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Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
terça-feira, 5 de abril de 2011
Primeiras páginas dos jornais de hoje, 5 de Abril de 2011
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domingo, 3 de abril de 2011
Querem saber o que é, de facto, uma geração à rasca?
Querem saber o que é, de facto, uma geração à rasca?
Recebi um mail e, ao ler o seu conteúdo, recuei no tempo alguns anos e (re)descobri a verdadeira geração á rasca.
Transcrevo o que considero uma verdade nua e crua. Porque passei por ela.
Se alguém conseguir desmentir, faça favor, sirva-se do espaço adequado.
Geração à rasca foi a minha.
Foi uma Geração que viveu num país vazio, de gente por causa da emigração e da guerra colonial, onde era
proibido ser diferente, pensar que todos deveriam ter acesso à saúde, ao ensino e à segurança social.Uma Geração de opiniões censuradas a lápis azul.
De mulheres com poucos direitos, mas de homens cheios deles.
De grávidas sem assistência e de crianças analfabetas.
A mortalidade infantil era de 44,9%. Hoje é de 3,6%.
Que viveu numa terra em que o casamento era para toda a vida, o divórcio proibido, as uniões de facto eram pecado e filhos sem casar uma desonra.
Hoje, o conceito de família mudou.Há casados, recasados, em união de facto, casais homossexuais, monoparentais, sem filhos por opção, mães solteiras porque sim, pais biológicos, etc.
A mulher era, perante a lei, inferior.A sociedade subjugava-a ao marido, o chefe de família, que tinha o direito de não autorizar a sua saída do país ou de ler-lhe a correspondência.
Os televisores LED, ou a 3 dimensões eram uns caixotes a preto e branco onde se colocava à frente do ecrã um filtro colorido, mas apenas se conseguia transformar os locutores em ET's desfocados.Na rádio ouviam-se apenas 3 estações: a oficial Emissora Nacional, a católica Rádio Renascença e o inovador Rádio Clube Português.
Não tínhamos então os Gato Fedorento, mas dava-nos imenso gozo ouvir os Parodiantes de Lisboa, ou a Voz dos Ridículos.
As Raves da época eram as festas de garagem, onde de ouvia música de vinil e se fumava liamba das colónias.
Nada de Bares ou Danceterias.As Docas eram para estivadores, e O Jamaica do Cais do Sodré para marujos.
A "Night" era para os boémios.
Éramos a geração das tascas, das casas de fado e das boites de fama duvidosa.
Discotecas eram lojas que vendiam discos, como a Valentim de Carvalho ou a Vadeca.
As Redes Sociais chamavam-se Aerogramas, cartas que a nossa juventude enviava lá da guerra aos pais, noivas, namoradas ou madrinhas de guerra.
Agora vivem na Internet, ora alimentando números de socialização no Facebook, ora cultivando batatas no Farmville.
Os SMS e E-Mails cheios de k e vazios de assentos eram as nossas cartas e postais ou papelinhos contrabandeados nas aulas.
As viagens Low-Cost na nossa Geração eram feitas por via marítima.Quem não se lembra do Niassa, do Timor, do Quanza, do Índia entre outros, tenebrosos navios que, quando neles embarcávamos, só tínhamos uma certeza: a viagem de ida. Quer fosse para Angola, Moçambique ou Guiné.
Ginásios? Só nas colectividades.Os SPAS chamavam-se Termas e só serviam doentes. Coca-Cola e Pepsi? Eram proibidas. Bebia-se laranjada, gasosa ou pirolito.
Na minha geração, dos jovens só se esperava que fossem para a tropa ou emigrassem.Na minha Geração o país, tal como as fotografias, era a preto e branco.
Publicada por Observador em 11:03
Ainda os germanos eram bárbaros já os gregos tinham mil anos de civilização
Ainda os germanos eram bárbaros já os gregos tinham mil anos de civilização
Parece que os alemães querem obrigar os gregos a viverem...como alemães.
Queixam-se os primeiros que os segundos preferem as esplanadas e as praias às longas horas de trabalho. E, ao contrário dos alemães, que trabalham até aos 65 anos de idade, os gregos habituaram-se a ir para reforma, com direito a ela por inteiro, antes dos 55 anos.
Os alemães, cansados de verem os gregos a comportarem-se como ricos aristocratas, impuseram-lhes um duro plano de austeridade em troca de um resgate financeiro superior a 100 mil milhões de euros.
Apesar do resgate e dos cortes nos salários e nas pensões, os gregos continuam a preferir as esplanadas às longas horas diárias enfiados num escritório.
