Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Paulo Coelho nasceu a 24 de Agosto de 1947
24 de Agosto de 1916, nasceu Léo Ferré
Léo Ferré - Avec le Temps
Cantor e poeta francês, nasceu a 24 de agosto de 1916, no Principado do Mónaco, onde passou parte da sua infância. Aos nove anos foi enviado para um colégio interno em Itália. Em 1934, completou os estudos liceais em Roma. Em1939, completou o curso de Direito, em Paris.Em meados dos anos 40 começa aescrever canções e a musicar poemas, que interpreta em espetáculos nos cabarets de Monte Carlo. São desta fase temas como "L'Inconnue de Londres" e"Barbarie". Em 1945 trabalhou na Rádio Monte-Carlo como locutor e pianista, econheceu artistas como Edith Piaf e Francis Claude. Em 1950 compôs a óperaLa Vie d'Artiste, revelando o seu talento de compositor. Em 1954 escreveu um oratório baseado na Chanson du Mal-Aimé de Guillaume Apollinaire. Em 1956publicou Poètes? vos papiers, uma antologia de 77 poemas.
A década de 60 é prolífica e próspera para o artista, gravando e atuando nos principais palcos de music-hall franceses.
Marcado pelos acontecimentos de maio de 68 em Paris, Léo Ferré foi visto comoo cantor contestatário e revolucionário. A sua sonoridade, influenciada por grupos como os Beatles ou os Moody Blues, assumiu contornos mais pop, visível nos espetáculos com o grupo francês Zoo, com o qual gravou Solitude (1971).
Em 1975 iniciou uma nova aventura musical, fazendo incursões pela música clássica, com recitais acompanhado de orquestras sinfónicas.
Da sua extensa discografia, destacam-se os seguintes álbuns: Les Fleurs du Mal Chanté par Léo Ferré (1957), em homenagem ao poeta Charles Baudelaire;Encore du Léo Ferré (1958), que incluiu temas como "Le Temps du Tango"(1958), "l'Eté s'en Fout" (1958), "Mon Camarade" (1958); Les Chansonsd'Aragon (1961), dez poemas de Louis Aragon, musicados por Ferré, dos quais se destacam "L'Affiche Rouge", "l'Etrangère", "Elsa" e "Est-ce ainsi que les hommes vivent ?"; Ferré 64, considerado um dos trabalhos de topo do artista,que inclui temas como "Franco La Muerte", "Sans Façon", "Mon Piano"; Amour Anarchie (1970), que incluiu "Le Chien", "La The Nana", "Paris Je ne t'Aime Plus"e "La Memoire et la Mer"; La Violence et l'Ennui (1980); Les Loubards (1985); e Les Vieux Copains (1990).
Faleceu a 14 de julho de 1993, na sequência de doença prolongada.
Jorge Luis Borges nasceu a 24 de Agosto de 1889
Este neto de marinheiros portugueses, que dormia com Camões à cabeceira, nasceu de uma família culta e cresceu « num jardim, por trás de uma grade com lanças, e numa biblioteca de ilimitados livros ingleses». Por isso, o seu destino desde cedo se traçou. Aos seis anos já queria ser escritor e redigiu um manual de mitologia clássica e um conto a imitar Cervantes.
« A leitura é uma forma de felicidade», escreveu. E foi no meio de Virgílio, Shakespeare, Cervantes, Verlaine, Flaubert, Voltaire, Carlyle, Quincey, Kafka, Shopenhauer, que Borges viveu a sua vida. Aprendeu inglês desde muito cedo com a sua governanta, alemão e francês mais tarde em Genebra, onde iniciou os seus estudos superiores, viveu em Espanha e, regressado à Argentina, integra a vanguarda literária da altura, publicando o seu primeiro poema em 1919 e, dois anos mais tarde, o livro de poemas, Fervor de Buenos Aires. A sua obra repartir-se-á pela poesia, novela e ensaio. A partir de 1925 inaugura o que viria a chamar-se conto-ensaio, breves trechos concebidos a partir da sua extraordinária capacidade de leitura, e que partem de um poema, de um livro, de um escritor, envolvendo-se a escrita numa reflexão precisa e lógica, mas sinuosa e labiríntica (cf. Outras Inquirições, 1952).
Uma doença familiar, a perda progressiva da visão, tornou-se cruel destino na vida deste homem, que amava a leitura mais que tudo. Chegou-lhe a cegueira total aos 55 anos. Apesar disso, continuou a viajar e a ministrar cursos pelo mundo fora. Os seus textos são escritos mentalmente e ditados. « Estando cego, vivo na solidão e, durante todas essas horas, resta-me imaginar. Tenho sempre uma história na cabeça, que se tornará conto ou poema. Eu tendo a transformar tudo em literatura. Não posso dizer que é o meu ofício. É o meu destino. Eu vivo na literatura.» Depois de um casamento fugaz, não consumado, com a amiga de infância Elsa Astette Milan, volta para casa da mãe, Leonor Acevedo, nome de origem portuguesa, a sua paixão de sempre, com quem partilhava o amor a Dickens e Eça de Queirós.
