Previsão do Tempo

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Colégios privados GPS: uma história exemplar.



Colégios privados GPS: uma história exemplar.
«A história que aqui vos conto, e que muitos dos leitores terão tido a oportunidade de ver na TVI (http://www.tvi.
iol.pt/videos/13754874

), é a de um grupo privado que nasceu à sombra da influência do poder político. E que, na área da educação, cresceu à custa de contratos de associação que desviam alunos das escolas públicas para colégios privados. Sem que tal seja necessário ou corresponda a qualquer benefício para os cidadãos.
Nas escolas públicas Raul Proença e Rafael Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, há lugares vagos. Mas construíram-se dois colégios privados, do influente grupo GPS: Frei Cristóvão e Rainha Dona Leonor. Concorrência? Nem por isso. Os colégios recebem alunos que são integralmente pagos pelo Estado. Porque as escolas públicas do concelho estão sobrelotadas? Não. Porque não têm condições? Pelo contrário. As públicas pedem mais turmas e isso é-lhes recusado. As privadas crescem e recebem, por decisão da DREL, muito mais turmas do que as escolas do Estado. Os alunos são desviados do público para o privado. E o Estado paga.
No últimos cinco anos a escola pública, em Caldas da Rainha, perdeu 519 alunos. Os colégios com contratos de associação (financiados pelos dinheiros públicos) ganharam 514. Não por escolha dos pais, mas por escolha do Ministério da Educação. A Bordalo Pinheiro, que tem condições invejáveis, resultado de um investimento de 10 milhões de euros, poderia ter 45 turmas. Tem 39. Os alunos em falta vão para escolas privadas, pagos por nós, com piores condições.
Enquanto nas escolas públicas vizinhas há professores com horário zero, os professores dos colégios do grupo GPS são intimidados para assinar declarações que os obrigam a cargas horárias ilegais. Dão aulas a 300 ou 400 alunos. Há professores com todos os alunos do segundo ciclo na sua disciplina. Tudo com o devido conhecimento da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEP).
Para além das aulas, há, casos de professores a servirem almoços e cafés, a pintarem as instalações, a fazerem limpezas, arrumações e trabalho de secretaria e contabilidade. Isto nas várias escolas do grupo GPS, espalhadas pelo País. As inspeções do ministério a estas escolas, testemunha um professor, têm aviso prévio. Isto, enquanto, só no concelho das Caldas da Rainha, 140 professores das escolas do Estado chegaram a estar sem horário por falta de alunos.
As condições das escolas do grupo privado pago quase integralmente com dinheiros do Estado deixam muito a desejar. Portas de emergência fechadas a cadeado, falta permanente de material indispensável, cursos financiadas PRODEP sem as instalações para o efeito e aulas a temperaturas negativas.
Falta de dinheiro? Não parece. Manuel António Madama, diretor da Escola de São Mamede, também do grupo, é proprietário de uma invejável frota de 80 carros. Só este ano, o grupo GPS recebeu do Estado 25 milhões de euros. Cada turma das várias escolas do grupo recebe do Estado 85 mil euros. Dos 3 milhões de euros vindos dos cofres públicos para, por exemplo, a escola de Santo André, só 1,3 milhão é que foram para pagar professores. A quando das manifestações contra a redução dos contratos de associação, decidida por José Sócrates e que Nuno Crato anulou (enquanto fazia cortes brutais na escola pública), a presidente da Associação de Pais quis saber para onde ia o dinheiro que sobrava. Ficou na ignorância.
