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domingo, 29 de março de 2015

A 29 de Março de 1998 - Inauguração da Ponte Vasco da Gama

Carlos Alberto Ferreira Braga, conhecido como Braguinha e também por João de Barro nasceu no Rio de Janeiro/Brasil a 29 de março de 1907



Carlos Alberto Ferreira Braga, conhecido como Braguinha e também por João de Barro nasceu no Rio de Janeiro/Brasil a 29 de março de 1907 e morreu no Rio de Janeiro/Brasil a 24 de dezembro de 2006, foi um compositor brasileiro, famoso pelas suas marchas de carnaval.
Braguinha estudava Arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes e resolveu adoptar o pseudónimo de João de Barro, justamente um pássaro arquiteto, porque o pai não gostava de ver o nome da família a circular no ambiente da música popular, mal visto na época.
Pseudônimo este que adoptou quando passou a integrar o Bando dos Tangarás, ao lado de Noel Rosa, Alvinho e Almirante.
Em 1931 resolve deixar a Arquitetura e dedicar-se à composição.
No carnaval de 1933, consegue os primeiros grandes sucessos com as marchas “Moreninha da Praia” e “Trem Blindado”, pouco antes do fim do Bando de Tangarás, ambas interpretadas por Henrique Foréis Domingues, mais conhecido como Almirante, que se casou no ano seguinte com sua irmã Ilka.
As suas composições são conhecidas e cantadas por todos os brasileiros: Pirata da Perna de Pau, Chiquita Bacana, Touradas de Madri, A Saudade mata a Gente, Balancé, As Pastorinhas, Turma do Funil e muitas outras.
A sua musicografia completa, inclusive com versões e músicas infantis, ultrapassa os 420 títulos, uma das maiores e de maiores sucessos da música popular brasileira.
Em 1937, fez a letra para uma das composições mais gravadas da música popular brasileira, o samba “Choro Carinhoso”, feito por Pixinguinha vinte anos antes.
Lançado por Orlando Silva, Carinhoso fez mais de cem gravações a partir de então, por Dalva de Oliveira, Isaura Garcia, Ângela Maria, Gilberto Alves, Elis Regina, João Bosco e outros.
Na década de 1940, passou a fazer dobragens para produções cinematográficas realizadas pelo Walt Disney.
Os seus parceiros mais constantes foram: Alberto Ribeiro, médico homeopata e grande amigo, Alcyr Pires Vermelho, António Almeida e Jota Júnior.
Faleceu aos 99 anos, em 24 de dezembro de 2006, vítima de falência múltipla dos órgãos, provocada por infecção generalizada.


Pearl Mae Bailey nasceu em Newport News, Virgínia/EUA a 29 de Março de 1918



Pearl Mae Bailey nasceu em Newport News, Virgínia/EUA a 29 de Março de 1918 e morreu em Filadélfia, Pensilvânia/EUA a 17 de Agosto de 1990, foi uma cantora e actriz norte-americana.
Os seus pais eram o reverendo Joseph Bailey e a sua esposa Ella Mae.
Em 1954 interpretou o papel de Frankie na versão cinematográfica de “Carmen Jones” e a sua interpretação do tema "Beat Out That Rhythm on the Drum" é um dos momentos altos do filme.
Também participou no musical da Broadway “House of Flowers”.
Quando se iniciou no cinema contava já com grande experiência no teatro e até chegou a ajudar o jovem Tony Bennett, dando-lhe um emprego como cantor num espectáculo seu.
Foi graças a ela que Bob Hope se iniciou como artista.
Em 1959, foi Maria na versão filmada de “Porgy and Bess”, protagonizada por Sidney Poitier e Dorothy Dandridge.
Nesse ano também fez o papel de "Aunt Hagar" em St. Louis Blues, com Mahalia Jackson, Eartha Kitt e Nat King Cole.
Nos anos setenta teve o seu próprio programa de televisão e também deu voz a personagens de desenhos animados de Disney, tais como “Tubby the Tuba” (1976) e “The Fox and the Hound “(Tod y Toby) (1981).
Voltou à Broadway em 1975, com o papel principal de “Hello Dolly”.
Posteriormente, em 1985, consiguiu uma licenciatura em Teología pela Universidade de Georgetown, em Washington, DC .
Em 1987, Bailey ganhou um Daytime Emmy pela sua actuação como fada madrinha no programa televisivo da ABC Cindy Eller: “A Modern Fairy Tale”.
Esteve casada com John Randolph Pinkett desde 31 de agosto de 1948 até março de 1952, de quem se divorciou. A 19 de novembro de 1952 casou-se com o baterista de jazz Louie Bellson, de quem teve dois filhos.
Pearl Bailey faleceu devido a falha cardíaca a 17 de Agosto de 1990.


