Previsão do Tempo

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Juan Domingo Perón, militar e político argentino, nasceu a 8 de Outubro de 1895

José Rodrigues Maio, salva-vidas e pescador português, nasceu a 8 de Outubro de 1817

Resultado de imagem para José Rodrigues Maio

José Rodrigues Maio, filho do pescador António Rodrigues Maio e de Ana Rosa Margarida, nasceu na Rua dos Ferreiros, Póvoa de Varzim, a 8 de Outubro de 1817. Sessenta e sete anos mais tarde, a 13 de Novembro de 1884, pelas 10 horas da manhã, falecia serenamente rodeado pela família na sua casa, n.º 207, na Rua da Areia (hoje 31 de Janeiro), a cujo último troço (da Igreja da Lapa até ao limite sul do concelho) se chamava, na gíria popular, de Poça da Barca, por analogia com a área de Vila do Conde que se seguia.
A confusão com esse topónimo deu origem a muitas imprecisões sobre a naturalidade do heróico pescador poveiro, induzindo mesmo alguns etnógrafos e historiadores menos criteriosos a erros grosseiros.
Pescador sardinheiro, filho de pescadores, a viver em frente ao mar, observando e dialogando com ele o dia inteiro, José Rodrigues Maio, o “Tio Maio”, como era carinhosamente tratado na comunidade piscatória, conhecia-o como “a palma das suas mãos”. Um mar calmo e bonançoso e, ao mesmo tempo, perigoso e traiçoeiro para as frágeis embarcações de vela e remos que demandavam a praia da Póvoa.
Recordemos que no tempo do “Cego do Maio” não havia porto de abrigo nem embarcações salva-vidas. Tudo o que de trágico acontecesse no mar, o pescador só podia contar com a “Providência Divina” ou a solidariedade dos seus camaradas de classe. Barco em perigo estava entregue ao destino.
José Rodrigues Maio sabia isso. Testemunha de um sem-número de naufrágios, sentia a insegurança do homem do mar como ninguém. Profundamente humano, devoto fervoroso de Nossa Senhora da Assunção, confiando na sua destreza e destemor, ele era o primeiro a saltar para a água tentando salvar vidas em perigo. Para aquele pescador raçudo e possante, o salvamento era cumprimento de dever.
Quando via ou previa algum naufrágio, indiferente ao estado do mar ou do tempo, “Cego do Maio”, acompanhado dos seus filhos Manuel e Francisco, atirava a sua pequena catraia mar dentro, perante o olhar atónito dos seus camaradas e gritos de dor dos familiares. Salvar os náufragos era a sua “cegueira”. Uma aventura que mais nenhum da sua classe se atrevia já que o “mar cão” era prenúncio de morte certa.
Na sua pequena catraia, o tio Maio, arriscando a sua vida e de seus filhos (que sempre o acompanharam), salvou cerca de 100 vidas. Salvamentos só pelo prazer de ser útil, desprezando agradecimentos e honrarias.
Há quem diga que a alcunha “Cego do Maio” está ligada a esse desprezo pela vida, a essa cegueira de ajudar o próximo, atirando-se “às cegas” pelo mar dentro. Há quem defenda, porém, que José Rodrigues Maio teria uma belida num olho, as pálpebras de um olho um pouco descidas, daí a alcunha popular.
Os seus feitos, a quem ele respondia com um encolher de ombros, com uma humildade cativante, enchiam páginas das selectas das escolas (Livros de Leitura para a Instrução Primária), como dos jornais do Porto e de Lisboa.
Pela sua bravura, Pereira Azurar, presidente da Câmara e seu grande amigo pessoal, em 14 de Maio de 1881, nomeia-o patrão do primeiro salva-vidas poveiro. Foi a maior honraria que poderiam ter dado ao heróico homem do mar. [...]
A Câmara da Póvoa de Varzim, na sua sessão de 17 de Novembro de 1884, lançou um voto de pesar pela perda do “Cego do Maio”, chamando-lhe “o maior amigo desta terra, incontestavelmente um dos mais honrados e prestimosos dos seus filhos, não deixando substituto que possa atingir à sua gigantesca altura”.
Na altura a Câmara de Esposende associou-se ao luto da Póvoa “pela perda irreparável do Benemérito da humanidade”.

