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segunda-feira, 2 de março de 2015

Bento António Gonçalves nasceu em Fiães do Rio/Montalegre a 2 de Março de 1902



Bento António Gonçalves nasceu em Fiães do Rio/Montalegre a 2 de Março de 1902 e morreu, assassinado, por tudo a que o regime fascista o submeteu, no Tarrafal a 11 de Setembro de 1942.
Bento Gonçalves foi o secretário-geral do Partido Comunista Português de 1929 a 1942, ano em que o mataram no Tarrafal.
Hoje comemoramos o 112º aniversário do nascimento de Bento Gonçalves!
Para assinalar esta importante efeméride dos comunistas e do seu Partido, vou recorrer a um texto escrito pelo saudoso camarada Francisco Miguel:
“Ao atingir um determinado grau de consciência dos seus interesses de classe e do seu destino histórico, o proletariado e mais exactamente a classe operária de qualquer país forja e tempera, educa e treina a sua vanguarda organizada, o seu partido político de classe. Do Partido da classe operária, destacamento revolucionário, só fazem parte os trabalhadores mais conscientes, firmes e decididos na luta contra a exploração e opressão capitalistas, os mais capazes de fazer sacrifícios na luta em defesa dos interesses de todos os trabalhadores e do povo, em defesa dos interesses do país justamente compreendidos.
O Partido da classe operária terá de ser dirigido pelos mais capazes dos elementos que o constituem. Ser dirigente dum Partido da classe operária, do Partido da vanguarda do proletariado, não é situação que possa ser confiada a qualquer. Coube a Bento Gonçalves ser eleito e mantido como Secretário Geral do Partido Comunista Português desde 21 de Abril de 1929 até 11 de Setembro de 1942, data da sua morte no Campo de Concentração do Tarrafal.
E foi sob a direcção de Bento Gonçalves que o Partido Comunista Português, fundado em Março de 1921, começou a ser orientado por uma linha verdadeiramente marxista-leninista que assegurou a justeza da sua orientação, lhe permitiu ligar-se às massas e, não só resistir à repressão fascista, mas desenvolver-se e crescer dentro dessas difíceis condições.
É sabido que o PCP foi o único Partido que o fascismo não foi capaz de suprimir. E é à justa e firme orientação imprimida ao PCP por Bento Gonçalves que se deve, fundamentalmente, esta grande vitória dos comunistas portugueses que é ao mesmo tempo e principalmente, uma vitória da classe operária portuguesa.
Só a classe operária foi capaz de produzir dirigentes revolucionários como Bento Gonçalves, e forjar o único Partido que o fascismo não foi capaz de destruir, não obstante tê-lo sempre como o alvo principal da sua feroz repressão.
Bento Gonçalves, nascido no concelho de Montalegre, Trás-os-Montes, com excepcionais dotes de inteligência, foi o operário mais esclarecido e da mais firme têmpera revolucionária do seu tempo e um dos que mais se sacrificou na luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo.
Bento Gonçalves foi um comunista totalmente entregue à causa da libertação dos trabalhadores.
Bento Gonçalves começou a trabalhar em Lisboa, ainda muito novo, como torneiro de madeira, passando depois a torneiro de metais e foi nessa profissão que deu provas da sua grande capacidade e perícia profissionais.
Como operário do Arsenal da Marinha, ali ganhou a estima e o respeito de todos os seus camaradas de trabalho, pela maneira humana e amiga como sabia viver e conviver com todos os outros companheiros de trabalho. Encabeçando a luta dos operários do Arsenal da Marinha, de cujo sindicato foi o mais activo e mais esclarecido dirigente, Bento Gonçalves impôs-se ao respeito dos próprios dirigentes e directores da empresa.
A sua competência profissional era de tal ordem que nunca qualquer engenheiro, por mais conhecedor que fosse, pôde deixar de reconhecer a invulgar competência do operário calmo, modesto que era Bento Gonçalves. Poder-se-á dizer que um dos traços da sua grandeza e da sua alma de revolucionário estava na sua natural e visível modéstia. (...)
No dia 11 de Setembro de 1974, realizou-se no Arsenal da Marinha, hoje do Alfeite, uma sessão de homenagem à memória de Bento Gonçalves, no dia do 32º aniversário da sua morte, e a que assistiram várias centenas de operários arsenalistas e em que falaram dois camarada do CC do PCP, Pedro Soares e Francisco Miguel, ambos companheiros de Bento Gonçalves no Campo de Concentração do Tarrafal.
Bento Gonçalves - recordêmo-lo aqui uma vez mais - faleceu no Tarrafal com uma biliose quando já tinha cumprido toda a pena a que o próprio tribunal fascista o havia condenado.
A sua morte foi, por várias razões, um verdadeiro assassinato.
Bento Gonçalves foi uma das muitas vítimas das violências e arbitrariedades do regime fascista que nos oprimiu.
Bento Gonçalves era o homem mais simples e comum que podíamos encontrar.
Mas esse homem simples, igual a todos os homens simples, era ao mesmo tempo um homem extraordinário no saber porque, além de inteligente e estudioso, era um gigante no seu porte moral, na maneira como sabia, queria e podia dedicar-se em primeiro lugar e acima de tudo à luta pelo bem-estar e felicidade do povo trabalhador.
Nos momentos mais difíceis da sua vida de lutador, preso ou em liberdade, Bento Gonçalves pensou sempre mais nos seus camaradas do que em si próprio. E nessa atitude - devo dizê-lo - nem sempre teve a nossa concordância.
Nós, os que convivíamos mais de perto com ele, na clandestinidade ou na prisão, entendíamos que ele devia ter mais cuidado consigo próprio, porque nisso também estavam os interesses do Partido e da Revolução.
Vi o camarada Bento Gonçalves pela primeira vez em Moscovo, quando na capital soviética se realizou o VII Congresso da Internacional Comunista.
Bento Gonçalves encabeçava a delegação do nosso Partido ao Congresso e eu já lá me encontrava como aluno da Escola Leninista.
Foi lá também, e nessa mesma altura, que vi pela primeira vez o nosso camarada Álvaro Cunhal, então Secretário da Federação da Juventude Comunista.
Fui companheiro de Bento Gonçalves no Tarrafal desde o mês de Junho de 1940 até à sua morte. Vi morrer Bento Gonçalves. Estava aos pés da sua cama, na chamada enfermaria, quando aquele nosso querido camarada expirou. Foi um momento que não posso esquecer nem aqui descrever com palavras.
Bento Gonçalves era o homem de que todos os presos podiam ser amigos e a quem os próprios inimigos, carcereiros, eram obrigados a respeitar.
A sua grande estatura moral, em situação tão difícil, impunha-se.
Vendo em Bento Gonçalves o Secretário Geral do PCP que eles odiavam e temiam, os carcereiros fascistas não podiam apagar nem ignorar a forte personalidade do revolucionário talentoso que era Bento Gonçalves.
Para comunistas ou não comunistas, Bento Gonçalves foi sempre o amigo, o camarada sempre disposto a prestar a sua ajuda a quem dela precisasse.
Prendendo Bento Gonçalves e condenando-o à morte lenta no Tarrafal, o fascismo privou, não só o nosso Partido mas todo o nosso povo, de um dos seus melhores filhos.
Qualquer país, ao perder um homem como era Bento Gonçalves, fica mais pobre.
O PCP teve em Bento Gonçalves um dos seus principais obreiros.
O PCP, a classe operária portuguesa, o proletariado português, têm fundadas razões para estarem orgulhosos de terem tido como um dos seus mais destacados dirigentes esse operário nascido no concelho de Montalegre, Bento António Gonçalves, cujo nome viverá sempre no coração dos comunistas, da classe operária e de todos os trabalhadores conscientes do nosso País”

Lou Reed nasceu em Brooklyn/Nova Iorque a 2 de março de 1942

Lou Reed nasceu em Brooklyn/Nova Iorque a 2 de março de 1942 e morreu em Long Island/Nova Iorque a 27 de outubro de 2013.
Lou Reed foi um cantor, guitarrista e compositor norte-americano, considerado o 81º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
Foi um dos vocalistas do The Velvet Underground, influenciando Iggy Pop, New York Dolls e David Bowie. Mais tarde toda a cena pós-punk inglesa. Admirador de Edgar Allan Poe e Raymond Chandler, além de James Joyce, a quem faz referências em Blue Mask.
The Velvet Underground foi um fracasso comercial no final dos anos 60, mas o grupo influenciou diversos outras bandas nas décadas seguintes, passando a se tornar uma das bandas mais citadas e influentes da época. Uma celebre frase de Brian Eno mostra a influencia musical da banda "... todo mundo que comprou um desses 30.000 cópias começou uma banda".
Após sua saída do grupo, Reed começou uma carreira solo em 1972.
Ele teve sucesso no ano seguinte com " Walk on the Wild Side ", mas depois não teve o sucesso comercial para que parecia ter potencial.
Reed era conhecido por sua voz inexpressiva diferenciada, letras poéticas e de cunho social crítico a sociedade como pobreza e desigualdade social.
Em maio de 2013 passou por um transplante de fígado. Voltou a ser internado em julho com um quadro de desidratação severa, vindo a morrer em 27 de outubro do mesmo ano.

domingo, 1 de março de 2015

A 1 de Março de 2007 morreu Manuel Bento

A 1 de Março de 1926, morre em Macau, vítima de tuberculose pulmonar, a que não será estranho o uso excessivo de ópio, o advogado, professor e poeta Camilo Pessanha

A 01 de Março de 1565: Estácio de Sá funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro?

Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi ou Sandro Botticelli nasceu em Florença a 1 de março de 1445



Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi ou Sandro Botticelli nasceu em Florença a 1 de março de 1445 e morreu a 17 de maio de 1510, estudou na Escola Florentina do Renascimento.
Foi igualmente receptivo às aquisições introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspectiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido.
As suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola.
Sandro Botticelli usava todas as cores, em especial as cores frias.
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registos da pintura de cunho mitológico, relacionava-se bem no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo frescos para a Capela Sistina.
Foi ainda destacado retratista e o seu talento excepcional de transposição para a linguagem formal as concepções dos seus clientes, tornou-o um dos pintores mais disputados do seu tempo.
A sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, esvaiu-se e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica das suas obras, é que sua arte voltou a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.
Sandro Botticelli era filho de um curtidor de peles, na adolescência trabalhou na casa de um ourives, possivelmente , na oficina de Filippo Lippi , a quem teria ajudado nas decorações da Catedral de Prata.
Botticelli foi sepultado na Igreja de Ognissanti, para a qual pintara, trinta anos antes, a “Êxtase de Santo Agostinho”.
Dedicou boa parte da carreira às grandes famílias florentinas, especialmente a Família Médici, para os quais pintou retratos.
Entre tais obras, destacam-se “Retrato de Giuliano de Medici” e “A adoração dos Magos”. O último rendeu-lhe a admiração e atenção da Família Médici, que o colocou sob sua proteção e patronato. Seus contatos com a Família Médici foram sem dúvidas úteis para que obtivesse proteção e condições para que produzisse várias de suas obras-primas.
Participou dos círculos intelectual e artístico da corte de Lourenço de Médici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão lá presente, o qual pretendeu conciliar com as idéias clássicas. Por exemplo, a sua obra “Minerva e o Centauro”, parece representar a ideia do amor desenvolvida pelo filósofo neoplatônico Marsilio Ficino. Tal síntese expressa-se em “A Primavera” e “O Nascimento de Vénus”, ambas realizadas sob encomenda para enfeitar uma residência dos Médici e que hoje estão expostas na Galeria Uffizi, em Florença, na Itália.
Até hoje não há consenso na interpretação dessas pinturas, embora creia-se que Vénus pode ser vista como fonte do amor divino, tanto do ponto de vista cristão quanto pagão. Assim como o baptismo é o "Renascer em Deus", o nascimento de Vénus remete a esperança do "renascimento". Para A Primavera foi provavelmente buscar inspiração nas odes de Poliziano, nos Faustos de Ovídio e na poesia filosófica De rerum natura deLucrécio.
Nesta linha pagã, destacam-se também a série de quatro quadros “Nastagio Degli Onesti”, produzidos em 1483, nos quais o artista recria uma das histórias do Decameron, de Boccaccio.
Também pintou diversos quadros de temática religiosa, como “A Virgem Escrevendo O Magnificat” (1485); “A Virgem de Granada” (1487) e “A Coroação da Virgem” (1490), todas expostas na Galeria Uffizi, e “Virgem com o Menino e Dois Santos” (1485), exposta nos Museus Estatais de Berlim (Staatliche Museen).
Em 1472 ingressou na Companhia de São Lucas, uma fraternidade dedicada à caridade gerida por artistas. No ano seguinte, Botticelli foi chamado a Pisa, para pintar um fresco na catedral da cidade (essa obra foi perdida pelo desgaste do tempo).

Gioachino Antonio Rossini, nasceu em Pésaro/Itália a 29 de fevereiro de 1792



Gioachino Antonio Rossini, nasceu em Pésaro/Itália a 29 de fevereiro de 1792 e morreu em Passy/Paris a 13 de novembro de 1868, com 76 anos.
Rossini foi um compositor erudito italiano, muito popular no seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara.
Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Il barbiere di Siviglia ("O Barbeiro de Sevilha"), La Cenerentola ("A Cinderela") e Guillaume Tell ("Guilherme Tell").
Gioachino Antonio Rossini nasceu numa família de músicos em Pesaro, cidade na costa do mar Adriático, na Itália. O seu pai, Giuseppe, era um trompista e inspector de matadouros, e sua mãe, Anna Guidarini, era uma cantora, filha de um padeiro.
Os pais de Rossini começaram cedo sua educação musical, e aos seis anos de idade ele já tocava o triângulo na banda do seu pai.
O pai de Rossini simpatizava com a Revolução Francesa, e deu as boas-vindas às tropas de Napoleão quando elas invadiram o norte da Itália. Isto tornou-se um problema quando os austríacos restauraram o antigo regime, em 1796. O pai de Rossini foi preso, e sua mãe levou-o para Bolonha, onde ela passou a ganhar a vida como cantora nos diversos teatros da região da Romanha, onde seu pai eventualmente pode juntar-se a eles. Durante todo este tempo, Rossini freqüentemente foi deixado sob os cuidados de sua avó, já idosa, que não podia controlar efetivamente o garoto.
Após o retorno do seu pai, Rossini permaneceu em Bolonha, sob os cuidados de um talhante de porcos, enquanto seu pai tocava a trompa nas orquestras dos mesmos teatros em que Anna cantava.
O garoto teve aulas de cravo durante três anos com Giuseppe Prinetti, de Novara; este seu professor, que costumava tocar as escalas com apenas dois dedos.
Através da amigável interposição do Marquês Cavalli, a sua primeira ópera,”La cambiale di matrimonio”, foi produzida em Veneza quando ele era um jovem de apenas 18 anos.
No entanto, dois anos antes, já tinha recebido o prémio no Conservatório de Bolonha para sua “cantata Il pianto de Armonia sulla morte de Orfeo”.
Entre 1810 e 1813, em Bolonha, Roma, Veneza e Milão, Rossini seguiu produzindo óperas de sucesso variável. A memória destas obras foi suplantada pelo enorme sucesso de sua ópera Tancredi.
O libreto foi uma adaptação feita por Gaetano Rossi da tragédia Tancrède de Voltaire.
Vestígios de Ferdinando Paër e Giovanni Paisiello estão inegavelmente presentes em alguns fragmentos da música. Contudo, qualquer sentimento crítico por parte do público foi afogado pela apreciação de tais melodias como "Di tanti palpiti … Mi rivedrai, ti rivedrò", que se tornou tão popular que os italianos cantavam-na em multidões nos tribunais até que o juíz ordenasse que parassem.
Rossini continuou a escrever óperas para Veneza e Milão durante os anos seguintes, mas a sua recepção era fria e, em alguns casos, insatisfatória após o sucesso de Tancredi.
Em 1815 retira-se para a sua casa em Bolonha, onde Domenico Barbaia, o empresário do teatro de Nápoles, concluiu um acordo com ele para a tomar a direcção musical do Teatro San Carlo e do Teatro Del Fondo em Nápoles, escrevendo para cada um deles uma ópera por ano.
O seu vencimento deveria ser 200 ducados por mês; a este valor juntar-se-ia uma parte dos lucros das mesas de jogo instaladas no ridotto do teatro, que se elevava a cerca de 1000 ducados por ano. Este era um acordo extremamente lucrativo para qualquer músico profissional nessa altura.
Alguns compositores mais velhos, em Nápoles, nomeadamente Zingarelli e Paisiello, estavam inclinados à intriga contra o sucesso do jovem compositor, mas toda essa hostilidade foi fútil face ao entusiasmo com que foi recebida a execução na corte de Elisabetta, regina d'Inghilterra, na qual Isabella Colbran, que posteriormente se tornou a esposa do compositor, desempenhou um papel principal.
O libreto da ópera feito por Giovanni Schmidt, foi em muitos aspectos uma antecipação do que seria apresentado ao mundo alguns anos mais tarde, em Kenilworth de Sir Walter Scott.
Esta ópera foi a primeira em que Rossini escreveu os ornamentos das árias em vez de deixá-los a cargo dos cantores, e também a primeira em que o recitativo secco foi substituído por um recitativo acompanhado de um quarteto de cordas.
A sua mais famosa ópera foi apresentada em 20 de Fevereiro de 1816, no Teatro Argentina, em Roma.
O libreto de Cesare Sterbini, uma versão da polémica peça de Beaumarchais, Le Barbier de Séville, era o mesmo que havia sido utilizado por Giovanni Paisiello no seu próprio Barbiere, uma ópera que tinha beneficiado de popularidade na Europa durante mais de um quarto de século.
Mais tarde, Rossini afirmou ter escrito a ópera em apenas doze dias.
Foi um estrondoso fracasso quando fez a sua estreia como Almaviva; os admiradores de Paisiello ficaram extremamente indignados, sabotando a produção assobiando e gritando durante todo o primeiro acto.
Contudo, pouco tempo depois da segunda apresentação, a ópera tornou-se tão bem sucedida que a fama da ópera de Paisiello foi transferida para a de Rossini, para quem o título O Barbeiro de Sevilha passou como um património inalienável.
Em 1822, Rossini casou com a soprano Isabella Colbran.
A produção de seu Guilherme Tell em 1829 marca o final da sua carreira como escritor de óperas. O libreto foi escrito por Étienne Jouy e Hippolyte Bis, e posteriormente revisto por Armand Marrast. A música é notável pela sua liberdade relativamente às convenções descobertas e utilizadas por Rossini nas suas obras anteriores, e marca uma fase de transição na história da ópera. Embora seja uma boa ópera, hoje em dia raramente é ouvida na íntegra, pois a sua versão original tem uma duração superior a quatro horas.
Em 1829 Rossini voltou para Bolonha. A sua mãe tinha morrido em 1827, e ele estava ansioso por estar com seu pai. Diligências com vista ao seu regresso a Paris, com um novo acordo, foram afectadas pela abdicação de Carlos X e pela Revolução de Julho de 1830. Rossini, que considerava o tema de Fausto para uma nova ópera, regressou a Paris em Novembro daquele ano.
Seis movimentos do seu Stabat Mater foram escritos em 1832 e os restantes em 1839, o ano da morte do seu pai.
O sucesso desta obra é comparável com os seus sucessos em óperas; mas seu comparativo silêncio durante o período de 1832 até sua morte em 1868 faz sua biografia parecer quase a narrativa de duas vidas - uma vida de rápido triunfo, e a longa vida de reclusão, da qual os biógrafos nos dão imagens na forma de histórias da sagacidade cínica do compositor, as suas especulações na cultura de peixes, a sua máscara de humildade e indiferença.
A sua primeira esposa morreu em 1845 e em 16 de Agosto de 1846, ele casou com Olympe Pélissier, que havia posado para Vernet no seu quadro de Judite e Holofernes.
Distúrbios políticos levaram Rossini a abandonar Bolonha, em 1848.
Depois de viver durante um tempo em Florença, instalou-se em Paris em 1855, onde a sua casa era um centro da sociedade artística.
Ele morreu na sua casa de campo em Passy numa sexta-feira, 13 de Novembro de 1868 e foi sepultado no cemitério Père Lachaise, em Paris, França.
Em 1887, os seus restos mortais foram transferidos para a Basílica da Santa Cruz, em Florença, onde agora repousam.

