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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Philip Anthony Hopkins nasceu a 31 de Dezembro de 1937


Philip Anthony Hopkins nasceu a 31 de Dezembro de 1937
em Port Talbot no País de Gales. Os seus pais Muriel Anne e Richard Hopkins não eram pessoas muito instruídas mas conseguiram construir e manter um negócio rentável que dava para sustentar a família, uma pequena mas honrosa padaria. Anthony Hopkins nunca teve um brilhante percurso académico, foi-lhe diagnosticado dislexia (uma condicionante cerebral/visual que se manifesta na dificuldade de aprendizagens básicas como a leitura e a escrita) um problema que o fez desistir praticamente dos estudos, tendo conduzido a uma adolescência frustrante solitária e rebelde. Hopkins passou a dedicar muito do seu tempo ás artes, principalmente á musica, foi por esta altura que começou a ter aulas de piano de modo a aperfeiçoar as suas capacidades, contudo devido á sua constante indisciplina, os seus pais enviaram-no para um colégio interno masculino onde permaneceu durante dois anos.
Influenciado pelo actor Ricahrd Burton, Hopkins decidiu tentar a sua sorte na representação, os seus pais ao principio não concordaram com a sua opção mas eventualmente acabaram por apoia-lo, Hopkins foi então aceite na Welsh College of Music and Drama em Cardiff donde se formou em 1957 com 20 anos. Após a sua formação, teve que cumprir dois anos de serviço militar obrigatório. Aos 22 anos mudou-se para Londres onde ingressou num curso da prestigiada RADA (Royal Academy of Dramatic Art) que acabou por concluir com distinção em 1963. Em 1965 teve a sua primeira grande proposta de trabalho, quando foi convidado para se juntar ao Laurence Oliver´s National Theatre. Em 1966 fez a sua estreia nos palcos com a peça “The White Bus” dirigida por Lindsay Anderson onde mostrou ás plateias londrinas o seu enorme talento para a representação. A sua brilhante interpretação valeu-lhe o convite para participar em outras peças de teatro, como “The Flea in her Hear” , “Juno and the Peacock” e “The Three Sisters”.
Em 1967, o prestigiado actor Laurence Oliver adoeceu vítima de uma apendicite, coube então ao jovem Anthony Hopkins a difícil tarefa de substituir o actor no papel principal da peça “Strindberg's Dance Of Death”, tarefa que cumpriu brilhantemente e que valeu os elogios do próprio Oliver. Após esta performance, foi-lhe oferecido o papel principal da peça de teatro “As You Like It” onde enfrentou mais um grande desafio na sua carreira tendo que se mascarar de mulher para interpretar a bela e provocante Audrey. Também em 1967 fez a sua estreia no cinema no filme “The Lion in Winter” onde interpretou a versão jovem de Richard The Lion Heart, filho do Rei Henrique II interpretado por Peter O´Toole. Hopkins não poderia ter desejado melhor estreia, desempenhou o seu papel na perfeição e ao lado de grandes nomes do cinema mundial, a sua performance valeu-lhe uma nomeação para o BAFTA de melhor actor secundário. Casou com a sua namorada Petronella Barker com quem teve uma filha (Abigail) infelizmente a relação acabou por azedar levando ao divórcio o que levou o actor a um vício potencialmente destrutivo, a bebida.
Apesar dos seus problemas pessoais continuou a trabalhar, em 1969 entrou nos filmes “The Looking Glass” e “Hamlet” onde interpretou John Avery e Claudius respectivamente. No mesmo ano também participou na série de ficção científica Department S. Entre 1970 e 1971 entrou em dois filmes de moderado sucesso “The Three Sisters” e “When Eight Bells Tool”. Em 1972, participou no filme “Young Winston” um épico histórico sobre a juventude de Winston Churchill que lhe valeu o aplauso da crítica e vários elogios incluindo o do realizador Richard Attenborough que o considerou um dos grandes talentos da sua geração. Também nesse ano foi a principal estrela da série que adaptou o aclamado livro “War and Piece” á televisão, uma interpretação que lhe valeu o seu primeiro BAFTA.
