Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
sábado, 28 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
PORTUGAL SEM DINHEIRO PARA CUMPRIR COMPROMISSOS COM BRUXELAS
Era só maravilhas e agora vê-se que o Estado está na bancarrota,este governo ainda nem se sentou e já nos estão a entalar,os outros dizem que não validam nada ao governo PS e temos de ser nós a dar-lhe a mão quando o país está de novo nas mãos dos mercados e à mercê dos seus ditames.
Só espero e se os mercados se preparam para mandar,exijamos ao governo PS uma auditoria rigorosa à divida e a elaboração dum orçamento de base 0 para 2016.Talvez assim os mercados acalmem.
Cofres públicos ficaram praticamente sem margem para cumprir compromissos com Bruxelas. Otimismo da coligação PSD/CDS-PP foi ‘arrasado’ pelos números da DGO.
Ainda existe uma réstia de esperança, mas o cumprimento da meta de um défice de 2,7% em 2015 é quase impossível para o Estado português. Os números da execução orçamental divulgados ontem pela Direção Geral do Orçamento mostram que o balanço entre receitas e despesas públicas chegava no final de outubro aos 4.818 milhões de euros, um valor que praticamente elimina a margem de manobra para manter os compromissos.
No início de setembro, as perdas totais dos cofres públicos chegavam a apenas 3.156,5 milhões de euros, o que significa que só em outubro, o défice aumentou cerca de 1.700 milhões de euros.
Para cumprir os objetivos assumidos perante Bruxelas, o Estado apenas pode acumular mais 275 milhões de euros de perdas financeiras em novembro e dezembro, uma possibilidade remota tendo em conta que 95% do défice previsto já foi utilizado.
Como comparação, em outubro do ano passado o Estado só tinha utilizado 84% das perdas totais permitidas após dez meses, tendo registado um saldo negativo de 1.100 milhões de euros em novembro e dezembro.
Ainda assim, o Diário Económico garante que o cumprimento do objetivo secundário do Governo de sair do Procedimento de Défices Excessivos ainda não está fora de hipótese. Para tal, o Estado precisaria de acumular menos de 640 milhões de euros de perdas em novembro e dezembro, o que deixaria o défice abaixo dos 3% do PIB.
Um pouco da História de Lisboa e do Fado
Rua do Capelão - Bairro da Mouraria - Lisboa
Nesta rua estreita do Bairro da Mouraria, nasceu no século XIX o Fado, hoje Património da Humanidade.
O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro veleiro
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
letra de José Régio
música de Alain Oulman
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
ai Mouraria
das procissões a passar
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
ai Mouraria
da velha rua da Palma
onde eu um dia
deixei presa a minha alma
por ter passado
mesmo ao meu lado
certo fadista
de cor morena,
boca pequena
e olhar trocista
ai ai Mouraria
do homem do meu encanto
que me mentia
mas que eu adorava tanto
amor que o vento
como um lamento
levou consigo
mas que ainda agora
ai a toda a hora
trago comigo
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
ai Mouraria
das procissões a passar
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.
Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.
Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.
Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro veleiro
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.
letra de José Régio
música de Alain Oulman
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
ai Mouraria
das procissões a passar
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
ai Mouraria
da velha rua da Palma
onde eu um dia
deixei presa a minha alma
por ter passado
mesmo ao meu lado
certo fadista
de cor morena,
boca pequena
e olhar trocista
ai ai Mouraria
do homem do meu encanto
que me mentia
mas que eu adorava tanto
amor que o vento
como um lamento
levou consigo
mas que ainda agora
ai a toda a hora
trago comigo
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
dos vestidos cor de rosa
dos pregões tradicionais
ai Mouraria
das procissões a passar
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
ai Mouraria
dos rouxinóis nos beirais
da Severa em voz saudosa
na guitarra a soluçar
A 26 de Novembro de 1939 - Nasceu Tina Turner
Anna Mae Bullock, mais conhecida poelo nome artístico de Tina Turner, nasceu em Nutbush/EUA a 26 de novembro de 1939, é uma cantora, dançarina e actriz nascida nos Estados Unidos e, desde 2013, de cidadania suíça, cuja carreira começou há mais de cinquenta anos.
Embora, tina Turner tenha começado a sua carreira musical, em meados dos anos 1950, só ganhou notoriedade a partir de 1960, quando se tornou membro da dupla Ike & Tina Turner, com hits, como "A Fool in Love", "River Deep - Mountain High" (1986), "Proud Mary" (1971) e "Nutbush City Limits" (1973).
Na sua autobiografia, "I, Tina", publicada em 1986, Turner revelou os abusos domésticos sofridos, do então seu marido, Ike Turner. Após o seu divórcio em 1978 e de praticamente ter desaparecido da cena musical, conseguiu reconstruir a sua carreira através de espectáculos ao vivo, marcados pela sua enérgica presença de palco e a sua poderosa voz.
O seu regresso ao cenário musical deu-se com o lançamento do single "Let's Stay Together" (1983), seguido pelo lançamento do seu quinto álbum a solo de estúdio, "Private Dancer" (1984), que se tornou um sucesso mundial.
O single de maior sucesso do álbum, "What's Love Got to Do with It", foi usado como título do filme baseado na sua autobiografia.
A sua carreira musical, também a levou a vários papéis de destaque no cinema, como no filme "Tommy" (1975) e uma aparição no filme “Mad Max Beyond Thunderdome” (1985).
Uma das artistas mais populares do mundo, Tina Turner é considerada "A Rainha do rock 'n roll", sendo a artista feminina mais bem-sucedida nesse género, tendo vencido oito Grammy Awards e vendido mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo.
A revista Rolling Stones classificou Tina Turner como uma das "10 Maiores Artistas de Todos os Tempos".
