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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

No dia 1 de Outubro de 1949, foi criada a República Popular da China, com sua capital e Beijing

No dia 15 de Agosto de 1945, a rendição incondicional das forças japonesas, na Segunda Guerra Mundial, anunciada por uma declaração do imperador Hirohito, terminou com sua ocupação de parte do território chinês, que já durara mais de 10 anos e infringira graves sofrimentos aos cidadãos da República da China, com milhões de mortes. 

A derrota japonesa encontrou na China um país devastado, não apenas pela ocupação brutal pelo Japão, mas pelas conseqüências não menos dramáticas de mais de 100 anos de colonialismo ocidental praticado notadamente pelo Reino Unido, pela França, pela Alemanha e pelos EUA (Estados Unidos da América). 

O jugo ocidental sobre a China foi acrescido daquele do Japão e documentado através dos infames tratados desiguais que forçaram ao povo chinês a aceitação da importação do ópio, a extraterritorialidade jurídica dos interesses estrangeiros, a par de diversas concessões comerciais e industriais que arruinaram aquele país. 

Contudo, o final do conflito bélico mundial não terminou imediatamente com as dificuldades do povo chinês, já que as duas principais forças políticas da China lançaram-se quase que imediatamente numa terrível guerra civil. De um lado, apresentava-se o Kuomitang, partido apoiado pelos EUA em troca de maiores concessões econômicas e, de outro, posicionou-se o Partido Comunista Chinês. 

Em setembro de 1949, as forças do Kuomitang foram plena e decisivamente derrotadas, tendo suas principais lideranças se refugiado na ilha de Taiwan. Na ocasião, as lideranças do Partido Comunista Chinês já haviam formulado planos a respeito da formação de um novo estado que atendesse às aspirações das forças vencedoras e do povo do país. De fato, em junho do mesmo ano, Mao Zedong havia publicado um importante artigo intitulado “Sobre a Ditadura Democrática do Povo”. 

Naquele trabalho, Mao Zedong abordou pela primeira vez a questão das perspectivas de longo prazo da ditadura democrática do povo, da sua ordem econômica e do objetivo de longo prazo da extinção do Estado. A ideologia seria o marxismo-leninismo. O Partido Comunista seria a liderança dos trabalhadores, a classe social a ser privilegiada. 

A economia da nova China consistiria, segundo a visão de Mao Zedong, principalmente de agentes estatais, de sociedades cooperativas, de agentes econômicos capitalistas, da economia capitalista de Estado e de expressões diversas da economia tradicional, inclusive a de trocas. 

Em 21 de setembro de 1949 foi realizada a primeira sessão plenária da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês, em Beijing. Na ocasião, Mao Zedong, presidente do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, declarou que “... os nossos trabalhos entrarão na história da humanidade, a demonstrar que o povo chinês, representando um quarto da população global, prevaleceu e que, doravante, nossa nação pertencerá ao contingente de nações que amam a paz e a liberdade e trabalhará industriosa e corajosamente para a promoção de sua civilização e bem-estar, da mesma forma que a paz e liberdade mundial”. 

Ainda durante os trabalhos da Conferência, no dia 1 de outubro de 1949, foi criada a República Popular da China, com sua capital e Beijing, tendo como hino nacional a Marcha dos Voluntários e como bandeira um campo vermelho com cinco estrelas amarelas simbolizando as diversas etnias nacionais e a liderança do Partido Comunista Chinês. 

Foi, na ocasião, aprovado um Programa Comum, com força constitucional provisória, que estabeleceu inclusive diretrizes para a reconstrução econômica. De acordo com o Programa Comum, o objetivo do Estado seria o de desenvolver a produção e promover a prosperidade econômica ao respeitar tantos os interesses públicos como privado, beneficiando tanto o trabalho quanto ao capital, conciliar a cidade e o campo e apoiar o comércio internacional da China. 

A fundação da República Popular da China em 1949 restaurou a dignidade do povo chinês ao acabar decisivamente com mais de 100 anos de agressão imperialista, ocidental e oriental, e com resquícios de uma sociedade feudal. A China entrava numa nova era. 