Apesar do estrondoso sucesso que alcançara, o seu problema de alcoolismo começava a mostrar sinais deveras preocupantes. Em 1973, o seu problema tornou-se de conhecimento público quando teve um colapso psicológico durante a peça de teatro “McBeth”, tendo abandonado o palco a meio da peça. Felizmente para ele, teve o apoio dos seus amigos e da sua namorada e futura mulher Jennifer Lynton, que o ajudaram a vencer o problema e após um ano de descanso regressou aos palcos de Teatro. Em 1977 voltou ao cinema com o filme “A Bridge Too Far” e com o filme de terror “Audrey Rose”. Ambas as obras despertaram o interesse do público norte-americano que começava a dar mais atenção o trabalho do actor. Em 1978 assumiu o papel principal do filme “Magic” realizado pelo seu amigo e realizador favorito Richard Attenborough, a sua fantástica performance foi aclamada pela crítica americana e europeia e obteve nomeações para um BAFTA e para um Globo de Ouro.
Anthony Hopkins era por esta altura um actor que trabalhava nas três frentes da representação (Teatro, Cinema, Televisão) era já considerado um dos actores mais talentosos e populares do mundo tanto na Europa como na América. Em 1980 entrou no aclamado “The Elephant Man” de David Lynch, interpretando o Doutor Frederick Tavares, o homem responsável pela descoberta do homem-aberração. Um ano mais tarde viria a conquistar um Emmy pela sua interpretação de Adolf Hitler no tele-filme “Bunker”. Pelo meio participou nos filmes “Peter and Paul” e “Change of Seasons” juntamente com Bo Dereck. Entre 1982 e 1986, participou em vários tele-filmes de sucesso como “Hollywood Wives”, “Othello” e “The Hunchback of Notre Dame”. Entre as gravações dos vários tele-filmes conseguiu um tempinho para participar no filme “The Bounty” de Roger Donaldson. Em 1988 “voltou” aos grandes papeis no cinema com o filme “The Dawning” um filme sobre um foragido atirador do IRA que era interpretado por Hopkins. Em 1990 realizou o seu primeiro filme “Dylan Thomas: Return Journey” onde também esteve encarregado da banda sonora, o filme passou algo despercebido ao público e portanto não estreou em muitas salas de cinema. Em 1991 participou no remake de “Desperate Hours” de 1955 do realizador Humphrey Bogart, uma obra que infelizmente alcançou pouco sucesso nas bilheteiras e foi mal recebido pela crítica.
Após o desastre de “Desperate Hours”, Hopkins teve o seu maior sucesso cinematográfico em 1991 com a obra-prima de Jonathan Demme “The Silence of The Lambs”, um filme onde vestiu pela primeira vez a pele do psicopata canibal Dr. Hannibal Lecter, uma representação que lhe deu o Óscar e o BAFTA de Melhor Actor Principal. O filme arrecadou cinco Óscares incluindo o de Melhor Filme, valendo também a Jodie Foster os três principais prémios de cinema (BAFTA, Globo de Ouro, Óscar) pela sua interpretação da agente do FBI Clarice Starling. A década de 90 que acabara de começar parecia promissora para o actor, e os prognósticos adivinharam-se correctos já que foi durante este período de dez anos que Hopkins teve os papéis mais rentáveis e mediáticos da sua carreira. Em 1992 participou no filme “Howards End”, uma adaptação ao cinema da famosa obra literária de E.M.Forster, um filme que acabou por se revelar um sucesso rendendo seis nomeações para os Óscares da Academia. Também em 1992 participou no filme de ficção científica “Freejack”, no filme semi-biográfico de Charlie Chaplin realizado por Richard Attenborough “Chaplin” e na comédia “Spotswood” de Mark Joffe. Para terminar o ano em beleza deu vida ao perito em vampiros o Profesor Van Hellsing, na adaptação cinematográfica de Francis Coppola do livro “Dracula” de Bram Stoker.