Teófilo Stevenson Lawrence nasceu em Puerto Padre/Cuba a 29 de março de 1952



Teófilo Stevenson Lawrence nasceu em Puerto Padre/Cuba a 29 de março de 1952 e morreu em Havana/Cuba a 11 de junho de 2012, com 60 anos, foi um pugilista cubano, tricampeão olímpico dos peso pesados e considerado por muitos como o maior pugilista amador de todos os tempos.
O seu pai, Teófilo, era um imigrante anglófono, da ilha antilhana de São Vicente e a sua mãe, Dolores, apesar de nascida em Cuba, era filha de imigrantes procedentes de São Cristóvão. Por isso, Teófilo, o filho, falava inglês com fluência.
O seu pai também era pugilista e Teófilo seguiu a mesma carreira, com mais facilidades que o pai pois começou a actuar em socialismo, com forte apoio ao desporto.
Conhecido como o Gigante del Central Delicias, ele conquistou o ouro olímpico em três Olímpiadas seguidas (Munique 1972, Montreal 1976 e Moscovo 1980) e em diversos campeonatos mundiais amadores, na categoria de pesos pesados (mais de 90 kg).
Dos 321 combates em que participou, em vinte anos de carreira, venceu 301 e nunca perdeu por KO.
Com 1,90 m de altura e peso médio de 93 kg, foi considerado o maior pugilista não profissional de todos os tempos.
É conhecido o facto de ter recebido várias ofertas de dinheiro – fala-se em até cinco milhões de dólares – para que se tornasse profissional e fosse residir nos Estados Unidos, ofertas essas que foram rechaçadas publicamente, pela sua dedicação e participação activa na revolução cubana!
Por várias vezes, anunciou-se que Stevenson lutaria contra Muhammad Ali, mas problemas técnicos (número de assaltos e local da luta) e o boicote dos EUA à revolução cubana impediram que a luta se realizasse.
Depois de disputar, em 1986, o campeonato mundial em Reno, nos Estados Unidos, Teófilo decidiu retirar-se dos ringues.
Em 2006, ocupou um cargo de diretor da federação cubana de boxe.
Foi deputado da Assembleia Nacional Popular de Cuba.
Nos últimos anos da sua vida, ele foi vice-presidente da Federação Cubana de Boxe e trabalhou na Comissão Nacional de Atendimento a Atletas Retirados e no Instituto Nacional dos Desportos e Educação Física.
Stevenson morreu num hospital de Havana em 11 de junho de 2012, aos 60 anos, vítima de um enfarte agudo do miocárdio.

Nathalie Cardone nasceu em Pau/França a 29 de março de 1967



Nathalie Cardone nasceu em Pau/França a 29 de março de 1967 e é uma atriz e cantora francesa.
O seu pai era siciliano e a sua mãe era espanhola.
Nathalie apareceu pela primeira vez em telas francesas em 1988, no filme Drole D’endroit Pour Une Rencontre, ao lado de Gérard Depardieu e Catherine Deneuve.
Mas foi apenas com um pequeno papel no filme La Petite Voleuse que a sua carreira tomou força.
Ela produziu vários top singles: Popular, Mon Ange e a mais famosa de todas, “Hasta Siempre”, uma música cubana homenageando Che Guevara.


Alfredo da Assunção Dinis nasceu em Lisboa, na freguesia de Marquês de Pombal, a 29 de março de 1917



