Previsão do Tempo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

David Mourão-Ferreira, nasceu a 24 de Fevereiro de 1927

David Mourão-Ferreira
Escritor português, nasceu em Lisboa, em 1927 e morreu, também nesta cidade, em 1996. Licenciou-se em Filologia Românica em Lisboa, onde chegou a ser professor catedrático, organizando e regendo, entre outras, a cadeira de Teoria da Literatura. Foi secretário de Estado da Cultura, entre 1976 e 1979; diretor do diário A Capital; diretor do Boletim Cultural do Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1984 e 1996; diretor da revistaColóquio/Letras; presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1984-86) e vice-Presidente da Association Internationale des Critiques Littéraires. A sua obra reparte-se pela poesia; pela crítica literária, comoOs Ócios do Ofício, Vinte Poetas Contemporâneos, Hospital das Letrasou Lâmpadas no Escuro (de Herculano a Torga); pelo ensaio; pela tradução; pelo teatro; pelo romance; e também pelo jornalismo. Embora os seus primeiros poemas datem de meados dos anos 40, a sua atividade poética começou a ganhar relevo quando foi codiretor, a par com António Manuel Couto Viana e Luís de Macedo, da revista Távola Redonda (1950-1954), que, sem apresentar programa ou manifesto, se orientava para uma alternativa poética à poesia social, baseada na "revalorização do lirismo", exigindo ao poeta "autenticidade e um mínimo de consciência técnica, a criação em liberdade e, também, a diligência e capacidade de admirar, criticamente, os grandes poetas portugueses de gerações anteriores a 1950. Sem reservas ideológicas ou preconceitos de ordem estética" (VIANA, António Manuel Couto - "Breve Historial" inAs Folhas Poesia Távola Redonda, Boletim Cultural da F. C. G., VI série, n.º 11, outubro de 1988), atributos a que acresciam como exigências a reação contra a "imediatez da inspiração e contra o impuro aproveitamento da poesia para fins sociais", através do equilíbrio "entre os motivos e a técnica, entre os temas e as formas" (cf. MOURÃO-FERREIRA, David - "Notícia sobre a Távola Redonda" in Estrada Larga 3, p. 392). Foi no primeiro volume da Coleção de Poesia das Edições "Távola Redonda" que publicou a sua primeira obra poética, A Secreta Viagem, onde se encontram reunidos alguns dos traços que distinguiriam a sua poética posterior, nomeadamente a preferência pela temática amorosa, o rigor formal, a continuidade e renovação da lírica tradicional como, por exemplo, a de inspiração camoniana, ou a abertura a experiências poéticas estrangeiras. No poema "Dos Anos Quarenta", relembra leituras nessa etapa de iniciação poética: Proust, Thomas Mann, Rilke, Apollinaire, a "constelação pessoana", Álvaro de Campos, "E Régio Miguéis Nemésio", bem como as circunstâncias que rodearam essa descoberta, como o "despertar do deus Eros", a guerra, a queda dos fascismos e a perseverança da ditadura salazarista.
Da sua obra poética, cuja poesia se distingue pelo lirismo culto, depurado e subtil, destacam-se os seguintes livros: A Secreta Viagem,Do Tempo ao Coração, Cancioneiro do Natal, Matura Idade e Ode à Música.
A obra de David Mourão-Ferreira foi várias vezes reconhecida com prémios literários, como, por exemplo: Prémio de Poesia Delfim Guimarães, 1954, para Tempestade de verão; Prémio Ricardo Malheiros, 1960, para Gaivotas em Terra; Prémio Nacional de Poesia, 1971, paraCancioneiro de Natal; Prémio da Crítica da Associação Internacional dos Críticos Literários para As Quatro Estações; e, para Um Amor Feliz , os prémios de Narrativa do Pen Clube Português, D. Dinis, de Ficção do Município de Lisboa e o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. Ao autor foi ainda atribuído, em 1996, o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.






É de conchas o vestido;

tem algas na cabeleira;

e nas veias o latido

do motor de uma traineira.

Vende sonho e maresia,

tempestades apregoa.

Seu nome próprio, Maria.

Seu apelido, Lisboa.

 DAVID MOURÃO-FERREIRA

Ibn Battuta nasceu a 24 de Fevereiro de 1304




Ibn Battuta
Célebre viajante e geógrafo árabe do século XIV, nasceu em 1304 em Tânger, Marrocos, e faleceu em 1377, em Fez. Partiu da sua cidade natal em 1325 para a sua primeira viagem, cuja rota englobava o Egito, Meca e o Iraque. Mais tarde, correu o Iémen, a África Oriental, as margens do rio Nilo, a Ásia Menor, a costa do mar Negro, a Criméia, a Rússia, o Afeganistão, a Índia - onde visitou Calcute, por exemplo -, as ilhas de Sunda (Indonésia) e a região de Cantão, na China, vizinha de Macau. Nos últimos anos de vida, esteve em Granada, Espanha, quando esta era ainda a capital do Reino Nazarí (dinastia muçulmana ibérica). Realizou depois a travessia do deserto Sara pelo famoso e mítico trilho caravaneiro de Tombuktu. Por fim, acabou por se fixar no seu país de origem, Marrocos, onde acabaria por falecer em 1377, na importante cidade de Fez. Como testemunho das suas viagens deixou ficar a obra ditada e escrita pelo seu secretário, que se intitula Tuhfat annozzâr fi ajaib alamsâr, a qual relata as várias epopeias e jornadas aventurosas da sua vida de viajante explorador.