Tina Turner é mãe de dois filhos, Raymond Craig, que nasceu em 1958, filho do saxofonista Raymond Hill, e o seu segundo filho Ronald, que nasceu em 1960, o único filho que teve com Ike Turner, mas ajudou a cuidar dos filhos do casamento anterior de Ike, Ike Jr. e Michael, que permanceram com Turner mesmo depois do divórcio.
Em janeiro de 2013, Tina Turner naturalizou-se suíça. Nesse mesmo ano, Turner casou-se com o executivo de música Erwin Bach, depois de 27 anos de convivência.
A 26 de Novembro de 1911 - Nasceu Mário Lago
Mário Lago nasceu no Rio de Janeiro/Brasil a 26 de novembro de 1911 e morreu no Rio de Janeiro/Brasil a 30 de maio de 2002, foi um advogado, poeta, radialista, compositor e actor brasileiro.
Autor de sambas populares como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves, fez-se popular entre as décadas de 1940 e 50.
Filho do maestro António Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago e neto do anarquista e flautista italiano Giuseppe Croccia, formou-se em Direito pela Universidade do Brasil, em 1933, tendo-se nesta época tornado marxista. A opção pelas ideias comunistas fizeram com que fosse preso em sete ocasiões - 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.
Foi casado com Zeli, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997.
O casal teve cinco filhos: António Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luís Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.
Começou pela poesia e teve seu primeiro poema publicado aos 15 anos.
Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na década de 30, na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, actual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde iniciou a sua militância política no Centro Académico Cândido de Oliveira, então fortemente influenciado pelo Partido Comunista do Brasil, PCB.
Durante a década de 1930, a então principal Faculdade de Direito da capital da República era um celeiro de arte aliada à política, onde estudaram Lago e seus contemporâneos Carlos Lacerda, Jorge Amado, Lamartine Babo entre outros.
Depois de licenciado, exerceu a profissão de advogado por apenas alguns meses. Envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e actuando. A sua estreia como letrista de música popular foi com "Menina, eu sei de uma coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada além", da mesma dupla de autores.
As suas composições mais famosas são "Ai que saudades da Amélia", "Atire a primeira pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves; "É tão gostoso, seu moço", com Chocolate, "Número um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.
Em "Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular que "Amélia" se tornou sinónimo da mulher submissa, resignada e dedicada aos trabalhos domésticos.
Na Rádio Nacional, Mário Lago foi actor de Rádio, actuou na radionovela, especial da Semana Santa em 27 de Março de 1959: A Vida de Nosso Senhor jesus Cristo, interpretando Herodes, e também roteirista, escrevendo a radionovela "Presídio de Mulheres".
Mas só ficou conhecido do grande público mais tarde, pela televisão, quando passou a actuar em telenovelas da Rede Globo, como "Selva de Pedra", "O Casarão", "Nina", "Elas por Elas" e "Barriga de Aluguel", entre outras. Também actuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.
Mário esteve na União Soviética, em 1957, a convite da Radio Moscovo.
Em 1964, foi um dos nomes a encabeçar a lista dos que tiveram seus direitos políticos suspensos pelo regime militar e perdeu as suas funções na Rádio Nacional.
Durante a segunda metade da década de 1960, Mário Lago passou a aparecer com frequência no cinema, participando com actuações marcantes em filmes importantes como O Padre e a Moça, Os Herdeiros e Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite.
Na década de 1970, iniciou uma carreira de sucesso como actor de telenovelas, com destaque para Cavalo de Aço e O Casarão.
Em 1989, ligou-se ao Partido dos Trabalhadores e actuou como âncora dos programas eleitorais do então candidato do partido, Luís Inácio Lula da Silva, à presidência da República, em 1998.
Autor dos livros Chico Nunes das Alagoas (1975), Na Rolança do Tempo (1976), Bagaço de Beira-Estrada (1977) e Meia Porção de Sarapatel (1986), foi biografado em 1998 por Mónica Velloso na obra: Mário Lago: boémia e política.
No carnaval de 2001, Mário Lago foi tema do desfile da escola de samba Académicos de Santa Cruz.
Em dezembro de 2001, recebeu uma homenagem especial pela sua carreira durante a entrega do Melhores do Ano do Domingão do Faustão, que, no ano seguinte, ganharia o nome de Troféu Mário Lago, sendo anualmente concedido aos grandes nomes da teledramaturgia.
Na sua última entrevista ao Jornal do Brasil, Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar.
Para o velório foi aberto o palco do Teatro João Caetano onde vivera importantes momentos de sua carreira de actor.
Até ao fim de sua vida manteve intensa actividade política e mesmo doente chegou a participar na campanha presidencial apoiando o então candidato Luís Inácio Lula da Silva. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
A 26 de Novembro de 2006 - Morre Mário Cesariny de Vasconcelos
Mário Cesariny de Vasconcelos nasceu em Lisboa a 9 de Agosto de 1923 e morreu em Lisboa a 26 de Novembro de 2006, foi poeta e pintor, considerado o principal representante do surrealismo português.
É de destacar também o seu trabalho de antologista, compilador e historiador (polémico) das actividades surrealistas em Portugal.
Mário Cesariny de Vasconcelos nasceu, por acaso, na Vila Edith, na Estrada da Damaia, em Benfica, onde os pais estavam a passar férias.
Último filho (três irmãs mais velhas) de Viriato de Vasconcelos, natural de Tondela e de sua mulher María de las Mercedes Cesariny (de ascendência paterna corsa e materna espanhola), natural de Paris.
O pai, com uma personalidade dominadora e pragmática, era empresário ourives, com loja e oficina na rua da Palma, na freguesia de Santa Justa, em plena baixa lisboeta.