Desde então, o país passou por dificuldades e cometeu erros, dentre os quais a chamada Revolução Cultural (1966 a 1976), que grandes sofrimentos trouxe ao povo chinês. Contudo, a chamada primavera política, econômica e comercial introduzida por Deng Xiao Ping a partir de 1979 mudou a face do país. 

A acessão da China à OMC (Organização Mundial do Comércio), que ocorreu em 11 de dezembro de 2001, inseriu definitivamente o país na ordem econômica multilateral. A partir de então, a China tornou-se um dos principais vetores do comércio internacional e da prosperidade coletiva. Politicamente, a China juntou-se aos países em desenvolvimento para promover a paz e a prosperidade mundial. 

Tratado de Santo Ildefonso é o acordo assinado em 1 de outubro de 1777 na cidade de San Ildefonso, na província espanhola de Segóvia, com o objetivo de encerrar a disputa entre Portugal e Espanha pela posse da colônia sul-americana do Sacramento

Tratado de Santo Ildefonso é o acordo assinado em 1 de outubro de 1777 na cidade de San Ildefonso, na província espanhola de Segóvia, com o objetivo de encerrar a disputa entre Portugal e Espanha pela posse da colônia sul-americana do Sacramento, situação que se prolongava desde a Paz de Utrecht e a guerra de 1735-1737. O tratado foi intermediado pela Inglaterra e a França, que tinham interesses políticos internacionais na pacificação dos dois países ibéricos. Com a assinatura do tratado, a rainha de Portugal, D. Maria I, e o rei da Espanha, Carlos III, praticamente revalidaram o Tratado de Madrid e concederam fundamento jurídico a uma situação de fato: os espanhóis mantiveram a colônia e a região dos Sete Povos das Missões, que depois passou a compor grande parte do estado do Rio Grande do Sul e do Uruguai; em troca, reconheceram a soberania dos portugueses sobre a margem esquerda do rio da Prata, cederam pequenas faixas fronteiriças para compensar as vantagens obtidas no sul e devolveram a ilha de Santa Catarina, ocupada poucos meses antes.
A assinatura do tratado constituiu, na América, um recuo em relação à doutrina defendida por Alexandre de Gusmão, consagrada no Tratado de Madri, de 1750, que concedia maiores vantagens a Portugal. Gusmão conseguira, com o apoio da rainha da Espanha, princesa portuguesa, promover uma solução negociada para o conflito entre os dois países na América depois da morte do cardeal da Mota, principal ministro de D. João V. Em 1761, com a assinatura do Tratado de El Pardo, anulou-se o Tratado de Madri. A exemplo do que ocorrera após a assinatura do Tratado de Madri, não tiveram êxito os trabalhos de demarcação e, poucos anos mais tarde, os gaúchos Manuel dos Santos Pedroso e José Borges do Canto tomaram a região dos Sete Povos das Missões. Em 1801, o Tratado de Badajoz corrigiu o de Santo Ildefonso, restituiu a Portugal as Missões e outros territórios do Rio Grande, e restabeleceu a divisão definida 50 anos antes, no Tratado de Madrid.

A 1 de Outubro de 1774, Marquês de Pombal publica o decreto que extingue a Inquisição portuguesa.

Em Portugal, o cenário mudara e a Inquisição acabava de entrar nos seus últimos estertores, golpeada de morte pelo clarividente e poderoso ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido como o Marquês de Pombal.
Já em 5 de outubro de 1768, como medida precursora, havia esse estadista excepcional desarmado os denominados "puritanos", isto é, os nobres que timbravam em não se alinhar a sangue suspeito de cristão-novo: determinou o Marquês um prazo de 4 meses àqueles que tivessem filhos em idade casadoura, para que procedessem a enlaces com famílias até então excluídas.

Poucos anos depois, em 25 de maio de 1773, conseguiu ele junto ao rei, D. José I, a promulgação de uma lei que extinguiu as diferenças entre cristãos-velhos e cristãos-novos, revogando todos os decretos e disposições até então vigorantes com respeito à discriminação contra os cristãos-novos. As penalidades pela simples aplicação da palavra "cristão-novo" a quem quer que fosse, por escrito ou oralmente, eram pesadas: para o povo - chicoteamento em praça pública e banimento para Angola; para os nobres - perda dos títulos, cargos, pensões e condecorações; para o clero - banimento de Portugal.