O Movimento de Unidade Democrática (MUD), foi formado após o final da II Guerra Mundial, em Lisboa, no Centro Republicano Almirante Reis, em 8 de Outubro de 1945

Resultado de imagem para MOVIMENTO DE UNIDADE DEMOCRÁTICA (MUD)

A vitória aliada na Europa (Maio de 1945 - 2ª Guerra Mundial) foi pretexto para manifestações pro-democráticas e pro-socialistas em todo o País. Sobretudo para os opositores ao Regime, o triunfo das democracias teria como resultado drásticas mudanças adentro do "Estado Novo", senão mesmo o retorno às antigas instituições parlamentares, convicção que se arreigou nas principais cidades, gerando uma vasta corrente de opinião pública que punha em xeque as realizações de Salazar e a sua permanência no poder. A Grã-Bretanha e os EUA parecem ter pressionado Salazar nesse sentido, e, com efeito, em 1945, a Assembleia Nacional era dissolvida, anunciando o Governo eleições livres para Novembro, com a possibilidade de participação de outros grupos políticos, o que suscitou grande agitação em todo o País. Dezenas de milhar de pessoas aderiram ao recém-criado M.U.D., espécie de Frente Popular contra o Estado Novo. Durante a campanha eleitoral, a censura à imprensa foi grandemente aliviada, o que revelou descontentamento generalizado a várias camadas da população e um desejo de modificações revolucionárias nas estruturas.
Mas a Oposição depressa se deu conta de que a liberdade concedida não permitia ir muito além das declarações na imprensa, e nem ela própria se sentiu suficientemente organizada para lutar contra um regime tão solidamente construído : os antigos partidos haviam praticamente desaparecido (à excepção do PC, na clandestinidade), a Maçonaria fora extinta...Quando Salazar recusou o pedido de adiamento da Oposição, esta acabou por abster-se de participar, e todos os candidatos da União Nacional foram eleitos sem contestação, como antes. Seguiu-se ainda uma vasta perseguição aos aderentes ao M.U.D., com prisões, demissões de cargos públicos, e vigilância militar apertada (através da Polícia Internacional de Defesa do Estado - P.I.D.E.).
Por outro lado, isto ainda veio fortalecer a Oposição., que passou a constituir um verdadeiro pesadelo para o regime : revolta militar do Norte (1946), inúmeras conspirações e tentativas de revolta (como a de 1947, com o possível apoio do próprio Carmona, cansado da Ditadura opressiva de Salazar), que se revelavam sobretudo por altura das eleições legislativas de quatro em quatro anos, ou nos períodos de escolha do chefe de Estado, onde a liberdade de voto não era garantida, nem se alargava o recenseamento, acabando os candidatos oposicionistas (que a ditadura deixava existir para convencer as nações estrangeiras de que a situação política nada tinha de fascista, e contava com o apoio popular), ou a desistirem nas vésperas do acto, ou a aceitarem concorrer nas condições desiguais que lhes eram permitidas, perdendo.
Até 1949 o regime passou uma grave crise: pensava-se que os Aliados iriam adoptar uma política de boicote a Portugal (como tinham feito com a Espanha); as Nações Unidas opuseram-se à admissão do País nas Nações Unidas; demitiam-se muitos cargos, o número de presos políticos do Tarrafal aumentava consideravelmente (na maioria comunistas ou simpatizantes),...