24 DE FEVEREIRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA



DESCRIÇÃO Juan Domingo Perón venceu as eleições presidenciais argentinas. O Palácio de Buckingham anunciou oficialmente o noivado de Carlos, príncipe de Gales, e Lady Diana Spencer. Assembleia Nacional de Cuba escolheu por unanimidade Raul Castro como sucessor de Fidel na presidência de Cuba. O México declarou a independência face a Espanha. Nasceram Ibn Battuta, David Mourão-Ferreira, Steve Jobs e Alain Prost. Roberta Flack chegou ao nº 1 do top com "Killing me softly".

Frase do dia

" Se a vida estiver uma merda
vire uma mosca e faça a festa !!!"

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Alvaro Cunhal - O Homem que lutou por um Portugal mais Justo ( português...



ÁLVARO CUNHAL-Político, escritor, artista plástico, resistente e dirigente comunista: 1913-2005

Música e voz Francisco Fanhais - poema Sophia de Mello Breyner

Álvaro Cunhal (Sé Nova, Coímbra, 10 de noviembre de 1913 - Lisboa, 13 de junio de 2005) fue uno de los más destacados políticos portugueses del siglo XX, secretario general del Partido Comunista Portugués entre 1961 y 1992.
Hijo del abogado Avelino Henriques da Costa Cunhal, con sólo diecisiete años se afilió al Partido Comunista Portugués (PCP), entonces una organización ilegal, al mismo tiempo que comienza a estudiar Derecho en la Universidad de Lisboa, donde comenzó su actividad política. En 1934 es elegido representante de los estudiantes en el Senado Universitario. Se graduó en Derecho en 1935. Ese mismo año, fue elegido secretario general de la Federación de las Juventudes Comunistas y forma parte de la delegación portuguesa al VII Congreso de la Comintern en Moscú. Al año siguiente —a los 22 años— fue elegido miembro del Comité Central del Partido. En 1937 sufrió su primer arresto.

En 1940, por su experiencia , se le designa responsable de organizar el PCP en la clandestinidad.

Estando en prisión se licenció en Derecho y ejerció durante un tiempo como profesor en el Colegio Moderno de Lisboa. Entre 1941 y 1949 actuó de facto como máximo dirigente del PCP, ante la muerte de su entonces secretario general Bento Gonçalves.

Detenido de nuevo en 1949, se fugó en 1960 de la Cárcel de Peniche, en una famosa operación junto a otros diez camaradas de Partido que tuvo un gran impacto contra el régimen fascista de Portugal.

En 1961 fue elegido Secretario General. Cunhal vivió exiliado en París y Moscú, regresando a su país tras la Revolución de los Claveles de 1974. Tras el triunfo revolucionario, dirigió a su partido participando en todos los gobiernos provisionales como Ministro sin cartera, hasta la caída en 1976 de Vasco Gonçalves. Antes logró que se legalizara el PCP. Fue elegido diputado en todas las legislaturas hasta 1987. En 1992 fue sustituido en la secretaría general por Carlos Carvalhas. En 1982, se convirtió en miembro del Consejo de Estado, abandonando este puesto diez años después, cuando abandonó el liderazgo del PCP.
Dirigente muy carismático y con gran autoridad entre los militantes del PCP, su opinión siempre fue muy tenida en cuenta a pesar de haberse retirado.
El 13 de junio de 2005 falleció en Lisboa, y a su funeral acudieron más de 250.000 personas.




O historiador Borges Coelho, que sustentou confundir-se a vida de Cunhal, "numa boa parte", com a vida do PCP não andou muito longe da síntese que afirma: "No fim das contas, é afinal um homem profundamente envolvido nas lutas e sofrimento deste século e transfigurado pelo mito". O próprio Álvaro Cunhal, esse, escusou-se mesmo a falar sobre si. Sempre. Deu uma única certeza: "Hei-de morrer comunista!". -- E morreu!

Por qué

Por qué los otros se disfrazan y tu no?
Porque los otros usan la virtud
Para comprar lo que no tiene perdón
Por qué los otros tienen miedo y tu no?

Porque los otros son túmulos encalados
Donde germina callada la putrefacción
Por qué los otros se callan y tu no?