Finalmente, um ano mais tarde, em 1º de outubro de 1774, foi a referida lei regulamentada por um decreto, que sujeitava os veredictos do Santo Ofício à sanção real.

E assim, com essa restrição, estava praticamente anulada a Inquisição portuguesa.

Sobre o especial empenho do Marquês de Pombal junto ao rei em favor da extinção de quaisquer discriminações contra os cristãos-novos, encontra-se na "História Universal do Povo Judeu" de S. Dubnov, a seguinte conjetura: "Mas, consta que o rei manifestou o desejo de que os marranos fossem pelo menos reconhecíveis por um sinal especial. Então, Pombal tirou três chapéus amarelos, dos que usavam os judeus em Roma, explicando que um seria destinado a ele próprio, outro ao inquisidor geral e o terceiro ao rei, visto como ninguém - disse ele - podia estar certo de que nas suas veias não corria o sangue dos marranos".

1 de Outubro de 1553,Maria Tudor é coroada Rainha da Inglaterra

MARIA I - também conhecida por Maria Tudor, rainha de Inglaterra (Greenwich, 1516-Londres, 1558). Filha de Henrique VIII e de Catarina de Aragão, foi atingida por diversas humilhações em resultado do processo de separação dos pais, sendo declarada bastarda e, temporariamente, banida da linha de sucessão ao trono. Posteriormente regressou ao favor real, sendo-lhe restituído o direito de sucessão, a seguir ao seu irmão Eduardo, em 1544. Após o reinado deste, foi recebida apoteoticamente em Londres, confirmando o fracasso da tentativa de uma minoria protestante para colocar no trono Lady Jane Grey. Mas a orientação política de Maria, voltada para Roma e para Espanha, fez-lhe perder a popularidade. Tendo permanecido fiel à religião católica, a despeito de diversas pressões, procurou e conseguiu a reconciliação com Roma, auxiliada pelo cardeal Reginald Pole; mas o endurecimento da sua atitude para com os declarados hereges, a partir de 1554, dando lugar ao martírio de figuras de grande prestígio, tais como Cranmer, Latimer e Ridley, granjeou-lhe o cognome de "Sangrenta" e fortaleceu indirectamente a causa protestante. O seu casamento com Filipe II, sem descendência, e a subordinação da política inglesa aos interesses da Espanha constituíram também motivos de desagrado, culminando na participação da guerra contra a França, que levou à perda de Calais, em 1588. Piedosa e austera, bem intencionada e fanática, mas talvez, sobretudo, mal aconselhada, faltava-lhe o sentido político do pai e da irmã, tendo o seu curto reinado contribuído negativamente para a realização dos seus objectivos mais caros: a grandeza da Inglaterra e a sua reconciliação definitiva com o Papa.

Batalha de Gaugamela travou-se a 1 de Outubro de 331 a. C.

O macedónio Alexandre Magno ou "O Grande" (356 a.C. - 323 a.C.), com 47 000 soldados derrota os 246 000 persas do imperador Dário III, em Gaugamela, a leste da actual Mossul, norte do Iraque, palco de outras batalhas contemporâneas. Dário posicionou-se no centro com as suas melhores forças: a sua guarda pessoal, os mercenários gregos (6 000, segundos as fontes) e a melhor infantaria. Nos flancos posicionou-se a cavalaria (40 000 cavaleiros). No flanco esquerdo, os báctrios (actuais ascendentes dos pachtuns - minoria paquistanesa - e tajiques), na ala direita a cavalaria síria. Alexandre liderou pessoalmente o flanco direito dos macedónios com a sua cavalaria e oshipaspistas (infantaria de elite) e Parménio o flanco esquerdo com a cavalaria tessalónica e grega. No centro posicionou-se a infantaria macedónia em duas linhas, formando uma falange (formação rectangular de infantaria tipicamente constituída por lanceiros), onde a primeira frente deveria de retirar quando cercada pelos persas. Antes da batalha, para motivar os seus homens, Alexandre profere a frase: "Vencei o medo e vencereis a Morte!"