Alfredo da Assunção Dinis nasceu em Lisboa, na freguesia de Marquês de Pombal, a 29 de março de 1917 e morreu, assassinado pela Pide em Bucelas a 4 de julho de 1945, quando tinha 28 anos!
Filho de José Lobato Dinis e de Cardra da Assunção Dinis, viveria no Beco de João Alves, na Ajuda, até ser preso em 1938.
Começa a trabalhar como operário metalúrgico na Parry & Son, ao mesmo tempo que estudava à noite numa escola industrial, tirando o curso de desenhador.
Em 1936 adere às Juventudes Comunistas e ao Socorro Vermelho Internacional, tendo uma activa militância num Comité de Zona de Lisboa e no Comité Local.
Do seu pseudónimo de organização, Alexandre, ficará apenas o diminutivo “Alex”.
No dia 25 de Agosto de 1938 é preso às 7h30 da manhã, no Cais do Sodré e o motivo da sua captura não deixa dúvidas “Por ordem superior dos Serviços Secretos”.
Julgado a 8 de Março de 1939, no Tribunal Militar Especial, ao todo cumpre 18 meses de cadeia, acrescido de um período de 5 anos de suspensão dos direitos políticos. A 21 de Março do mesmo ano dá entrada no Depósito de Presos de Peniche, onde cumpre a restante pena.
Entre 1941 e 1942 é responsável da célula da Parry & Son e pelo Comité Local de Almada. No final de 1942, sendo responsável pela organização local, é um dos impulsionadores das greves ocorridas em toda a Região de Lisboa.
Em 1943 é chamado a fazer parte do Comité Regional de Lisboa e em Julho e Agosto desse ano é, uma vez mais, o grande organizador e impulsionador das greves que se verificam na Região de Lisboa e na Margem Sul, em que participam cerca de 50 mil trabalhadores.
Pouco depois, entra na clandestinidade, escapando à onda repressiva que se abate sobre a região.
Ainda em Novembro de 1943 é eleito para o Comité Central do PCP, no seu III Congresso (I Ilegal).
A sua actividade leva-o a estar presente nas organizações regionais de Lisboa, Margem Sul e Ribatejo e, em 1944, está novamente na condução das greves de 8 e 9 de Maio, pertencendo ao Comité Organizador das Greves, naquela que ficaria como a “Greve do Pão”, onde participaram milhares de operários e camponeses.
Em 1945 foi eleito para a Comissão Política do Comité Central e, pouco depois, a 4 de Julho, foi assassinado a tiro por agentes da PVDE, na estrada que liga Bucelas, no concelho de Loures, a Sobral de Monte Agraço, mais precisamente na localidade de Bemposta, Estrada Nacional 115, ao quilómetro 71,2.
Alfredo Dinis participou ativamente na organização das greves de Novembro de 1942 na margem Sul do Tejo, de julho e agosto de 1943 e de 8 e 9 de maio de 1944, e nas manifestações da vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial.
Foi assassinado pela brigada do inspector da PIDE José Gonçalves, em 4 de julho de 1945, na estrada de Bucelas, no concelho de Mafra, quando se dirigia para uma reunião clandestina com Joaquim Campino e António Dias Lourenço.

