Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
terça-feira, 24 de abril de 2012
24 DE ABRIL: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
Portugal 74-75 - Joaquim Furtado, José Solano de Almeida, Cesário Borga,...
Às 18h40 do dia 25 de Abril de 1974, as primeiras imagens televisivas dão conta de uma mudança política que trouxe profundas consequências para Portugal e para o estrangeiro. O filme mostra a queda do regime nas ruas e o movimento vitorioso dos capitães, recuando aos seus antecedentes imediatos: a morte de Salazar, a ascensão de Marcello Caetano, os mortos na guerra em África, o livro "Portugal e o Futuro" de António de Spínola, o levantamento militar de 16 de Março nas Caldas da Rainha. Do 25 de Abril, registam-se todos os passos relevantes: a rendição de Caetano no Largo do Carmo, a proclamação da Junta de Salvação Nacional, as últimas vítimas da PIDE, a libertação dos presos políticos, o regresso dos exilados a Portugal, com destaque para Mário Soares e Álvaro Cunhal, o primeiro 1º de Maio em liberdade. Depois, novos rumos e os primeiros sinais de crise política: os governos provisórios, o fim da censura, as greves e os saneamentos, a demissão de Palma Carlos e a tomada de posse de Vasco Gonçalves. Com o 28 de Setembro, Spínola é substituído por Costa Gomes. Vêem-se os congressos partidários(PCP, PS, PPD, CDS) e as primeiras eleições livres, com o célebre frente a frente televisivo Soares-Cunhal, enquanto nas ruas se instala o PREC (Processo Revolucionário Em Curso): o o 11 de Março e as nacionalizações, ocupações de casas, terras e fábricas, o julgamento de Zé Diogo, as campanhas de dinamização do MFA, o juramento militar revolucionário do RALIS, a visita de Jean-Paul Sartre, os casos República e Renascença, a "batalha da produção" de Vasco Gonçalves e a V Divisão de Ramiro Correia. Assaltos a sedes do PCP e do MDP/CDE, o comício do PS na Fonte Luminosa e o Documento dos Nove, onde pontifica Melo Antunes, acompanham o declínio de Vasco Gonçalves, cujo V Governo é substituído pelo VI de Pinheiro de Azevedo. O cerco à Constituinte e um largo "flashback" sobre o processo de descolonização, com a consequente vaga de retornados das ex-colónias, antecedem no filme o 25 de Novembro, com a vitória militar das tropas de Ramalho Eanes e o discurso pacificador de Melo Antunes.
Donos de Portugal | Trailer longo
Documentário de Jorge Costa
Donos de Portugal é um documentário sobre cem anos de poder económico.
O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza.
Mello, Champalimaud, Espírito Santo -- as grandes famílias cruzam-se pelo casamento e integram-se na finança. Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder reconstitui-se sob a democracia, a partir das
privatizações e da promiscuidade com o poder político. Novos grupos económicos -- Amorim, Sonae, Jerónimo Martins - afirmam-se sobre a mesma base.
Quando a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Você ou tu ?
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João J. C.Couto
O Campo de Concentração do Tarrafal foi criado a 23 de Abril de 1936
O Campo de Concentração do Tarrafal foi formalmente instituído pelo regime fascista português, no Tarrafal da Ilha de Santiago, em 23 de Abril de 1936, sob o nome de Colónia Penal de Cabo Verde.
Criado à imagem dos campos de concentração nazis, a “ColóniaPenal” do Tarrafal ou “campo da morte lenta”, nome por que ficou conhecido por aqueles que por lá passaram, visava então aniquilar física e psicologicamente os opositores portugueses à ditadura fascista de Salazar, colocando-os longe dos olhares do Mundo em condições infra-humanas de cativeiro, maus tratos e insalubridade.
Durante os cerca de 18 anos que durou o seu funcionamento, estiveram detidos no campo, arbitrariamente e sem qualquer direito de defesa, um total de mais de 360 prisioneiros antifascistas portugueses. Sob uma vigilância impiedosa e submetidos a um regime cruel de torturas, de fome e de doenças, muitas vidas ficaram irremediavelmente destroçadas e houve cerca de três dezenas de vítimas mortais.