Principais acontecimentos registados a 01 de Outubro

Principais acontecimentos registados a 01 de Outubro, "Dia Mundial da Música e Internacional do Idoso"

331 a.C. - Batalha de Gaugamela, em que Alexandre, o Grande viria a vencer Dario III da Pérsia.

208 - Nasce Alexandre Severo, imperador romano.

959 - Morre Rei Edwin de Inglaterra.

1404 - Morre Papa Bonifácio IX.

1596 - O duque de Norfolk é enviado para a prisão pela rainha Isabel de Inglaterra por ter tentado casar-se com Maria, rainha dos escoceses.

1061 - Eleição do Papa Alexandre II, 157º papa.

1838 - Eclode a primeira guerra afegã, iniciada pela Grã-Bretanha com o objectivo de limitar a influência russa, ameaçadora para a posição britânica na Índia.

1923 - Estabelece-se um governo autónomo na Rodésia do Sul.

1925 - Joseph Goebbels passa a ser um dos editores do jornal de propaganda nazi "Die Nationalsozialistischen Briefe".

1927 - Assina-se um pacto de não agressão entre a URSS e a Pérsia.

          - Nasce Jimmy Carter, presidente norte-americano.

1928 - A URSS dá início ao plano quinquenal destinado a aumentar as produções agrícola e industrial.

1936 - Forças espanhois anti-republicanas nomeiam o general Francisco Franco, Chefe de Estado.

1948 - Primeira tentativa de instalar um estado palestiniano com a interferência do Egipto.

1949 - Proclama-se a República Popular da China, sob a direcção de Mao Tsé Tung, tendo Chou-En-Lai como primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros.

1960 - Tropas sul-coreanas atravessam o paralelo 38, entrando na Coreia do Norte.

          - A bandeira da Nigéria é hasteada oficialmente pela primeira vez.

1964 - Os japoneses inauguram a sua primeira linha férrea de alta velocidade, ligando Tókio a Osaka.

1965 - Ocorre uma tentativa de golpe de Estado na Indonésia.

1971 - Inauguração do parque da Disneylândia.

1977 - Pelé realiza a última partida oficial de futebol.

1978 - Independência de Tuvalu.

1980 - O Supremo Tribunal de Varsóvia concede a aprovação legal aos primeiros seis sindicatos independentes polacos.

1982 - Helmut Khol, dirigente do Partido Democrata Cristão, eleito Chanceler da Alemanha Federal, sucedendo a Helmut Schmidt.

1984 - A China apresenta, em público, pela primeira vez, mísseis intercontinentais terrestres com o seu lançamento de um  submarino.

1987 - A sul-africana Pat Anthony, aos 48 anos de idade, torna-se na primeira mãe emprestada do mundo a dar à luz os próprios netos, os gémeos-proveta da sua filha, dois rapazes e uma menina.

1988 - Mikhail Gorbachov, aos 57 anos de idade, é eleito, por unanimidade, Presidente do Soviéte Supremo, a chefia do Estado soviético.

1990 - A URSS estabelece a liberdade de culto.

1991 - Golpe de Estado no Haiti derruba o presidente Jean-Bertrand Aristide, 25 pessoas morrem e 2000 ficam feridas.

1997 - A revista "forbes" considera, Bill Gates, o presidente da Microsoft, o homem mais rico do mundo.

1999 - O líder timorense Xanana Gusmão é recebido em Lisboa, Portugal. 

 2003 - Criação da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial.

2004 - XIV Congresso do Partido Socialista elege José Sócrates para secretário-geral.  
  
          - O Governo espanhol conclui a proposta de revisão da Constituição que permite o casamento de pessoas do mesmo sexo e a adopção de crianças por casais homossexuais.  
   
         - Morre Blanqui Teixeira, aos 82 anos de idade, engenheiro químico, resistente anti-fascista, deputado comunista à Assembleia Constituinte, antigo membro do Comité Central do PCP e director de "O Militante" (1975-2000).  

2005 - Atentados em Bali, Indonésia, causam 26 mortos e perto de 30 feridos.
 
          - Tomada de posse de João Bernardo "Nino" Vieira, como presidente da Guiné-Bissau. Ausentes os 17 Chefes de Estado convidados.  
 
         - João Canijo, é nomeado para o Óscar de melhor filme estrangeiro.  