Porque los otros se compran y se venden
Y sus gestos dan siempre dividendo
Por qué los otros son hábiles y tu no?

Porque los otros van a la sombra de los abrigos
Y tu vas de "manos dadas" con los peligros
Por qué los otros calculan y tu no? Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Para recordar

Os portugueses não param de descobrir


Mais 2 descobertas dos portugueses


- 1.ª Descoberta
Depois de observarem como trabalha a troika, concluíram que trabalha a pilhas:
Pilha tudo.

- 2.ª Descoberta
Sócrates, afinal, é um exemplo a seguir:
Se a maioria dos políticos o seguissem e fossem viver para o estrangeiro...
vivia-se muito melhor em Portugal.

Zeca Afonso morreu há 25 anos [23 de Fevereiro de 1987]

Zeca Afonso morreu há 25 anos [23 de Fevereiro de 1987], com uma doença atroz: esclerose lateral amiotrófica.
Tinha 57 anos e manteve, até ao remate dos dias, aquele sorriso meio-cândido, meio-malicioso, que lhe conferia o ar de menino de sempre.





Zeca Afonso - Canção de Embalar

Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada

Outra que eu souber será pra ti
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar
Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor
Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme quinda à noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer

Georg Friedrich Haendel nasceu a 23 de fevereiro de 1685

 
Georg Friedrich Haendel  
Nascido em Halle, Alemanha, a 23 de fevereiro de 1685, Georg Friedrich Haendel era filho de Georg Haendel, cirurgião-barbeiro do Duque de Saxe. O velho Georg, embora não fosse insensível à música, não recebeu muito bem o interesse do garoto por esta arte: queria fazer de seu filho um advogado, profissão honrada e segura.
Seu pai ia com freqüência a Wersenfels e certa vez levou o filho. Ao notar o interesse do menino pela música, o Duque João Adolfo aconselhou o pai a contratar um professor de música. Assim o cirurgião contratou Wilhel Zachau, excelente músico, que passou a dar aulas ao menino: órgão, cravo, violino, oboé e fundamentos de Harmonia. Mas como condição, Haendel prometeu que estudaria Direito.
Em 1696, aos doze anos, escreveu suas primeiras sonatas para oboé e cravo.
Com a morte de seu pai em 1697, Haendel decidiu-se pelo curso de Direito, em memória do velho Georg. Entrou para a Universidade de Halle em 1702. Sem abandonar a música,dividia-se entre os estudos jurídicos, as funções de organista e as de professor do ginásio.
Um ano após, abandonou a faculdade, seu emprego e seu alunos e foi embora para Hamburgo, onde conseguiu emprego como segundo violino e cravista do teatro. Compôs as óperas Almira e Nero, de grande sucesso. A fama veio rápida e novos alunos o procuravam. Com a falência do teatro de Hamburgo, Haendel partiu para a Itália, em 1706.
Em 1707 apresenta sua primeira ópera em italiano, Rodrigo, em Florença, com êxito. Este sucesso animou-o a prolongar sua viagem até Veneza, um grande centro musical, onde travou conhecimento com o Príncipe Ernest de Hanover e fez amizade com Domenico Scarlatti.
De Veneza, Haendel e Scarlatti, ambos com 23 anos, partiram juntos para Roma, onde ecos do sucesso de Rodrigo levaram os mecenas disputarem a oportunidade de receber seu autor.
No mesmo ano foi a Nápoles, onde encontrou a mesma acolhida encontrada em Roma. Nesta época teve um romance com uma certa Dona Laura, de quem se conhece apenas o prenome e que deve ter sido uma princesa espanhola. Em 1709, de volta a Veneza, escreve a ópera Agrippina.
Foi convidado para ser mestre-de-capela da corte de Hanover, cargo que ocupou em 1710. Estava com 25 anos.
No início de1711 viajou para a Londres, aceitando um convite. Após a morte de Purcell a música inglesa não se desenvolvera. Por esta causa, tudo era importado da Itália: partituras, libretos e até músicos. Desta maneira ele foi muito bem recebido pela corte inglesa. Em retribuição, escreveu a ópera Rinaldo.
Teve também muito sucesso, mas precisou voltar a Hanover por causa de seus contratos. No final de 1712, Haendel voltou a Londres, com a "condição de voltar logo" a Hanover.
No ano de 1714 tornara-se compositor da corte inglesa, com vencimentos que lhe permitiam luxos e aplicações em sociedades comerciais. Vivia em situação delicada porém: permanecer na Inglaterra significava tomar partido, já que as relações entre a Rainha Anne e seus primos de Hanover eram pouco cordiais. Mas ele não se preocupou com acusações e deixou Hanover.