Frédéric François Chopin, também chamado Fryderyk Franciszek Chopin nasceu em Żelazowa Wola/Polónia a 1 de Março de 1810



Frédéric François Chopin, também chamado Fryderyk Franciszek Chopin nasceu em Żelazowa Wola/Polónia a 1 de Março de 1810 e morreu em Paris a 17 de Outubro de 1849, muito novo, com 39 anos.
Chopin foi um pianista polaco radicado em França e um enorme compositor para piano da era romântica.
É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história.
A sua técnica refinada e sua elaboração harmónica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.
Chopin era filho de mãe polaca e pai francês-expatriado. Aclamado em sua terra natal como uma criança prodígio, aos vinte anos Chopin deixou a Polónia para sempre. Em Paris, fez carreira como intérprete, professor e compositor, e adotou a versão francesa dada aos seus nomes, Frédéric-François. De 1837 a 1847 teve uma relação turbulenta com a escritora francesa George Sand. Sempre com a saúde frágil, morreu em Paris aos 39 anos, vítima de tuberculose.
Toda a obra existente de Chopin inclui o piano assumindo algum papel (predominantemente como um instrumento solo), e suas composições são amplamente consideradas como repertório essencial para este instrumento.
Na maioria das vezes a sua música é tecnicamente exigente, mas seu estilo, no geral, enfatiza mais a dança e a profundidade expressiva do que o virtuosismo técnico.
Ele inovou com novas formas musicais, como a balada e introduziu significantes inovações nas formas existentes, como a piano sonata, a valsa, o noturno, o estudo, o improviso e o prelúdio.
Alguns citam suas obras como "os principais pilares" do romantismo na música erudita do século XIX.
Além disso, Chopin mostrou-se nacionalista mesclando sua música com elementos eslavos, hoje as suas mazurcas polacas são fundamentais para a música clássica nacional polaca.
Em 1829, em Varsóvia, Chopin ouviu Niccolò Paganini tocar e conheceu também o compositor e pianista alemão Johann Nepomuk Hummel.
Também em 1829, Chopin conheceu o seu primeiro amor, uma estudante de canto chamada Konstancja Gładkowska.
Em agosto de 1829, três semanas depois de sair do Conservatório de Varsóvia, Chopin fez uma brilhante estréia, em Viena. Ele fez duas apresentações de piano e recebeu muitas opiniões e comentários favoráveis, juntamente com outros que criticaram o baixo tom que ele produziu com o piano.
Em dezembro de 1829, no Merchant's Club de Varsóvia, ele realizou a première do seu Concerto para piano em fá menor.
Em 17 de março de 1830, no Teatro Nacional de Varsóvia, ele fez a primeira apresentação de seu outro concerto para piano, em mi menor.
Em 2 de novembro de 1830, Chopin deixou Varsóvia para dar concertos na Europa Ocidental.
Ele nunca regressou à Polónia. Ao fim do mês, eclodiu o Levante de Novembro e sua companhia de viagem Titus Woyciechowski voltou para casa para participar.
Chopin permaneceu em Viena, em certa ansiedade pelos seus entes queridos.
Então, visitou Munique e Estugarda (onde ele teve conhecimento da ocupação da Polónia pelo exército do Império Russo) e em setembro de 1831 chegou a Paris.
Ele já tinha produzido um portfólio de importantes composições, incluindo seus dois concertos para piano e alguns de seus estudos Op. 10.
Em 1833, Chopin publicou cinco Mazurcas, o Trio para piano, violino e violoncelo, três Noturnos, os doze grandes estudos dedicados a Liszt e o Concerto em Mi menor.
Em 1834, publicou a grande Fantasia sobre árias polacas, o Krakowiak para o piano e orquestras, três outros Noturnos e o Rondó em Mi bemol maior.
Em Paris, Chopin fez várias visitas e passeios. Neste mesmo ano, com Hiller, visitou um Festival Musical Rhenish em Aachen, organizado por Ferdinand Ries.
Lá, Chopin e Hiller se encontraram com Mendelssohn, e os três passaram a visitar Düsseldorf, Koblenz e Colónia, usufruindo da companhia uns dos outros e tocando e aprendendo música juntos.
Em 1835, Chopin organizou um encontro da sua família em Karlsbad. Lá ele conheceu o Conde Franz von Thun-Hohenstein, cujas filhas Chopin havia ensinado em Paris. O conde convidou Chopin e seus pais para ficarem no seu castelo familiar no Elba, Děčín. Depois os pais de Chopin voltaram a Varsóvia; ele nunca os veria novamente.
Voltou a Paris passando por Dresden, onde permaneceu algumas semanas, e, depois, por Leipzig, onde se encontrou com Mendelssohn, Schumann e Clara Wieck. Na viagem de volta, ele teve um ataque brônquico tão grave que alguns jornais polacos informaram que ele havia morrido.
Em 1836, Chopin tornou-se noivo de uma jovem polaca de 17 anos, Maria Wodzińska, cuja mãe insistiu para que o compromisso fosse mantido em segredo.
No ano seguinte, o noivado foi cancelado pela sua família.
Em 1848, Chopin deu seu último concerto em Paris, além de visitar a Inglaterra e a Escócia com a sua aluna e admiradora Jane Stirling. Eles chegaram a Londres em novembro, e, embora tenha conseguido dar alguns concertos e apresentações de salão.
Ele voltou a Paris, onde em 1849 e ficou incapaz de ensinar e se apresentar.
Sua irmã, Ludwika, que tinha dado a ele as primeiras lições de piano, cuidou dele no seu apartamento na Praça Vendôme, nº 12. Nas primeiras horas de 17 de outubro Chopin morreu.
Até 2008 acreditou-se que morreu de tuberculose, estudos de Wojciech Cichy, da Faculdade de Medicina da Universidade de Poznan atribuíram a sua morte a uma fibrose cística.