2006  - Levy Mwanawasa, presidente da Zâmbia, é eleito para um segundo e último mandato, com 43% dos votos.  
  
            - A oposição social-democrata  austriaco obtém vitória à tangente sobre os conservadores no Governo. O Partido Social-Democrata  admite a possibilidade de coligação com o Partido Popular e os Verdes.  

 2007 -  Morre Vasco da Gama, empresário e ex-presidente da Confederação  do Comércio e Serviços de Portugal, vítima de doença.  

               Este é o ducentésimo septuagésimo quarto dia do ano. Faltam 91 dias para acabar 2010.


Imaginem

Assunto: Leiam... vale mesmo a pena!! "Imagine(m)", por MárioCrespo. 

Enviem aos vossos amigos...pode ser que se crie uma corrente de indignação e desencadeie uma petição à AR!!!
Um dia destes o homem poderá estar sem emprego... mas coragem de opinião tem-na! E só podemos concordar com ele!  


Imaginem 00h30m 
Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento. 

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. 
Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado. 
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. 
Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. 
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. 
Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. 
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. 
Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. 
Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas. 
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. 
Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. 
Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. 
Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. 
Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas. 

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país
 podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país
 seremos se não o fizermos.

Portugueses vamos a sofrer, que é para melhorar o nosso dia a dia!...

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In" Aldeia olímpica"

Implantação da República

31.Janeiro.1891 - A revolta republicana

Tony Curtis morreu aos 85 anos, 30/09/2010

Tony Curtis morreu aos 85 anos

«Quanto Mais Quente Melhor», «Os Audaciosos», «Spartacus» e «Os Vikings» foram alguns dos filmes mais célebres de Tony Curtis que faleceu hoje, aos 85 anos, de acordo com um comunicado de um representante da filha, a actriz Jamie Lee Curtis.
 
Da comédia ao drama, o actor Tony Curtis foi um actor multifacetado que participou em mais de uma centena de filmes em cerca de 60 anos de carreira. Segundo o comunicado acabado de enviar à comunicação social por um representante da sua filha, a actriz Jamie Lee Curtis (fruto do seu casamento com Janet Leigh), o intérprete faleceu hoje, embora as causas ainda não tenham sido divulgadas. Sabe-se, contudo, que Curtis tinha sido hospitalizado em Las Vegas a meados de Julho na sequência de um ataque de asma, sofrido durante uma sessão de autógrafos.
Filho de imigrantes húngaros, Tony Curtis nasceu em 1925 em Nova Iorque, no Bronx, com o nome de Bernard Schwartz. Alistou-se para combater na Segunda Guerra Mundial seduzido pelos filmes de Hollywood, para onde rumaria já depois do serviço militar, em 1948, aos 23 anos, com sonhos de fama e fortuna e entusiasmado por uma curta experiência em teatro. O próprio actor assume que foi a sua visível beleza que lhe valeu o primeiro contrato com a Universal Pictures, onde adoptaria o nome artístico de Tony Curtis. O olhar azul e o rosto de feições perfeitas foram uma vantagem que o intérprete sempre soube usar a seu favor, tanto em papéis de galã como, muitas vezes, em comédias que parodiavam o próprio estereótipo.
A sua estreia no cinema dá-se em 1949 num pequeníssimo papel no «film noir» «Dupla Traição», ao lado de Burt Lancaster. Nos anos seguintes foi ganhando tarimba em papéis de vilão e comprovando o talento em filmes como «Sierra» e, principalmente, «Winchester 73».
O primeiro filme em que Curtis teve realmente impacto enquanto protagonista surgiu em 1953 com «Houdini», no papel do mítico ilusionista, na que foi a primeira das cinco películas em que contracenou com a sua então esposa Janet Leigh.
Muito prolífico, Curtis prosseguiu carreira numa variedade de géneros, destacando-se logo a seguir interpretações elogiadas em filmes como «Trapézio» (1956), «Os Vikings» (1958) e, principalmente, «Mentira Maldita»(1957), que tirou dúvidas a quem ainda as tivesse que o intérprete não era apenas uma cara bonita mas um actor para levar a sério. A comprovação definitiva surgiu logo em 1958 com «Os Audaciosos», de Stanley Kramer, um drama racial em que interpretava um prisioneiro em fuga agrilhoado ao negro Sidney Poitier, e que lhe valeu a sua única nomeação ao Óscar.
Ainda em 1959, Curtis teve também um dos seus papéis mais populares de sempre, ao lado de Jack Lemmon e Marilyn Monroe, no filme de Billy Wilder «Quanto Mais Quente Melhor», por muitos considerado a melhor comédia de sempre.
Os sucessos continuaram e, entre vários filmes menos memoráveis, Curtis participou ainda em fitas como«Manobra de Saias» (1959), «Spartacus» (1960), «Tarás Bulba» (1962), «Quando Ela era Ele» (1964) e«A Grande Corrida» (1965), culminando uma década cheia de sucessos com a interpretação fulgurante do assassino Albert DeSalvo em «O Estrangulador de Boston», de Richard Fleischer, em 1968.
A partir dos anos 70, a sua carreira começou a desacelerar e, embora continuasse sempre muito activo, tanto no cinema como na televisão, os papéis memoráveis foram-se tornando muito escassos. A série televisiva «Os Persuasores», que protagonizou com Roger Moore entre 1971 e 1972, ainda fez bom uso da sua popularidade, mas a partir daí os papéis de relevo foram desaparecendo, restando quase sempre aparições de luxo em fitas como«O Espelho Quebrado» (1980).
A popularidade pública de Curtis, porém, nunca diminuiu, quer pela relevante carreira como pintor que iniciou a sério no início dos anos 80, quer pelas várias relações amorosas que sempre foi tendo, dentro e fora dos seus seis casamentos. A sua última esposa, Jill Vandenberg Curtis, com quem casara em 1998, era 42 anos mais nova que ele.
Curtis teve cinco filhos dos diferentes casamentos, a mais célebre das quais é a actriz Jamie Lee Curtis, popularizada em filmes como «Halloween: O Regresso do Mal» «Os Ricos e os Pobres».