Em 1973, quando do regresso do partido peronista ao poder, Borges é forçado a abandonar, pela segunda vez, o cargo de director da Biblioteca Nacional de Buenos Aires. Passa a ganhar a vida como conferencista. É doutorado honoris causa por inúmeras faculdades. Maria Kodama, que viria a tornar-se sua leitora, secretária e, mais tarde, mulher, fez com ele muitas dessas viagens, duas das quais a Portugal, em 1980 e em 1984. (Borges já viera a Lisboa em 1929) . Das duas vezes, António Alçada Baptista, que traduziu para português O Relatório de Brodie, esteve com o autor de Aleph , e desses encontros nos dá conta no seu livro A Pesca à Linha, Algumas Memórias (1998), dizendo que, depois disto, «criou a ficção de ser amigo de Borges». Nunca chegou a ir a Torre de Moncorvo, terra dos seus antepassados, de que tanto se orgulhava, onde foi homenageado em 1997, com a inauguração da Avenida Jorge Luis Borges. Em 1986 Borges instala-se em Genebra, onde vem a morrer, de cancro hepático, a 14 de Junho.
Jorge Luis Borges, nos seus cursos nas universidades, aconselhava os alunos a lerem os livros e não as críticas.
24 de Agosto de 1572, Massacre de S. Bartolomeu em França
Paris, França, 24 de agosto de 1572. Começa o massacre dos protestantes que levará à morte cerca de 30 000 franceses. O episódio ficou conhecido como a Noite de São Bartolomeu, porque teve início na madrugada do dia em que os católicos comemoravam a festa do santo. As reflexões sobre a liberdade de consciência e sobre os limites do poder governamental, suscitadas pela Noite de São Bartolomeu, iriam ajudar a construir o Estado de Direito tal como se conhece hoje.
Durante quase quarenta anos, católicos e protestantes se enfrentaram numa guerra civil intermitente, que quase leva a França à desintegração. Numa das tantas pazes provisórias a de Saint German, estabelecida em 1570 , planejou-se o casamento de Margot (católica) com Henrique de Navarra (protestante).
As núpcias aconteceram numa segunda-feira. No domingo seguinte, a população católica comemoraria o tradicional Dia de São Bartolomeu. Antes do amanhecer, sobreveio a explosão de violência, que terminaria por levar à morte cerca de 30 000 protestantes em todo o país. Por isso, o episódio ficou conhecido como a Noite de São Bartolomeu.
O verão de 1572 foi particularmente quente e abafado em Paris. O calor político também vinha crescendo desde a segunda-feira, 18 de Agosto, quando Margot se casou com Henrique. A população católica, quase 90% da França, não via com bons olhos aquela união. Parecia-lhe um concessão indevida aos huguenotes, palavra de origem desconhecida que se usava para designar os protestantes franceses.
O rastilho de pólvora acendeu-se quando, na sexta-feira, 22, um franco-atirador católico tentou matar o almirante Gaspard de Coligny, chefe militar da fracção protestante, com um tiro de arcabuz. Na noite do sábado, 23, pretextando evitar um golpe huguenote, o rei Carlos IX sob forte pressão da rainha-mãe, Catarina de Médici manda matar Coligny e seguidores. Na madrugada do domingo, 24, a matança começa a generalizar-se e sai do controle governamental. Primeiro no próprio palácio do rei, o Louvre, depois por seus arredores, em seguida por toda Paris e pelo interior da França.
François Dubois, um artista protestante, retratou os acontecimentos ocorridos nos arredores do Louvre com grande realismo. Dubois escapou por pouco do morticínio e foi para a Suíça, onde pintou um famoso quadro que permanece no Museu da cidade de Lausanne, à beira do lago Léman, até hoje. La Saint-Barthélemy, é uma denúncia da Noite de São Bartolomeu, pintada em óleo sobre madeira, com cerca de 1 metro de altura por 1,5 metros de comprimento. As reconstituições posteriores dos acontecimentos confirmaram a veracidade do que é mostrado por Dubois.
Olhe o edifício de três andares que aparece à direita no quadro. Da janela do meio pende um corpo inerte. É o almirante Coligny, que está sendo defenestrado pelos católicos. Agora olhe para baixo. Bem em frente do mesmo prédio há um homem caído, sem cabeça e sem mãos , rodeado por outros três em pé. O corpo mutilado é de Coligny. O homem do meio , entre os que rodeiam Coligny, é o duque de Guise, chefe do partido católico e responsável direto pela eliminação do almirante. Agora percorra o resto do corpo de Coligny. Você verá um homem agachado perto dele . É um soldado cortando os testículos do defunto.
Um pouco à direita está um nobre protestante chamado Caumont, pedindo de joelhos clemência a dois católicos. Caumont foi morto. Seu filho de 13 anos, o futuro duque de La Force, em compensação, depois de golpeado foi dado como morto, mas respirava ao chegar aonde seria enterrado e acabou se salvando.
Vamos nos transportar para o fundo do quadro. Na entrada do Palácio do Louvre, há um grupo de soldados bloqueando a entrada. O objetivo era impedir que os protestantes alojados no palácio fugissem. Um pouco à frente, a rainha-mãe Catarina de Médici, vestida de preto, como era seu hábito, observa um monte de corpos nus já sem vida. Desde um pavimento superior do palácio, na janela superior esquerda, o rei Carlos IX dispara com um arcabuz sobre os protestantes que tentam fugir para o outro lado do rio Sena.
Repare que no primeiríssimo plano, perto de uma criança morta, o artista deixou registrado, provavelmente com o objetivo de que ninguém jamais esquecesse, o ano da tragédia. Escreveu, com vermelho imitando sangue, lan 1572 (o ano de 1572).