Em 1719, a prosperidade econômica da Inglaterra favoreceu a fundação da Academia Real de Música, onde Haendel foi contratado como diretor. Neste ambiente ele tomou conhecimento da vida dos bastidores e conheceu a rivalidade das grandes vedetes, indisciplinadas o orgulhosas, na maioria italianas, que precisava selecionar. Saiu-se mal: como músico teve seu prestígio abalado pelo sucesso instantâneo de Bononcini; como empresário, não conseguiu controlar a disputa entre castrati e prime donne, cujo furor chegava às platéias, onde também se tomava partido. Essa situação culminou em 1726 quando as cantoras Faustina Bordoni e Francesca Cuzzoni - rivais em virtuosismo e vivendo papeis rivais na óperaAlessandro de Haendel - acabaram pôr se atracar em cena, para o delírio da platéia e a irritação de Haendel.
Apesar dos esforços do compositor, a instituição foi dissolvida em 1728. Em 1733, Haendel teve que sustentar a oposição liderada pelo Príncipe de Gales e a concorrência de seus protegidos. Dois anos depois, com o fortalecimento do movimento nacionalista, muitos estrangeiros foram embora. A maioria dos artistas italianos que trabalhavam com Haendel partiram. Até 1733 ele trabalhou muito, compondo o oratório Esther e muitas óperas.
Assoberbado de trabalho, esgotado e cheio de preocupações, Haendel sofre um ataque de apoplexia que lhe imobilizou o lado direito, obrigando-o a um período de descanso em uma terma. Alguns meses mais tarde estava de volta a Londres, dizendo-se recuperado. Retornou a seu antigo ritmo de trabalho e logo estava sobrecarregado novamente: óperas, concertos, a publicação de obras, o projeto de reunir uma nova equipe de artistas e a fundação da "Sociedade de Ajuda a Músicos Pobres. Mas estava sempre beirando à falência. Apesar das dificuldades financeiras, Haendel conservava o seu prestígio e, ainda em 1738 publicou seus seis Concertos para órgão Opus 4.
Enfim, em 1741, o teatro italiano falia efetivamente na Inglaterra. Haendel apresentou suas duas últimas óperas ( Imeneu e Deidamia ) mas os espetáculos foram boicotados pelo público, sob a influência dos seus opositores.
Magoado, Haendel foi para a Irlanda e lá encontrou calor, reviu amigos e deu inúmeros concertos. Apresentou seu oratório mais famoso, O Messias, que dedicou aos irlandeses.
Voltou a Londres mais descansado e retomou a rotina de trabalho, dedicando-se à composição de concertos e música de câmara.
Em 1746, pôr ocasião de uma tentativa de invasão à Londres, pôr parte do escocês Charles Edward, que pretendia tomar o poder, Haendel uniu-se aos patriotas ingleses, compondo o "Hino para os Voluntários de Londres". Após a derrota das tropas de Edward, Haendel escreveu "A Song of Victory over Rebels".
Estas obras restituíram-lhe a popularidade. Após 35 anos a serviço da Inglaterra, Haendel consagrava-se, finalmente, como seu compositor nacional.
Em 1749 ele passa a dedicar parte de seu tempo ao Foundling Hospital, fundação para a educação de crianças abandonadas. Contribui com apresentações de concertos e ocupa-se pessoalmente do repertório musical desta instituição.
Mas, quando compunha o oratório Jephtah, sente os primeiros indícios da cegueira que acabaria pôr acometê-lo em 1753.
Profunda tristeza se apossa do velho "Urso Branco", e apenas o reconfortam as notícias de que seus oratórios, em particular O Messias, alcançam grande sucesso.
Em 6 de abril de 1759, o compositor se apresenta pela última vez em público. Estava com 74 anos e precisava descansar.
No dia 11 de abril, o compositor, acamado, confessa desejar morrer na Sexta Feira Santa. Mas morre no dia 14, Sábado da Ressurreição, e toda a Inglaterra chora. É enterrado na Abadia de Westminstes - no Canto dos Poetas.

A história da Base Naval de Guantánamo, em Cuba

Na final do século XIX, os Estados Unidos começaram a demonstrar um forte interesse no Golfo do México. A proximidade com o Panamá, onde já existia a possibilidade de construção de uma passagem transoceânica, e a colônia de Cuba, uma das principais produtoras mundiais de açúcar, despertavam a cobiça norte-americana.
Em abril de 1898, o navio militar norte-americano USS Maine foi destruído em Havana, capital de Cuba, então uma colónia espanhola. 
Vendo uma oportunidade de conciliar o incidente com seus desejos, o governo americano acusou a Espanha de ter sabotado o navio, e ordenou que a Espanha declarasse a independência cubana. A recusa espanhola provocou a Guerra Hispano-Americana, que terminou em Agosto do mesmo ano com a assinatura do Tratado de Paris, onde a Espanha cedia aos Estados Unidos as colónias de Porto Rico, Guam e Filipinas, e declarava a independência de Cuba. 
Os cubanos, que consideraram a atitude americana um gesto de apoio à democracia, logo perceberam que o preço a pagar seria bem alto...
Em 1903, Estados Unidos e Cuba assinaram um Tratado onde Cuba cedia aos norte-americanos por tempo indeterminado uma área de aproximadamente 120 km2 de terras e águas ao largo da Baía de Guantánamo, no sudeste cubano. Estava criada a primeira das muitas bases militares norte-americanas em solo estrangeiro.  