Portugal está na merda!



In "Horta do Zorate"

O nome de Daniel Filho é João Carlos Daniel. Nasceu a 30 de setembro de 1937, na cidade do Rio de Janeiro.



O nome de Daniel Filho é João Carlos Daniel. Nasceu a 30 de setembro de 1937, na cidade do Rio de Janeiro. Seu pai, Juan Daniel, começou sua carreira como bailarino, em Buenos Aires.
Era espanhol de Barcelona. A mãe, Maria Irma, era de família de circo. Daniel é a quinta ou sexta geração circense. E, como ocorre entre as pessoas de circo, eram todos parentes. Assim, temos a família de Piolin, de Misiara, de Bibi Ferreira e a de Daniel Filho. O primeiro filme de Oscarito era em dupla com um tio de Daniel. O casamento de seus pais foi meio escondido, tendo como padrinho o grande cantor Silvio Caldas. Juan Daniel, o pai, projetou-se como cantor, e foi dele o primeiro lançamento da famosa "Solamente una vez". Era a época dos cassinos e dos teatros de revista. Daniel, filho único, entrou no circo do pai. Estava com seis ou sete anos. Era o Circo Atlântico, que tinha picadeiro e palco. Entrava e ficava de ladinho, só para enrolar e desenrolar os tapetes. Depois já apareceu dentro de um caixote, de onde saía em uma determinada hora, para assustar o palhaço, com um pano branco na cabeça. Daniel gostava de fazer esse "fantasma" e era no circo que ele passava todos os seus dias. Era maquinista do teatro e conseguia montar toda a lona "numa pancada só". Também foi eletricista, ponto, fez de tudo. Assim mesmo deu para estudar, pois a família, isto é, os avós, moravam fixos no Rio, e ali ficava Daniel, pois os pais viajavam para os cassinos. Já mocinho, foi para o teatro de revista. Fez isso escondido dos pais, pois era fascinado por aquele mundo. Era tímido. Não davam certo suas "paqueras", embora estivesse ficando um rapaz muito bonito. Profissionalmente começou na companhia dos pais, em 1952, e já tinha feito várias peças quando foi convidado para a TV Tupi do Rio de Janeiro. Heloisa Helena, principal figura da televisão daquele tempo, e que era muito amiga de seus pais, foi quem o chamou. Ao mesmo tempo, Eva Todor o chamou para participar de "Aventuras de Eva". Continuou, porém, em teatro e fez o galã de "Maria Caxuxa", de Juracy Camargo. Estava lançado como "mocinho" de televisão e teatro. Foi para a TV Rio. Fazia sistematicamente as duas emissoras de televisão. Sua memória era muito boa. Participou também várias vezes do "Câmera um", de Jacy Campos. Logo fez sucesso e trabalhou em muitos programas ao mesmo tempo. Quanto mais trabalhava, mais cachê ganhava. Depois foi para São Paulo, para a TV Paulista. E era a "Ponte Aérea" toda semana. Era o tempo da televisão ao vivo, antes do vídeo-teipe. Havia uma grande união, uma grande amizade entre todos. Foi nessa mesmo época que Daniel Filho começou a fazer cinema, em filmes do Manga, do Ronaldo Lupo. Fez "Colégio de