O casamento de Margot e Henrique foi acertado pelas mães, viúvas, de ambos, Catarina de Médici e Jeanne dAlbret. O objectivo era não só consolidar a paz entre católicos e protestantes, mas também estabelecer uma aliança entre os Valois e os Bourbon. Embora Margot (Valois) e Henrique (Bourbon) fossem primos, cada um representava ramos diferentes da dinastia Capeta. Os Valois detinham a Coroa da França há dois séculos. Os Bourbon eram uma linhagem descendente de Luís IX (1214 - 1270) mas que nunca havia chegado ao trono.
A união entre os Valois e os Bourbon era, na verdade, uma tentativa de Catarina de evitar que uma terceira família, os Guise, poderoso clã da região da Lorena, obtivesse demasiado poder no reino. Desde a morte de Henrique II, em 1559, os Valois haviam ficado em uma situação difícil. Os filhos do rei eram fracos. O mais velho, Francisco, tinha 16 anos quando o pai morreu e sobreviveu poucos meses. O segundo, Carlos, assumiu o trono com apenas 10 anos e morreu aos 24, sem deixar descendentes legítimos. Ambos morreram de tuberculose. Na prática, quem governava era a rainha-mãe, Catarina de Médici.
A fragilidade da casa real atiçou a competição entre os Bourbon e os Guise, para saber quem iria suceder os Valois e, enquanto estes permanecessem no poder, para ver quem exerceria maior influência sobre o trono. Essa disputa adquiriu uma conotação religiosa quando os Bourbon aderiram ao protestantismo. A nobreza dividiu-se ao meio: uma parte se fez huguenote, com os Bourbon, e a outra ficou católica, sob a condução dos Guise. O partido protestante estava mais próximo do poder, por linhagem, mas os Guise eram mais populares, porque a grande maioria da população havia permanecido católica.
Catarina de Médici percebeu que a única forma de esticar o poder dos Valois seria manter e incrementar a divisão da nobreza, e rezar para que algum de seus outros filhos tivesse descedentes. A tática da rainha era aliar-se ora a um, ora a outro dos partidos em luta. Quando um ia ficando muito forte, ela pendia para o segundo, e assim sucessivamente, de maneira que nenhum deles tivesse força suficiente para derrubá-la.
Logo após o casamento de Henrique e Margot, da qual se dizia ter sido até então amante do duque de Guise, Catarina sentiu que a influência protestante estava crescendo demais. Decidiu então eliminar, de surpresa, o almirante Coligny, que estava pressionando o rei a invandir Flandres (região que hoje compõe a Bélgica e uma pequena parte da França e da Holanda). Usou o duque de Guise para assassinar o almirante. Depois, Catarina perdeu o controle da situação, e seu golpe acabou desencadeando uma onda incontrolável de fúria popular contra os protestantes que durou cerca de quinze dias.
A estratégia de Catarina foi boa para os Valois, mas péssima para o país. Com a tática de dividir para governar, ela conseguiu reter a Coroa na família por trinta anos. O preço, porém, foi a guerra civil que levou a França à beira da ruína.
A divisão do catolicismo modificou a cara da Europa no século XVI. A primeira cisão surgiu em 1517, com as teses de Martinho Lutero, em área que hoje pertence à Alemanha. Depois, Henrique VIII rompeu com Roma, em 1534, e formou a Igreja Anglicana na Inglaterra. Em 1541, Calvino, líder de outro segmento do protestantismo constituía um governo teocrático em Genebra, Suíça.
O principal bastião da reação católica para conter a reforma protestante passou a ser a Espanha, maior potência mundial da época. Felipe II, rei da Espanha, era da casa dos Habsburgos, que reivindicavam também o predomínio sobre outras regiões, como as que hoje formam Holanda e Bélgica. Para os Habsburgos, a defesa do catolicismo era bandeira útil na luta contra os movimentos de independência.
Às vésperas do fatídico São Bartolomeu de 1572, o almirante Coligny vinha insistindo para que a França invadisse Flandres. Ao norte de Flandres, onde hoje é a Holanda, um surto independentista contestava a dominação espanhola. A proposta de Coligny significava declarar guerra à Espanha. Catarina de Médici entendia que o conflito seria desastroso para a França, por dois motivos. Primeiro, porque provocaria reações dos católicos franceses, que eram maioria e facilmente mobilizáveis pelos Guise. Depois, porque dificilmente contaria com apoio da Inglaterra, a outra grande potência internacional. Em consequência, Catarina mandou matar Coligny.
Para Elizabeth I, da Inglaterra, interessava muito derrotar a Espanha, como de facto viria a fazer em 1588. Porém, desejava fazê-lo sem permitir um reerguimento da França, sua rival mais antiga e perigosa desde a Idade Média até os tempos modernos.
Aquele que foi o pivô da Noite de São Bartolomeu, o almirante Gaspard de Coligny, teve também um papel na história do Brasil. Foi ele quem deu o aval, estimulou e financiou a expedição do contra-almirante Nicolas Durand de Villegaignon à Baía da Guanabara em 1555 para fundar a França Antártica do Brasil. O objectivo da invasão era estabelecer uma colónia francesa na América do Sul, que pudesse acolher protestantes perseguidos na Europa.