Os alemãs esquecem que a Grécia é herdeira da Hélade e de uma civilização que valora o ócio e o hedonismo. Nem Platão nem Aristóteles davam grande importância ao trabalho. Ao ócio, sim. E foi com o ócio que nasceu a Filosofia e a Matemática.
Como é que a contradição entre uma cultura que tem o trabalho e a produtividade no seu centro e uma civilização que valora o ócio podem coexistir e integrar a mesma moeda: o euro?
Onde está Grécia ponha Portugal e a conclusão é a mesma.
Posted by prof ramiro marques
A Doutrina do Choque (Parte 1/3) Legendado
Naomi Klein destrói o mito de que a política de livre mercado global triunfou democraticamente. Expondo o pensamento, a origem do dinheiro e os joguetes por trás das crises e guerras que mudaram o mundo nos últimos 40 anos. A Doutrina do Choque é a história de como a política de "livre mercado" dos EUA passou a dominar o mundo, por meio da exploração de povos e países, assolados por desastres ou em estado de choque.
Salgueiro Maia deixou-nos há 19 anos
Salgueiro Maia
Biografia
Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução dos Cravos, que marcou o final da ditadura. Filho de Francisco da Luz Maia, ferroviário, e de Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a escola primária em São Torcato, Coruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria, hoje Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo. Concluiu, mais tarde, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, as licenciaturas em Ciências Sociais e Políticas e em Ciências Etnológicas e Antropológicas.
Em Outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, dois anos depois, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Em 1968 é integrado na 9ª Companhia de Comandos, e parte para o Norte de Moçambique, em plena Guerra Colonial, cuja participação lhe valeu a promoção a Capitão, já em 1970 a Julho do ano seguinte, embarca para a Guiné, só regressando a Portugal em 1973, onde seria colocado na EPC.
Por esta altura iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de Março de 1974 e do «Levantamento das Caldas», foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de carros de combate que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santa Margarida. Em 1984 regressa à EPC.
Em 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em 1992, a título póstumo, o grau de Grande Oficial da Ordem da Torre e Espada e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém. Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha, governador civil de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria a 4 de Abril de 1992.
Frases e momentos para a História
Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.
Como se vive com o FMI: 'Se tiverem coragem, mandem-no dar uma volta'
Como se vive com o FMI: 'Se tiverem coragem, mandem-no dar uma volta'
3 de Abril, 2011por Luís Gonçalves
Gregos e irlandeses contaram ao SOL como é viver com a ajuda externa do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia.
Nos últimos quatro meses, Giorgio Trompukis viu serem despedidos oito dos 30 empregados da empresa de consultoria onde trabalha, em Arta, no Noroeste da Grécia, e Christo Iosifidis, engenheiro alimentar, mudou-se para um apartamento mais barato em Atenas, após ter visto o salário cortado em 30%. Entretanto, o horário laboral de Michael Flyin num hotel de Skibbereen, no Sul da Irlanda, foi reduzido para um terço para evitar o desemprego.
O preço das medidas de austeridade impostas pelos planos de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) à Grécia e à Irlanda estão a ter um forte impacto na vida das populações. «A ajuda externa tornou-nos mais pobres, cépticos e pessimistas quanto ao futuro. Os sonhos acabaram», diz ao SOL Afroditi Kalomari, jornalista grega residente em Atenas e membro da Federação Internacional de Jornalistas.
A Grécia e a Irlanda foram os primeiros países a pedir ajuda financeira à UE e ao FMI, em resultado da crise da dívida soberana. Atenas accionou o auxílio nos últimos dias de Abril de 2010. Dublin, seis meses depois. As razões do resgate foram as mesmas, as causas distintas. Na Irlanda, os excessos da banca obrigaram a um resgate milionário de 43 mil milhões de euros para salvar o sistema financeiro, enquanto na Grécia o fim da manipulação das contas públicas destapou um défice orçamental de 15% e uma dívida pública de 130% do Produto Interno Bruto (PIB). Os custos de financiamento incomportáveis resultantes das sucessivas descidas de rating colocaram ambos no saco de ajuda desenhado pelo FMI e UE.
«O ambiente é pesado», conta George Kokkinis. «Vemos imensa gente sentada horas e horas nos cafés, não porque sejam preguiçosos, segundo a nossa fama, mas porque é uma forma barata de socializar. Os restaurantes, por outro lado, estão vazios e muitos vão fechar. As pessoas juntam-se em casa umas das outras para tentarem encontrar uma saída para viver esta nova realidade», refere o consultor de empresas em Iraklio, na ilha de Creta.