Harold George Belafonte, Jr. nasceu em Nova Iorque a 1 de março de 1927



Harold George Belafonte, Jr. nasceu em Nova Iorque a 1 de março de 1927, é um músico, cantor, ator, ativista político e pacifista norte-americano de ascendência jamaicana.
Um dos mais bem sucedidos artistas de origem caribenha da história, foi apelidado de "Rei do Calypso" por popularizar o ritmo caribenho nos Estados Unidos nos anos 50.
Durante sua carreira tem sido um consequente ativista político, envolvido em lutas pelos direitos civis e diversas causas humanitárias e um grande amigo da revolução cubana.
Belafonte nasceu no Harlem, o bairro negro pobre da cidade de Nova Iorque e na infância viveu na Jamaica, país natal de sua mãe.
De volta aos Estados Unidos, fez o colegial numa escola pública da cidade e serviu na marinha durante a Segunda Guerra Mundial.
No fim dos anos 40, começou a ter aulas de arte dramática junto com Marlon Brando, Tony Curtis e Sidney Poitier, enquanto trabalhava junto ao teatro negro americano.
Anos depois, receberia um Prêmio Tony por seu trabalho nos palcos da Broadway.
Belafonte iniciou sua carreira na música como cantor em night-clubs de Nova Iorque para pagar as suas aulas de ator.
O seu repertório misturava o pop com o folk ianque, pelo qual se interessou ao voltar da guerra.
Em 1952 conseguiu um contrato de gravação com a empresa RCA Victor e quatro anos depois seu álbum Calypso explodiu, sendo o primeiro LP a vender mais de um milhão de cópias no país.
Foi este disco que apresentou o Calypso ao público local e o consagrou como "Rei", apelido pelo qual ele tinha fortes reservas.
Durante os anos sessenta, além de ganhar dois prêmios Grammy e seis discos de ouro, introduziu diversos novos artistas ao público ianque, notadamente a cantora sul-africana Miriam Makeba com quem gravou diversas músicas anti-apartheid.
Um dos seus álbuns de sucesso, de 1962, traz a primeira gravação registada de um jovem tocador de harmónica chamado Bob Dylan.
Com a chegada dos Beatles aos Estados Unidos e a invasão do rock inglês nos espectáculos musicais, o sucesso de Belafonte começou a diminuir.
Mesmo sem o mesmo status de astro dos primeiros anos, ele continuou a fazer grandes shows pelo país e pelo mundo até 2003, quando anunciou que se retiraria dos palcos.
Belafonte sempre foi reconhecido como um dos grandes ativistas políticos dos Estados Unidos e dos mais consequentes. Apesar de famoso nas artes, isto nunca lhe protegeu da discriminação racial, especialmente no sul do país, onde se recusou a se apresentar entre 1954 e 1961. Neste período, como muitos outros, foi colocado na Lista Negra pelo Macartismo, tendo dificuldades para trabalhar.
Grande seguidor do Movimento dos Direitos Civis e um dos confidentes de Martin Luther King, levantou milhares de dólares para libertar sob fiança centenas de manifestantes presos e foi um dos organizadores da famosa Marcha sobre Washington.
Em 1968, ele e sua amiga, a cantora Petula Clark, protagonizaram uma cena pioneira na tv ianque, num programa especial da cantora britânica na rede NBC.
Durante a gravação, enquanto cantavam juntos e sorriam um para o outro, Petula, branca, segurou por instantes nos braços e ombros de Harry, levando o patrocinador, a marca de automóveis Plymouth, a querer retirar a cena da edição final, por medo da reação do público.
Petula recusou-se ameaçando impedir a transmissão do programa todo, pois ele era de sua propriedade (The Petula Clark Show) e a questão, entre a gravação e a exibição provocou grande discussão na imprensa.
Quando o show foi finalmente ao ar, sem cortes, provocando grandes índices de audiência, mostrava pela primeira vez na história duas pessoas de cores diferentes tendo contato físico carinhoso durante uma transmissão de televisão .
Em 1985 foi um dos organizadores do grupo de artistas que gravou a famosa música "We Are the World" que vendeu milhões de cópias em todo mundo e ganhou um Premio Grammy, e se apresentou ao vivo no super concerto Live Aid.
Em 1987 foi nomeado embaixador da boa vontade da Unicef.
Nesta função, foi a Ruanda e África do Sul, levantando fundos de ajuda e denunciando a miséria, exploração e racismo existente em grande escala no continente africano.
Desde o começo da carreira ele tem sido um feroz crítico da política externa ianque e, a partir dos anos 80, começou a dar declarações polémicas aos meios de comunicação, defendendo o fim do embargo económico a Cuba, elogiando as iniciativas de paz da ex-União Soviética, condenando a invasão de Granada, honrando a memória do Casal Rosenberg e elogiando Fidel Castro.
Harry Belafonte chamou a atenção por seus comentários políticos contra o governo Bush e a Guerra do Iraque.
Sendo um dos primeiros artistas a apoiar publicamente o jornalista e documentarista Michael Moore em sua cruzada cívica contra a eleição de George Bush e a invasão do Iraque, um de seus comentários mais ácidos foi feito durante uma entrevista a uma rádio de San Diego, quando acusou, usando palavras de um de seus mentores ideológicos, Malcom X, os então Secretários de Estado dos Estados Unidos, Colin Powell e Condoleeza Rice, de serem usados como serviçais úteis do governo branco e direitista de George Bush.
Frases famosas de Harry Belafonte:
“Não importa o que diga o grande tirano e terrorista do mundo, George W. Bush, estamos aqui para lhe dizer que não centenas, nem milhares, mas milhões de pessoas nos Estados Unidos apóiam o seu governo e a sua revolução” (dirigindo-se a Hugo Chaves quando de uma sua ida à Venezuela acompanhado de outro artista e activista Danny Glover)
“Qual a diferença entre uns terroristas e outros terroristas?” (comparando o governo americano aos autores dos atentados do 11 de Setembro)
“Harry Belafonte, o Patriota” (o que ele gostaria que aparecesse no seu epitáfio se pudesse escolher)

Tabuaço - Onde a Natureza Sorri





No Portugal interior há um lugar de mistérios ancestrais, lugar de árvores frondosas e altas vertentes de luz; caminhos rasgados num paraíso natural.
Tabuaço mostra o rosto entre socalcos e uma paisagem a perder de vista. Neste lugar, o rio Douro estende um manto de águas tranquilas.
Imagine agora um lugar onde o património religioso é um dos pilares da história. Respire esta aragem sagrada.
Neste lugar, a festa é um longo pátio que chama gente de todo o concelho. O povo debulha em hinos de solenidade e alegria as sementes de uma tradição que se acende todos os anos, como demonstra a contenda entre os foliões do fundo de vila e cimo de vila. Nas ruas e praças, o sagrado dá as mãos ao profano num iluminar de folguedo. Gente de todas as idades e profissões numa alegria contagiante. Rostos e corpos que voam num carrossel de emoções.
E nesta paisagem quem é que fica indiferente ao convite da população que se junta em animados convívios e fartas merendas?
E mesmo ali ao lado o rio Távora espreguiça-se tranquilamente entre outeiros e vinhedos.
Casas de granito. Janelas sem trancas. Gente de coração aberto. Gestos hospitaleiros de quem sabe acolher viajantes.
Olha-se para esta imensidão e sente-se de imediato o cheiro a uva: a riqueza das riquezas de Tabuaço. Por estes socalcos a vinha cresce abençoada por um sol fecundo. É dura a jornada, mas os cestos vão tomando o corpo e cheiro. A delicadeza, o esforço, corte certeiro do cacho, sublinhado sempre com a alegria e cânticos. Da vinha para o lagar, a uva é sangue puro que corre. A marcha dos pisadores prolonga-se pela madrugada. Sintonia perfeita numa árdua caminhada. Amadurece nas encostas e lagares. Depois o vinho ganha finalmente cor, cheiro, timbre. À volta de uma mesa chega o momento sagrado do brinde.
Mas o vinho é apenas uma das atrações nesta terra de múltiplos sabores. O azeite de Tabuaço. O pão de Tabuaço. São produtos de excelência numa terra em que as mãos criadoras encontram em velhas receitas os segredos dos autênticos paladares. E na mesa rústica serve-se a tradição às fatias.
O impulso criador desta gente alarga-se também ao artesanato. Transformam xisto e outros materiais em peças únicas: miniaturas modeladas ao detalhe, graças à inspiradora paisagem envolvente.
São olhos rubros que despontam nas cerejeiras. Porque lhe chamam a melhor cereja do mundo? Fruto de muito trabalho é colhida por mãos calejadas. A cereja é tratada como cristal frágil. Carnuda e luzidia a cereja de Távora é cuidadosamente embalada antes de chegar ao consumidor.
O paraíso na montanha. Um assombro de pureza. Neste lugar qualquer família é tocada por um ambiente de absoluta tranquilidade. Longe do mar, perto da natureza. Tabuaço oferece também todas as condições para o gozo pleno dos tempos livres ou de umas férias tranquilas longe do bulício do litoral.
A serena respiração do Douro convida a largos e calmos passeios. Depois há abrigos de charme, conforto e acolhedores serviços de mesa.
Tabuaço não é um postal imperfeito.
Aqui até os desportos radicais têm palcos singulares. E quem olha de cima descobre facilmente como é tentador pedalar por estas encostas.
Tabuaço é uma porta aberta às famílias. Aqui celebra-se o regresso à infância. As crianças lançam as sementes do futuro e tudo se renova num chão fértil de possibilidades.
Tabuaço, onde a natureza sorri!