sábado, 28 de março de 2015

Carlos Costa nasce a 28 de Março de 1928



Carlos Costa nasce a 28 de Março de 1928 (87 anos), em Fafe (vila que foi um centro de luta antifascista). Frequentava o 1.º ano do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras quando foi preso pela 1.ª vez (com 20 anos). A sua formação e percurso político foram muito influenciados pelo seu pai (Manuel José da Costa), republicano, progressista e com ideias muito avançadas para a época.
1943 – Adere ao PCP (tinha 15 anos)
1946 – É um dos fundadores do MUD-J (Movimento de Unidade Democrática Juvenil), com grande participação na sua organização no Distrito de Braga; foi membro da sua Direcção Liceal no Porto; foi membro da sua Comissão Central.
1947 – Torna-se membro do Comité Local de Fafe, com outros três camaradas, dois dos quais acabaram assassinados pela PIDE.
27/11/1948 – Com 20 anos é preso pela 1ª vez em Lisboa, por actividade política em Fafe (acusação: “exercício de actividades subversivas”).
19/04/1949 – É entregue ao Tribunal Plenário do Porto e restituído à liberdade sob fiança.
11/02/1950 – É julgado pelo Tribunal Plenário do Porto, conjuntamente com mais 50 militantes e simpatizantes do PCP de Fafe. (Sentença: absolvição por falta de provas; condenado a 1 ano de “medidas de segurança” de internamento por “perigosidade”). (Nota: as “medidas de segurança” nada mais eram do que uma versão de “prisão perpétua”, embora, inconstitucionalmente com efeitos retroactivos e prorrogáveis indefinidamente. Tratava-se de uma medida com o objectivo de “evitar grave perigo de repetição de factos criminosos”.)
1950 – Torna-se funcionário político do MUD-J (enquanto ainda aguardava a sentença do Supremo Tribunal de Justiça relativo ao processo de prisão de 1948).
06/1951 – Torna-se funcionário do PCP, passando à clandestinidade e participando na organização de dezenas de lutas reivindicativas e políticas da classe operária e do povo.
1951 – Torna-se responsável pela Organização do Algarve (escrevendo o Relatório Sobre o Algarve (editado em livro pelas Edições Avante, em 2000).
12/06/1953 – É preso pela GNR de Albufeira, porque a sua casa foi alvo de buscas não motivadas pela actividade política de Carlos Costa, mas sim porque este fora confundido com um indivíduo que na altura era responsável por vários roubos na zona, e que era fisicamente muito parecido consigo. A GNR comunicou à PIDE ter encontrado uma casa do Partido e estes dois organismos fizeram um cerco à vila, tendo prendido Carlos Costa quando este regressava a Albufeira. Nesta ocasião esteve 3 dias num calabouço da GNR, tendo sido transportado no dia 15 para a Cadeia do Aljube, em Lisboa.
12/06 a 5/12/1953 – Foi torturado pela PIDE. Esteve quase sempre incomunicável numa cela do Aljube (“curros”). Passou várias noites na sede da PIDE em interrogatórios contínuos, com agressões físicas graves. Ilegalmente, passou 4 anos preso até ao seu julgamento em prisão preventiva (a lei previa que a prisão preventiva não deveria exceder 1 ano).
05/03/1954 – Teve um castigo em Caxias, no dia em que fazia um ano da morte do Stalin, e, por quem, no parlatório, pediu um minuto de silêncio. Na altura os guardas prisionais não fizeram nada, mas depois foi castigado. Foi várias outras vezes castigado (sendo transferido para o segredo de Caxias, PIDE do Porto, e Aljube).
23/07/1957 – Condenado pelo Tribunal Plenário Criminal de Lisboa, em 10 anos de prisão maior e “medidas de segurança” de internamento de 6 meses a 3 anos prorrogáveis; neste julgamento foi expulso da sala de tribunal na 1.ª audiência por ter declarado que deveriam fazer um minuto de silêncio no qual participaram todos os réus, e advogados, em homenagem a dois camaradas que tinham sido assassinados pela PIDE, e, posteriormente por ter por ter devolvido os insultos a um juiz, (não o deixaram voltar durante todos as audiências seguintes, sendo-lhe lida a sentença nos calabouços do tribunal). (Acusação: ser “membro ou dirigente” do “chamado” Partido Comunista Português, organização “secreta e subversiva que visa por meios violentos alterar a Constituição e a forma do Estado”). Vai para Caxias. Posteriormente foi para Peniche cumprir pena.