Nas eleições de 1949 o M.U.D. propôs o idoso general Norton de Matos como candidato oposicionista, que desenvolveu uma campanha vigorosa, mas, sem garantias de liberdade, o general acabou por se retirar.
Com o fortalecimento do PC, começam a surgir dissenções na própria oposição, e o M.U.D. vai-se fraccionando pregressivamente, deixando o PC praticamente a actuar sozinho em função daquilo que julgava serem os interesses do País.

domingo, 7 de outubro de 2018

Vladimir Putin, político russo, nasceu a 7 de Outubro de 1952

Ulrike Meinhof, jornalista e guerrilheira alemã, nasceu a 7 de Outubro de 1934

Desmond Tutu, bispo sul-africano, nasceu a 7 de Outubro de 1931

Heinrich Luitpold Himmler,um dos homens mais poderosos da Alemanha Nazi e um dos principais responsáveis directos pelo Holocausto., nasceu a 7 de Outubro de 1900

A 1ª linha de montagem industrial criada por Henry Ford foi a 7 de Outubro de 1913

A Batalha de Saratoga deu-se a 7 de Outubro de 1777

Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, jornalista e escritora portuguesa, nasceu a 6 de Outubro de 1893

A imagem pode conter: 1 pessoa, closeup
MARIA LAMAS
Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, jornalista e escritora portuguesa que se notabilizou por ter sido uma combatente de primeira linha na defesa dos direitos humanos, nasceu em Torres Novas a 6 de Outubro de 1893 e faleceu em Lisboa a 6 de Dezembro de 1983, com 90 anos.
Aderiu, após o 25 de Abril de 1974, ao Partido Comunista Português.
Aos 76 anos de idade, quando regressa a Portugal, após um longo exílio a que se viu forçada por questões políticas, concede uma entrevista ao Diário Popular na qual afirma: «Deixei de ter problemas pessoais. Ultrapassei-os. Mesmo a saúde só me interessa porque quero viver para actuar, para participar no esclarecimento das pessoas e, sobretudo, da Mulher».
Maria Lamas, escritora, tradutora, jornalista e defensora dos direitos cívicos de homens e mulheres, destacou-se em vários domínios da defesa dos direitos humanos e foi uma figura ímpar da cultura portuguesa.
Militou cívica e determinadamente, em pleno Estado Novo, por uma plena igualdade entre homens e mulheres, que preconizava fosse ancorada na educação e na independência económica.
Foi uma das primeiras mulheres jornalistas profissionais, com salário e horário fixos, mãe e mulher.
Lutou abnegadamente por valores como a verdade, a igualdade, a liberdade, falando insistentemente num direito fundamental “à felicidade”, no quadro de uma sociedade justa, plenamente democrática, de concretização do que chamou uma “política humana”.
Humanista convicta, Maria Lamas lutou sobretudo, e muito pelo seu exemplo, pela dignificação e a emancipação das mulheres “escravas milenares de erros milenares”, tendo presidido ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e produzido, como jornalista, a obra “As Mulheres do meu País”.
A sua densa e numerosa produção literária, também no domínio da tradução, aliam-se a uma intensa intervenção cívica, que justificam plenamente que a História a tenha inscrito no catálogo dos lutadores pelos direitos humanos, o que a Assembleia hoje vem reconhecer com a atribuição da Medalha do Cinquentenário: aderiu ao MUD, participou activamente na campanha à presidência de Norton de Matos, foi presa por três vezes por actividades políticas contra a ditadura, apoiou, visitou e foi esteio de presos políticos, partiu para o exílio em Paris, onde sempre acolhia, participava e intervinha nas actividades da oposição portuguesa e de onde partia para inúmeros Congressos pela Paz, como Membro do Conselho Mundial da Paz.

sábado, 6 de outubro de 2018

Abaças - Vila Real, vista do ar.