brotos", trabalhou com Zé Trindade. O rapaz estava em todas. Trabalhou com Tônia Carreiro, com Gildo Ribeiro. Seu grande sucesso foi "Os cafajestes", com o chamado Cinema Novo. Depois  "Boca de Ouro". Sobrava tempo, nem sabe como, para fazer inúmeras dublagens. Foi então para a TV Excelsior, Canal 9 em São Paulo, e 2 no Rio. Fazia programas de humor, cantando também. Foi quando se deu uma grande virada em sua vida e ele começou a dirigir, no programa de grande sucesso que se chamava "Time Square", onde trabalhava ao lado de Dorinha Duval, com quem depois se casou. Em São Paulo, passou a dirigir o "Chico Anysio Show". Isso sem deixar as novelas, como "A grande viagem", em que fazia o galã de Regina Duarte. Aí foi formado o Telecentro e Daniel ficou trabalhando ao lado de Boni, que viria a ser o grande homem da televisão. Quando o Boni foi para a Globo, Daniel Filho foi como diretor de "A Rainha Louca", de Gloria Magadan. Dirigia simultaneamente duas novelas, uma com o nome trocado, para não parecer que o cast da Globo era fraco. Dirigiu "Sangue e areia". Foi ele quem levou Janete Clair para a Globo. Ela fez a novela "Anastácia", na qual houve o "famoso terremoto" em que ela matou todo mundo. Nisso, por pequeno desentendimento com Boni, Daniel foi para a TV Rio. Voltou seis meses depois. E nessa época a TV Globo de São Paulo pegou fogo e tudo foi transferido para o Rio. Daniel dirigia simultaneamente "Rosa Rebelde" e "A cabana do Pai Tomás". Fez "Irmãos Coragem", dirigiu "O primeiro baile" e inúmeras outras novelas, como: "Pecado Capital", "O Astro", "Dancin’ Days". Foi ele também quem mais fez "séries brasileiras",  como: "Malu Mulher",  "Plantão de Polícia", "Carga Pesada", "Confissões de Adolescente", "A Justiceira", "Mulher". Todas séries de imenso sucesso, sem contar "Grande Sertões Veredas", que ele dirigiu ao lado de Walter Avancini. Trabalhou ainda como ator em mais de vinte filmes, e na Globo ajudou a criar a Globo Filmes. Esse é Daniel Filho. Um homem inteiramente ligado à arte, desde a mais tenra idade, e que até hoje dedica toda a sua vida à sua profissão. Ele tem orgulho de dizer que a Globo, onde é o Diretor de Programação, faz um trabalho sério, cumprindo seu dever junto à população. Daniel Filho casou-se quatro vezes e se dá maravilhosamente bem com seus filhos, assim como também é muito amigo de suas ex-mulheres. Sua mais forte marca é  o orgulho de ser um homem de televisão. Quando perguntado acerca de quem ele é, responde rápido: "Sou um ser de televisão, que é uma coisa da máxima importância, e que hoje é respeitada internacionalmente. Esse era o meu sonho de menino. Esse é o meu orgulho como ser humano. Eu ajudei a fazer a televisão".
Em uma “ disputada entrevista “ de seu último filme, “ A Partilha”, conseguimos ouvir, perguntar e refletir com as idéias deste genial ator, diretor e ícone da televisão.