Localização da Baía de Guantánamo em território cubano

Em 1934, outro tratado transformou a concessão do local em um "leasing", onde os Estados Unidos teriam que pagar cerca de US$ 4.085 anualmente pelo uso irrestrito da área, que só seria devolvida a Cuba caso os Estados Unidos concordassem unilateralmente em fazê-lo.

Mapa da base americana de Guantánamo
120 km2 de território americano em plena "Ilha de Fidel"

Com a Revolução cubana de 1953-1958, que colocou Fidel Castro no poder, Guantánamo passou a ser a mais incómoda lembrança "capitalista" na ilha, e muitas foram as tentativas castristas de retirar a base de seu território, sempre negadas pelas cortes internacionais.
Depois da Revolução, apenas um cheque americano pelo uso da baía de Guantánamo foi descontado (Em 1959, por engano, conforme informações cubanas). Várias décadas depois, os demais cheques foram mostrados sobre a mesa da sala de Fidel Castro.
Junto com a Revolução, todos os cubanos que trabalhavam na base foram impedidos de fazê-lo, transformando a Baía de Guantánamo  num pedaço do território americano, totalmente isolado do resto da ilha.
O momento mais tenso vivido por Guantánamo até hoje aconteceu durante a Crise dos Mísseis Cubanos em 1962, quando o mundo esteve mais próximo de uma Guerra Nuclear em toda a história. Foi feita uma evacuação emergencial de todos os civis na base, deixando todos os seus pertences, roupas, comida e casas abertas. Isto mostra o quanto estivemos próximos de uma Hecatombe Nuclear. 
Este pequeno "microcosmos" do "american way of life" num dos países mais fechados ao capitalismo provoca algumas situações inusitadas: Na base, há várias lojas de fast-food, como McDonald's, KFC e Pizza Hut. Pistas de Boliche e Cinemas também funcionam no local. Há relatos de que prisioneiros que colaboram durante seus interrogatórios com informações relevantes são presenteados com um "Mc Lanche Feliz", numa atitude "maquiavelicamente" humilhante. 
Foi em 2002, durante o governo de George Bush que a Baía de Guantánamo tornou-se um Campo de Prisioneiros acusados de ações terroristas contra os Estados Unidos, principalmente de origem Afegã e Iraquiana. Os primeiros detentos foram transferidos depois que o Departamento de Justiça declarou que os Campos de Detenção de Guantánamo não estariam dentro da jurisdição legal norte-americana, e a resolução de que os terroristas, por não serem militares, não seriam beneficiários das resoluções da Convenção de Genebra.
Estas decisões transformaram Guantánamo na mais tenebrosa prisão do planeta, onde a tortura física e psicológica de seus prisioneiros não teria qualquer limite. O problema é que dezenas de prisioneiros da Baía de Guantánamo eram jornalistas ou pessoas que apenas estavam no local na hora errados, com a nacionalidade errada.

Prisioneiro é levado por guardas em Guantánamo

As histórias de sofrimento interminável de pessoas que permaneceram anos nos Campos sem nenhuma prova concreta e foram libertadas como se nada tivesse acontecido já foram contadas em livros e documentários. São histórias de tortura, privação de sentidos, humilhação religiosa e sexual que deixariam os Inquisidores Espanhóis interessadíssimos.

Prisioneiros vendados e encapuzados sob o Sol cubano
Torturas físicas e psicológicas

Em 2009, Barack Obama acenou com a possibilidade de desativação da Base de Guantánamo, mais até o momento esta possibilidade não se concretizou. Há muito mais interesses envolvidos em Guantánamo do que boas intenções. Em Janeiro de 2011, ainda havia 171 prisioneiros nos Campos de Guantánamo


23 DE FEVEREIRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA



DESCRIÇÃO Francisco Vázquez de Coronado parte em busca das sete cidades do ouro. Cuba cede a Baía de Guantánamo aos EUA. O ataque terrorista de 1993 ao World Trade Center. Nasceu Georg Handel. Morreu Zeca Afonso. As The Chiffons lançam "He's so fine".

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vinheta Oficial 2012 - Renascer de Jacarepaguá

Central Station Antwerp (Belgium)



Isto aconteceu em Antuérpia, Bélgica, na estação de trem, onde, numa manhã de segunda-feira, sem advertência aos passageiros que passavam pela estação, a voz de Julie Andrews soou nos alto falantes da estação, cantando Dó-Ré-Mi.
Repare nos olhares perplexos das pessoas que estavam ali, naquele
momento mágico.
Foram 200 dançarinos e 4 semanas de ensaio, mas o resultado ficou surpreendente.