Recessão há três anos
Na Irlanda, a crise financeira mundial colocou o tigre celta numa recessão que dura há três anos. «Estamos a sentir a austeridade desde 2008 e já vamos no terceiro ou quarto plano de austeridade. O resgate foi mais um episódio», diz Michael Flyin. Este empregado de hotel em Skibbereen, a cidade mais a Sul da Irlanda, salienta que as horas de trabalho semanais foram reduzidas de 25 a 30 para dez e que, nas aulas particulares de inglês que dá fora do expediente, o número de alunos caiu para metade. «As pessoas estão a fazer o que podem para sobreviver». Como a maioria dos irlandeses, acha que o pior ainda «está para vir».
A receita externa deu, até agora, poucos resultados. Desde o resgate, a performance dos dois países tem sido trágica: o desemprego está em máximos históricos (triplicou na Irlanda em três anos, até 13,4%), a recessão aprofundou-se e os juros da dívida pública - principal justificação do resgate - nunca aliviaram. Os juros de longo prazo (um indicador do risco-país) da Grécia e da Irlanda são hoje os mais altos do Mundo (12% e 10%, respectivamente).
Muitos dos entrevistados admitem que a ajuda financeira era inevitável, tal a fragilidade de cada país perante a crise e pressão dos mercados. Porém, as culpas dividem-se entre a necessidade dos credores estrangeiros recuperarem o dinheiro que - abusivamente, dizem - emprestaram durante anos (Grécia), a irresponsabilidade da banca (Irlanda), a necessidade de o Banco Central Europeu (BCE) «dar o exemplo» aos outros Estados-membros (resgate da Irlanda), as más decisões da UE, a corrupção política e o excessivo consumo das populações (Grécia).
«Os burocratas de Bruxelas não são mais eficientes do que os gregos. Não pode separar-se a política fiscal da monetária. Isso aprende-se em Introdução à Macroeconomia», lembra Kokkinis.
«Durante anos a população grega foi dependente do consumo. Hoje, mesmo com um salário de 300 euros e um buraco como casa, as pessoas têm receio de falar com medo de perder até isso», diz Stylianos Papardelas, fotógrafo em Heraklion, em Creta.
Apesar das fortes manifestações transmitidas para todo o Mundo, Kalomari salienta que a realidade grega é bem distinta da que surgiu nas TVs: «Ao contrário do que se pensa, a maioria dos gregos permanece inerte em resistir e protestar. Aceitou o seu destino como algo de incondicional», diz.
Todos referem estar mais cépticos face à UE e ao euro. Porém, confessam que os danos de uma eventual saída da moeda única europeia seriam piores. «Sou a favor do euro e penso que o regresso à libra irlandesa não iria mudar a situação», adianta Frank Samms, ex-jornalista e ex-gestor de companhias discográficas, residente em Westport, na costa Oeste irlandesa.
Sobre uma eventual ajuda a Portugal, gregos e irlandeses alertam que a situação é muito semelhante ao período anterior ao resgate: juros em máximos, cortes de rating, queda do executivo (Grécia) e sucessivos desmentidos do governo sobre a necessidade de ajuda.
«O anterior governo negou o auxílio externo mesmo quando o FMI já tinha embarcado no avião para Dublin», lembra Flyin.
Iosifidis é mais directo: «Se tiverem coragem, mandem o FMI dar uma volta. Se não, façam como os gregos, voltem a aprender a cultivar a terra, a organizar festas com bebidas baratas e desliguem a TV quando a publicidade começar».
Todos os depoimentos foram recolhidos por email
A ajuda em números:
Grécia
110 mil milhões de euros
Contribuição 80 mil milhões de euros (UE) + 30 mil milhões (FMI).
Impacto Medidas de austeridade para 2010-2013 visam poupar 25 mil milhões (11% do PIB).
Objectivo Reduzir défice orçamental de 7,4% em 2011 para menos de 3% em 2014.
IVA Taxa mínima sobiu de 10% para 11% e a máxima de 21% para 23%.
Impostos Subida das taxas sobre combustíveis, álcool e jogo.
Função Pública Salários reduzidos em 7%.
Pensões Congelamento e redução de pensões.
Salários Corte de 30% no subsídios de férias e de 60% no subsídio de Natal.
Empresas Imposto extraordinário sobre lucros.
Irlanda
85 mil milhões de euros
Contribuição 45 mil milhões de euros (UE) + 22,5 mil milhões (FMI) + 17,5 mil milhões (Tesouro).