Ammaia

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Dino Zoff nasceu em Mariano del Friuli/Itália a 28 de Fevereiro de 1942



Dino Zoff nasceu em Mariano del Friuli/Itália a 28 de Fevereiro de 1942 e é um ex-futebolista italiano.
Zoff entrou para a história como o jogador de futebol mais velho a ser campeão de um Mundial da FIFA, feito acontecido em 1982, em que Zoff tinha quarenta anos e, era o capitão da seleção italiana.
Ainda nesse Mundial, Zoff tornou-se o segundo guarda redes a levantar a taça de campeão mundial; o primeiro foi outro goleiro italiano, Giampiero Combi, também italiano, no Mundial de 1934.
Guarda redes de grande técnica e habilidade, Zoff foi considerado um dos melhores na sua posição. Disputou 112 jogos com a seleção italiana (59 jogos como capitão), sendo o terceiro jogador que mais atuou pela Azzurra, a seguir a Paolo Maldini e Fabio Cannavaro.
A carreira de Zoff começou em 24 de setembro de 1961, quando tinha apenas dezenove anos, estreando-se na Serie A pela Udinese, num jogo contra a Fiorentina.
Duas épocas depois, em 1963, transferiu-se para a equipa do Mantova, na qual ficou durante quatro épocas, até 1967, quando foi contratado pelo Napoli e se estreou na seleção italiana.
Em 1968, esteve entre os jogadores da seleção italiana que conquistou a Eurocopa de 1968, disputada na Itália, o seu primeiro título como jogador e, durante os quartos-de-final, Zoff fez a sua estreia como guarda redes da seleção, no jogo contra a Bulgária.
Zoff estreou-se em Mundiais em 1970, no México, como suplente de Enrico Albertosi, e com o qual se revezou várias vezes no posto de guarda redes titular da seleção, até o ano de 1972, quando Albertosi decidiu parar de jogar pela seleção, fazendo com que o lugar de guarda redes titular passasse definitivamente para Zoff, no qual ficou por onze anos.
No mesmo ano, Zoff foi contratado pela Juventus.
Foi a partir desse ano que Zoff se consagrou, conquistando praticamente todos os títulos da sua carreira.
No seu primeiro ano na Juventus, Zoff esteve sem sofrer golos durante 903 minutos (entre 3 de dezembro de 1972 e 18 de fevereiro de 1973).
Em 1974, Zoff estrear-se-ia como titular num Mundial, mas a Itália fez uma campanha fraca, sendo eliminada na primeira fase.
Depois da boa campanha da seleção italiana (quarto lugar) no Mundial de 1978, disputado na Argentina, Zoff voltaria a defender a baliza italiana no Mundial de 1982, na Espanha.
Depois de um difícil começo, na primeira fase daquele mundial, onde obteve três empates seguidos, a Azzurra reagiu, passando seguidamente os maiores favoritos ao título. Com perfeitas atuações, Zoff, como capitão da equipa, levantou a taça no jogo final contra a Alemanha.
Zoff encerrou sua carreira como jogador em 2 de junho de 1983, pela Juventus, passando a ocupar o lugar de treinador de guarda redes e, em 1988, iniciou a sua carreira como treinador na Juventus, conquistando a Taça da UEFA e a Taça de Itália em 1990, além de um terceiro lugar no campeonato nacional.
O capitão do tri italiano acabou eleito o melhor jogador do país nos cinquenta anos da UEFA, nos Prêmios do Jubileu da entidade.
Em 1988, Zoff assumiu o comando da seleção olímpica italiana, classificando-a para a disputa dos Jogos Olímpicos de Seul.
Como jogador Dino Zoff ganhou 6 campeonatos italianos pela Juventus ( 1972-73, 1974-75, 1976-77, 1977-78, 1980-81, 1981-82), 2 taças de Itália pela Juventus (1978-79, 1982-83) 1 taça UEFA pela Juventus (1976-77), 1 Eurocopa pela Itália (1968) e 1 Mundial pela Itália (1982).
Como Treinador Dino Zoff ganhou 1 Taça de Itália pela Juventus (1989-90) e 1 Taça UEFA pela Juventus (1989-90).

Josef Dieter Maier, mais conhecido por Sepp Maier, nasceu em Haar/Alemanha a 28 de fevereiro de 1944



Josef Dieter Maier, mais conhecido por Sepp Maier, nasceu em Haar/Alemanha a 28 de fevereiro de 1944, foi o maior guarda-redes do futebol alemão, apelidado de “gato”, tinha as pernas curvadas e reflexos super rápidos.
Sepp Maier, O Anjo Irónico tem como os seus maiores feitos as várias defesas que fez na final de 1974, onde a República Federal da Alemanha, com uma equipa inferior venceu a fantástica Holanda de então.
Autor de defesas fantásticas, o divertido Maier foi um dos maiores guarda-redes da história do futebol da Alemanha.
No Mundial de 1978, o atacante alemão Fischer, cercado por repórteres, ouve a pergunta: "Como é que um jogador tão mau como você consegue jogar numa seleção campeã do mundo?" Furioso, o alemão abre caminho em busca do autor da pergunta, quando reparou que era o seu companheiro Sepp Maier numa das suas habituais brincadeiras. Ele destacava-se entre os sisudos alemães pelo seu bom humor, embora não tenha sido o humorista que entrou para a história, mas sim o guarda-redes.
Aos 22 anos, assumiu a camisola número um da Seleção e só a deixou ao encerrar a carreira, quatro Mundiais depois.
Com 1,85 m, pernas arqueadas, cabelos vermelhos e encaracolados, representava um tipo que dava nas vistas. Era o "Anjo", que os adeptos e a imprensa adoravam.
Maier dizia que as suas maiores virtudes eram o controlo absoluto dos nervos, a confiança em si mesmo e o treino, centrando esforços sempre nos trabalhos de cintura e de recuperação.
Mais importante do que as qualidades acima, foi o ser destemido, típico de muitos guarda-redes, que fez de Maier um dos maiores de todos os tempos. Corajoso, oferecia o rosto às chuteiras adversárias em saídas arrojadas. A sua atuação contra a Holanda de Cruyff na final do Mundial de 1974 entrou para a história do futebol.
O seu bom humor também se revelavou ser uma arma. "Quando ele erguia o tom de voz e dizia algo duro, todos corríamos para resolver. Era assustadora a transformação do rosto de anjo em diabo", garante o defesa do Bayern e da Seleção Schwarzenbeck.
Maier usava o humor até nas situações de crise: o poderoso Bayern fazia uma terrível campanha em 1975 e andava na zona de despromoção. Após uma reunião para tratar da crise, os jogadores fugiram da imprensa. Apenas Maier encarou os microfones e falou solenemente. "Enviamos um pedido à Federação Alemã pedindo que nossos adversários joguem com um a menos. Quem sabe se assim deixe de sobrar um atacante livre na minha frente!"
A alegria de Maier sofreu um abalo em julho de 1979. Num acidente de automóvel teve fraturas nas costelas, na clavícula e no braço, lesões no fígado, no pulmão e no diafragma.
Ficou seis meses a treinar com dureza para voltar, mas já não era o mesmo. O sorriso tornara-se difícil, as brincadeiras acabaram.
Sepp Maier jogou sempre no Bayern Munique, de 1965 até 1980 e actuou 95 vezes pela seleção do seu país.
Sepp Maier foi amigo de infância de Franz Beckenbauer. Beckenbauer um certo dia sugeriu-lhe que fossem jogar futebol com os meninos e Maier a princípio recusou, pois não tinha a mesma intimidade com a bola como o amigo. Beckenbauer convenceu-o então para que, pelo menos jogasse na baliza. Assim a sorte foi para o futebol, pois ganhou um ENORME GUARDA-REDES!