Depois da escola primária, o jovem Mário frequentou durante um ano o Liceu Gil Vicente, após o que o pai (que o queria ourives) o mudou para um curso de cinzelagem na Escola de Artes Decorativas António Arroio (onde conheceu Artur do Cruzeiro Seixas e Fernando José Francisco), que completou.
Depois, como não lhe agradasse o trabalho de ourives, frequentou um curso de habilitação às Belas-Artes.
Também estudou música, gratuitamente, com o compositor Fernando Lopes Graça. Cesariny era um talentoso pianista, mas o pai, enfurecido, proibiu-o de continuar esses estudos.
Entretanto, no final da adolescência, Cesariny e os amigos frequentam várias tertúlias nos cafés de Lisboa e descobrem o neo-realismo e depois o surrealismo.
Em 1947, Cesariny viaja até Paris onde frequenta a Académie de la Grande Chaumière e visita André Breton, cuja influência o leva a participar na criação, no mesmo ano, do Grupo Surrealista de Lisboa, juntamente com figuras como António Pedro, José Augusto França, Cândido Costa Pinto, Vespeira, João Moniz Pereira e Alexandre O´Neill, que reuniam na Pastelaria Mexicana.
Este grupo surgiu como forma de protesto libertário contra o regime salazarista.
Na década de 1950, Cesariny dedica-se à pintura, mas também, e sobretudo, à poesia, que escreve nos cafés. Tem colaboração na revista Pirâmide (1959-1960). O seu editor é Luiz Pacheco, com quem mais tarde (nos anos 1970) se incompatibilizaria por completo.
É também durante esse período que começa a ser incomodado e a ser vigiado pela Polícia Judiciária, por "suspeita de vagabundagem", obrigado a humilhantes apresentações e interrogatórios regulares, devido à sua homossexualidade, que vivencia diariamente, de modo franco e destemido.
Só a partir de 25 de Abril de 1974 deixará de ser perseguido e atormentado pela polícia.
Cesariny vivia com dificuldades financeiras, ajudado pela família. Apesar da excelência da sua escrita, esta não o sustentava financeiramente e Cesariny, a partir de meados dos anos 1960, acabaria por se dedicar por inteiro à pintura, como modo de subsistência.
A partir da década de 1980, a obra poética de Cesariny é reeditada pelo editor Manuel Hermínio Monteiro e redescoberta por uma nova geração de leitores.
Nos últimos anos da sua vida, Cesariny viveu com a sua irmã mais velha, Henriette (falecida em 2004), num apartamento na Rua de Basílio Teles, 6 - 3º, em Campolide, Lisboa.
Mário Cesariny morreu em 26 de Novembro de 2006, às 22h30, de cancro da próstata, de que sofria havia anos.
Foi sepultado no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Mário Cesariny adopta uma atitude estética de constante experimentação nas suas obras e pratica uma técnica de escrita e de (des)pintura amplamente divulgada entre os surrealistas.
A sua poesia é animada por um sentido de contestação a comportamentos e princípios institucionalizados ou considerados normais nos campos do pensamento e dos costumes.
Ao recorrer a processos tipicamente surrealistas (enumerações caóticas, utilização sistemática do sem-sentido ou do humor negro, formas paródicas, trocadilhos e outros jogos verbais, automatismo, etc.) alcança uma linguagem que sabe encontrar o equilíbrio entre o quotidiano e o insólito.
Nos últimos anos de vida, desenvolveu uma frenética actividade de transformação e reabilitação do real quotidiano, da qual nasceram muitas colagens com pinturas, objectos, instalações e outras fantasias materiais.
Sobre as sessões para que o convidavam e em que o aplaudiam, o poeta comentava: Estou num pedestal muito alto, batem palmas e depois deixam-me ir sozinho para casa. Isto é a glória literária à portuguesa.
A 26 de Novembro de 1504 - Morre Isabel I de Castela, "A Católica"
Rainha de Castela, Isabel nasceu a 22 de Abril de 1451 em Madrigal de las Altas Torres, Ávila. Foi responsável no seu reinado por uma política que favoreceu os descobrimentos e a expansão territorial, bases da formação do império espanhol. Filha de João II de Castela e de Isabel de Portugal, quando tinha três anos, o seu meio-irmão Henrique IV ascendeu ao trono e ela foi posta sob sua custódia.
Henrique IV reconheceu-a como herdeira do trono de Castela pelo pacto dos Toros de Guisando, contra as pretensões de Joana, a Beltraneja, filha do próprio Henrique IV. Assumiu o trono, após uma guerra civil contra Joana, decorrida depois da morte de Henrique. Casou-se com o seu primo em segundo-grau, o príncipe Fernando de Aragão e, devido ao seu parentesco próximo, tiveram de pedir permissão ao Papa. Com a morte de João II de Aragão, Fernando, marido da rainha, assumiu o trono aragonês, unindo-se assim os dois reinos. É conhecida como Isabel, a Católica, título que lhe foi concedido a ela e ao marido pelo papa Alexandre VI mediante a bula Si convenit no dia 19 de Dezembro de 1496.
A expansão territorial de Castela sob o mando dos Reis Católicos, iniciou-se com a anexação do arquipélago das Canárias e terminou (1492), com a conquista de Granada, último reino muçulmano da península ibérica. O evento mais marcante do seu reinado foi a descoberta da América por Cristóvão Colombo, no qual participou activamente do financiamento da viagem e, depois, da evangelização e implantação da igreja nas novas terras.