03/01/ 1960 – Fugiu da cadeia de Peniche (juntamente com 9 camaradas, entre eles Álvaro Cunhal, e com um GNR); volta à clandestinidade.
04/04/1960 – Foi julgado, à revelia, Pelo Plenário do Tribunal Criminal da Comarca de Lisboa, que lhe agravou a pena anterior em 30 dias de prisão. Do ponto de vista das leis nenhum preso poderia ser julgado por fugir, por isso era uma ilegalidade).
1960 – É eleito para o Comité Central do PCP, onde se manteve até 2008.
1961 – É cooptado para o Secretariado do Comité Central; é responsável pela Direcção Distrital de Lisboa e pela Juventude; é responsável pelo laboratório de falsificação de documentos do PCP; é responsável, por intermédio de Manuel da Silva, pelas tipografias centrais e pela organização de fronteira (a organização responsável pelas passagens clandestinas pela fronteira); faz parte da redacção do jornal Avante.
17/12/1961 – É preso pela PIDE, quando se dirigia para uma casa do partido, onde funcionava um laboratório de falsificação de documentos; aquando desta prisão foram detidos vários camaradas de grande peso no funcionamento do Partido.
17/05/1966 – Foi julgado, ilegalmente à revelia (pois não o levaram a julgamento), estando na altura no Forte de Peniche). (Condenação: 5 anos de prisão e “medidas de segurança” de internamento de 6 meses a 3 anos, prorrogáveis; passou cerca de 8 anos nessa prisão.
08/08/1969 – É posto em liberdade condicional (porque, na altura, saiu uma lei que permitia que um preso fosse posto em liberdade condicional depois de cumprir metade da pena).
03/1970 – Volta à clandestinidade; assume a tarefa de responsável pela Organização Regional do Norte (que abrangia 10 distritos, desde Viana do Castelo até Coimbra).
1972 – Foi relator do Relatório Sobre a Manifestação de 15 de Abril no Porto contra a Carestia da Vida, elaborado pela Direcção Regional do Norte do PCP e editado em livro pela Edições Avante, em 2000.
25/04/1974 – Estava em Matosinhos (onde vivia clandestinamente) quando se deu o 25 de Abril.
1974 a 1989 – Foi membro da Comissão Política do Comité Central. Foi responsável na Comissão Política pela Comissão para as Actividades Económicas. Teve um papel destacado na organização das Conferências do PCP (1977, Conferência Nacional do PCP para a Recuperação Económica, editada em livro com o nome A Saída da Crise;1978, Conferência das Organizações do PCP para a Defesa e Dinamização do Sector Nacionalizado da Economia, editada em livro com o nome As Nacionalizações: Defesa e Dinamização; 1980, Conferência Portugal e o Mercado Comum, editada em 5 volumes; 1985, Conferência Nacional do PCP, editada em 2 volumes com o nome A Via de Desenvolvimento para Vencer a Crise).
1976 – Foi cabeça de lista pelo PCP nas eleições legislativas, pelo círculo eleitoral do Porto.
1976 – 1988 – Foi responsável na Comissão Política pela Frente de Trabalho do Poder Local. Teve um papel destacado: na definição das orientações do PCP para a actuação dos eleitos comunistas nas autarquias locais e para o estilo de trabalho colegial e colectivo e de maior ligação às populações; na preparação de leis fundamentais para o Poder Local (Lei das Atribuições e Competências e Lei das Finanças Locais); na organização da Conferência do PCP sobre o Poder Local – Resolver os Problemas do Povo, defender a Democracia (Almada, 18/10/1981) – o conjunto de trabalhos desta conferência está publicado em 14 volumes, tendo o 1.º livro o título Poder Local no Portugal de Abril – Intervenções de Álvaro Cunhal e de Carlos Costa.
1978 – Foi coautor dos 2 volumes Manual da Gestão Democrática das Autarquias (Colecção Poder Local), editada pela Editorial caminho.
1976 a 1987 – Foi cabeça de lista pelo PCP (em todas as coligações para as eleições para a Assembleia da República), tendo sido eleito em todos esses mandatos, pelo círculo eleitoral do Porto.
1975 a 1990 – Foi membro do Secretariado do Comité Central, onde no âmbito das suas competências desempenhou múltiplas funções e realizou várias tarefas.
1988 a 2004 – Foi membro da Comissão Central de Controlo e Quadros.
1992 a 1996 – Foi membro do Conselho Nacional, criado no XIV Congresso.
Escreveu e escreve dezenas de artigos em jornais e revistas.

