Previsão do Tempo

sábado, 15 de agosto de 2015

Portugal entre 1947/1955

O Azulejo Português.





O termo azulejo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada, em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e brilhante. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo.
O azulejo é geralmente usado em grande número como elemento associado à arquitetura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado. (...) Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo se transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco (...).
No ano de 1498 o rei de Portugal D. Manuel I viaja a Espanha e fica deslumbrado com a exuberância dos interiores mouriscos, com a sua proliferação cromática nos revestimentos parietais complexos. É com o seu desejo de edificar a sua residência à semelhança dos edifícios visitados em Saragoça, Toledo e Sevilha que o azulejo hispano-mourisco faz a sua primeira aparição em Portugal. O Palácio Nacional de Sintra, que serviu de residência ao rei, é um dos melhores e mais originais exemplos desse azulejo inicial ainda importado de oficinas de Sevilha em 1503 (que até então já forneciam outras regiões, como o sul de Itália). Embora as técnicas arcaicas (alicatado, corda-seca, aresta) tenham sido importadas, assim como a tradição decorativa islâmica dos excessos decorativos de composições geométricas intrincadas e complexas, a sua aparição em Portugal cede já um pouco ao gosto europeu pelos motivos vegetalistas do gótico e a uma particular estética nacional fortemente caracterizada pela influência de factores contemporâneos. O império ultramarino português vai contribuir para a variedade formal; vão ser adaptados motivos e elementos artísticos de outros povos que se transmitem pelo curso da aculturação. Um dos exemplos mais marcantes do emprego de ideias originais é o do motivo da esfera armilar que surge no Palácio Nacional de Sintra e que vai permanecer ao longo da história portuguesa como o símbolo da expansão marítima portuguesa (...).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Azulejo

A arte de azulejo em Portugal

Jorge Fernando - Mariza - Berg - A chuva (letra)



As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

O tempo não pára - Marisa - Bom dia, bom sábado e bom fim de semana.



Eu sei
Que a vida tem pressa
Que tudo aconteça
Sem que a gente peça
Eu sei

Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou

Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui

Cantei
Cantei a saudade
Da minha cidade
E até com vaidade
Cantei
Andei pelo mundo fora
E não via a hora
De voltar p'ra ti

Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui

Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A 14 de Agosto de 1936 - Deu-se a grande matança de Badajoz




A 14 de agosto de 1385 - Trava-se a Batalha de Aljubarrota

A 14 de Agosto de 1956 - Morreu Bertold Brecht

Explosões em Tianjin - China - 12 de Agosto de 2015


Rosa “Ramalho” - Nasceu, a 14 de Agosto de 1888



Rosa Ramalho, de seu verdadeiro nome Rosa Barbosa Lopes, ceramista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa, nasceu em São Martinho de Galegos, Barcelos, no dia 14 de Agosto de 1888. Morreu na mesma localidade em 24 de Setembro de 1977.
Filha de um sapateiro e de uma tecedeira, casou-se aos 18 anos com um moleiro e teve sete filhos. Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a actividade durante cerca de 50 anos para cuidar da família. Só após a morte do marido, e já com 68 anos de idade, retomou o trabalho com o barro e começou a criar as figuras que a tornaram famosa. As suas peças simultaneamente dramáticas e fantasistas, denotadoras de uma imaginação prodigiosa, distinguiam-na de outros ceramistas e oleiros e proporcionaram-lhe uma fama que ultrapassou fronteiras.
Foi ao pintor António Quadros que se ficou a dever a descoberta de Rosa Ramalho pela crítica artística e a sua divulgação nos meios culturais.
Em 1968, recebeu a medalha As Artes ao Serviço da Nação. Nesse ano, foi apresentada na Feira de Artesanato de Cascais e os seus trabalhos passaram a ser procurados por milhares de portugueses e estrangeiros.
Foi enterrada no pequeno cemitério de São Martinho e a população de Barcelos dirigiu, logo na ocasião, uma petição ao governo no sentido de transformar o barracão e o telheiro onde ela trabalhava num museu de cerâmica com o seu nome.
Foi a primeira ceramista a ser conhecida individualmente pelo próprio nome e teve o reconhecimento, entre outros, da Presidência da República que, em Abril de 1981, a título póstumo, lhe atribuiu o grau de Dama da Ordem de Sant'Iago da Espada.
Sobre a artista, há um livro de Mário Cláudio (“Rosa” de 1988, integrado na “Trilogia da mão”) e uma curta-metragem documental de Nuno Paulo Bouça (“À volta de Rosa Ramalho” de 1996). Actualmente, dá o nome a uma rua da cidade de Barcelos e a uma escola da freguesia de Barcelinhos. O seu trabalho tem sido continuado pela neta Júlia Ramalho, que já a acompanhava nos trabalhos efectuados no velho telheiro.