A pressão para dar negativa a alunos que poderiam ter positiva mas, não sendo excelentes, poderiam baixar a média nos exames que contam para o ranking, são enormes. Até ao despedimento de professores e à alteração administrativa das notas. Os maus alunos, mesmo em escolas privadas pagas com dinheiros públicos, são para ir para as escolas do Estado. No agrupamento de Escolas Raul Proença há cem alunos com necessidades educativas especiais. Na colégio vizinho da GPS, o Dona Leonor, com contrato de associação, quantos alunos destes, pagos pelo Estado, existem? Nenhum. Dão demasiado trabalho, exigem investimento e baixam a escola no ranking.
Como se explica o absurdo duplicar custos quando as escolas do Estado chegam e sobram para os alunos disponíveis? De ter escolas do Estado em excelentes condições, onde foi feito um enorme investimento, semivazias e com professores com horário zero, enquanto nestas escolas privadas se amontoam alunos pagos pelos contribuintes, sem condições e com os professores a serem explorados? A TVI contou, numa inatacável reportagem de Ana Leal, documentada até ao último pormenor e com inúmeros testemunhos, a razão deste mistério.
A GPS é um poderoso grupo. 26 escolas de norte a sul do País, invariavelmente ao lado de escolas públicas e com contratos de associação com o Estado. Em 10 anos criou mais de 50 empresas em várias áreas, do turismo às telecomunicações, do ensino ao imobiliário. António Calvete, presidente do grupo GPS, foi deputado do PS no tempo de Guterres e membro da Comissão parlamentar de Educação. Para o acompanhar nesta aventura empresarial chamou antigos ministros, deputados, diretores regionais de educação. Do PS e do PSD: Domingos Fernandes, secretário de Estado da Administração Educativa de António Guterres, Paulo Pereira Coelho, secretário de Estado da Administração Interna de Santana Lopes e secretário de Estado da Administração Local de Durão Barroso, José Junqueiro, deputado do PS. Todos foram consultores do grupo GPS.
Mas entre os políticos recrutados pela GPS estão as duas principais figuras desta história: José Manuel Canavarro, secretário de Estado da Administração Educativa de Santana Lopes, e José Almeida, diretor Regional de Educação de Lisboa do mesmo governo. Foram eles que, em 2005, assinaram o despacho que licenciava a construção de quatro escolas do grupo GPS com contratos de associação para receberem alunos do Estado com financiamento público. Ainda não tinham instalações e já tinham garantido o financiamento público dos contratos de associação. Ou seja, havia contratos de associação com escolas que ainda não tinham existência legal. Um despacho assinado por um governo de gestão, a cinco dias das eleições que ditariam o fim político de Santana Lopes. Depois de saírem dos cargos públicos foram trabalhar, como consultores, para a GPS. E nem um despacho do novo secretário de Estado, Walter Lemos, a propor a não celebração de contratos de associação com aquelas escolas conseguiu travar o processo.
Alguns estudos recentes falam dos custos por aluno para o Estado das escolas públicas e privadas. Esta reportagem explica muitas coisas que os números escondem. Como se subaproveita as capacidades da rede escolar do Estado e se selecionam estudantes, aumentando assim os custos por aluno, para desviar dinheiro do Estado para negócios privados. E como esses negócios se fazem. Quem ganha com eles e quem os ajuda a fazer. Como se desperdiça dinheiro público e se mexem influências.
A reportagem da TVI não poderia ter sido mais oportuna. Quando vier de novo a lenga-lenga da "liberdade de escolha", das vantagens das parcerias com os privados, dos co-pagamentos, da insustentabilidade de continuar a garantir a Escola Pública, do parque escolar público ser de luxo... vale a pena rever este trabalho jornalístico. Está lá tudo. O resumo de um poder político que serve os interesses privados e depois nos vende a indispensável "refundação do Estado". »