De facto, um ano depois de Villegaignon chegar, Calvino em pessoa mandou para o Brasil cerca de 600 membros de sua Igreja, entre eles alguns pastores. Um desses pastores era um ex-sapateiro chamado Jean de Léry, que publicaria 18 anos mais tarde, um relato clássico sobre a aventura, intitulado Viagem à terra do Brasil e dedicado ao filho de Coligny. Curiosamente, a obra de Léry seria a inspiradora do trabalho de um outro francês sobre o Brasil, o de Claude Lévy-Strauss, o mais importante etnólogo do século XX, autor de Tristes Trópicos.
Villegaignon fundou a França Antártica em uma ilha que hoje leva seu nome e hoje fica bem ao lado do aeroporto Santos Dumont, na cidade do Rio de Janeiro. Na época, a distância do continente era maior, pois ali foi feito um aterro. No povoado, foi construído um forte denominado Coligny, em homenagem ao almirante que ajudou a expedição. O Rio de Janeiro foi fundado pelos portugueses para combater os franceses.
A invasão francesa durou apenas 12 anos. Em 1567 os últimos habitantes da França Antártica foram definitivamente expulsos do Brasil pelos portugueses. De volta à França, Léry escapou por pouco de morrer na Noite de São Bartolomeu, 20 fiéis de sua Igreja morreram a seu lado.
O Príncipe de Nicolau Maquiavel foi dedicado ao pai de Catarina, Lorenzo de Médici. A fama de que Maquiavel seria um diabólico conselheiro de tiranos formou-se a partir da identificação entre as ações de Catarina como a traição da Noite de São Bartolomeu e os pensamentos do teórico florentino. Certa ou errada, a imagem que se tem de Maquiavel não foi a única consequência intelectual das guerras de religião na França.
O filósofo Michel de Montaigne (1533-1592), hoje em dia cada vez mais apreciado, fez, como resultado de uma reflexão sobre sua época, afirmações importantes sobre a tolerância e a liberdade consciência nos seus famosos Ensaios.
Ettiene de La Boétie (1530-1563), amigo de Montaigne, lhe entregou um manuscrito que depois iria também se tornar famoso: o Discurso da servidão voluntária. Com base no pensamento antiautoritário de La Boétie, os huguenotes desenvolveram ideias que justificavam o direito à revolução.
Para que a luta entre as fracções não degenerasse sempre em guerra civil, Jean Bodin (1530-1596) desenvolveu no Seis livros da República, a ideia de soberania. Apenas um Estado soberano, onde as leis fossem acatadas por todos, poderia assegurar a convivência pacífica entre os partidos.
24 de Agosto de 1511 Afonso de Albuquerque, conquistou Malaca
O Vice-rei D. Afonso de Albuquerque ao conquistar esta cidade, dava um passo gigantesco, para o domínio de Portugal no intenso comércio que já se praticava nos mares daquela região do mundo, no começo do século XVI e que era dominado pelos árabes.
Malaca era, efectivamente, no início do século XVI, uma cidade que controlava todo o tráfego marítimo que se fazia entre a Índia e o extremo Oriente, obrigatoriamente através do estreito de Malaca. Cidade cosmopolita, onde chegavam os produtos comerciais de todo o Oriente, controlada pelos grandes negociantes árabes, tinha de colidir com os interesses dos portugueses em fase de expansão naquela parte do mundo.
O 2.º Vice-Rei da Índia, D. Afonso de Albuquerque, dois anos antes, havia ordenado a Diogo Lopes se Sequeira, a ida a Malaca, para estabelecer com o governante local um tratado de paz, em nome do Rei de Portugal, D. Manuel I. Se, logo de início, foi bem recebido, as dificuldades e traições não se fizeram esperar. Os malaios, tentando iludir os portugueses, com o argumento de que estavam para chegar as mercadorias que os navegadores lusos buscavam, quiseram depois, como conta João de Barros nasDécadas, eliminar Diogo Lopes Sequeira e os seus homens para mais facilmente roubarem os seus navios com a mercadoria que transportavam e evitar o domínio português que suspeitavam. Mas os portugueses eram experientes e estavam alertados para estas situações, já habituais, de traição fomentada pelos nossos inimigos árabes, que logo haviam praticado na inaugural viagem de Vasco da Gama, no fim do século XV. Tal como dessa vez, também agora as reais intenções dos nossos inimigos foram descobertas e, assim, abortadas. Não deixa de ser curioso que um dos executantes do acto traiçoeiro de eliminar o próprio Digo Lopes, tenha sido o filho do Sultão de Malaca, que, de punhal em riste, se preparava para o matar na sua própria embarcação, a que acedeu com boas maneiras e mostrando boas intenções. Digo Lopes Sequeira entretinha-se, então, com uma partida de xadrez a bordo da sua nau. Para ganhar tempo (aguardando o sinal de terra, pré-combinado com os seus homens), o inimigo dizendo-se conhecedor deste jogo, que também entre eles se praticava, quis saber as regras do xadrez entre os portugueses.
O vigilante da nau de Diogo Lopes ter-se-á apercebido a tempo de que os portugueses em terra começavam a ser chacinados e este, de imediato, deu ordem para zarpar a toda a velocidade, abrindo caminho a tiros de bombarda por entre as barcaças malaias que cercavam a sua frota. O filho do Sultão de Malaca e os que o acompanhavam, descobertos, acabaram por conseguir escapar a tempo. Diogo Lopes e alguns dos seus homens conseguiram salvar-se, mesmo alguns que estavam em terra, como foi o caso de Fernão de Magalhães que também participou nesta azarada viagem. A frota portuguesa rapidamente se fez ao mar alto, ficando alguns portugueses mortos e cerca de vinte prisioneiros, entre eles, Rui de Araújo, que dois anos depois viria a ser o primeiro feitor de Malaca.