Impacto Medidas de austeridade para 2011-2014 pretendem poupar 12,7 mil milhões de euros (8% do PIB).
Objectivo Reduzir défice de 9,1% em 2011 para 2,8% em 2014
Função Pública Despedimento de 10% dos funcionários: 21 mil até 2014 e mais quatro mil em 2015.
IVA Taxa mínima do imposto sobe de 11% para 13,5% e a máxima para 23%.
Família Corte de 10% nos abonos.
Privatizações Vendas no valor de dois mil milhões de euros.
Pensões Redução de 4%.
Esperteza pragmática do 1ª Ministro Sócrates
Fui há pouco alertado para uma notícia que realça a genialidade do actual primeiro-ministro. Apesar do muito mal que dele possam dizer, temos de concordar que tem uma esperteza pragmática, que excede a da maioria dos portugueses.
A notícia «Governo demitido faz 156 nomeações e promoções» é de mestre. Não se trata de resolver os problemas do Estado, dos portugueses, porque esses problemas nasceram pelo exagerado número de assessores e outros colaboradores que não carrearam soluções adequadas, apesar de onerarem o erário com gordos salários, carros, mordomias e variadas ajudas e subsídios. Veja-se o quantitativo global gasto em variados estudos encomendados a conceituados gabinetes amigos que aconselhavam a localização do Novo Aeroporto de Lisboa na Ota, que era dada como a localização óptima, mas que depois apesar do «jamé», foi relegado a favor de Alcochete. Tudo gente boa!
Mas, se esses colaboradores não criam soluções para os problemas nacionais, vão solucionar o grande problema de Sócrates. Ele vai candidatar-se nas legislativas com intenção de voltar a formar governo e, para isso, convém que o PS obtenha maioria absoluta, ou seja no mínimo 50% dos votos. Para esse efeito um dos seus assessores mais esperto e mais da sua confiança deve tê-lo convencido de que seria bom arranjar tachos para mais «boys» e «girls» que, com os já existentes, perfaçam metade dos eleitores inscritos nos cadernos eleitorais. Depois disso não restarão dúvidas sobre a vitória incontestada!!!
E, segundo o genial José, isso é uma defesa do interesse nacional, porque segundo o seu pensamento muitas vezes implícito nos seus discursos, não há em Portugal ninguém mais capaz de governar este rectângulo. Por isso, é lógica e inteligente a distribuição de tachos a metade dos eleitores, para criar a maioria absoluta.
E não venham com a história do muito citado humorísta brasileiro Millôr Fernandes que disse «rouba hoje o mais que puderes porque amanhã poderá já não ser possível». Não. Para Sócrates, com a sua genial esperteza, nunca deixará de ser possível, enquanto houver um português com uma moeda no bolso.
A. João Soares
Nacionalismo e globalização
"É preciso sair do euro", afirma Marine Le Pen, da Frente Nacional francesa, numa interessante entrevista ao Expresso desta semana, acrescentando de seguida que a alternativa é: "Relançar a economia com uma política monetária eficaz. Promover uma saída organizada do euro, reencontrar a liberdade monetária, para que os bancos centrais financiem o Tesouro sem terem de pedir dinheiro emprestado nos mercados internacionais predadores. É preciso criar protecções razoáveis nas fronteiras (...) O povo percebeu que não há diferença entre o Partido Socialista, a ala esquerda do ultraliberalismo, e a União para um Movimento Popular (UMP), sua ala direita. Em 2012 vamos oferecer-lhes outra escolha ideológica: a nação contra a globalização.", página 32 (Expresso, Caderno principal).
Estas declarações, independentemente dos juízos de carácter que os comentadores possam atribuir a quem as profere, acertam em cheio no alvo, nomeadamente na resistência que os países mais afectados pela crise começarão a oferecer às tentativas de mudança dos seus respectivos paradigmas nacionais. Em França, que ainda recentemente protestou contra a subida da idade de reforma (dos 60 para....os 62!), não será diferente, daí que a crescente popularidade da Sra. Le Pen junto do eleitorado gaulês seja um fenómeno, cada vez mais, digno de registo.
Publicada por Ricardo Arroja
Olha a crise !!! fresquinha.....!!!
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João J. C.Couto
150 anos dos Caminho de Ferro em Portugal - Parte 5
Documentário da RTP sobre os 150 anos do Caminho de Ferro em Portugal, onde são abordados vários pontos importantes da nossa ferrovia.
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