Daniel Oliveira, Expresso, 5 de dezembro de 2012

A 5 de Dezembro de 1870, morreu Alexandre Dumas

A 5 de Dezembro de 1946, nasceu José Carreras

A 5 de Dezembro de 1901, nasce Walt Disney

A 5 de Dezembro de 1890, nasceu Fritz Lang



M., O VAMPIRO DE DUSSELDORF é um filme alemão de 1931, do género suspense, dirigido por Fritz Lang. É considerado um clássico do cinema expressionista alemão.

5 de Dezembro de 1933, foi decretado o fim da lei seca



A lei seca foi uma lei federal que entrou em vigor nos Estados Unidos em 1920 proibindo a produção, transporte e comercialização de bebidas alcoólicas. Desde o início do século XIX, movimentos religiosos do país faziam campanhas contra as bebidas, numa pregação bem recebida por vários setores da sociedade americana. Os habitantes da zona rural, por exemplo, resistiam ao crescimento das cidades, pois as consideravam lugares de indecência e bebedeira. Além disso, os industriais da época viam na ideia uma forma de aumentar a eficiência dos trabalhadores. Outro incentivo importante à proibição foi a tentativa de acabar com negócios ligados à bebida controlados por imigrantes. "No final do século XIX, o movimento operário americano cresceu e surgiram diversos partidos de esquerda, com vários integrantes estrangeiros.
Assim, todas as formas de combater o fortalecimento dos operários ou o suposto antiamericanismo foram utilizadas, incluindo a Lei Seca", diz o historiador Luiz Bernardo Pericás, formado pela Universidade George Washington, nos Estados Unidos. A proibição, porém, mostrou-se ineficaz. Tornaram-se comuns os bares clandestinos, conhecidos como speakeasies. Aumentaram também o consumo de bebidas falsificadas (feitas a partir do milho) e a corrupção, com policiais e políticos sendo subornados pelas quadrilhas que distribuíam o produto no mercado negro. Fortunas passaram a ser movimentadas pelos gângsters, entre eles o famoso Al Capone. Aos poucos, os próprios defensores da luta antiálcool se decepcionaram com seus resultados e, em 1933, o Congresso americano aboliu a Lei Seca.

A 5 de Dezembro de 1496, o rei D. Manuel I assinou o decreto de expulsão dos hereges de Portugal



O grande abalo na vida dos judeus tem início quando D. Manuel I, contrata casamento com Dª Isabel, princesa de Espanha. Fazia parte do contrato nupcial uma cláusula que exigia a expulsão dos "hereges" (mouros e judeus), de todo o território português. O rei viu-se diante de sério dilema pois não queria perder a riqueza e os talentos judaico, que tanto benefício trazia a Portugal. Às vésperas do casamento, assina o decreto que prevê, em um prazo de dez meses, a expulsão dos "hereges" de Portugal.
Para os judeus, restava uma única alternativa, a conversão ao cristianismo. O rei tinha esperanças que muitos se batizassem, ainda que apenas "pro forma". Mas a maioria dos judeus, que fugira da Espanha justamente para não abandonar sua fé, decide então, abandonar Portugal. O rei, no entanto, diante dessa possibilidade de grande evasão de capital do país junto com a população judaica, publica um novo decreto proibindo sua partida de Portugal e forçando-os a se converterem. Em outubro de 1497, os que ainda não o haviam feito, foram brutalmente arrastados à pia batismal.
A grande maioria, porém, continuou a praticar o judaísmo em segredo. D. Manuel tentou, em vão, promover a integração da massa de conversos à população de cristãos-velhos. Os cristãos-novos, como eram também chamados, continuavam a ser identificados pelos demais como judeus.

5 DE DEZEMBRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA



DESCRIÇÃO: Em 1952, a cidade de Londres acorda envolvida num manto de "smog". O rei D. Manuel I assinou o decreto de expulsão dos hereges de Portugal. O fim da Lei Seca nos Estado Unidos. Nasceram Fritz Lang, Walt Disney e Jose Carreras. Morreu Alexandre Dumas. Os "The Kinks" chegaram ao top com "You really got me".

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Escolas privadas do grupo GPS coagem os professores

Catastroika (legendas em português)



O novo documentário da equipa responsável por Dividocracia chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacte da privatização massiva de bens públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás. Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em sectores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy.
De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, elegendo os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável. Sacrifica-se a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos.
As consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais (como a Troika), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de «resgate». Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia para suspender a democracia e implementar medidas que nunca nenhum regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do Chile e da Turquia. O objectivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos. Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como se está a ver na Grécia, o total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, nomeadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão social e níveis de vida condignos.
Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro. Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemónico omnipresente nos media convencionais, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta ou a barbárie