Fim do Ramadã na hora do rush em Bangladesh

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Militão Bessa Ribeiro, nasceu em Murça a 13 de Agosto de 1896



MILITÃO RIBEIRO

Militão Bessa Ribeiro, nasceu em Murça a 13 de Agosto de 1896 e foi assassinado na Cadeia Penitenciária de Lisboa a 2 de Janeiro de 1950, com 53 anos.
Militão Ribeiro passou 10 anos nas cadeias fascistas, dos quais seis no Campo de Concentração do Tarrafal.
Assassinado pela pide a 2 de Janeiro de 1950, apenas no dia 12 do mesmo mês se realizou o funeral do herói comunista. Envenenado paulatinamente pela besta policial, foi-lhe sistematicamente negado apoio médico, pelo que intuiu com toda a objectividade, que a sua morte estava orquestrada pelo fascismo salazarista.
Vigiado 24 sobre 24 horas pelos esbirros inhumanos da polícia fascista, decidiu escrever uma segunda carta a explicar a sua situação, tendo-o feito com o seu próprio sangue.
2ª carta de Militão Ribeiro ao seu Partido:
«Fui assassinado cobardemente. Depois de 2 rusgas à cela disseram-me que minha situação iria ser resolvida breve. A partir dessa data comecei a piorar e a sentir o pão, fruta e caldo de farinha (segue passagem ininteligível) comecei a sentir agitação no coração, ventre (passagem ininteligível) entrega do pão e fruta. Chegado ala C certo dia tive interferências que até aí nunca tinha tido.
Mas meu assassinato começou no Porto e seguiu-se aqui pela falta de tratamento e medicamentos impróprios quase todos para a minha doença!
É assim que o salazarismo assassina os que defendem o povo.
Que a minha morte traga novos combatentes à luta.
Viva um Portugal melhor
Viva o P. Comunista».
Nem mesmo depois de morto Militão Ribeiro foi poupado à acção criminosa do fascismo. Depois de várias peripécias processuais quanto a realização da autópsia, das incertezas quanto ao dia, hora e destinos do funeral – a pide tentou que a realização do funeral fosse relâmpago e que não fosse para Murça, tanto mais que a notícia da morte de Militão Ribeiro já se tornara conhecida – este acabou por se realizar nove dias depois da morte, seguindo directamente do Instituto de Medicina Legal de Lisboa para o cemitério de Murça, terra natal de Militão Ribeiro, não sem que tivesse sido “escoltado” pela pide e montado um serviço policial de controlo em vários pontos do país e uma brigada da pide vigiado o acto fúnebre e apreendido as máquinas fotográficas, agredido participantes no funeral e procedido à identificação de várias pessoas.
O Prof. Ruy Luís Gomes e outros democratas discursaram junto à campa, num desafio à ordem fascista que procurava intimidar o povo de honrar este herói do PCP.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

MIGUEL TORGA, nasceu em São Martinho de Anta a 12 de Agosto de 1907


MIGUEL TORGA

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, poeta, médico e escritor, nasceu em São Martinho de Anta a 12 de Agosto de 1907 e faleceu em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995, com 87 anos.