Linus Carl Pauling nasceu em Portland/EUA a 28 de Fevereiro de 1901



Linus Carl Pauling nasceu em Portland/EUA a 28 de Fevereiro de 1901 e morreu em Big Sur/Califórnia/EUA a 19 de Agosto de 1994.
Linus Pauling foi um extraordinário químico quântico e bioquímico dos Estados Unidos.
Também é reconhecido como cristalógrafo, biólogo molecular e pesquisador médico.
Para além de tudo isto foi um homem interventivo politica e socialmente, em diversas ocasiões, sempre defendendo a paz, contra a guerra nuclear, onde participou com outros cientistas, com especial destaque Albert Einstein. Esteve contra a guerra no Vietnam e contra as intervenções dos EUA noutros países.
Obteve vários prémios e distinções, mas faço questão de referir o Prémio Nobel da Quimica em 1954, o Prémio Nobel da Paz em 1962 e o Prémio Lenine da Paz, da URSS, em 1970.
Pauling é amplamente reconhecido como um dos principais químicos do século XX.
Foi pioneiro na aplicação da Mecânica Quântica em química e, em 1954, foi galardoado com o Nobel de Química pelo seu trabalho relativo à natureza das ligações químicas.
Também efectuou importantes contribuições relativas à determinação da estrutura de proteínas e cristais, sendo considerado um dos fundadores da Biologia Molecular.
Durante as suas investigações esteve perto de descobrir a estrutura em hélice dupla do ADN, descoberta essa efectuada mais tarde por James Watson e Francis Crick, em 1953.
Ele é ainda referenciado como sendo um académico versátil, devido à sua intervenção e perícia em campos diversos como a Química Inorgânica, Química Orgânica, Metalurgia, Imunologia, Anestesiologia, Psicologia e Radioactividade.
Pauling recebeu o Nobel da Paz de 1962, pela sua campanha contra os testes nucleares e é a única personalidade a ter recebido dois Prémios Nobel não compartilhados.
Mais tarde, na sua carreira científica, advogou o uso em maiores proporções, em dietas, de vitamina C e outros nutrientes.
Generalizou as suas ideias nesta área com vista a definir Medicina Ortomolecular, que ainda é vista como método não ortodoxo pela Medicina convencional.
Pauling popularizou as suas ideias, análises, pesquisa e visões em vários livros de sucesso, mas controversos, sobre a temática da vitamina C e Medicina Ortomolecular.
Pauling não exerceu qualquer actividade política até à Segunda Guerra Mundial, mas este conflito mundial mudou a sua vida profundamente, tornando-se activista pela paz.
Por altura do início do Projecto Manhattan, que levaria ao fabrico da primeira bomba atómica, Pauling recebeu uma oferta de Robert Oppenheimer, para encabeçar o departamento de química do projecto. Pauling recusou a proposta.
Em 1946, juntou-se ao Comité Emergencial de Cientistas Atómicos, dirigido por Albert Einstein.
A missão deste comité era alertar para os perigos associados ao desenvolvimento de armas nucleares.
Esta actividade de Pauling levou ao confisco de seu passaporte em 1952 pelas autoridades americanas, quando se dirigia para um congresso em Londres.
O seu passaporte foi-lhe devolvido em 1954, pouco antes de se deslocar a Estocolmo, a fim de receber o Prémio Nobel da Quimíca.
No ano seguinte, Linus Pauling assinou o Manifesto Russell-Einstein, juntando o seu nome ao de Bertrand Russell, Albert Einstein e outros oito cientistas e intelectuais, que apelavam para a busca de soluções pacíficas face à ameaça armamentista.
Dois anos depois, Pauling redigiu uma petição com o biólogo Barry Commoner.
Este tinha estudado a presença de estrôncio-90 radioactivo nos dentes de leite de crianças dos Estados Unidos, concluindo que os testes nucleares na atmosfera tinham riscos para a saúde pública, em forma de precipitação radioactiva.
Também participou num debate público com o físico atómico Edward Teller, sobre os riscos reais de mutações genéticas provocadas por estas precipitações.
Em 1958, Pauling e a sua esposa apresentaram, perante a Organização das Nações Unidas uma carta assinada por mais de 11 mil cientistas, pedindo a suspensão dos testes nucleares.
A pressão da opinião pública conduziu a uma moratória relativa a teste nucleares de superfície, seguida pela assinatura do Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares, por 113 países, em 5 de Agosto de 1963.
Entre os subscritores, estavam John F. Kennedy pelos Estados Unidos e Nikita Khrushchov pela União Soviética.
O tratado entrou em vigor em Outubro desse ano.
Logo após, Pauling recebeu o Nobel da Paz de 1962 (o prémio foi reservado para que a data de entrega coincidisse com a data de entrada em vigor do tratado).
A descrição do Prémio dizia:
....a Linus Pauling, que desde 1946 tem advogado incessantemente, não somente contra os testes nucleares, nem somente contra a proliferação das armas nucleares, nem somente contra o seu uso, mas contra qualquer forma de resolver os conflitos internacionais pela via bélica.
Quando foi anunciado o prémio, o Departamento de Química de Caltech, ciente das suas visões políticas, não lhe endereçou qualquer tipo de congratulação.
Contrariamente, o Departamento de Biologia ofereceu-lhe uma pequena festa, demonstrando assim a sua simpatia pelo seu trabalho sobre mutações induzidas por radiação.
A desaprovação institucional relacionada com o actividade deste extraordinário homem e cientista, Linus Pauling, motivou que este renunciasse do seu posto em Caltech, no ano de 1964.
Depois disso, veio a trabalhar na Universidade da Califórnia (San Diego), de 1967 a 1969 e mais tarde na Universidade de Stanford, de 1969 a 1973.
Muitos dos detractores de Pauling apreciavam o seu trabalho científico, mas estavam em desacordo com a sua posição política, chegando a vê-lo como um porta-voz do comunismo soviético.
Em 1955, Pauling foi ordenado a comparecer diante do Subcomité de Segurança Interior do Senado, que o descreveu como "a personalidade científica número um, relacionada com virtualmente todas as actividades importantes da ofensiva pacifista-comunista que existe neste país".
Pauling voltou a apresentar-se a este subcomité por várias vezes mais, em especial quando enviou a sua petição contra os testes nucleares.
A revista Life descreveu o Nobel da Paz atribuído a Pauling como "um estranho insulto da Noruega".
Em 1970, Pauling recebeu o Prémio Lenin da Paz, na URSS.
Até ao fim da sua vida, Pauling fez-se valer da sua notoriedade como personalidade pública, para protestar contra os conflitos armados, incluindo a guerra do Vietname.
Foi também um crítico do intervencionismo dos Estados Unidos na América Latina, especialmente na Nicarágua.

A 28 de fevereiro de 1904, Cosme Damião, juntamente com um grupo de amigos, deu início à vida de um clube o Sport Lisboa, embrião do futuro Sport Lisboa e Benfica.







Em Lisboa, na freguesia de Belém, Cosme Damião, juntamente com um grupo de amigos do bairro praticantes habituais de futebol, deu início à vida de um clube, ao marcar um treino para 28 de fevereiro de 1904.
Nesta data surgiu o Sport Lisboa, embrião do futuro Sport Lisboa e Benfica.
Dois anos depois, fundava-se o Sport Clube de Benfica, com quinze sócios apenas, mas que passou a dispor de um campo de jogos na Quinta da Feiteira.
Da fusão de ambos os clubes nasce, a 13 de setembro de 1908, o Sport Lisboa e Benfica.
A nova agremiação, essencialmente vocacionada para o futebol adoptou o equipamento do Sport Lisboa: camisola encarnada e calção branco.
Para além do futebol, praticavam-se no clube modalidades como o atletismo e o ciclismo, onde se distinguiram, respetivamente, Francisco Lázaro, falecido quando corria a Maratona Olímpica de 1912, Luís Gato e Alfredo Piedade.
Mas a popularidade crescente do futebol determinava que, em 1913, o clube inaugurasse o seu novo campo - o Parque de Sete Rios, em Palhavã.
Três anos mais tarde, o clube mudava novamente as suas instalações e a sede, para a Avenida Gomes Pereira, em Benfica.
Cândido Oliveira e António Ribeiro dos Reis foram dois desportistas que se destacaram nesta altura no futebol benfiquista e, posteriormente, no desporto nacional.
Os primeiros títulos nacionais de futebol foram obtidos com as vitórias nos Campeonatos de Portugal, de 1929/30 e de 1930/31, que projetaram também um dos primeiros ídolos dos benfiquistas - o avançado e goleador Vítor Silva.
No Campeonato da Primeira Liga concretizaram-se os sucessivos triunfos nas épocas de 1936/37/38, tornando o clube tri-campeão, enquanto que a Primeira Taça de Portugal é ganha pelo clube em 1940, alinhando então na equipa o notável atleta, Guilherme Espírito Santo - campeão nacional de futebol e de atletismo pelo Benfica.
Outros nomes como Luís Xavier, Francisco Albino, Alfredo Valadas, Francisco Ferreira, Julinho e Arsénio entraram, nesta época para o historial do futebol benfiquista.
Na década de 30, outras modalidades, como o ciclismo, lançam atletas de renome como José Maria Nicolau e foi confiada à equipa de hóquei em patins do Benfica a representação oficial do país no Campeonato Europeu.
No atletismo sobressaíram Álvaro Martins Vieira, também internacional de râguebi, e iniciaram-se Matos Fernandes e Tomás Paquete.
O desenvolvimento desportivo implicou, obviamente, o aumento das instalações do clube destinadas à prática das diversas modalidades.
Em 1925, é inaugurado o Campo das Amoreiras com a lotação de 15 000 lugares, considerado na época um dos maiores da Península Ibérica.
Em 1941, o clube volta a mudar as suas instalações, desta vez para o Campo Grande, inaugurado com um imenso desfile dos atletas do clube.
Dos dirigentes do clube, destaca-se Manuel da Conceição Afonso, conhecido como o "Presidente-Operário" e várias vezes Presidente da Direção nas décadas de 30 e 40.
Após a Segunda Guerra Mundial, a época de 1949/50 simbolizou a aposta do clube nos destinos europeus.
O Benfica, sob o comando do técnico inglês Ted Smith conquistou então, o Campeonato Nacional e a Taça Latina.
Como primeiros internacionais do clube ficaram os jogadores: Bastos, Jacinto, Corona, Arsénio, Rogério e Rosário.
Na década de 50, o Benfica soma novos títulos no Campeonato Nacional, em 1950, 1955 e 1957 e na Taça de Portugal, em 1951, 52 e 53. Evidenciaram-se nesta altura jogadores como: José Águas, Coluna, Cávem, Zézinho e outros.
Em 1954, após uma ampla campanha de subscrição de fundos entre os sócios, e sob a presidência de Joaquim Ferreira Bogalho, é inaugurado o Estádio do Benfica (na altura designado por Estádio da Luz), ampliado no decénio seguinte com a construção do Terceiro Anel.
Na época de 1960/61, mais propriamente a 31 de maio de 1961, o Benfica sob o comando do técnico Bela Guttman obteve a sua primeira vitória europeia, contra o Barcelona, na Taça dos Clubes Campeões Europeus, título que renovou na época seguinte, em 1961/62, num jogo disputado com o Real Madrid.
Jogadores como Costa Pereira, Neto, Cruz, Águas, Santana, Coluna, Mário João, José Augusto, Cávem, Simões, Germano e Eusébio, entre outros constituíram a equipa que levou o Benfica às vitórias europeias.
Eusébio, o "Pantera Negra" considerado um dos melhores jogadores europeus de sempre, tornou-se quase uma instituição quer do Benfica, quer de Portugal.
Nesta época deu-se a expansão da polivalência desportiva do clube, que conquistou títulos nacionais noutras modalidades como: o atletismo, no qual se destacaram, entre outros, António Faria, Cumura, Imboá, Rui Mingas e José Galvão; o hóquei em patins, no qual se destacaram Perdigão, Ramalhete, Mário Lopes, Cruzeiro e Livramento; o basquetebol, no qual se destacaram José Alberto, Joaquim Carlos, Manuel Campos, Júlio Campos, Mário Machado, Jorge Silva e Armando Simões; e, finalmente, o ciclismo, no qual se destacaram Peixoto Alves, Valada e Firmino Bernardino.
A partir da década de 70, o Benfica incrementou a prática de modalidades, quer a nível profissional, quer a nível amador, como o andebol, o bilhar; o campismo, a ginástica, a natação, a pesca desportiva, o râguebi, o ténis, o tiro com arco e o voleibol.
No futebol destacaram-se várias gerações de jogadores: Toni, Néné, Humberto Coelho, Bento, Pietra, Chalana, Shéu, Carlos Manuel, Rui Águas, etc.
Na presidência do clube notabilizaram-se os Presidentes: Borges Coutinho, J. Ferreira Queimado e Fernando Martins.
O Benfica assume, então, como divisa "Et Pluribus Unum", a águia como símbolo e utiliza, no equipamento principal, as cores vermelho e branco.
Na década de 90, na época de 90/91, o Sport Lisboa e Benfica, com a equipa de futebol, treinada por Sven Eriksson, vence o Campeonato Nacional de Futebol e obtém êxitos na natação, no hóquei, no ténis feminino e no voleibol. A época de 91/92 fica marcada pela participação da equipa de futebol na taça UEFA, pela Supertaça de Hóquei em Patins e pelas vitórias do basquetebol benfiquista na Taça da Europa. Em 92/93 a equipa de futebol do Benfica vence a Taça de Portugal, o basquetebol e o hóquei bisam os títulos da época anterior, e a equipa de natação masculina ganha o Campeonato Nacional. No Clube inicia-se a prática de Taekwon-Do. Na época seguinte, o Benfica vence o seu 30.o Campeonato de Futebol, sendo semi-finalista na Taça das Taças. Em 1994 o Benfica conquista então títulos, na natação, no atletismo, no andebol, no hóquei e no basquetebol. Na época de 94/95, o basquetebol continua a somar ótimos desempenhos, vencendo todas as provas nacionais e duas vitórias na liga dos Campeões. Na época seguinte, a equipa de futebol vence a Taça de Portugal e o atletismo Masculino, o Basquetebol e o Andebol somam títulos. Na época de 96/97, a equipa de futebol é finalista da Taça de Portugal e o hóquei conquista mais um campeonato nacional.
Em 2003, no dia 25 do mês de outubro, o Benfica inaugura o novo Estádio da Luz, que foi escolhido para palco da final do Euro 2004. A festa de inauguração ficou marcada pelo encontro que o Benfica venceu por 2-1 ao Nacional de Montevideo. A 22 de maio de 2005, e depois de 11 anos sem ganhar a principal prova de futebol portuguesa, o Benfica conquistou a Superliga ao empatar no último jogo do campeonato com o Boavista no Estádio do Bessa.
Em 2009/2010 e em 2013/14 o Benfica conquistou o Campeonato Nacional de Futebol.