REAL COMBO LISBONENSE - O que é que você fazia?

A 28 de Março de 2008 - A Madeira tem em Alberto João Jardim "um exemplo supremo na vida democrática do que é um político combativo", afirma, no Funchal, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, que descreveu o desenvolvimento local como "obra ímpar"

A 28 de Março de 20007 - É inaugurada em Serpa, distrito de Beja, a maior central solar do mundo.

A 28 de Março de 2004 - Morre o ator britânico Peter Ustinov

A 28 de Março de 1985 - Morre o pintor de origem russa Marc Chagall

A 28 de Março de 1941 - A escritora inglesa Virginia Woolf suicida-se no rio Ouse

A 28 de Março de 1939 -- Final da Guerra Civil de Espanha com a rendição de Madrid às forças do general Francisco Franco



28 de Março de 2015 - Dia Nacional da Juventude

28 de Março de 2015 - Dia Nacional dos Centros Históricos

A 28 de Março de 1977, Portugal solicita formalmente a adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE).




Máximo Gorki, pseudónimo de Aleksei Maksimovich Peshkov nasceu em Nijni Nóvgorod/Rússia a 28 de março de 1868



Máximo Gorki, pseudónimo de Aleksei Maksimovich Peshkov nasceu em Nijni Nóvgorod/Rússia a 28 de março de 1868 e morreu em Moscovo a 18 de junho de 1936, foi um escritor, romancista, dramaturgo, contista e ativista político russo.
Gorki foi escritor de escola naturalista que formou uma espécie de ponte entre as gerações de Tchekhov e Tolstoi, e a nova geração de escritores soviéticos.
Gorki nasceu em um meio social pobre, em Nizhny Novgorod, cidade que em 1932 passou a se chamar Gorki. O nome da cidade foi revertido para o nome original em 1991 em regime capitalista.
Órfão de pai, Gorki foi criado pelo avô materno que era tintureiro.
Em 1878, quando sua mãe faleceu teve que deixar a casa do avô para ir trabalhar.
Foi sapateiro, desenhador e lavador de pratos num navio que percorria o Volga, onde teve contato com alguns livros emprestados pelo cozinheiro, o que acabou por despertar a sua consciência política.
Em 1883, com apenas 15 anos, publica dois romances, Romá Gordieiev e Os Três.
Aos 16 anos, muda-se para Kazan, onde tenta cursar gratuitamente a universidade, porém, não consegue e, frustrado, vai trabalhar como vigia num teatro para sobreviver.
Mais tarde torna-se pescador no mar Cáspio e vendedor de frutas em Astrakan.
Como a situação não melhorava, decide ir em busca de melhores oportunidades, e viaja para Odessa com um grupo de nómadas que iam de cidade em cidade à procura de emprego.
Assim, ele exerceu várias profissões, sofre com a miséria, a fome e o frio.
Aos 19 anos volta a morar em Kazan, inicia a sua actividade na vida política, lê Marx e segue os passos de Lenin.
Em 1890 é preso em Nijni-Nóvgorod, acusado de exercer atividades subversivas, pouco tempo depois, foi posto em liberdade e volta a viajar, sem destino.
Publica o seu primeiro conto em 1892, intitulado Makar Tchudra, e, para desviar a atenção das autoridades, que o vigiavam, adopta o pseudónimo Máximo Gorki, o que lhe facilitou um emprego no jornal de Samara, o Saramarskaia Gazieta.
Assim, consegue grande alcance, tanto como jornalista quanto como escritor.
Logo a seguir, Gorki aderiu novamente ao marxismo e militou em inúmeros grupos revolucionários, o que lhe resultou em mais uma temporada na prisão.
Após sair da prisão em 1901, começa a escrever para teatro, escreve Pequenos Burgueses, peça teatral, a qual, segundo críticos atuais, se Gorki escrevesse hoje, não mudaria uma única palavra.
O texto foi concebido em 1900, quando ainda se encontrava preso e Gorki trabalhou algum tempo na peça, até que ela atingisse uma forma satisfatória.
No início tinha o título de: Cenas em Casa dos Bessemov, Esboço Dramático em Quatro Atos.
Na verdade, a peça não segue uma linha de ação única, mas é antes um mosaico de situações e personagens representativas da vida russa da época.
As personagens de Pequenos Burgueses vivem num meio mesquinho, revelando-se quase sempre impotentes para vencer as barreiras desse meio. A impotência, em vários níveis, é o único elemento comum a todas elas. Cada um por seus motivos não consegue romper o asfixiante círculo familiar. A peça mostra o conflito entre os membros de uma família de comerciantes, dominada pela figura do pai autoritário que reprime os impulsos do filho intelectual e da filha deprimida. O único insurgente é o filho adotivo, o ferroviário Nill, que Gorki elege como uma espécie de operário do ano, isto é, um herói que vai conduzir a Rússia à revolução.
Ainda em 1901, em julho, escreve Ralé, peça em que a fala é menos pronunciável e os gestos reconstituídos que o intangível fluxo de almas humanas no interminável e escorregadio contato de uma com as outras. A peça reúne suas cambiantes sobre um foco definido e sua conclusão tem uma firmeza clássica.
Em 1902 acontece a estréia de Pequenos Burgueses no Teatro de Arte de Moscovo, e a peça obtém um grande sucesso, mesmo com os cortes impostos pela censura.
Toma parte, em 1905, na primeira revolução que pretendia derrubar o Czar Nicolau II da Rússia, e após o fracasso da intentona, acabou preso por subversão na cadeia de São Pedro e São Paulo, em São Petersburgo.
No ano seguinte, porém, com a ajuda de outros intelectuais e sob fortíssima pressão da comunidade internacional, as autoridades russas foram obrigadas a libertá-lo.
Organiza, a seguir, o jornal Nóvaia Jizni (Vida Nova), mas é obrigado a abandonar a Rússia.
Vai para os Estados Unidos, mas sua permanência é dificultada pelo embaixador russo, e, é vigiado pelo dono de um jornal de grande alcance, que o acusa de imoralidade pública já que ele se casara pela terceira vez.
Juntamente com sua mulher Maria Budberg, refugia-se em Staten Island, viaja então para a Itália e, em 1906 fixa sua residência em Capri, onde cria uma escola para imigrantes revolucionários que vai até 1914.
Lá, escreve em 1906, Os Bárbaros, a peça de teatro, Os Inimigos, e o romance Mãe em 1907.
Durante esse tempo de tranqüilidade em Capri escreve, Os Últimos em 1908, Gente Esquisita em 1910, Vassa Alheleznova em 1911, Os Kykov em 1912, e a trilogia autobiográfica: Infância', Ganhando meu pão e Minhas Universidades em 1912-13.
Mas a sua obra-prima seria mesmo A Confissão, escrita em 1908.
Com o início da Grande Guerra em 1914, Gorki regressa à Rússia, dirige um jornal mensal Liétopis (crónica). Acompanha a revolução e torna-se grande amigo de Lenin.
Em 1921 adoece gravemente dos pulmões e volta para a Itália, em busca de um clima melhor, permanecendo em Sorrento durante vários anos.
Ali escreve Recordações sobre Lênin em 1924, Os Artamonov em 1925 e A vida de Klim Samgin em 1927-36.
Apesar de sua amizade com Lenin, o escritor só retornou definitivamente à Rússia em 1928, quando então, Gorki decide estabelecer-se definitivamente na União Soviética, apesar de sua saúde precária, transformando-se de imediato na maior figura literária do socialismo.
Escreve então Yegor Bolychov, retratando o fim da classe média por meio da história de um comerciante.
Em 1933, funda, com o apoio de Stálin, o Instituto de Literatura Máximo Gorki, uma incrível iniciativa de um célebre escritor, que não chegara a terminar o ensino secundário e sempre sonhara em tirar um curso superior.
Ainda estava escrevendo A vida de Klim Samgin, quando morreu de pneumonia, em 18 de junho de 1936.
Foi sepultado com todas as honras oficiais e seu féretro acompanhado por Stálin e Molotov.