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NÃO PASSARÃO

Não desesperes, Mãe!
O último triunfo é interdito
Aos heróis que o não são....
Lembra-te do teu grito:
Não passarão!

Não passarão!
Só mesmo se parasse o coração
Que te bate no peito.
Só mesmo se pudesse haver sentido
Entre o sangue vertido
E o sonho desfeito.

Só mesmo se a raiz bebesse em lodo
De traição e de crime.
Só mesmo se não fosse o mundo todo
Que na tua tragédia se redime.

Não passarão!
Arde a seara, mas dum simples grão
Nasce o trigal de novo.
Morrem filhos e filhas da nação,
Não morre um povo!

Não passarão!

Seja qual for a fúria da agressão,
As forças que te querem jugular
Não poderão passar
Sobre a dor infinita desse não
Que a terra inteira ouviu
E repetiu:
Não passarão!

Miguel Torga

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sérgio Godinho - Etelvina

Médicos Cubanos é indicado ao Nobel da Paz

Programa Internacionalista Médicos Cubanos é indicado ao Nobel da Paz


Carta de indicação para o Prémio Nobel da Paz enviada em 19 de janeiro de 2015, por John W. Kirk, ao Comitê Norueguês do Nobel em favor do Programa de Internacionalismo Médicos Cubanos.
Meu nome é John Kirk. Sou professor de Estudos Latino-americanos na Universidade de Dalhousie em Halifax, província de Nova Escócia, Canadá, e escrevo para indicar o Programa Internacionalista Médicos Cubanos para o Prêmio Nobel da Paz.
No outono de 2014, o Oeste da África estava devastado pelo ebola, e a Organização Mundial de Saúde apelou por assistência médica de urgência numa luta (literalmente) de vida ou morte. O primeiro país a responder foi Cuba. Cerca de 15 mil trabalhadores da saúde se apresentaram como voluntários. No momento em que escrevo, há 256 especialistas cubanos em três países participando desta luta e mais 100 outros cubanos deverão somar-se àqueles primeiros voluntários. Trata-se do maior contingente de médicos, apesar do fato de Cuba ser apenas uma ilha relativamente pequena. Em janeiro de 2014, Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, resumiu essa contribuição em poucas palavras: "Eles são sempre os primeiros a chegar e os últimos a partir - e eles sempre permanecem depois das crises. Cuba tem muito a ensinar ao mundo inteiro".
Cuba tem uma pequena população (11,2 milhões de habitantes) e um dos melhores sistemas de saúde do mundo, com estatísticas que rivalizam com aquelas de muitos países desenvolvidos. Mais importante ainda: Cuba tem uma impressionante história de internacionalismo médico - e sua contribuição no Oeste da África é apenas o capítulo mais recente de uma história que remonta a 1960, quando médicos cubanos responderam ao apelo por ajuda após o terremoto no Chile. Desde então, 325 mil profissionais cubanos da saúde prestaram assistência em 158 países e muitos deles participaram de duas ou três missões.
A grande mídia do mundo industrializado tem praticamente ignorado este fato. A história de cooperação médica de Cuba é algo extraordinário. O estudo dessa humilde história tem sido o foco de minhas pesquisas nos últimos dez anos. Entre os pontos-chaves que podem ser do interesse de vosso Comitê estão os seguintes:

a) Em janeiro de 2015, havia 51.847 profissionais da saúde cubanos (50,1% dos quais médicos) trabalhando em 67 países - principalmente nos países em desenvolvimento. Na Venezuela, há quase 30 mil profissionais médicos cubanos, no Brasil há 11.400 doutores cubanos e na África mais de 4 mil profissionais médicos cubanos estão trabalhando em 32 países. Para contextualizar, cerca de 20% dos médicos cubanos estão trabalhando no estrangeiro como internacionalistas. Comparativamente, isso equivaleria a 223 mil médicos estadunidenses servindo em países estrangeiros.