De facto, a “vingança” seria executada em 1911, pelo próprio Afonso de Albuquerque. Em Abril de 1511, parte de Goa o
Vice-Rei português, D. Afonso de Albuquerque, com destino a Malaca, comandando uma força estimada em cerca de 1200 homens distribuídos por quase duas dezenas de navios, preparados para a conquista de Malaca e com o objectivo de libertar os portugueses que Diogo Lopes de Sequeira aí deixara prisioneiros em 1509.
A batalha revelar-se-ia bastante dura e ter-se-á prolongado ao longo de todo o mês de Julho e parte do de Agosto, tendo a ocupação de Malaca, completamente submetida ao domínio português, começado no dia 24 de Agosto de 1511, faz hoje precisamente 500 anos. Aí permaneceria Afonso de Albuquerque até Novembro, mandando construir, de imediato, uma fortaleza e preparando as melhores defesas para um eventual contra-ataque malaio.
Com objectivos de ordem religiosa (forçando a conversão ao cristianismo), política e económica, parte da população muçulmana seria massacrada, e iniciaram-se, desde logo, esforços diplomáticos tendo em vista demonstrar ampla generosidade com os mercadores do Sudeste Asiático, nomeadamente com os chineses, na esperança de que estabelecessem boas relações com os portugueses. Conhecendo as ambições de Sião sobre Malaca, Afonso de Albuquerque enviou Duarte Fernandes em missão diplomática ao Reino do Sião (actual Tailândia), onde seria o primeiro europeu a chegar viajando num junco chinês que retornava à China, estabelecendo, assim, relações amigáveis entre os reinos de Portugal e do Sião.
No contexto das Guerras da Restauração, os Holandeses apoderaram-se de Malaca, em 1641 e aí se mantiveram até 1795. A partir de 1824 ficou sob domínio britânico, até 1946.
A batalha revelar-se-ia bastante dura e ter-se-á prolongado ao longo de todo o mês de Julho e parte do de Agosto, tendo a ocupação de Malaca, completamente submetida ao domínio português, começado no dia 24 de Agosto de 1511, faz hoje precisamente 500 anos. Aí permaneceria Afonso de Albuquerque até Novembro, mandando construir, de imediato, uma fortaleza e preparando as melhores defesas para um eventual contra-ataque malaio.
Com objectivos de ordem religiosa (forçando a conversão ao cristianismo), política e económica, parte da população muçulmana seria massacrada, e iniciaram-se, desde logo, esforços diplomáticos tendo em vista demonstrar ampla generosidade com os mercadores do Sudeste Asiático, nomeadamente com os chineses, na esperança de que estabelecessem boas relações com os portugueses. Conhecendo as ambições de Sião sobre Malaca, Afonso de Albuquerque enviou Duarte Fernandes em missão diplomática ao Reino do Sião (actual Tailândia), onde seria o primeiro europeu a chegar viajando num junco chinês que retornava à China, estabelecendo, assim, relações amigáveis entre os reinos de Portugal e do Sião.
No contexto das Guerras da Restauração, os Holandeses apoderaram-se de Malaca, em 1641 e aí se mantiveram até 1795. A partir de 1824 ficou sob domínio britânico, até 1946.
24 de Agosto de 79 dC o último dia da cidade romana de Pompéia
Herculaneum foi uma antiga cidade fundada por colonizadores gregos no ano 600 d.C., sendo assim nomeada em homenagem ao herói da mitologia grega, Hércules.
No começo do ano 100 a.C., todos os habitantes de Herculaneum passaram a ser cidadãos Romanos.
Localizada a oito quilômetros ao sul da Baía de Nápoles, na Itália, Herculaneum, assim como sua vizinha Pompéia, tornou-se uma colónia de férias para os ricos e poderosos Romanos, que ali construíram casas de banho, teatros e lojas.
A cidade ganhou então uma malha de ruas pavimentadas com calçadas, um fórum, que ficava bem no centro dela, uma basílica e muitas mansões para abrigar e divertir os Romanos endinheirados.
As edificações mais importantes, como a Casa de Neptuno e Amphitrite, eram adornadas com estátuas de mármore e bronze, pisos e paredes com mosaicos e pinturas.
A grande maioria das residências encontradas neste sítio arqueológico data do século III a.C., tendo pertencido a apenas uma família.
A prosperidade deste paraíso romano foi abalada no ano 63 d.C., quando um forte terremoto abateu a cidade, destruindo-a quase que por completo.
Mas o pior viria tempos mais tarde, mais precisamente em 24 de agosto de 79 d.C., ano em que o Vulcão do Monte Vesúvio entrou em erupção e cobriu Herculaneum e Pompeia com lava e lama fervente.
Cerca de quatro mil habitantes conseguiram escapar do desastre, mas a cidade ficou coberta por uma espessa camada de quinze metros de lama.
Todos os prédios foram completamente carbonizados, o que permitiu a preservação de utensílios domésticos como vasos de cerâmica, cordas, roupas, móveis e até documentos que não deterioraram com o passar dos anos.