Sebastián Francisco de Miranda Rodríguez nasceu em Caracas/Venezuela a 28 de março de 1750



Sebastián Francisco de Miranda Rodríguez nasceu em Caracas/Venezuela a 28 de março de 1750 e morreu em San Fernando/Cádiz/Espanha a 14 de julho de 1816, foi um general venezuelano, considerado como precursor da emancipação americana do Império espanhol, conhecido como «El Primer Venezolano Universal», «El Americano más Universal» e com o nome abreviado de Francisco de Miranda, foi o criador da ideia de Colômbia como nação e combatente destacado nos três continentes: África, Europa e América.
Viajou durante grande parte da sua vida, participando em conflitos armados ao serviço de diversos países, entre os quais se destacam três guerras a favor da democracia: a independência dos Estados Unidos, a revolução francesa, acontecimento do qual foi protagonista destacado, pelo qual lhe foi outorgado o título de herói da revolução, e as guerras de independência hispanoamericana.
Apesar de ter fracassado na hora de pôr em prática os seus projectos, o seu ideal político perdurou no tempo e serviu de base para a fundação da Grande Colômbia e os seus ideais independentistas influiram em destacados lideres da emancipação, como Simón Bolívar e Bernardo O'Higgins .
O seu nome está gravado no Arco do Triunfo em París. A sua fotografia está na Galería dos Personagens, no Palácio de Versalles e a sua estátua encontra-se em frente da do General Kellerman, no Campo de Valmy, França.
A sua maior contribuição é provavelmente na luta para a libertação das colónias da Espanha na América do Sul. Miranda teve a visão de um grande império independente ,que consistia em todos os territórios que estavam em poder dos espanóis e portugueses, começando com os territórios da margem do Río Mississipi até à Terra do Fogo, no çponto mais a sul do continente.
Com a ajuda britânica, Miranda realizou uma invasão da Venezuela em 1806. Chegou ao porto de La Vela de Coro a 3 de agosto, onde a bandeira venezuelana tricolor foi içada pela primeira vez, mas ao não encontrar apoio popular, reembarcou dez dias depois.
A 19 de abril de 1810, a Venezuela iniciou o seu processo independentista, pelo que Simón Bolívar persuadiu Miranda de voltar à sua terra natal, onde o fizeram general no exército revolucionário. Quando o país declarou formalmente a independência a 5 de julho de 1811, ele assumiu a presidência com poderes ditatoriais.
As forças realistas contra-atacaram mas Miranda era incapaz de passar à ofensiva pelas constantes deserções nas suas forças.
Miranda tentou resistir ao ataque realista mas a queda de Puerto Cabello em mãos espanholas, a rebelião dos escravos de Barlovento, assim como o crescente número dos exércitos espanhóis que o atacavam, tornaram impossível resistir.
Temendo uma derrota brutal e desesperado, Miranda, para evitar maiores males ao seu povo, assinou um Armisticio com os espanhóis em julho de 1812, na cidade de San Mateo.
Enquanto Miranda esperava no porto de La Guaira, para embarcar para o exterior, um grupo de oficiais, entre eles Bolívar, descontentes com a capitulação de Miranda prenderam-no e entregaram-no aos espanhóis aquele que até aí era o lider dos independentistas.
Miranda foi transportado para o Castelo de San Felipe de Puerto Cabello, donde no principio de 1813 escreve desde a sua cela um memorial à Real Audiência de Caracas exigindo o cumprimento da capitulação de San Mateo.
A 4 de junho de 1813 foi transferido para Espanha e encerrado no calabouço do Presídio das Quatro Torres do Arsenal da Carraca, em San Fernando.
Ali só recebeu algumas notícias e ajuda de alguns amigos.
Miranda planeou escapar até Gibraltar mas um ataque de apoplexia frustou os seus planos e morre aos 66 anos, a 14 de julho de 1816.