O seu reinado também favoreceu a pecuária ovina em Castela e o comércio de lã, centralizou e fiscalizou as operações mercantis com as Índias e saneou a moeda castelhana. Politicamente fortaleceu as instituições reais, aumentou o controle sobre as ordens militares, a fazenda real, as Cortes, a justiça. No campo religioso e cultural, efectuou uma extensa reforma do clero, com a ajuda do cardeal Francisco Jiménez de Cisneros, e terminou o processo de unificação religiosa, com a expulsão dos judeus não-convertidos (1492) e a imposição do cristianismo à população árabe. Para fiscalizar o cumprimento dessas medidas, fortaleceu o tribunal da Inquisição. Isabel criou uma escola palaciana, que elaborou a primeira Gramática castelhana (1492). Morreu em Medina do Campo, Valladolid, a 26 de Novembro de 1504. No seu testamento, reflexo de uma concepção patrimonial do reino, não legou os direitos sucessórios a Fernando, mas à filha Joana a Louca, mãe do futuro imperador Carlos V (I da Espanha), que deu início a uma nova dinastia espanhola, a dinastia dos Habsburgos.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
A 25 de Novembro de 1510 - Afonso de Albuquerque conquista a cidade de Goa
Militar português, nasceu em Alhandra por volta de 1462, de família aristocrática, sendo educado na corte de D.Afonso V. Em 1476 acompanhou o futuro rei D. João II nas guerras com Castela, esteve em Arzila e Larache em1489, e em 1490 faz parte da guarda de D. João II, tendo voltado novamente a Arzila em 1495. Em 1503 é enviado à Índia, no comando de três naus, tendo participado em várias batalhas, erguido a fortaleza de Cochim e estabelecido relações comerciais com Coulão. Regressou a Portugal em 1504, onde expôs a D. Manuel I a sua visão de um império no Oriente, tendo por base a conquista de posições estratégicas nos mares do Índico. Tendo sido aceite o seu plano, seguiu para a Índia em 1506 como capitão-mor do mar da Arábia. Conquistou Omã e submeteu Ormuz (1507). Nomeado por D. Manuel governador da Índia em 1508, veio a ocupar o cargo no ano seguinte. Já como vice-rei da Índia, em substituição de D. Francisco de Almeida, conquistou Goa em1510. Aliou-se a Krishna Deva Raja de Vijayanagar contra os reinantes muçulmanos de Calecute e Bijapur. Em fins de fevereiro de 1510 Afonso de Albuquerque conquista a atual Panjim e Ela (hoje Velha-Goa) sem encontrar grande resistência. Depois da morte de Yusuf Adil Shah, é o ministro de estado Kamal Khan que toma conta da casa de Bijapur. Kamal Khan ordena a reconquista de Goa. As suas tropas conseguem fazer retirar os portugueses para os seus barcos, mas com o apoio de novas embarcações chegadas de Portugal, Afonso de Albuquerque consegue depois de alguma luta entrar em Ela (Velha-Goa) no dia de St.ª Catarina, designada a padroeira de Goa, 25 de novembro de 1510.
Malaca é conquistada em 1511 e Afonso de Albuquerque entrou no Mar Vermelho em 1513. Com a construção da fortaleza de Ormuz em 1515 concluiu o seu plano de domínio dos pontos estratégicos que permitiam o controle marítimo e o monopólio comercial da Índia. Ao mesmo tempo, seguiu uma política de miscigenação, favorecendoo casamento das indianas com soldados e marinheiros portugueses, que depois ficavam a servir na administração. Afonso de Albuquerque foi um grande marinheiro e estratega militar, além de ter uma grande capacidade como diplomata, que criou as bases do Império Português do Oriente. Faleceu no ano de 1515.
A 25 de Novembro de 1638 - Nasce Catarina de Bragança
Membro da monarquia, filha de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão, D. Catarina nasceu a 25 de novembro de 1638, em Vila Viçosa, e casou-se em 1662 com o rei Carlos II, tornando-se assim rainha da Inglaterra. A suaeducação religiosa privou-a do conhecimento das línguas não ibéricas, pelo que conversava com o marido em espanhol. O casamento real foi proposto em 1660 através do seu padrinho, D. Francisco de Melo, conde daPonte, que ofereceu como dote dois milhões de cruzados, a cedência de Tânger e Bombaim, juntamente com a liberdade de comércio aos ingleses nas colónias portuguesas. Em contrapartida, a infanta poderia continuar apraticar a religião católica e a Inglaterra auxiliaria Portugal no caso de ataque espanhol ou holandês. Esta proposta foi aceite e o conde da Ponte voltou a Portugal para ultimar os preparativos. No entanto, quando retornou a Londres o rei mostrou-se adverso pois tinha sido alvo de uma campanha de dissuasão desencadeada por Batteville, embaixador espanhol, e do conde de Bristol, que se opunham ao casamento. Estes tentaram convencer Carlos II que D. Catarina era feia, defeituosa e doente. Contudo, o contrato de casamento, assente no tratado ango-luso a 23 de junho de 1661, que confirmava os anteriores tratados assinados em 1641, foi assinado.D. Catarina partiu para Inglaterra em abril de 1662 e o casamento protestante foi celebrado em Portsmouth, a 14 de maio, mas não sem que antes fosse efetuada uma cerimónia católica.
A sua vida na corte inglesa não foi muito fácil: primeiro, devido às relações amorosas do rei; depois porque a sua fé, vincadamente católica, gerou alguma suspeição por parte dos Anglicanos. Mesmo assim, durante os 30 anos que viveu em Inglaterra D. Catarina notabilizou-se pelos bailados e teatros que organizou, pela sua perícia com o arco e setas, tendo sido a patrona da Honorable Company of Bowmen. Foi igualmente pela sua mão que foi introduzida a moda do chá na corte britânica. Por outro lado, foi o alvo das querelas e conspirações entre católicos e protestantes. Estes últimos tentaram por várias vezes obrigar o rei a divorciar-se, apoiando-se na infecundidade da rainha (teve quatro partos prematuros). Carlos II não cedeu, todavia, mostrando sempre grande amizade pela esposa (que o converteu ao Catolicismo), apesar de ter tido inúmeras amantes e quinze bastardos. Após a morte do rei, em 1685, D. Catarina ainda permaneceu em Inglaterra, regressando à pátria apenas em 1692, quando mandou construir o palácio da Bemposta. Até à sua morte, em 1705, em Lisboa, ainda interferiu nos negócios do reino (Tratado de Methuen), assumindo a regência por duas vezes. Encontra-se enterrada na igreja do Mosteiro dos Jerónimos. O seu casamento com Carlos II acabou por não dar os frutos que a Coroa portuguesa desejava, saldando-se pela perda das possessões cedidas e pela abertura ao comércio das colónias a mercadores ingleses.