Benjamin Britten morreu no dia 4 de Dezembro de 1976



No dia 22 de Novembro de 1913 nasceu em Lowestoft, no condado de Suffolk, o compositor inglês Benjamin Britten. O Barão Britten de Aldeburgh era simpatizante da filosofia anarquista.
Pianista virtuoso, foi essencialmente um compositor vocal e as suas óperas e ciclos de canções tiveram grande aceitação internacional.
Iniciou-se na música desde muito cedo, talvez influenciado pelos seus pais, que eram músicos amadores. Aos 14 anos, Britten já tinha composto dez sonatas para piano, seis quartetos de cordas, uma oratória e um poema orquestral intitulado “O Caos e o Cosmos”. A sua educação passou, como era normal na época, por uma escola particular local e, mais tarde, pela Escola Gresham, de boa reputação a nível nacional. Depois da escola, o conservatório: o Colégio Real de Música, em Londres, do qual não guardou boas recordações, conforme declarou em 1961. Mas foi ali que Britten captou a atenção do público, ao interpretar uma das suas partituras estudantis, a Sinfonietta, op. 1.
Quando se dedicou a compor para filmes, Britten conseguiu trabalho em Londres com maior regularidade. Aí conhece o tenor Peter Pears de quem se tornaria amigo e companheiro para toda a vida. A sua amizade com Pears (que o acompanhou no exílio nos E.U.A. durante a guerra) teve decisiva influência em muitas das suas obras, que inclusivamente lhe dedicou.
No Outono de 1937, Britten, cuja casa natal de Lowestoft fora vendida por morte dos pais, comprou The Old Mill, na vila de Snape, um moinho antigo transformado em vivenda em 1933, onde passou a viver, acompanhado frequentemente por Pears e outros amigos. Em 1976 foi passar umas férias em Bergen onde, apesar da sua saúde já debilitada, iniciava novas obras enquanto ali descansava. Morreu em Aldeburgh, no dia 4 de Dezembro de 1976, pouco depois de completar 63 anos. 


Hakim Omar Khayyám morreu a 4 de Dezembro de 1131




  