b) O pessoal médico cubano no Oeste da África é parte da Brigada Henry Reeve, formada em 2005, a qual tem prestado apoio médico emergencial do Paquistão ao Chile, da China à Bolívia. No total, 41 brigadas de emergência foram enviadas a 22 países. Nos últimos anos, grandes contingentes têm sido enviados para enfrentar desastres naturais em países como Guatemala, Paquistão, Indonésia, Bolívia, Peru, México, China, El Salvador, Chile, Haiti e nos três países mais afetados pelo Ebola.

c) Numa contribuição para garantir um sistema de saúde sustentável em muitos países em desenvolvimento, Cuba criou a Escola Latino-americana de Medicina (Elam) em 1999. Até o presente momento, 24.486 estudantes de 123 países se formaram médicos sem arcar com nenhum custo. Os professores-doutores cubanos formaram mais de 20 mil médicos graduados na Venezuela e formam atualmente o pessoal médico de 13 escolas de medicina em países como Timor Leste ou Gâmbia. Eles criaram faculdades de medicina em 15 países, a começar pelo Iêmen do Sul em 1975. Desde então, faculdades de medicina foram criadas na Guiana, Etiópia, Guiné Bissau, Uganda, Gana, Angola, Gâmbia, Guiné Equatorial, Haiti, Eritreia, Venezuela, Timor Leste, Bolívia e Tanzânia. 38.940 médicos (de 121 países da Ásia, das Américas e da África) receberam formação de professores-doutores cubanos. Atualmente, eles estão dando formação a estudantes de países como África do Sul, Gana, Djibuti, Moçambique, Congo, Uganda, Nicarágua e Equador, e médicos residentes estão sendo formados na Guatemala e no Haiti. Além disso, o pessoal médico cubano deu formação a mais de 80 mil parteiras, 3 mil enfermeiras e 65 mil promotores de saúde.

d) Desde 2004, a "Operação Milagre" devolveu a visão a 3,4 milhões de pacientes de mais de 30 países da América Latina e do Caribe, chegando a operar 2.667.000 pacientes. Todas as cirurgias foram realizadas sem custo para os pacientes em mais de 30 centros oftalmológicos.

e) Após o acidente com o reator nuclear de Chernobyl, Cuba aceitou tratar em Havana 25 mil pacientes (quase 100% de crianças) de 1989 a 2011. Todos os cuidados médicos e as acomodações foram fornecidos sem custos para os pacientes e membros da família.

f) A pedido dos governos da Venezuela, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua, centenas de profissionais médicos cubanos, especialistas em doenças físicas e mentais, realizaram pesquisas nacionais, fazendo porta a porta para avaliar as necessidades médicas das comunidades e para indicar terapias de apoio individualizadas para cada paciente entre 2001 e 2003. Mais de 1,2 milhão de pessoas foram identificadas como portadores de necessidades especiais e foi implementado um programa de apoio a essas pessoas concebido em Cuba.

g) Cuba implementou o Programa Inclusivo de Saúde em dezenas de países pobres, principalmente em áreas remotas onde não há pessoal médico. Cuba está ajudando a criar o programa nacional de saúde do Haiti.

h) Esta longa tradição significa que ao longo dos anos o pessoal médico cubano realizou 10,8 milhões de operações cirúrgicas, 2,3 milhões de partos, 12,4 milhões de vacinações e salvou 5,5 milhões de vidas nos países em desenvolvimento.