A 25 de Novembro de 1936 - É assinado o Pacto Anti - komintern
O Pacto Anti - komintern, acordo concluído primeiro entre a Alemanha e o Japão em 25 de Novembro de 1936 e mais tarde entre Alemanha, Japão e Itália em Novembro de 1937, dirigia-se directa e ostensivamente contra a Internacional Comunista (Komintern) e por implicação, especificamente contra a União Soviética.
Os tratados foram pedidos por Adolf Hitler, que na ocasião invectivava publicamente contra o bolchevismo e estava interessado no sucesso do Japão na guerra que se abria contra a China. Os japoneses estavam irritados com o Pacto de Não-agressão sino-soviético de Agosto de 1936 e a subsequnte venda de aviões militares e munições soviéticos à China.
Ao assinar o Pacto Anti-komintern, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Joachim Ribbentrop disse aos correspondentes da imprensa que a Alemanha e o Japão tinham-se unido para defender a civilização ocidental. À primeira vista, o pacto parecia não ser mais que um artifício de propaganda pelo qual esses países obteriam o apoio mundial, explorando a aversão dos governantes ocidentais pelo comunismo e a desconfiança da Internacional Comunista.
Entretanto, no tratado havia também um protocolo secreto especialmente dirigido contra a União Soviética. No caso de um ataque não provocado da URSS contra a Alemanha ou o Japão, as duas nações concordavam em consultar-se a respeito das medidas a tomar “para salvaguardar os seus interesses comuns” e aceitaram “não adoptar medidas que pudessem tender a facilitar a situação soviética.” Estipulava-se igualmente que nenhuma das duas nações firmaria quaisquer tratados com a URSS contrários ao espírito do acordo, sem consentimento mútuo.
Não tardaria muito até que a Alemanha rompesse o acordo e acusasse o Japão de não observá-lo. Porém o pacto servia certos objectivos de propaganda entre o crédulo mundo e juntava pela primeira vez as três nações agressoras.
Em 23 de Agosto de 1939, o Japão, dizendo-se ultrajado pelo Pacto de Não-Agressão Molotov-Ribbentrop, renunciou ao Pacto Anti -komintern. Todavia, acedeu mais tarde em assinar novo Pacto em 27 de Setembro de 1940, que estabelecia que a Alemanha, a Itália e o Japão “ prestariam assistência mútua com meios militares, económicos e políticos” caso algum deles fosse atacado por uma potência não envolvida na Guerra Europeia ou no conflito sino-japonês, ou seja, União Soviética ou os Estados Unidos.
A 25 de Novembro de 2005 - Morreu George Best
George Best nasceu em Belfast/Irlanda do Norte a 22 de maio de 1946 e morreu em Londres a 25 de novembro de 2005, foi um extraordinário futebolista norte-irlandês.
Best consagrou-se na equipa inglesa do Manchester United, sendo considerado um dos maiores ídolos do United de todos os tempos e o melhor jogador irlandês e britânico da história.
O seu talento foi reconhecido além da Europa. O jornalista e técnico brasileiro João Saldanha, indagado em 1981 para elaborar a sua equipa dos sonhos, colocou Best entre os titulares e a Revista Placar descreveu-o em 1970 como "um jogador brasileiro nascido na Irlanda do Norte".
O significado do seu sobrenome, em inglês, é "melhor", o que gerou um ditado popular na sua terra natal: "Maradona good. Pelé better. George Best (Maradona, bom. Pelé, melhor. George, 'O' melhor)".
George Best nasceu na capital da Irlanda do Norte, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Era tão fanático por futebol quando criança que dormia com uma bola na cama.
Aos 15 anos, foi treinar no Manchester United, descoberto por um olheiro do clube que o vira actuar numa equipa amadora de Belfast, os Cregagh Boys.
Em 1963, aos 17 anos, estreou-se como profissional. Era magro e franzino, mas demonstrava grande velocidade e domínio de bola.
O clube ainda vivia o luto causado pela morte, em acidente aéreo, de alguns integrantes da jovem e brilhante equipa que encantara o futebol inglês nos anos 1950, os Busby Babies, os "bebés" do técnico Matt Busby, um dos sobreviventes do desastre.
Tendo continuado no comando da equipa, após o acidente, Busby aprovaria a contratação do génio anunciado.
Na sua primeira época, Best participou no título da FA Cup.
Não demoraria a explodir: driblador, provocador e dono de um talento irrepreensível dentro de campo (o que lhe rendeu comparações a Garrincha), formou um lendário trio com o inglês Bobby Charlton (outro sobrevivente do acidente aéreo) e o escocês Denis Law.
Com eles, foi campeão inglês em 1965, o sexto título da história do clube no campeonato.
Apurado para a Taça dos Campeões da UEFA de 1966, o United cruzou-se nos quartos-de-final com o forte Benfica de Eusébio, Coluna, José Augusto e José Torres, clube cuja equipe-base fora bicampeã em 1961 e 1962.
