela também lesionou seriamente os joelhos em virtude das genuflexões compulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em cada sessão. Veio a falecer, a 1 de Julho de 1976, com pouco mais de 30 quilos, a desidratação e má nutrição, estimularam em conjunto a completa falência múltipla dos seus orgãos. Este caso avivou uma grande celeuma na época, chegando o ministério público alemão a condenar os pais da jovem e os dois padres, por homicídio negligente com pena suspensa. Nas sessões, que foram documentadas em quarenta fitas de áudio para preservar os detalhes, Anneliese manifestou estar possuída por, pelo menos, seis demónios diferentes, que se auto-denominavam por; Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Hitler e Fleischmann, um padre caído em desgraça no século XVI. Todavia, o Rituale Romanum, assim como o tratamento com psicotrópicos, também não surtiu o efeito desejado. Na hora de sua morte, crê-se já liberta dos demónios, afirmou que ela era um exemplo, que qualquer pessoa seria passível de tamanha possessão, afirmando que preferiu passar por este martírio voluntário, que servisse de exemplo. Este caso serviu de inspiração ao filme de 2005 "O exorcismo de Emily Rose" que não deixa de ter uma assinatura Hollywood. Tal como a afamada sequela "O Exorcista", com uma matriz católica bem vincada e num género um pouco diferente o filme "Constantine", protagonizado por Keanu Reeves, marcadamente católico, trazendo os anjos com nomes que acabam em el. O exorcismo em si, é um ritual organizado, na qual a religião católica encerra em si maior "expertize" na matéria, pela experiência. Existe um manual oficial, escrito no ano de 1614 durante o papado do Papa Paulo V, o Rituale Romanum, que foi ligeiramente retocado em certas ênfases no séc. XX. Antes de realizar o ritual do exorcismo, é costumeiro que o padre faça uma boa confissão e seja absolvido de todos os seus pecados para o caso de o espírito ou demónio que ele enfrentará tente usá-los contra ele durante o ritual. Ele então veste os trajes necessários para os padres exorcistas (um sobrepeliz e um sudário púrpura) e inicia o ritual. Durante o exorcismo, certas orações prescritas, tais como o Pater Noster (o Pai-Nosso), as Litânias dos Santos e o Salmo 54, são recitadas sobre o individuo possuído, frequentemente em latim, uma vez que se acredita que as orações são mais eficientes quando recitadas nessa antiga língua. Segunda a igreja católico-romana mais habituada a trabalhar a matéria, classifica o exorcismo em 3 categorias principais; o encosto, a obsessão e a possessão demoníaca, este última a necessitar do chamado Grande Exorcismo. Como foi o de Anneliese. Nos exorcismos são utilizados desenhos que representam pantáculos (não confundir com pentagramas), esses desenhos são pantáculos do Grimório conhecido como A Chave de Salomão (Clavicula Salomonis). Em que , A Chave Menor de Salomão ou Lemegeton (em latim, Lemegeton Clavícula Salomonis) é um grimório pseudepigráfico datado do século XVII, contém descrições detalhadas de demónios e as conjurações necessárias para invocá-los (evocattio) e obrigá-los a obedecer ao conjurador. O Lemegeton é dividido em cinco partes: Ars Goetia, Ars Theurgia Goetia, Ars Paulina, Ars Almadel e Ars Notoria. Numa forma muito simplista, o Rei Salomão mandou construir um enorme vaso de bronze, para fechar os 72 demónios, segundo Ars Goetia. As novas igrejas pentecostais e neo-pentecostais tais como; a Igreja do Reino Universal de Deus, a Maná, a Renascer de Cristo, a Igreja Pentecostal Deus é Amor e derivados, colocam o ênfase no "em nome de Jesus", fazendo fantásticos espectáculos de exorcismos colectivos, ganhando mais adeptos, em contraponto com a Igreja Católica, que só depois do eventual possesso ter passado pelos psiquiatras pondera a hipótese de um exorcismo. Na verdade, se o possesso não for católico ou tiver qualquer ligação a Cristo, nem um padre ou um pastor consegue "libertar" o indivíduo, mais, caga e mija em cima da cabeça dele, em casos extremos, conduz à morte o exorcista. Há que analisar, primeiro o possesso e sua família em toda a sua mesologia vivificada, tentar dentro do possível enxergar o ou os espíritos que tomam fisicamente um sujeito. Combinar as interacções, ter um estômago enorme, porque se a coisa for "braba", há que manter uma posição hígida. Perceber a crença, a doença mental de que padece, tentar auferir sua última vida física, o que quer manifestar, perceber que o indivíduo vai finta-lo, ludibriar e sempre sem esquecer, que muitas das vezes, ele tem a vantagem de ouvir os seus pensamentos e daí manipular. Só com um enorme jogo de cintura, despido de religiões e crendices, sabendo que a ciência são resultados comprovados do aqui e até agora, se pode ajudar verdadeiramente o possesso e o incorporador. Não é demónio, é uma pessoa falecida muito revoltada e alguma das vezes apenas para gozar, ou seja, a doença mental continua pós-mortem ao contrário da dor, essa maleita vilipendiosa, a dor física fica, a mental subsiste e a cirandar este mundo, esta questão é bué. Chegar e perguntar - Quem és? Pode levar de imediato uma resposta do tipo - Sou o caralhão de cavalo! No meio de uma mistura de gritos lacinantes e joelhos a fazerem movimentos capazes de baralhar os mais incautos e com sons oriundos das cordas vocais que não se imaginava possível. Há que ter estômago e um enorme balanceamento das coisas da vida. O vídeo e aúdio que se segue é uma das sessões exorcistas de Anneliese, a maior parte das pessoas não a ouve até fim, foge. Tenho uma convicção profunda, de que a Anneliese está bem. Está a preparar uma próxima vida com uma serenidade meriodinal. Abraço fraterno daqui para aí. |
EXTRAFÍSICO |
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João J. C.Couto