António José Parreira do Livramento nsceu em São Manços a 28 de Fevereiro de 1943



António José Parreira do Livramento nsceu em São Manços a 28 de Fevereiro de 1943 e morreu em Lisboa a 7 de Junho de 1999 com apenas 56 anos, mais conhecido como António Livramento , foi um jogador de hóquei em patins português, considerado por muitos o melhor jogador do Mundo de todos os tempos.
Conquistou incontáveis títulos durante a sua longa carreira, tanto de jogador, como de treinador.
Entre esses troféus, destacam-se os 3 Mundiais e 7 Europeus, ganhos pela selecção portuguesa e a Taça dos Campeões Europeus, ganha ao serviço do Sporting CP.
Já com Livramento a viver na zona de Lisboa, um técnico do Futebol Benfica, o popular “FóFó” e um grande homem, de nome, Torcato Ferreira, achou que o jovem teria jeito para o hóquei em patins.
Torcato logo o convidou a aparecer no rinque do "Fófó". Só perante muita insistência da parte de Torcato Ferreira, Livramento decide experimentar, passando a partir daí o futebol para segundo plano.
Em 1959, o Benfica contrata o jovem de apenas 16 anos, numa operação algo complicada.
É praticamente de imediato chamado à selecção de juniores por António Raio.
A sua estreia é auspiciosa, contra a Bélgica, no Campeonato da Europa de juniores, marcando três golos na vítória por 5-1. É eleito melhor jogador do torneio e vence o troféu de melhor marcador.
O jovem Livramento passa a representar a equipa principal do Benfica, ainda com 16 anos. Conquista 2 campeonatos nacionais consecutivos e em 1961 era já um valor seguro da patinagem nacional.
Sem surpresa sagra-se Campeão Europeu ao serviço da selecção portuguesa de seniores.
O jovem prodígio aponta 17 golos, os mesmos do colega de equipa, Fernando Adrião.
Logo no ano seguinte a dupla Livramento/Adrião torna-se imparável e Portugal torna-se Campeão do Mundo de hóquei em patins.
O Mundial disputou-se em Santiago do Chile e um momento mágico aconteceu nesse Maio de 1962.
No jogo disputado entre Portugal e a Argentina, um jogador português tem a bola na parte de trás da baliza. Começa a fintar um por um, toda a equipa argentina, até marcar um golo de levantar o pavilhão, em absoluto delírio. Esse jogador era António Livramento, que pede para sair de ringue, emocionado.
Em 1963, torna-se pela segunda vez Campeão da Europa, e em 1965, repete a façanha europeia de Portugal, marcando sete dos 17 golos da vitória lusitana sobre a Bélgica.
O melhor jogador do Mundo de hóquei era ele, e já ninguém duvidada desse facto.
O seu jogo é atraente, mas igualmente eficaz.
Até à sua saída do SL Benfica, em 1970, ajuda decisivamente as Águias a conquistarem 6 campeonatos nacionais e 1 Taça de Portugal, tornando-se assim na grande força da modalidade em Portugal.
Ao serviço da selecção, vence o seu quarto título Europeu consecutivo, em 1967, e um ano depois, na cidade do Porto, marca 42 golos em nove jogos do Mundial, quase metade dos da selecção nacional (92).
Por três vezes marca dez golos (Japão, Nova Zelândia e Suíça) num só jogo.
Conquistava novamente o título de melhor marcador, mas mais importante, sagrava-se campeão mundial pela segunda vez na sua carreira.
A sua fama crescente provoca uma transferência para Itália, para representar o Hóquei Club de Monza.
A aventura acaba por não correr da melhor forma, para Livramento, que não conquista qualquer título para o seu novo clube.
Para complicar ainda mais as coisa, fica pela primeira vez fora da selecção, quando Portugal se sagra novamente, em 1971, Campeão da Europa.
Esta sua privação de representar o seu país, levou-o a decidir-se pelo regresso a Lisboa, no ano seguinte.
Venceu mais dois campeonatos nacionais, pelo Benfica, em 1972 e 1974.
Ao sucesso pelo SL Benfica juntou mais três triunfos memoráveis pela selecção nacional, sagrando-se pela terceira vez Campeão Mundial, em 1974, na capital portuguesa e mais duas vezes campeão da Europa, em 1973 e 1975.
Depois de conquistar o seu terceiro título de campeão mundial, em 1974, a estrela portuguesa da patinagem acaba a ligação com o Benfica, depois de ter conquistado 7 campeonatos nacionais e 1 Taça de Portugal.
Passa a representar o Banco Pinto & Sotto Mayor, onde trabalhava.
Num tempo em que o desporto era amador, Livramento não era jogador de hóquei a tempo inteiro e acumulava a actividade desportiva com o seu trabalho.
Ao seu serviço do seu novo clube, venceu mesmo o campeonato nacional da II Divisão.
Em 1976 volta a representar um grande do desporto português, neste caso o eterno rival do seu anterior clube, o Sporting.
Vence tudo o que havia para ganhar, campeonato, Taça de Portugal e o troféu que faltava ao hóquei português, a Taça dos Campeões Europeus.
O triunfo na maior prova europeia de clubes surge com facilidade, após duas vitórias sobre os espanhóis do CP Vilanova, por 6-0 e 6-3, na final da competição.
Os leões tinham a melhor equipa nacional da altura, com o cinco base da selecção portuguesa: Ramalhete (guarda redes), Rendeiro, Sobrinho e Xana António Livramento.
Conquista o seu 7º título europeu por Portugal, numa final contra a rival Espanha, incendiada nos minutos finais pelas agressões entre Livramento e um jogador espanhol.
O jogo termina com uma invasão de campo.
Após términus do mesmo, declara "é a última vez que jogo pela Selecção. Em tantos anos nunca coisa semelhante me aconteceu. Tive de reagir depois do Ortega me ter agredido, quando vi o osso de fora…a minha saída não afectará Portugal".
Pela selecção nacional fez 209 jogos e marcou 425 golos.
Depois de uma temporada fabulosa ao serviço do Sporting, volta a tentar o hóquei italiano e ingressa no Amatori Lodi.
A passagem por terras italianas dura um só ano e logo regressa aos leões para terminar a sua carreira, em 1980.
Era o ponto final da carreira da maior estrela do hóquei em patins nacional e de um dos melhores jogadores mundiais de sempre.
Depois de abandonar os ringues, começa um novo desafio, como treinador.
Conduz o Sporting a triunfos europeus, com a vitória na Taça das Taças, em 1981 e na Taça CERS, em 1984.
Venceu ainda 2 campeonatos nacionais e 1 Taça de Portugal.
Treinou ainda o Bassano, de Itália, antes de vencer mais cinco títulos internacionais, desta feita ao serviço da selecção: três Europeus e dois Mundiais, com destaque para a vitória em 1993, conquistada em Itália.
Foi a primeira conquista em 31 anos, depois do último troféu conquistado fora de terras lusitanas.
Em 1998 é convidado para treinar o FC Porto e na mesma temporada conquista o campeonato e a Taça de Portugal, perdendo de forma inglória a final da Liga dos Campeões, por penaltys, para os espanhóis do Igualada HC.
A última homenagem que lhe foi feita em vida, foi o seu nome a ser atribuído à Supertaça de Portugal em hóquei em patins, troféu disputado entre o campeão nacional e o vencedor da Taça de Portugal.
António Livramento morreu repentinamente a 5 de Junho de 1999, com apenas 55 anos, vítima de uma trombose, deixando o País em choque e comoção, pela perda de uma das suas grandes estrelas do desporto.