Após vitória apertada do United por 3-2 em Old Trafford, Busby determinou cautela e estudo do adversário nos primeiros quinze minutos da partida de volta, em Lisboa.
Best desobedeceu e em doze minutos já haviam marcado duas vezes. Os Red Devils fariam 5-1 (com ele a marcar o terceiro golo) em pleno Estádio da Luz.
No dia seguinte, Best era manchete nos jornais ingleses com o título "O Quinto Beatle". O sonho do troféu europeu naquela época, entretanto, acabaria nas meias-finais, onde foram eliminados pelos jugoslavos do Partizan.
Fora do campo Best tinha uma vida muito inconstante, sendo frequentemente visto com belas mulheres e carros de último tipo, despertava histeria nas adolescentes com seus cabelos longos e esvoaçantes e seu rosto de galã de cinema, metendo-se em festas. Tal comportamento boémio levariam-no ao alcoolismo que acabaria com a sua carreira. Com certa frequência, também se atrasava ou não comparecia a treinos, o que o fez levar inúmeras multas e suspensões.
Ainda assim, a sua capacidade devastadora de furar defesas e seu grande carisma esgotavam a imaginação da imprensa europeia, que a cada nova grande exibição procurava um novo adjetivo para o qualificar.
Após voltar de uma de suas suspensões, que durou 28 dias, marcou os seis golos da vitória por 8-2 sobre o Northampton Town.
Em 1967, veio novo título inglês. O tri quase veio em 1968: Best terminou o campeonato como melhor marcador, com 28 golos, mas a conquista ficou com o rival Manchester City por dois pontos de diferença.
Paralelamente, em nova oportunidade na Taça dos Campeões, o United encarou outra vez o Benfica, desta vez na final, disputada no mítico Wembley. Best marcou o terceiro golo na vitória por 4-1 driblando toda a defesa adversária, fazendo do United o primeiro clube inglês a vencer o mais importante troféu europeu de clubes.
No final daquela arrasadora temporada, recebeu a Bola de Ouro da France Football como o melhor jogador europeu do ano. É até hoje o único de todos os irlandeses agraciado com o prémio. No clube que aprendeu a amar, marcaria 179 golos em 470 jogos, tendo sido o melhor marcador da equipa em seis épocas seguidas.
Cada vez mais explorado nas colunas sociais, o seu rendimento em campo começou a cair justamente logo após o auge da sua consagração.
O United chegou a passar cinco anos sem assumir a liderança do campeonato inglês, até consegui-la temporariamente na temporada 1971-72.
Nesse período, perdeu o Mundial Interclubes de 1968 para o Estudiantes de La Plata (Best foi expulso no jogo de volta, em Old Trafford - os argentinos haviam vencido em casa e empataram fora), não conseguia mais troféus.
Matt Busby, um dos poucos no clube a aturar o temperamento de Best, retirou-se de vez em 1971, após ter chegado a deixar o cargo em 1969. Não ajudavam as aparições de Best bêbado nos tablóides ingleses. Tinha a vida cada vez mais questionada em cada detalhe pela comunicação social, que o tratava como celebridade tal como a um músico ou um diplomata. "Eu levei o futebol das páginas internas para a capa dos jornais", teria dito.
Aos 27 anos, sairia do Manchester United, no início de 1973, no meio da campanha desastrosa que culminaria na descida do clube, decretada em derrota para os rivais do City.
De início, tinha declarado naquele mesmo mês que terminaria a carreira. "Estou sem jogar há oito meses, mas não deixaria de vir à festa do Eusébio", afirmou no fim de setembro daquele ano na ocasião do jogo particular em que o craque português se despediu festivamente do Benfica contra um combinado internacional. Alfredo Di Stéfano, em entrevista naquela época à Placar, relatou ao repórter sobre Best, que se encontrava no mesmo recinto, que "vou apresenta-lo, mas não sei inglês e não posso servir de intérprete. Depois, nem sei se ele vai querer falar, é um louco".
Ficou um tempo emprestado ao insignifcante Dunstable Town. No ano seguinte, foi para o não muito maior Stockport County. Curiosamente, do Stockport iria para uma equipa católica, o Cork Celtic, da própria República da Irlanda. Jogaria noutro clube alinhado a católicos posteriormente, o Hibernian, da Escócia.
Best chegou a reaparecer na elite inglesa ao passar uma temporada no Fulham, onde actuou ao lado de Bobby Moore.
Mas resolveu esconder-se no futebol dos Estados Unidos, à procura de abafar a sua decadência. O Fulham chegou a acionar a FIFA para o punir, acusando-o de se ter transferido ilegalmente para os EUA.
A entidade amnistiou o norte-irlandês. Se na América do Norte ele, que estaria há quatro meses sem consumir álcool, chegou a jogar ao lado de Gerd Müller e Teófilo Cubillas no Fort Lauderdale Strikers, jogou também na equipa da Prisão Ford, onde esteve preso por oito semanas por conduzir embriagado e bater num policia.
Em 1979, já passava anos em que não estava mais de uma época nas equipes que o empregavam.
Fez fé pública da sua recuperação como atleta e como pessoa, oferecendo os seus serviços a qualquer equipa, disposto a contratos de risco.
Iria ao Southend United, da terceira divisão inglesa, mas não foi libertado pelo Fulham, que ainda era o dono do passe de Best.
Conseguiu então ir ao Hibernian, na época o último do campeonato escocês. Best aceitou com a contrapartida de que, se despertasse interesse de algum clube inglês, fosse imediatamente libertado. Mas os problemas com o alcoolismo persistiram e fariam-no ser expulso da equipa em 1980.
Após a dispensa, internou-se imediatamente numa clínica de reabilitação, Angela MacDonald-James, a sua esposa, afirmou na época que "tínhamos decidido formar uma família. Mas com tudo isso, não quero correr o risco.