Formigas - É bom caminhar em grupo

Pinguins - É bom caminhar em grupo

Caranguejos - É bom caminhar em grupo

Nova Língua Portuguesa



NOVA LÍNGUA PORTUGUESA

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos
 'pretos' 'afro-americanos', com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado!
As
 'criadas' dos anos 70 passaram a 'empregadas domésticas' e preparam-se agora para receber a menção de 'auxiliares de apoio doméstico' .
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os '
contínuos' que passaram todos a 'auxiliares da acção educativa'.
Os
 vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por 'delegados de informação médica'.
E pelo mesmo processo transmudaram-se os
 'caixeiros-viajantes' em 'técnicos de vendas '.
O
 'aborto' eufemizou-se em 'ivg - interrupção voluntária da gravidez';
Os
 'gangs étnicos' são 'grupos de jovens'
Os
 'operários' fizeram-se de repente 'colaboradores';
As
 'fábricas', essas, vistas de dentro são 'unidades produtivas'e vistas da estranja são 'centros de decisão nacionais'.
O
 'analfabetismo' desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à 'iliteracia' galopante.
Desapareceram dos comboios as
 '1.ª e 2.ª classes', para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes 'Conforto' e 'Turística'.
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «
sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «tenho uma família monoparental...».
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes
 'crianças irrequietas e «terroristas'; diz-se modernamente que têm um 'comportamento disfuncional hiperactivo'
Do mesmo modo, e para felicidade dos 'encarregados de educação' , os brilhantes programas escolares extinguiram os 'alunos cábulas'; tais estudantes serão, quando muito, 'crianças de desenvolvimento instável'.
Ainda há 'cegos', infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado 'invisual'. (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o 'politicamente correcto' marimba-se para as regras gramaticais...)
As
 'putas' passaram a ser 'senhoras de alterne'.
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em '
implementações', 'posturas pró-activas', 'políticas fracturantes' e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico.
Estamos lixados com este 'novo português'; não admira que o pessoal tenha cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma 'politicamente correcta'.

 
 
E falta ainda esclarecer que os tradicionais "anões" estão em vias de passar a "cidadãos verticalmente desfavorecidos"...
Os 'idiotas e imbecis' passam a designar-se por "indivíduos com atitude não vinculativa"
Os 'pretos' passaram a ser pessoas de 'cor'.
O 'mongolismo' passou a designar-se 'síndroma do cromossoma 21'.
Os 'gordos e os magros' passaram a ser 'pessoas com disfunção alimentar'.

Os 'mentirosos' passam a ser "pessoas com muita imaginação"
Os que fazem 'desfalques' nas empresas e são descobertos são "pessoas com grande visão empresarial mas que estão rodeados de invejosos"
Para autarcas e políticos, afirmar que 
"eu tenho impunidade judicial", foi substituído por "estar de consciência tranquila".
O conceito de 'corrupção organizada' foi substituído pela palavra "sistema".
Difícil, dramático, desastroso, congestionado, problemático, etc., passou a ser sinónimo de complicado.
 

 