Christina Lathan nasceu em Brehmer/Altdöbern/RDA a 28 de fevereiro de 1958



Christina Lathan nasceu em Brehmer/Altdöbern/RDA a 28 de fevereiro de 1958 e é uma ex-atleta da República Democrática Alemã (RDA), campeã olímpica em Montreal 1976.
Christina começou no atletismo aos onze anos de idade, em 1969, e em 1975, aos 17 anos, ganhou três medalhas de ouro no Campeonato Europeu Júnior, nos 400 metros, na estafeta de 4x100 metros e na estafeta dos 4x400 metros.
Em 1976, estabeleceu um novo recorde mundial para os 400 m, 49s77, o primeiro record eletrónico da distância abaixo de 50s, recorde este quebrado um mês depois pela multicampeã polaca Irena Szewińska.
Nos Jogos Olímpicos de Montreal, poucos meses depois, ela conquistou a medalha de prata na prova, atrás de Szewińska, mas sagrou-se campeã olímpica na estafeta dos 4x400 m, juntamente com Brigitte Rohde, Ellen Streidt, bronze na prova individual, e Doris Maletzki, batendo o recorde olímpico e mundial da prova.
No ano seguinte, mais uma medalha de ouro na estafeta, no Mundial de Atletismo.
Em 1978, medalha de prata na prova individual e mais um ouro com na equipa da estafeta da RDA, no Campeonato Europeu de Atletismo e o bicampeonato na estafeta no Mundial de 1979.
Christina Lathan regressou aos Jogos Olímpicos em Moscovo 1980, conquistando a medalha de bronze na prova individual dos 400 m, atrás de compatriota Marita Koch e da checa Jarmila Kratochvílová.
Na estafeta 4x400 m, como única sobrevivente da equipa campeã olímpica de Montreal, ficou com a prata, junto com Gabriele Löwe, Barbara Krug e Marita Koch.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A Conferência de Berlín 1884/1885



Ruy de Belo nasceu em São João da Ribeira/Rio Maior a 27 de Fevereiro de 1933 e morreu em Queluz a 8 de agosto de 1978, com 45 anos e foi um importante poeta e ensaísta português.
Em 1951 entrou para a Universidade de Coimbra como aluno de Direito e tornou-se membro da Opus Dei.
Concluiu o curso de direito em Lisboa, em 1956, ano em que partiu para Roma, doutorando-se em direito canónico pela Universidade S. Tomás de Aquino (Angelicum), dois anos depois, com uma tese intitulada "Ficção Literária e Censura Eclesiástica".
Regressado a Portugal, trabalhou no campo editorial e em 1961 entrou na Faculdade de Letras de Lisboa, recebendo uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para investigação, abandonou a Opus Dei e foi leitor de Português em Madrid entre 1971 e 1977.
Exerceu, ainda que brevemente, um cargo de director-adjunto no então Ministério da Educação Nacional, mas o seu relacionamento com opositores ao regime da época, a participação na greve académica de 1962 e a sua candidatura a deputado, em 1969, pelas listas da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, levaram a que as suas actividades fossem vigiadas e condicionadas.
Ocupou, ainda, um lugar de leitor de Português na Universidade de Madrid (1971-1977).
Regressado, então, a Portugal, foi-lhe recusada a possibilidade de leccionar na Faculdade de Letras de Lisboa, dando aulas na Escola Técnica do Cacém, no ensino nocturno. Em 1991 foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Sant'iago da Espada.
Foi, na sua passagem pela imprensa, director literário da Editorial Aster e chefe de redacção da revista Rumo, os seus primeiros livros de poesia foram Aquele Grande Rio Eufrates de 1961 e O Problema da Habitação de 1962.
Às colectâneas de ensaios Poesia Nova de 1961 e Na Senda da Poesia de 1969, seguiram-se obras cuja temática se prende ao religioso e ao metafísico, sob a forma de interrogações acerca da existência. É o caso de Boca Bilingue de 1966, Homem de Palavras(s) de 1969, País Possível de 1973, antologia), Transporte no Tempo de 1973, A Margem da Alegria de 1974, Toda a Terra de 1976 e Despeço-me da Terra da Alegria de 1977.
O versilibrismo dos seus poemas conjuga-se com um domínio das técnicas poéticas tradicionais. A sua obra, organizada em três volumes sob o título Obra Poética de Ruy Belo, em 1981, foi, entretanto, alvo de revisitação crítica, sendo considerada uma das obras cimeiras, apesar da brevidade da vida do poeta, da poesia portuguesa contemporânea.
Apesar do curto período de actividade literária, Ruy Belo tornou-se um dos maiores poetas portugueses da segunda metade do século XX, tendo as suas obras sido reeditadas diversas vezes.
Destacou-se ainda pela tradução de autores como Antoine de Saint-Exupéry, Montesquieu, Jorge Luís Borges e Federico García Lorca.
Vítima de um edema pulmonar, a sua morte precoce, em 1978, colheu de surpresa uma série de escritores que lhe dedicam, no mesmo ano, uma “Homenagem a Ruy Belo”.
Para António Ramos Rosa, "A poesia de Ruy Belo é uma incessante reflexão sobre o tempo e a morte e a incerta identidade do sujeito que em vão procura o lugar originário onde se encontraria o ser na sua totalidade [...]. A incerteza e uma profunda frustração, muitas vezes impregnada de uma trágica ironia, dominam esta procura do lugar ontológico e da degradação existencial".


Djalma Santos nasceu em São Paulo/Brasil a 27 de fevereiro de 1929



Dejalma dos Santos , mais conhecido como Djalma Santos nasceu em São Paulo/Brasil a 27 de fevereiro de 1929 e morreu em Uberaba/Brasil a 23 de julho de 2013, com 84 anos.
Djalma Santos foi um extraordinário futebolista brasileiro que em 1997 e 2000 foi eleito pela FIFA como o melhor defesa-direito de todos os tempos, que participou na selecção brasileira em quatro mundiais, 1954, 1958, 1962 e 1966 e que venceu dois deles (1958 na Suécia e 1962 no Chile).
Djalma foi ídolo no Palmeiras, onde jogou 498 jogos durante nove anos e conquistou
vários títulos, na Portuguesa, onde despontou no futebol profissional e disputou 434 jogos, e no Atlético Paranaense, onde encerrou a carreira, já com 42 anos.
Foi eleito o melhor defesa-direito da história do futebol pela FIFA, por especialistas, inaquéritos, jornais, revistas e meios de comunicação de todo o mundo como, por exemplo, a Revista Placar em 1981; a Revista Venerdì, 1997; a Tarde Newspaper (2004) e novamente na revista Placar na sua última pesquisa.
Mais recentemente, também foi eleito o melhor defesa-direito da história do futebol pela revista ilustrada "Brasil de todas as Copas" da Panini (2013).
Segundo Nelson Rodrigues: “Djalma Santos põe, no seu lançamento lateral, toda a paixão de um Cristo Negro”
Segundo a revista Placar: "Ele nasceu para ser o maior. A sua biografia é uma coleção de vitórias técnicas e morais. Um monumento de simplicidade e modéstia".
Disputou mais de cem partidas pela Seleção Brasileira de Futebol, incluídos os Mundiais de 1954, 1958, 1962 e 1966. Ele e Pelé, são os únicos a iniciarem pelo menos uma partida como titular da Seleção Brasileira em quatro Mundiais.
Ele e Franz Beckenbauer, são os 2 únicos jogadores do mundo, a terem sido escolhidos 3 vezes o melhor jogador em sua posição em Copas do Mundo (Mundiais). Djalma foi eleito para o All-Star Team dos Mundiais de 1954, 1958 e 1962.
Terminou a carreira sem ter sido expulso uma única vez .
Djalma Santos faleceu em Uberaba, em Minas Gerais, aos 84 anos de idade, decorrente de paragem cardio-respiratória.