Não creio que isso seja bom, tendo em vista o estado de George".
Meses depois, nasceu o seu filho Callum e Best, em meados de 1981, quando chegou a estar sete meses afastado do vício, garantia que havia mudado após o nascimento do filho.
"Encontrei muita gente na minha carreira, mas ninguém me ajudou. Os clubes tratam com máquinas, não com jogadores: não há ninguém com quem desabafar e discutir problemas. Houvesse uma única pessoa, eu não me tornaria um alcóolatra", defendeu-se na época.
Nesta época, o Manchester United cogitou recontrata-lo, com o então técnico Ron Atksinson declarando-se pronto para esta experiência.
Mas, revoltado com a seriedade do seu tratamento do alcoolismo ser posta em dúvida por adeptos do United, Best abandonou as negociações: "não vou expor meu cartaz nessa porcaria de equipa. Volto para os Estados Unidos", declarou.
Em meados de 1983, a justiça de Londres anunciou o embargo financeiro do jogador, em razão de dívidas com lojas comerciais, bares e credores individuais, num montante que somava 178 mil dólares. Na época, seu contrato com o Bournemouth, da quarta divisão inglesa, era rescindido pelo clube. "A bebida e os automóveis fizeram-me perder tudo", admitiu Best naquele momento.
Aos 38 anos, em 1984, retirou-se definitivamente, já não sendo nem sombra do craque promissor dos anos 1960.
Ao todo, jogou 37 jogos pelo seu país. Sempre lamentou não ter realizado mais jogos, pois os seus compromissos com o United impediram de conciliar o clube com a seleção com certa frequência. Marcou nove vezes.
Casado duas vezes e tendo quatro filhos, dois dos quais não reconheceu como dele, deu em 1990 um vexame em debate ao vivo pela BBC, completamente bêbado. Em 2002, teve de receber um transplante de fígado, destruído pela cirrose, voltando a beber logo no ano seguinte.
No dia 3 de Outubro de 2005, foi internado à pressa no hospital Cromwell de Londres com problemas nos rins.
Os seus últimos dias foram no hospital, ao lado da sua família e do amigo Denis Law.
Aos pés da cama, uma carta com a seguinte assinatura: "Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé". Sobre ela, Best disse: "Este foi o último brinde da minha vida".
No dia 20 de Novembro, teve seu último gesto de nobreza: deixou-se fotografar no seu estado lamentável no quarto do hospital onde estava pela imprensa, com a mensagem: "Não morra como eu".
Best morreria cinco dias depois, com múltipla falência dos orgãos.
Homenageado por multidões como grande estrela, foi enterrado com 59 anos ao lado da mãe, na sua Belfast natal.
A 25 de Novembro de 1845 - Nasceu José Maria de Eça de Queirós
José Maria de Eça de Queirós, mais conhecido por Eça de Queirós, nasceu na Póvoa de Varzim a 25 de novembro de 1845 e morreu em Paris/França a 16 de agosto de 1900, com 54 anos, é um dos mais importantes escritores portugueses da história.
Foi autor, de romances de reconhecida importância, como “Os Maias” e “O crime do Padre Amaro”; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.
Eça de Queirós nasceu numa casa da Praça do Almada, na Póvoa de Varzim, no centro da cidade. Filho de José Maria Teixeira de Queirós, nascido no Rio de Janeiro em 1820 e de Carolina Augusta Pereira d'Eça, nascida em Monção em 1826.
O pai de Eça de Queirós, magistrado e par do reino, convivia regularmente com Camilo Castelo Branco, quando este vinha à Póvoa para se divertir no Largo do Café Chinês.
Eça de Queirós foi baptizado como «filho natural de José Maria d'Almeida de Teixeira de Queirós e a mãe era Carolina Augusta Pereira de Eça».
Uma das teses para tentar justificar o facto dos pais do escritor não se terem casado antes do nascimento deste, é que Carolina Augusta Pereira de Eça não teria obtido o necessário consentimento da parte da sua mãe, já viúva do coronel José Pereira de Eça. De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se oporia, os pais de Eça de Queirós casaram-se, quando o menino tinha quase quatro anos.
Eça, por sua vez, apresenta episódios incestuosos em criança relatados no diário de sua prima.
Por via dessas contingências foi entregue a uma ama, aos cuidados de quem ficou até passar para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a casa da sua avó paterna.
Nessa altura, foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra, onde estudou Direito. Além do escritor, os pais teriam mais seis filhos.
O pai foi juiz instrutor do célebre processo de Camilo Castelo Branco, juiz da Relação e do Supremo Tribunal de Justiça, presidente do Tribunal do Comércio, deputado por Aveiro, fidalgo cavaleiro da Casa Real, par do Reino e do Conselho de Sua Majestade. Foi ainda escritor e poeta.
Em Coimbra, Eça foi amigo de Antero de Quental.
Os seus primeiros trabalhos, publicados na revista "Gazeta de Portugal", foram depois coligidos em livro, publicado postumamente com o título Prosas Bárbaras.
Em 1866, Eça de Queirós terminou a Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra e passou a viver em Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo.
Foi director do periódico O Distrito de Évora e colaborou em publicações periódicas como a Renascença (1878-1879?), A Imprensa (1885-1891), Ribaltas e gambiarras (1881) e postumamente na Revista de turismo iniciada em 1916 e na Feira da Ladra (1929-1943).
Porém, continuaria a colaborar esporadicamente em jornais e revistas ocasionalmente durante toda a vida.
Mais tarde fundaria a Revista de Portugal.