Herculaneum foi encontrada por arqueólogos em 1709 e desde 1738 acontecem escavações em diferentes pontos deste sítio, que hoje se mistura com uma cidade chamada Resina, fato que vem atrapalhando e atrasando muito o trabalho das expedições que investigam o local.
Muitos objectos e obras de arte encontrados em Herculaneum estão expostos no Museu Nacional de Nápoles.
Pompeia
A cidade de Pompeia, situada ao sul da Itália, à vinte e dois quilómetros de Nápoles, foi, no passado, uma das maiores cidades romanas, em beleza e riqueza.
Foi fundada setecentos anos antes de cristo, sua cultura era muito influenciada pelos etruscos e os gregos, mas foi no apogeu do império romano que Pompeia viveu seus dias de glória, factos que antecederam sua tragédia.
Foi a partir dos vinte anos depois de cristo que a cidade começou a expandir sua beleza, prestígio e riqueza, interrompendo, pela primeira vez durante um terremoto em 62 d,c., destruindo uma parte da cidade. Talvez esse fato tenha influenciado na decisão de pessoas que poderiam ter fugido a tempo do que estava para acontecer, uma das maiores tragédias que o mundo antigo conheceu.
Em 24 de agosto do ano 79 d.c., a cidade foi destruída pelo vulcão Vesúvio que entrou em erupção e lançou suas lavas em direção a cidade, além das lavas, o vulcão também foi responsável por uma chuva de cinzas e pedras que destruiram todos os telhados das casas, obstruindo as portas de algumas pessoas que acabaram ficando presas dentro de suas casas enquanto as lavas encobriam toda a cidade.
Muitos séculos depois, um homem descobriu um dos muros da cidade e, durante os anos seguintes, os arqueólogos se encarregaram de fazer escavações e pesquisas, revelando os costumes e toda a vida da época, isso porque as lavas que cobriram os objectos, conservaram-se durante todos esses séculos.
No caso dos corpos, o fenômeno foi mais assustador, depois de cobrir os corpos, o calor da lava destruiu todos os ossos, derretendo a carne, solidificando rapidamente em seguida, deixando a forma de seus corpos na maneira exacta como estavam, no momento da tragédia.
Para os estudiosos e a todas as pessoas que conhecem as ruínas e vêem os corpos, esse é o registro mais assustador da história que se teve conhecimento até hoje. È difícil para uma pessoa, não se emocionar com os corpos petrificados.
A chuva de pedras incandescentes, cinzas, lava e poeira destruiram toda a cidade matando cerca de 30 mil pessoas, constituindo-se na maior tragédia natural registrada no mundo antigo. As cidades de Herculano e Stábia não tiveram melhor sorte.
Após a tragédia, ainda houve, por parte do governo romano, esforços no sentido de realizar escavações, mas com a tecnologia da época, acabaram desistindo, assim, a cidade acabou ficando esquecida durante séculos, sendo conhecida apenas por registros escritos.
Quis o destino que séculos depois, no século dezoito, acidentalmente, toda a história fosse descoberta e contada para as gerações posteriores.
O último dia da cidade romana de Pompéia, atingida e destruída brutalmente pela erupção do vulcão Vesúvio em 24 de agosto de 79 dC Música: Sebastian Bach - (Air from orchestral Suite nº 3) de Henryk Szekyng
No começo do ano 100 a.C., todos os habitantes de Herculaneum passaram a ser cidadãos Romanos.
Localizada a oito quilômetros ao sul da Baía de Nápoles, na Itália, Herculaneum, assim como sua vizinha Pompéia, tornou-se uma colónia de férias para os ricos e poderosos Romanos, que ali construíram casas de banho, teatros e lojas.
A cidade ganhou então uma malha de ruas pavimentadas com calçadas, um fórum, que ficava bem no centro dela, uma basílica e muitas mansões para abrigar e divertir os Romanos endinheirados.
As edificações mais importantes, como a Casa de Neptuno e Amphitrite, eram adornadas com estátuas de mármore e bronze, pisos e paredes com mosaicos e pinturas.
A grande maioria das residências encontradas neste sítio arqueológico data do século III a.C., tendo pertencido a apenas uma família.
A prosperidade deste paraíso romano foi abalada no ano 63 d.C., quando um forte terremoto abateu a cidade, destruindo-a quase que por completo.
Mas o pior viria tempos mais tarde, mais precisamente em 24 de agosto de 79 d.C., ano em que o Vulcão do Monte Vesúvio entrou em erupção e cobriu Herculaneum e Pompeia com lava e lama fervente.
Cerca de quatro mil habitantes conseguiram escapar do desastre, mas a cidade ficou coberta por uma espessa camada de quinze metros de lama.
Todos os prédios foram completamente carbonizados, o que permitiu a preservação de utensílios domésticos como vasos de cerâmica, cordas, roupas, móveis e até documentos que não deterioraram com o passar dos anos.
Herculaneum foi encontrada por arqueólogos em 1709 e desde 1738 acontecem escavações em diferentes pontos deste sítio, que hoje se mistura com uma cidade chamada Resina, fato que vem atrapalhando e atrasando muito o trabalho das expedições que investigam o local.
Muitos objectos e obras de arte encontrados em Herculaneum estão expostos no Museu Nacional de Nápoles.
A cidade de Pompeia, situada ao sul da Itália, à vinte e dois quilómetros de Nápoles, foi, no passado, uma das maiores cidades romanas, em beleza e riqueza.