Em suma, por mais de cinco décadas, Cuba forneceu cooperação médica a dezenas de países em todo o mundo - frequentemente dirigidos por governos que não têm nem tinham relações diplomáticas com Cuba. Inspirada na máxima do escritor e revolucionário do século 19 José Martí - "Pátria é humanidade" -, a contribuição de Cuba ao mundo em desenvolvimento tem sido exemplar. O importante papel que Cuba desempenha na África do Oeste na campanha contra o ebola é apenas o mais recente exemplo deste altruísmo. Contextualizando, Cuba - um país pobre, um país em desenvolvimento - tem mais pessoal médico trabalhando nos países do Hemisfério Sul do que todos os poderosos países do G7 juntos.
Senhores membros do Comitê Norueguês do Nobel, sou grato por vossa atenção. Espero que concordem comigo quanto ao fato de que este excepcional histórico de apoio médico dado por Cuba a diversos países em todo o globo merece o Prêmio Nobel da Paz. A doutora Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, assim resumiu o papel de Cuba em 2014: "Cuba tem reconhecimento mundial por sua capacidade em formar excelentes médicos e pessoal de enfermagem, e também por sua generosidade para com os países em desenvolvimento".
Tenho assim o prazer de indicar o Programa Internacionalista Médicos Cubanos para o Nobel da Paz, e creio de todo coração que aqueles e aquelas que a ele se dedicam seriam dignos recipiendários. Se puder ser de alguma ajuda para fornecer dados suplementares, sintam-se à vontade para me contatar: kirk@dal.ca.
Desejando-lhes o melhor em vossas deliberações,
John W Kirk, Ph.D.
Catedrático e professor de Estudos Latino-Americanos  




Isto é estar mesmo à rasquinha!...

Gif engraçado

Mensagem dirigida aos péssimistas!...

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A 11 de Agosto de 1932 - Nasce Fernando Arrabal Terán, escritor e realizador espanhol



Fernando Arrabal Terán, escritor e realizador espanhol, nasceu emMelilla no dia 11 de Agosto de 1932. Vive em França desde 1955 e considera-se um “desterrado”. Aprendeu a ler e escrever em Ciudad Rodrigo, onde venceu o Prémio Nacional de Superdotado, aos dez anos de idade. Fez os seus estudos universitários em Madrid.
Ainda criança, sofreu o misterioso desaparecimento do pai, condenado à morte pela ditadura espanhola e que conseguiu escapar em 1941, depois de uma tentativa de suicídio e após ser considerado louco. Fugiu de pijama e nunca mais foi visto, nem morto nem vivo.
Arrabal viria a ser igualmente preso pelo regime franquista em 1967, devido ao engajamento político da sua obra. Durante a sua detenção, recebeu o apoio de inúmeros escritores da época, de François Mauriac à Arthur Miller, e uma declaração de Samuel Beckett dirigida ao tribunal e pedindo a sua absolvição.
Após a morte de Franco, foi incluído – ao lado de Santiago Carrillo, La Pasionaria, Líster e El Campesino – no grupo dos espanhóis “mais perigosos” e impedido de regressar ao país. Anos mais tarde, teve o reconhecimento da Espanha com numerosas distinções, entre as quais doisPrémios Nacionais de Teatro.
Realizou sete longas-metragens de cinema, publicou catorze romances, um sem número de livros de poesia, perto de uma centena de peças de teatro, vários ensaios e a sua famosa “Carta al General Franco”, ainda em vida do ditador. O seu teatro completo, editado nas principais línguas, foi publicado em dois volumes de mais de duas mil páginas, na Colección Clásicos Castellanos de Espasa.
Com Alejandro Jodorowsky e Roland Topor, fundou em 1963 o Grupo de Teatro Pânico. Amigo de Andy Warhol e de Tristan Tzara, participou durante três anos no grupo surrealista de André Breton.
Apesar de ser um dos escritores mais controversos do seu tempo, tem recebido o aplauso internacional pela sua obra. O Colégio de Patafísicadistinguiu-o com o título de Trascendente Sátrapa (equivalente do Nobelpara este colégio). Esta distinção foi, neste último meio século, recebida por quarenta personalidades, entre elas Eugénio Ionesco, Boris Vian, Dario Fo e Umberto Eco.
Em 14 de Julho de 2005, recebeu a Legião de Honra Francesa e, em 2007, foi doutorado honoris causa pela Universidade Aristote da Grécia. Tem colaborado regularmente nos periódicos “L’Express”, “El Mundo”, “ABC” e “El País”.