Em Janeiro de 1954, o campo foi encerrado graças à luta das forças antifascistas em Portugal e à pressão internacional, na esteira da vitória aliada na II Guerra Mundial.
Mas, com o despertar das consciências nacionalistas e o dealbar das independências no continente africano, o regime repressivo em Portugal vê-se constrangido a ter de enfrentar não só a resistência interna dos antifascistas portugueses, como também o ímpeto vigoroso dos movimentos de libertação das suas colónias em África.
A luta contra as forças nacionalistas impele o poder colonial fascista a reutilizar o Campo de Concentração do Tarrafal a partir de 1961, com o nome de “Campo de Trabalho de Chão Bom”, destinado desta vez a encerrar no seu isolamento os militantes da luta anticolonial de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Durante 13 anos, até à data do seu encerramento definitivo, no dia 1 de Maio de 1974, esse vergonhoso instrumento de repressão do sistema colonial português manteve presos, nos seus enormes muros, mais de 220 combatentes da luta pela independência das colónias portuguesas.
Nos cerca de 31 anos do seu funcionamento, o Campo de Concentração do Tarrafal encarcerou antifascistas, intelectuais progressistas, patriotas, nacionalistas ou revolucionários anticolonialistas, de Portugal, Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Pagaram com sofrimento e privações desumanas a audácia de querer almejar um melhor futuro para as gerações vindouras. Foram eles que, com o sacrifício de suas vidas desbravaram o caminho para a instauração nos nossos países dos valores de democracia e direitos humanos que hoje guiam as nossas sociedades na construção do progresso e do bem-estar para os seus respectivos povos.
O Campo de Concentração do Tarrafal é, por isso, um marco inesquecível na vida dos nossos países e um monumento à memória histórica dos seus povos que continuam unidos pelo simbolismo dos seus muros, numa mesma dádiva de humanismo, solidariedade e justiça.
Lembrar o Tarrafal é portanto uma necessidade imprescindível e uma responsabilidade incontornável que nos obriga a reafirmar constantemente os valores de justiça, humanismo e solidariedade que alicerçam hoje o caminho partilhado pelos nossos povos, rumo a um futuro que queremos ser mais próspero e feliz para todos.
23 DE ABRIL: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
domingo, 22 de abril de 2012
AZAR Do PRETO!!!
Dois brancos e um
negro estão num andaime, a lavar os vidros de um
grande
edifício.
De repente, o negro dá um gemido,
vira-se para um dos brancos e diz:
- Ai, ai, ai!
Preciso cagar, vou cagar aqui mesmo!
- 'Tás maluco, pá!
Vais sujar toda a gente lá em baixo!
- Mas não aguento
mais, meu! Não vai dar tempo para descer!!!
- Então,
bate na janela e pede à senhora que te deixe usar a casa de
banho,
aconselha um dos brancos.
E é o que ele
faz.
Assim que a velha permite a entrada, ele voa p'rá
sanita.
Está o negro tranquilo e aliviado, quando ouve
uma gritaria sem fim.
Quando sai, vê que o andaime se
tinha partido e os dois brancos se tinham
espatifado no
chão.
No dia seguinte, no velório, estão lá os amigos,
as viúvas inconsoláveis e o
negro acompanhado da esposa,
quando chega o dono da empresa
onde
trabalhavam.
Imediatamente todos se
calam.
O empresário começa o seu discurso, dirigindo-se
às viúvas:
- Sei que foi uma perda irreparável, mas
vou, pelo menos, tentar aliviar
tanto sofrimento. Como sei
que as senhoras vivem em casas alugadas, darei
uma casa a
cada uma. Também sei que as senhoras dependem dos autocarros,
por
isso, darei um carro a cada uma. Quanto aos estudos dos
vossos filhos, não
se preocupem mais, pois tudo será por
conta da empresa até que terminem a
Faculdade. E, para
finalizar, as senhoras receberão todos os meses 1000
Euros,
para as compras.