Foi fundada setecentos anos antes de cristo, sua cultura era muito influenciada pelos etruscos e os gregos, mas foi no apogeu do império romano que Pompeia viveu seus dias de glória, factos que antecederam sua tragédia.
Foi a partir dos vinte anos depois de cristo que a cidade começou a expandir sua beleza, prestígio e riqueza, interrompendo, pela primeira vez durante um terremoto em 62 d,c., destruindo uma parte da cidade. Talvez esse fato tenha influenciado na decisão de pessoas que poderiam ter fugido a tempo do que estava para acontecer, uma das maiores tragédias que o mundo antigo conheceu.
Em 24 de agosto do ano 79 d.c., a cidade foi destruída pelo vulcão Vesúvio que entrou em erupção e lançou suas lavas em direção a cidade, além das lavas, o vulcão também foi responsável por uma chuva de cinzas e pedras que destruiram todos os telhados das casas, obstruindo as portas de algumas pessoas que acabaram ficando presas dentro de suas casas enquanto as lavas encobriam toda a cidade.
Muitos séculos depois, um homem descobriu um dos muros da cidade e, durante os anos seguintes, os arqueólogos se encarregaram de fazer escavações e pesquisas, revelando os costumes e toda a vida da época, isso porque as lavas que cobriram os objectos, conservaram-se durante todos esses séculos.
No caso dos corpos, o fenômeno foi mais assustador, depois de cobrir os corpos, o calor da lava destruiu todos os ossos, derretendo a carne, solidificando rapidamente em seguida, deixando a forma de seus corpos na maneira exacta como estavam, no momento da tragédia.
Para os estudiosos e a todas as pessoas que conhecem as ruínas e vêem os corpos, esse é o registro mais assustador da história que se teve conhecimento até hoje. È difícil para uma pessoa, não se emocionar com os corpos petrificados.
A chuva de pedras incandescentes, cinzas, lava e poeira destruiram toda a cidade matando cerca de 30 mil pessoas, constituindo-se na maior tragédia natural registrada no mundo antigo. As cidades de Herculano e Stábia não tiveram melhor sorte.
Após a tragédia, ainda houve, por parte do governo romano, esforços no sentido de realizar escavações, mas com a tecnologia da época, acabaram desistindo, assim, a cidade acabou ficando esquecida durante séculos, sendo conhecida apenas por registros escritos.
Quis o destino que séculos depois, no século dezoito, acidentalmente, toda a história fosse descoberta e contada para as gerações posteriores.
24 DE AGOSTO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Descoberta sobre os vícios!
Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios.
Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade. Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C!
De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê.
Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c. Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê.
Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também - adivinha - começa com a letra c.
Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum.
Impressionante, hein?
E o computador e o chocolate? Estes dispensam comentários. Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana.
Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada "créeeeeeu". Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade. cinco.
Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o "ato sexual", e este é denominado coito.
Pois é. Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura.
"C" - Luíz Fernando Veríssimo
França corta impostos sobre combustíveis
França corta impostos sobre combustíveis
Governo francês vai reduzir os impostos sobre os combustíveis para travar subida do preço final.
O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, anunciou hoje uma redução dos impostos sobre os combustíveis para limitar a subida de preços devido à escalada do barril do petróleo, mas esclareceu que a descida será "modesta e provisória".
Esta "diminuição" dos impostos permitirá ao executivo pedir às companhias petrolíferas e de distribuição "a sua parte no esforço" para controlar os preços nas gasolineiras, destacou Ayrault numa entrevista conjunta à rádio RMC e à televisão BFM TV, citada pela EFE.
Tudo isto, acrescentou, "enquanto se aguarda um mecanismo que regule os preços, um mecanismo de vigilância da formação dos preços" que garanta "transparência total".
Ao que se diz, a França também não está económica e financeiramente bem. Mas, ao invés de outros países, como Portugal, prefere aliviar a despesa do povo. É pouco mas é um sinal de boa vontade.
Tal como estes nossos governos da treta.
Publicada por Observador
E esta, hem?!
A esposa carinhosa!
Mulher:
-Meu marido sumiu!!!
Policial:
-Qual é a altura dele?
Mulher:
-Eu nunca perguntei qual era a altura dele!
Policial:
-Ele é magro, é saudável?
Mulher:
-Não é muito magro... acho que é saudável...
-Policial:
-Qual a cor dos olhos dele?
Mulher:
-Marrom claro ou meio verde... Eu nunca prestei muita atenção.
-Policial:
-E a cor dos cabelos?
Mulher:
-A cor dos cabelos dele muda de acordo com o sol que ele pega.
Policial:
-O que ele estava usando?
Mulher:
-Terno, ou talvez uma coisa mais casual, eu não vi quando ele saiu.
Policial:
-Havia alguém com ele?
Mulher:
-Sim, meu cachorro, um Labrador chamado Calvin, amarrado numa coleira dourada, altura 80 cm , saudável, lindos olhos caramelos, pelo marrom quase preto, a unha do seu dedão esquerdo estava um pouquinho lascada, ele nunca late, estava usando também uma linda roupinha dourada com listras azuis, ele não gosta de comida vegetariana, a gente come junto, a gente corre junto, muitas vezes ficamos só ali, lado a lado, fazendo companhia um para o outro. E a mulher começou a chorar.
Policial:
-OK! Vamos começar por procurar o cachorro!