Miguel Hernández morreu no seminário de San Miguel, convertido em prisão pelos fascistas espanhóis, com tuberculose pulmonar aguda, a 28 de março de 1942



Miguel Hernández morreu no seminário de San Miguel, convertido em prisão pelos fascistas espanhóis, com tuberculose pulmonar aguda, a 28 de março de 1942, foi um poeta espanhol, cultivador de uma poesía vigorosa do clamor épico, lutador antifascista que se alistou voluntariamente nol exército da República e levou a todas as frentes a sua valentía do homem e da sua voz de poeta.

Ventos do povo levam-me

Ventos do povo me levam,
Ventos do povo me arrastam,
Me espalharem o coração
E me aventan a garganta.

Os bois dobram a face,
impotentemente mansa,
Frente dos castigos:
Os leões a erguem
E ao mesmo tempo punem
Com sua gritante zarpa.

Não sou de um povo de bois,
Que sou de um povo que penhoram
Jazidas de leões,
Desfiladeiros de águias
E cordilheiras de touros
Com o orgulho no haste.
Nunca medraron os bois
Em charneca de espanha.
Quem falou de deitar um jugo
Sobre o pescoço dessa raça?
Quem pôs ao furacão
Nunca nem yugos nem obstáculos,
Nem quem ao raio pausada
Prisioneiro em uma jaula?

Asturianos de braveza,
Bascos de pedra blindada,
Valencianos de alegria
E castellanos de alma,
Labrados como a terra
E nariz como as asas;
Andaluzes de relámpagos,
Nascidos entre guitarra
E forjados nos yunques
Torrenciais das lágrimas;
Extremeños de centeio,
Galegos de chuva e calma,
Catalães de firmeza,
Aragoneses de casta,
Murcianos de dinamite
Frutalmente propagada,
Leoneses, navarros, donos
Da fome, o suor e o machado,
Reis da exploração mineira,
Senhores da transformação forfetários,
Homens que entre as raízes,
Como raízes gallardas,
Vas da vida à morte,
Vas a nada a nada:
Yugos los querem pôr
Gentes da erva má,
Yugos que vocês de deixar
Desfeitos sobre os seus ombros.
Crepúsculo dos bois
Estamos a começar a assistir o alba.

Os bois morrem vestidos
De humildade e cheiro de concorda:
As águias, os leões
E os touros de arrogância,
E por trás deles, o céu
Nem se turva nem se acaba.
A agonia dos bois
Tem pequena a cara,
A do animal homens
Toda a criação agranda.

Se me vou morrer, que me morrer
Com a cabeça muito alta.
Morto e vinte vezes morto,
A boca contra a hierba,
Terei trabalhosas os dentes
E decidida a barba.

Cantando espero à morte,
Que há ruiseñores cantando
Além dos espingardas
E no meio das batalhas.