Hakim Omar Khayyám nasceu em Naishápúr (Nishapur), cidade do nordeste da Pérsia, no Khorassán, na segunda metade do século XI, em 18 de maio de 1048, e morreu em 4 de dezembro de 1131. Durante sua vida tornou-se famoso por suas contribuições à matemática e astronomia, reputação esta que provavelmente serviu para eclipsar seu talento para a poesia. Além de poeta, Khayyám foi matemático e astrónomo, hoje reconhecido em seu próprio país e internacionalmente por seus trabalhos na literatura e na ciência de seu tempo.
No ocidente, ficou conhecido nos países de língua Inglesa devido à tradução realizada por Edward FitzGerald de sua obra principal, o Rubaiyát, publicado em 1859. Os trabalhos de Khayyám em álgebra foram difundidos na Europa durante a Idade Média; nas ciências astronómicas, ficou conhecido por ter contribuído para a reforma do calendário Persa e numerosas tabelas astronómicas.
O pesquisador Edward B. Cowell cita, no Calcuttá Review No. 59:
Quando Malik Shah determinou a reforma do calendário Persa, Omar era um dos oito homens de ciência designados para fazê-la; o resultado foi a Era Jalali (assim chamada devido a um dos nomes do rei, Jalal-ud-din).
O cômputo realizado, cita outro eminente pesquisador, Edward Gibbon, ultrapassa a precisão do Calendário Juliano, e se aproxima da precisão do Calendário Gregoriano.
Khayyám mediu o comprimento do ano em 365,24211958156 dias. Se levarmos em conta esta medida ter sido feita em plena Idade Média e sem os avançados recursos da tecnologia atual, este valor mostra uma incrível precisão relativamente aos valores atualmente conhecidos. Atualmente sabemos que o comprimento dos dias, durante o período da vida de uma pessoa, varia após a sexta casa decimal. A precisão alcançada por Khayyám é fenomenal: para comparação, devemos citar que o comprimento do ano ao final do século XIX era de 365,242196 dias, sendo hoje de 365, 242190 dias.
No seu livro de álgebra, Khayyám se refere a outros trabalhos seus que, por infelicidade, estão hoje perdidos. Nestes trabalhos ele discutia o Triângulo de Pascal, mas não foi o primeiro a fazê-lo: já em tempos anteriores, os Chineses o haviam feito. A álgebra de Khayyám é de natureza geométrica, tendo resolvido equações lineares e quadráticas por métodos que estão presentes na Geometria de Euclides. Entretanto, ele descobriu um método para resolução de equações cúbicas, por meio da intersecção de uma parábola com um circulo mas, pelo menos em parte, este método já havia sido descrito por outros autores como Abud al-Jud.
Khayyám contribuiu com importantes resultados no estudo das relações e razões entre raios na Geometria de Euclides, incluindo o problema de sua multiplicação. O nome Khayyám é proveniente do termo "fabricante de tendas", ofício que aprendeu com seu pai.
Neychabur, sua terra natal, situa-se 115 kms à oeste de Mashad, na província do Khorasan. Esta antiga cidade, além de ter sido a terra natal de Khayyám, foi também onde nasceu outro grande poeta Persa, o místico Attar-e Neyshabury. Neyshabur é conhecida desde a alta antiguidade como um centro mundial exportador de turquesas (Firouz-e). Omar Khayyám recebeu uma boa educação em ciências e filosofia em sua terra natal, Nayshabur, e em Balk, outra cidade do Iran.
Após se formar, seguiu para Samarkand, onde completou importante tratado em álgebra. De tal modo tornou-se conhecido que foi convidado pelo sultão Seljuq Malik-Shah para realizar as observações astronômicas citadas, e para a reforma do calendário. Khayyám foi também comissionado para construir um observatório astronômico na cidade de Esfahan em colaboração com outros astrônomos. Após a morte de seu patrono em 1092, realizou uma peregrinação a Meca.
Retornando a Neyshapur, passou a ensinar e dar aulas na corte de tempos em tempos, realizando predições astronómicas e astrológicas.
Entre os campos do conhecimento por ele dominado achavam-se a filosofia, a matemática, astronomia, jurisprudência, história e medicina. De sua prosa, infelizmente sobreviveu muito pouco; de seus trabalhos restam apenas alguns sobre metafísica e sobre os teoremas de Euclides. Khayyám destacou-se por seu extraodinário senso poético, expresso no O Rubaiyát. O lado poético do Persa, desde que foi redescoberto por Edward FitzGerald por volta de 1859, é o mais conhecido hoje em dia, tendo sido objeto de inspiração para muitos poetas de nossa época, dentre os quais Jorge Luiz Borges e Fernando Pessoa. Ao trabalhar com conceitos relacionados às profundezas da alma e da psique humanas, Khayyám escreveu as mais belas páginas da literatura universal.
A filosofia de Omar Khayyám impressiona-nos até hoje, lembrando-nos de Epicuro, sendo no entanto profundamente Persa em sua audácia e resignação. A poesia de Khayyám incorpora opiniões filosóficas que sobrevivem até os nossos dias, e dizem respeito a ontologia, a conceitos universais, ao livre arbítrio, à predestinação e às obrigações morais. Também nela se percebem claras referências às relações do ser humano para com o Criador e deste para com o Homem, em uma reciprocidade de responsabilidades e cuidados. Segundo E. FitzGerald, é interessante notar que o poeta, assim como outros proeminentes pensadores Islâmicos, embora tenha sofrido influências da filosofia Grega, especialmente Aristóteles, não absorveu os aspectos mais abstratos daquele modo de pensar. Khayyám preferiu expressar-se mediante figuras de uma retórica epicureana que, embora audaciosa para o seu tempo, o fez tornar-se obscuro em vida e esquecido, anos após sua morte, em sua própria terra.

Nadir Afonso nasceu a 4 de Dezembro de 1920





Nadir Afonso nasceu em Chaves em 1920.

Diplomou-se em Arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto.