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João J. C.Couto

Andy Warhol morreu em 22 de Fevereiro de 1987



Andy Warhol 
Nasceu em 6 de Agosto de 1928, em Pittsburgh, nos E.U.A.;
morreu em 22 de Fevereiro de 1987, em Nova Iorque.
Terceiro e último filho de emigrantes da Checoslováquia, de apelido Warhola, o pai, Andrei, veio para os Estados Unidos para evitar ser recrutado pelo exército austro-húngaro, no fim da Primeira Guerra Mundial. Em 1921 a mulher, Julia, juntou-se-lhe, tendo a família ido viver para Pittsburgh. Durante essa época Andy foi atacado por uma doença do sistema nervoso central, que o tornou bastante tímido.
Estudou no liceu de Schenley onde frequentou as aulas de arte, assim como as aulas do Museu Carnegie, instituição sedeada perto do liceu. A família, com base nas poupanças, conseguiu pagar-lhe os estudos universitários no célebre Instituto de Tecnologia Carnegie, a actual Carnegie Melon University, onde teve que se se esforçar bastante, sobretudo na cadeira de Expressão, devido ao seu deficiente conhecimento do inglês, já que a mãe nunca tinha deixado de falar checo em família. Por sua vez, nas aulas artísticas, em vez de ter Andrew criava problemas, ao não aceitar seguir as regras estabelecidas.
De qualquer maneira, devido ao fim da 2.ª Guerra Mundial, foi obrigado a abandonar o Instituto no fim do primeiro ano, para dar lugar aos soldados americanos desmobilizados, a beneficiar de entrada preferencial nas Universidades americanas com a passagem da Lei de Desmobilização (GI Bill). Alguns dos seus professores defenderam a sua permanência na instituição, e pôde por isso frequentar o Curso de Verão, que lhe permitiria reinscrever-se no Outono seguinte. Os seus trabalhos nesse Curso fizeram-no ganhar um prémio do Instituto e a exposição dos seus trabalhos. Acabou a licenciatura com uma menção honrosa em desenho, indo viver para Nova Iorque em Junho de 1949, à procura de emprego como artista comercial.
Contratado pela revista Glamour, começou por desenhar sapatos, mas os primeiros desenhos apresentados tiveram de ser refeitos devido às suas claras sugestões sexuais. Passou a desenhar anúncios - actualmente ainda muito normais na publicidade de moda nos EUA - para revistas como aVogue e a Harper's Bazaar, assim como capas de livros e cartões de agradecimento.
Em 1952 a sua mãe foi ter com ele a Nova Iorque. Entretanto tinha retirado o «A» final do seu apelido e passado a usar uma peruca branca, bem visível por cima do seu cabelo escuro. Em Junho desse ano realizou a sua primeira exposição na Hugo Gallery: «15 Desenhos baseados nos escritos de Truman Capote». A exposição foi um sucesso não só comercial como artística, que lhe permitiu viajar pela Europa e Ásia em 1956.
Em 1961 realizou a sua primeira obra em série usando as latas da sopa Campbell's como tema, continuando com as garrafas de Coca-Cola e as notas de Dólar, reproduzindo continuamente as suas obras, com diferenças entre as várias séries, tentando tornar a sua arte o mais industrial possível, usando métodos de produção em massa. Estas obras foram expostas, primeiro em Los Angeles, na Ferus Gallery, depois em Nova Iorque, na Stable Gallery. Em 1963 a sua tentativa de «viver como uma máquina» teve uma primeira aproximação com a inauguração do seu estúdio permanente - The Factory - A Fábrica.
Andy Warhol passou então a usar pessoas universalmente conhecidas, em vez de objectos de uso massificado, como fontes do seu trabalho. De Jacqueline Kennedy a Marilyn Monroe, passando por Mao Tse-tung, Che Guevara ou Elvis Presley. A técnica baseava-se em pintar grandes telas com fundos, lábios, sobrancelhas, cabelo, etc. berrantes, transferindo por serigrafia fotografias para a tela. estas obras foram um enorme sucesso, o que já não aconteceu com a sua série Death and Disaster(Morte e Desastre), que consistia em reproduções monocromáticas de desastres de automóvel brutais, assim como de uma cadeira eléctrica.
Em 1963 começou a filmar, realizando filmes experimentais, propositadamente muito simples e bastante aborrecidos, como um dos seus primeiros - Sleep (Dormir) - que se resumia à filmagem durante oito horas seguidas um homem a dormir, ou Empire (Império), que filmou o Empire State Building do nascer ao pôr do sol. Mas os filmes foram tornando-se mais sofisticados, começando a incluir som e argumento. O filme Chelsea Girls, de 1966, que mostra duas fitas lado a lado documentando a vida na Factory, foi o primeiro filme underground a ser apresentado numa sala de cinema comercial.
Para além do cinema Warhol também foi produtor do grupo de rock-and-roll Velvet Underground, que incluía naquela época Sterling Morrison, Maureen Tucker, John Cale e Lou Reed e a cantora alemã Nico. Arranjou-lhes um local para ensaiar, pagou-lhes os instrumentos musicais e deu-lhes alguma da sua aura. Para além dos discos os Velvet e Warhol produziram o espectáculo Exploding Plastic Inevitable, que utilizava a música do grupo e os filmes do artista. Os Velvet, já famosos, entraram definitivamente na história ao darem o nome à revolução checa de 17 de Novembro de 1989 que derrubou pacificamente o regime comunista - a Velvet Revolution.
Em Junho de 1968 Valerie Solanas, uma frequentadora da Factory, criadora solitária da SCUM(Society for Cutting Up Men), entrou no estúdio de Warhol e alvejou-o quase mortalmente. O pintor demorou mais de dois meses a recuperar. Quando saiu do hospital tinha perdido muita da sua popularidade junto da comunicação social. Dedicou-se então a criar a revista Interview, e a apoiar jovens artistas em início de carreira, para além de escrever livros - a sua autobiografia The Philosophy of Andy Warhol (From A to B and Back Again) foi publicada em 1975 -, e apresentar dois programas em canais de televisão por cabo. A sua pintura voltou-se para o abstraccionismo e o expressionismo, criando a série de pinturas - Oxidation (Oxidação) - que tinham como característica principal o terem recebido previamente urina sua.
Em 1987 foi operado à vesícula. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte. Era célebre há 35 anos. De facto, a sua conhecida frase: «In the future everyone will be famous for fifteen minutes» (No futuro, toda a gente será célebre durante quinze minutos), só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente massificada e em que a arte será distribuída por meios de produção de massa.