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Portugal no Tempo das Descobertas - Até ao Cabo da Boa Esperança
A partir da conquista de Ceuta (1415), e da descoberta do Arquipélago da Madeira (1418/19), inicia-se a Expansão Portuguesa, que nos leva a conhecer novas terras e ao contacto com outros povos e culturas.
Com as descobertas atlânticas, os navegadores vão ultrapassando o medo do desconhecido. A passagem do Cabo da Boa Esperança mostra que mar e terra continuam e que não há abismos nem monstros a afundar embarcações. Ao passarem o Cabo da Boa Esperança os Portugueses provam que é possível a comunicação entre o Atlântico e o Índico, o que vai permitir a chegada de Vasco da Gama à Índia, por mar.
22 de Agosto 1864 - Criação da Cruz Vermelha Internacional.
A organização foi fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant, em 1863, sob o nome de Comitê Internacional para ajuda aos militares feridos, designação alterada, a partir de 1876, para Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
A assistência aos prisioneiros de guerra teve grande avanço a partir de 1864 quando foi realizada a Convenção de Genebra, para a melhoria das condições de amparo aos feridos, e em 1899 quando foi realizada a Convenção de Haia, que disciplinava as "normas" de guerra terrestre e marítima.
Em uma concepção moderna, a Cruz Vermelha não tem se limitado apenas à proteção de prisioneiros militares, mas também a detidos civis em situações de guerra ou em nações que ainda violem sistematicamente os Estatutos dos Direitos Humanos. Preocupa-se ainda com a melhoria das condições de detenção, a garantia do suprimento e distribuição de alimentos para as vítimas civis de conflitos, a prover assistência médica e a melhorar as condições de saneamento especialmente em acampamentos de refugiados ou detidos.
Também tem atuado em assistência a vítimas de desastres naturais, como enchentes, terremotos, furacões, especialmente em nações com carência de recursos próprios para assistência às vítimas.
A Cruz Vermelha também atua com o princípio da neutralidade, não se envolvendo nas questões militares ou políticas como forma de ser digna da confiança de ambos os lados do conflito, podendo assim exercer suas atividades humanitárias livremente.
22 DE AGOSTO - AS HISTÓRIAS DESTE DIA
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Alexandre O'Neill morreu a 21 de Agosto de 1986
Em 1948, Alexandre O'Neill, juntamente com Mário Cesariny, António Pedro, Vespeiro e José Augusto França, lançam se na aventura do surrealismo. Este movimento, fruto da sua época, surgia como provocação ao regime político vigente, e à poesia neo realista.
Em 1950 O'Neill decide se pelo abandono polémico do Movimento Surrealista, expressando desta forma o seu desagrado pelo rumo simulado e decadente em que o surrealismo mergulhara. O poeta nunca foi muito de regimentos, e o surrealismo tinha algo de disciplina ideológica. Contudo, a sua poesia conservou traços surrealistas.
Colabora ainda com " Os Dissidentes " numa exposição.
O'Neill, à semelhança de muitos artistas portugueses não pôde viver da sua arte. Afirmava "viver de versos e sobreviver da publicidade".
A publicidade foi a maneira menos trabalhosa de ganhar o sustento que Alexandre O'Neill encontrou. Esta é uma área que requer destreza e à vontade com as palavras, e nesse campo o Poeta sentia se como peixe na água. Porém, Alexandre não criou nenhum vínculo afectivo com esta profissão. Criou algumas frases publcitárias que ficaram na memória, como "Boch é Bom" e esse outro slogan, que é já provérbio, "Há mar e mar, há ir e voltar". A publicidade deu lhe o conforto económico de que necessitava, mas sempre que se enfastiava mudava de patrão e agência publicitária!
Vasto foi o seu currículo, onde constam diversas colaborações para jornais, revistas e televisão.
Fez da pátria o seu tema mais constante, e do verso crítico o pincel com que pintou paisagens, gestos e costumes quotidianos.
Transbordante de sonhos, sedento de realidades submersas, foi em vida, e é em morte, incompreendido e votado ao esquecimento. Esse terá sido o preço que pagou por se ter recusado diluir numa qualquer poesia do populismo fácil.
Faleceu em 1986.
Biografia:
"A Ampola Miraculosa", Cadernos Surrealistas, 1948
"Tempo de Fantasmas", Cadernos de Poesia, Lisboa, 1951
"No Reino da Dinamarca", Guimarães, Lisboa, 1958
"Abandono Vigiado", Guimarães, Lisboa,1960
"Poemas com Endereço", Morais, Lisboa, 1962
"Feira Cabisbaixa", Ulisseia, Lisboa, 1965
"Portogallo mio rimorso", Einaudi, Torino, 1966
"De Ombro na Ombreira", Dom Quixote, Lisboa, 1969
"As Andorinhas não têm Restaurante", Dom Quixote, Lisboa, 1970
"Jovens, Nova Fronteira", Futura, Lisboa, 1971
"Entre a Cortina e a Vidraça", Estúdios Cor, Lisboa, 1972
"A Saca de Orelhas", Sá da Costa, Lisboa, 1979
"As Horas já de Números Vestidas", 1981
"Dezanove Poemas", 1983
"Uma Coisa em Forma de Assim", Presença, Lisboa, 1985
Gaivota
Amália Rodrigues
Composição: Alexandre O'Neill / Alain Oulman
Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.
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