Em 1869 e 1870, Eça de Queirós fez uma viagem de seis semanas ao Oriente (de 23 de outubro de 1869 a 3 de janeiro de 1870), em companhia de D. Luís de Castro, 5.º conde de Resende, irmão da sua futura mulher, D. Emília de Castro, tendo assistido no Egipto à inauguração do canal do Suez: os jornais do Cairo referem «Le Comte de Rezende, grand amiral de Portugal et chevalier de Queirós».
Visitaram, igualmente, a Palestina. Aproveitou as notas de viagem para alguns dos seus trabalhos, o mais notável dos quais o “O mistério da estrada de Sintra”, em 1870, e “A relíquia”, publicado em 1887.
Em 1871, foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.
Em 1870 ingressou na Administração Pública, sendo nomeado administrador do concelho de Leiria.
Foi enquanto permaneceu nesta cidade, que Eça de Queirós escreveu a sua primeira novela realista, “O Crime do Padre Amaro”, publicada em 1875.
Tendo ingressado na carreira diplomática, em 1873 foi nomeado cônsul de Portugal em Havana.
Os anos mais produtivos da sua carreira literária foram passados em Inglaterra, entre 1874 e 1878, durante os quais exerceu o cargo em Newcastle e Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, como “A Capital”, escrito numa prosa hábil, plena de realismo.
Manteve a sua actividade jornalística, publicando esporadicamente no Diário de Notícias, em Lisboa, a rubrica «Cartas de Inglaterra».
Mais tarde, em 1888 seria nomeado cônsul em Paris.
O seu último livro foi “A Ilustre Casa de Ramires”, sobre um fidalgo do século XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza da sua linhagem. É um romance imaginativo, entremeado com capítulos de uma aventura de vingança bárbara que se passa no século XII, escrita por Gonçalo Mendes Ramires, o protagonista.
Trata-se de uma novela chamada “A Torre de D. Ramires”, em que antepassados de Gonçalo são retratados como torres de honra sanguínea, que contrastam com a lassidão moral e intelectual do rapaz.
Aos 40 anos casou com Emília de Castro, com quem teve 4 filhos: Alberto, António, José Maria e Maria.
Morreu em 16 de Agosto de 1900 na sua casa de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris.
Teve um funeral de Estado, foi sepultado noCemitério dos Prazeres em Lisboa, mas mais tarde foi transladado para o cemitério de Santa Cruz do Douro em Baião.
Foi também o autor da Correspondência de Fradique Mendes e A Capital, obra cuja elaboração foi concluída pelo filho e publicada, postumamente, em 1925.
Fradique Mendes, aventureiro fictício imaginado por Eça e Ramalho Ortigão, aparece também no Mistério da Estrada de Sintra.
Os seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente vinte línguas.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
ATÉ AQUI SE DIFERENCIOU!...
Discurso do filho da puta |
é sempre um pequeno filho da puta; mas não há filho da puta, por pequeno que seja, que não tenha a sua própria grandeza, diz o pequeno filho da puta. no entanto, há filhos-da-puta que nascem grandes e filhos da puta que nascem pequenos, diz o pequeno filho da puta. de resto, os filhos da puta não se medem aos palmos,diz ainda o pequeno filho da puta. o pequeno filho da puta tem uma pequena visão das coisas e mostra em tudo quanto faz e diz que é mesmo o pequeno filho da puta. no entanto, o pequeno filho da puta tem orgulho em ser o pequeno filho da puta. todos os grandes filhos da puta são reproduções em ponto grande do pequeno filho da puta, diz o pequeno filho da puta. dentro do pequeno filho da puta estão em ideia todos os grandes filhos da puta, diz o pequeno filho da puta. tudo o que é mau para o pequeno é mau para o grande filho da puta, diz o pequeno filho da puta. o pequeno filho da puta foi concebido pelo pequeno senhor à sua imagem e semelhança, diz o pequeno filho da puta. é o pequeno filho da puta que dá ao grande tudo aquilo de que ele precisa para ser o grande filho da puta, diz o pequeno filho da puta. de resto, o pequeno filho da puta vê com bons olhos o engrandecimento do grande filho da puta: o pequeno filho da puta o pequeno senhor Sujeito Serviçal Simples Sobejo ou seja, o pequeno filho da puta. II o grande filho da puta também em certos casos começa por ser um pequeno filho da puta, e não há filho da puta, por pequeno que seja, que não possa vir a ser um grande filho da puta, diz o grande filho da puta. no entanto, há filhos da puta que já nascem grandes e filhos da puta que nascem pequenos, diz o grande filho da puta. de resto, os filhos-da-puta não se medem aos palmos, diz ainda o grande filho-da-puta. o grande filho da puta tem uma grande visão das coisas e mostra em tudo quanto faz e diz que é mesmo o grande filho da puta. por isso o grande filho da puta tem orgulho em ser o grande filho da puta. todos os pequenos filhos da puta são reproduções em ponto pequeno do grande filho da puta, diz o grande filho da puta. dentro do grande filho da puta estão em ideia todos os pequenos filhos da puta, diz o grande filho da puta. tudo o que é bom para o grande não pode deixar de ser igualmente bom para os pequenos filhos da puta, diz o grande filho da puta. o grande filho da puta foi concebido pelo grande senhor à sua imagem e semelhança, diz o grande filho da puta. é o grande filho da puta que dá ao pequeno tudo aquilo de que ele precisa para ser o pequeno filho da puta, diz o grande filho da puta. de resto, o grande filho da puta vê com bons olhos a multiplicação do pequeno filho da puta: o grande filho da puta o grande senhor Santo e Senha Símbolo Supremo ou seja, o grande filho da puta.ALBERTO PIMENTA |
PORTAS JÁ ABANDALHOU A RESIDÊNCIA DO 1º MINISTRO
Atenção, é a TVI que diz, não sou eu, mas nesta notícia até acredito.
Subscrever:
Mensagens (Atom)