Cuide dos seus alimentos



Hotel Vidago Palace foi inaugurado a 6 de Outubro de 1910



Perfaz 108 anos de idade (inaugurado em 06OUT10) a unidade hoteleira mais sonante de todo o Norte de Portugal. O famoso arquitecto Ventura Terra foi o seu criador e a, então, Empresa Construtora do Porto edificou o Palace Hotel. Dois anos e meio foi o tempo que demorou a construção de uma obra ímpar em Portugal, no seu tempo. Numa época em que os meios de produção eram, ainda, muito rudimentares e as tecnologias existentes nada tinham a ver com a realidade de hoje. Muita mão-de-obra disponível, em tempos muito difíceis, foi factor determinante para que uma obra desta envergadura fosse concluída em dois anos e meio. Centenas de trabalhadores com vários ofícios (muitos deles oriundos do litoral do País) ficaram ligados à história desta notável construção. Alguns desses trabalhadores deixaram que os seus corações se prendessem em Vidago e aqui fizessem nascer novas gerações.
Acho relevante recordar que a inauguração do Palace Hotel já foi servida pelo transporte ferroviário. Ou seja, o comboio tinha chegado a Vidago em Março desse ano de 1910. Não terá, certamente, sido por acaso. A linha férrea ia substituir as carruagens de tracção animal que, até ali, traziam com muita morosidade e grande desconforto os aquistas à nossa Estância Termal.
O Palace Hotel de Vidago nasceu com interessantes particularidades: foi o primeiro hotel do País a ser equipado com elevador e foi concebido com tantas janelas e portas como dias tem um ano (365).
Hoje, o sumptuoso hotel é, inquestionavelmente, a sala de visitas de Trás-Os-Montes. É, ainda, consensualmente considerado o melhor hotel do Mundo para casar, pasme-se. Esta fama tem-lhe conferido, também, o merecido proveito nesse aspecto. Gente da classe média/alta vem procurando o Palace Hotel para enlaces matrimoniais. O hotel, a nossa Estância Termal e, porque não, Vidago têm beneficiado da sua fama. Todos quantos por aqui vivem e, também, os que se encontram lá longe, mas têm Vidago no coração, sentem um enorme orgulho do Palace Hotel possuir a projecção nacional e internacional que todos conhecemos.
O ano de 1910 foi um ano marcante para esta Vila: chegou o comboio a Vidago (MARÇO); faleceu Bonifácio Alves Teixeira (Julho) e foi inaugurado o Palace Hotel (Outubro), o nosso ex-líbris, sem dúvida!




Montserrat Caballé morreu a 6 de Outubro de 2018

Valesca Reis Santos, cantora, compositora, apresentadora e dançarina brasileira, nasceu a 6 de Outubro de 1978

O Moulin Rouge, em Paris, foi inaugurado a 6 de Outubro de 1889

Amália Rodrigues, fadista portuguesa, morreu a 6 de Outubro de 1999






Le Corbusier, arquitecto franco-suíço, nasceu a 6 de Outubro de 1887

O Papa Formoso foi eleito Papa a 6 de Outubro de 891




O Papa Formoso (Óstia, Itália, c. 816 — Roma, 4 de abril de 896) foi eleito em 6 de outubro de 891. Morreu em 4 de abril de 896.
Nasceu em Óstia, Itália. Enquanto era cardeal, foi excomungado por João VIII por ter coroado Arnulfo como rei da Itália - mais tarde foi imperador da Alemanha.
Cronistas franceses atribuem a este papa o parentesco com o futuro papa Romano, dizendo tratarem-se de primos irmãos. A ele se deve a conversão dos búlgaros. Desordens políticas na França, Alemanha e Itália prejudicaram a Igreja, durante o seu pontificado.
Nove meses após a sua morte, o cadáver de Formoso foi exumado da cripta papal para ser julgado perante um Sínodo do Cadáver, presidido por Estêvão VI (que era o papa 113º e o que estava no poder). O papa falecido foi acusado de excessiva ambição pelo cargo papal, e todos os seus atos foram declarados nulos. O cadáver foi despido das vestes pontifícias, e os dedos da mão direita foram amputados. Foi então enterrado em cemitério para estrangeiros, como forma de desonra. Depois, foi novamente exumado, tendo seu corpo esquartejado e jogado no Rio Tibre.
Seu corpo fôra recuperado mais tarde, e, por fim, enterrado na Basílica de São Pedro,como vestes papais, junto a outros pontífices mortos.

Chaves - Vila Real - Portugal