Heinrich Rudolf Hertz, nasceu a 22 de Fevereiro de 1857


Heinrich Rudolf Hertz
Professor e físico alemão, natural de Hamburgo, pioneiro na produção artificial de ondas eletromagnéticas, de suma importância para o desenvolvimento do rádio, televisão e o radar. Filho de um proeminente advogado e legislador alemão, iniciou seus estudos colegiais na Universidade de Munique, transferindo-se depois para a de Berlim, onde estudou Engenharia e Física, se doutorou em filosofia. Tornando-se assistente de Helmholtz, foi ensinar física teórica na Universidade de Kiel (1883) e, depois, na Politécnica de Karlshuhe (1885-1889). Casou (1886) com Elizabeth Doll, filha de um professor de Karlsruhe, e tiveram duas filhas. Com base nas teorias matemáticas de James Clerk Maxwell (1873), construiu um oscilador (1887) e provou que as ondas eletromagnéticas propagavam-se no espaço sem necessidade de condutores, descobrindo o efeito fotoelétrico. Descobriu e estabeleceu que ondas de rádio são similares ondas de luz (1888), ou seja, não eram visíveis, mas podiam ser detectadas eletricamente, transmitidas e refletidas, com o emprego de refletores côncavos. Assumiu a vaga (1889) de professor de Clausius, na Universidade de Bonn, e morreu nessa cidade. Escreveu três importantes livros: Ondas elétricas, Notícias diversas e Princípios de mecânica. Hertz: unidade de medida de freqüência de um fenômeno periódico igual à freqüência de um evento por segundo; um ciclo por segundo. Ondas hertezianas: uma onda eletromagnética, usual de freqüência de rádio, produzida pela oscilação de eletricidade em um condutor.

Luis Buñuel, nasceu a 22 de Fevereiro de 1900

Luis Buñuel era o primogénito de sete filhos. O pai, ferreiro bem-sucedido, casara aos 43 anos; a mãe, Maria Portolés, então tinha 18.

Quando a família se mudou para Saragoça, Buñuel iniciou os estudos com os jesuítas, recebendo a formação religiosa que se tornaria marcante em seus filmes.

Em 1917, foi para Madri, ingressando na faculdade de agronomia indo morar na residência estudantil, onde conheceu Federico García Lorca e Salvador Dalí. Deixou aquela faculdade para estudar filosofia e letras e graduou-se em 1924.

No ano seguinte Buñuel, casou-se com Jeanne Rucar. Trabalhou na França com o cineasta Jean Epstein, como assistente de direção e roteirista e estudou na Academie du Cinéma (Paris).

Em 1928, Buñuel apresentou seu primeiro filme, "Um Cão Andaluz" ("Un Chien Andalou"), que se tornaria um marco do cinema surrealista, rompendo com a narrativa cinematográfica tradicional e criando imagens de grande impacto e beleza. Em seguida, filmou "A Idade de Ouro" ("La Age d'Or"), que estreou com grande polêmica em 1930.

Em 1936, com o início da Guerra Civil Espanhola, Buñuel mudou-se para os EUA, trabalhando durante um período no Museum of Modern Art (Nova York) e em Hollywood, sendo então contratado pela Metro Goldwyn Meyer como "observador".

Após um longo período sem filmar, Buñuel estabeleceu-se no México. Ali, dirigiu "Gran Cassino" em 1947 e naturalizou-se em 1949.

Na década de 1950, Buñuel realizou diversos filmes de sucesso, como "Os Esquecidos" ("Los Olvidados"), "O Alucinado" ("El") e "A Ilusão Viaja de Bonde" ("La Ilusión Viaja em Tranvía").

Em 1961, a convite do governo espanhol, Buñuel filmou "Viridiana". O filme (uma sátira religiosa) virou escândalo e chegou a ser censurado na Espanha, mas acabou recebendo a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

No ano seguinte, estreou "O Anjo Exterminador" ("El Ángel Exterminador") e, em 1966, "A Bela da Tarde" ("Belle de Jour"). Esse último, rodado na França e estrelado por Catherine Deneuve, obteve o Leão de Ouro no Festival de Veneza.

Em 1970, Buñuel voltou a filmar na Espanha, lançando "Tristana". Em 1972, com "O Discreto Charme da Burguesia" ("Le Charme Discret de la Bourgeoisie"), ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. Cinco anos depois, realizou seu último filme, "Esse Obscuro Objeto do Desejo" ("Cet Obscur Objet du Désir").

Suas memórias, "Meu Último Suspiro" (1982), são um livro charmoso e elucidativo. Vítima do câncer, morreu aos 83 anos na Cidade do México.