Em 1946, estuda pintura na École des Beaux-Arts em Paris, e obtém por intermédio de Portinari uma bolsa de estudo do governo francês e até 1948 e em 1951 colaborador do arquitecto Le Corbusier e serviu-se algum tempo do atelier Fernand Léger.

De 1952 a 1954, trabalhou no Brasil com o arquitecto Oscar Niemeyer.

Nesse ano, regressou a Paris, retomando contacto com os artistas orientados na procura da arte cinética, desenvolvendo os estudos sobre pintura que denomina “Espacillimité”.

Na vanguarda da arte mundial, expõe, em 1958, no Salon des Réalités Nouvelles, o trabalho “espacillimités”, animado de movimento.

Em 1965, Nadir Afonso abandona definitivamente a arquitectura; consciente da sua inadaptação social, refugia-se pouco a pouco num grande isolamento e acentua o rumo da sua vida exclusivamente dedicado à criação da sua obra.

Rainer Maria Rilke nasceu a 4 de Dezembro de 1875



Rainer Maria Rilke nasceu em Praga em 4 de dezembro de 1875. É considerado como um dos mais importantes poetas modernos da literatura e língua alemã, por sua obra inovadora e seu incomparável estilo lírico.

"Poeta fundamental, Rilke é a voz de uma época em transição. Talvez seja a última voz do seu tempo, aquela que anunciou o "fim dos tempos modernos", como quer Romano Guardini, e ao mesmo tempo a primeira voz e o primeiro poeta dessa nova era que estamos começando a viver."

A 4 de Dezembro de 1866, nasceu Wassily Kandinsky

A 4 de Dezembro de 1894, George Parker recebeu a patente para a sua caneta


George Safford Parker
, um jovem professor de uma pequena escola da cidade de Janesville, localizada no estado americano do Wisconsin, vendia canetas-tinteiro para seus alunos e colegas de trabalho como forma de aumentar um pouco sua renda mensal e equilibrar suas finanças pessoais. Porém, estas canetas apresentavam defeitos frequentes e Parker sentia-se na obrigação de consertá-las. Desta forma, ele ganhou credibilidade, aumentando em muito o número de canetas vendidas e cativando uma clientela fiel. De tanto montar e desmontar, consertar aqui e ali, ele vislumbrou a necessidade de desenvolver um instrumento de escrita “ideal”, sem os problemas corriqueiros e constantes que as canetas possuíam na época. Acreditando que se fizesse o melhor instrumento de escrita as pessoas iriam comprar, ele criou sua primeira caneta em 1888. Após fundar, juntamente com W. F. Palmer, a PARKER PEN COMPANY, no ano seguinte o projeto foi patenteado e o resto é basicamente a história da escrita moderna no mundo.

A 4 de Dezembro de 1791, foi lançado o semanário dominical The Observer



O mais antigo jornal de domingo em todo o mundo (lançado em 1791) é também um dos melhores que a imprensa britânica de qualidade tem para oferecer. Foi comprado por The Guardian, em 1993, e ambos os títulos partilham uma mesma orientação política, apesar de terem divergido quanto à guerra do Iraque, em 2003, quando The Observer esteve a favor do envolvimento britânico no conflito.

Este semanário em formato Berliner é famoso pelas suas reportagens longas, sérias e aprofundadas. Além de um jornal com seis secções e de uma revista semanal, The Observerproduz uma vasta gama de publicações temáticas, entre elas: Music Monthly, Sport Monthly, Food Monthly e Observer Woman.

4 de Dezembro de 1980, morreu Sá Carneiro

4 DE DEZEMBRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA



DESCRIÇÃO: A morte de Francisco Sá-Carneiro. O lançamento do mais antigo jornal dominical do mundo - o The Observer. Estreia na Broadway a peça "Um Eléctrico Chamado Desejo". George Parker recebeu a patente para a sua caneta. Nasceram Wassily Kandinsky, Rainer Maria Rilke e Nadir Afonso. Morreram Omar Khayyam e Benjamin Britten. As "Chordettes" cantam "a capella" Mister Sandman.

Numb [Completo] (legendas em português)