E a mulher do negro, já meio
arroxeada, não se conteve mais e diz ao ouvido
do
marido:
- E tu a cagar, né, seu preto de
merda???
João J. C.Couto
COMO SABER MENTIR....
diz a uma colega de trabalho:
- Você quer boleia
?...
- Claro, respondeu ela, entrando no
carro.
Chegando ao edifício onde ela mora, ele parou
o carro para que ela saísse e ela convidou-o
para entrar
no seu apartamento.
- Não quer tomar um cafezinho, um
whisky, ou alguma coisa?
- Não, obrigado, tenho que
ir para casa.
- Imagine, o Sr.Neves foi tão gentil
comigo, vamos entrar só um
pouquinho.
Ele
subiu, atendendo ao pedido da colega.
Ao chegarem no
apartamento, ele bebia uma cerveja enquanto
ela foi para
dentro e voltou, toda gostosa e perfumada.
Depois de
alguns amassos, quem pode aguentar
?!?!?!!...
O Neves "caiu", literalmente..
Fez sexo
com a colega e acabou adormecendo.
Por volta
das 4:00 hs da manhã, ele acordou, olhou no relógio e
ficou preocupadíssimo.
Pensou um pouco e perguntou à
colega:
- Arranjas-me um lápis?
Ela entregou-lhe o
lápis, ele colocou-o atrás da orelha e foi para
casa.
Quando
chegou, encontrou a mulher louca de raiva e
ele foi logo
contando...
- Tenho algo para te dizer...
Quando
saí do trabalho dei boleia a uma colega de trabalho,
depois que chegamos no prédio onde ela mora, ela
convidou-me para subir e ofereceu-me uma cerveja. De
seguida, foi para o banho e retornou com uma camisola
transparente e muito linda, e após vários
goles acabamos
indo para a cama e fizemos sexo. De seguida adormeci e
acordei agora há pouco...
A mulher deu um berro e
disse:
-Seu
mentiroso desavergonhado!!!...estiveste foi na tasca a
jogar Sueca com os teus amigos !! Nem
sabes mentir.
ATÉ TE ESQUECESTE
DO LÁPIS AÍ, ATRÁS DA
ORELHA, seu aldrabão
!!!!!!!!
João J. C.Couto
Nação valente e imortal
Nação valente e imortal
Vale e Azevedo para os Jerónimos, já! Loureiro para o Panteão, já! Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já! Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha. Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram. Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara
Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal agradecidos, protestamos. Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade.
O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade às vezes é hereditário, dúzias deles.
Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito.
Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade. As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente.
Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente, indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos. Vale e Azevedo para os Jerónimos, já! Loureiro para o Panteão, já! Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já! Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha. Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.
Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos por, como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar de D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano.
Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos.
Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho.
Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar.
Abaixo o Bem-Estar. Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval. Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros.
Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.
Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos um aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/antonio-lobo-antunes=s23489#ixzz1snkJ4gKL
E esta, hem?!
Igreja avisa Governo que, se acabar com os feriados religiosos, pára outra vez de chover.
Controlo de circulação de mercadorias
Controlo de circulação de mercadorias
Zezão parou o seu camião na frente da loja do turco Kaled e perguntou:
- Sr. Kaled tenho aqui um camião de arroz sem documento de transporte, o senhor quer?
- Claro que Kaled quer, - vira-se para o filho e diz:
- Kaledinho, vai para a esquina e se aparecer o Fiscal vens cá avisar.
Começam a descarregar o camião e no meio da descarga aparece o Kaledinho a gritar dizendo que o Fiscal vem lá.
- Pára tudo e volta a carregar, grita Kaled.
Entretanto chega o Fiscal.
- Grande venda seu Kaled?
- A melhor venda que Kaled fez este ano.
- E essa mercadoria tem documento de transporte?
- Ainda não tem documento de transporte porque estou a espera para ver quanto leva o camião.
- Não pode - diz o Fiscal. O documento de transporte tem de ser emitida antes de carregar!
- Ah... então pára tudo, que Kaled não quer problemas com a justiça! Descarrega tudo do camião e guarda dentro do armazém!...
João J. C.Couto