Anthony Hopkins era por estes anos um actor muito requisitado, participando em média em dois/três filmes por ano. 1993 trouxe-nos duas interpretações satisfatórias nos filmes “The Trial” e “The Inocente” e duas grandes representações no drama romântico “Shadowlands” realizado por Attenborough e escrito por William Nicholson e em “The Remains of the Day” um filme de James Ivory que arrecadou oito nomeações para os Óscares, incluindo a segunda nomeação de Hopkins à estatueta de Melhor Actor Principal. Hopkins também obteve nomeações para os Globos de Ouro e para os BAFTA. No ano seguinte, entrou em duas produções razoáveis “The Road to Wellville” e “The Legend of the Fall” onde dividiu o protagonismo com Brad Pitt. Em 1995 deu vida ao antigo Presidente norte-americano, no filme biográfico “Nixon”, uma obra realizada por Oliver Stone que voltou a valer a Hopkins uma nomeação para o Óscar e Globo de Ouro de Melhor Actor Principal.
Nos cinco anos seguintes, participou em oito filmes, dois em cada ano. O seu segundo trabalho como realizador surgiu com o filme “August” em 1996, uma comédia romântica onde assumiu três funções a de realizador, actor principal e a de coordenador da banda sonora, o filme acabou por não obter grande sucesso junto das bilheteiras e da crítica. No mesmo ano assumiu a pele do extravagante Pablo Picasso num filme realizado por James Ivory dedicado à vida e obra do pintor chamado “Surviving Picasso”. Juntamente com Alec Baldwin protagonizou o filme de aventura “The Edge” e assumiu um papel secundário numa das várias obras-primas de Steven Spielberg “Amistad”, um filme bastante aplaudido pela crítica mundial e que premiou Hopkins com várias nomeações e premiações pelo seu papel, incluindo uma nomeação para o Óscar e Globo de Ouro de Melhor Actor Secundário. Seguiram-se o Blockbuster “The Mask of Zorro” (1998) o drama “Meet Joe Black” (1998) o thriller “Instinct” (1999) e o épico “Titus”. Acabava assim uma década de sucessos e glória. O novo milénio trouxe novos desafios ao actor, dez anos depois de “The Silence of the Lambs” Hopkins voltaria a interpretar Hannibal Lecter em “Hannibal” um filme bastante mais fraco que o “original” mas que foi recebido muito bem nas bilheteiras. Também em 2001 protagonizou o drama “Hearts in Atlantis”.
Em 2002 entrou no filme de acção “Bad Company” e voltou a interpretar a sua personagem mais famosa e mediática, Hannibal Lecter, no terceiro filme da trilogia Lecter “Red Dragon”. Já em 2003 participou na série de televisão “Freedom: A History of US” e no cinema protagonizou o romance “The Human Stain” juntamente com Nicole Kidman. Este ano também foi marcado pelo divórcio do actor da sua mulher de longa data Jennifer Lynton. No final do ano casou com a colombiana Stella Arroyave. Participou em 2004 no filme realizado por Alec Baldwin “The Devil and Daniel Webster” e no épico de Oliver Stone “Alexander”. Em 2005 entrou no drama “Proof” e na comédia/Aventura “ The World Fastest Indian”.
No ano seguinte, recebeu o Globo de Ouro Cecil B. DeMille que o distinguiu por uma carreira notável nas artes da representação. Protagonizou e produziu o filme “Bobby” um filme que retrata a história do assassinato do candidato presidencial norte-americano Bobby Kennedy. Juntou-se também a Sean Penn e Jude Law no elenco de “All The King’s Men” que acabou por se revelar um desastre de bilheteiras. “Slipstream” (2007) foi o terceiro filme realizado por Anthony Hopkins, coube-lhe também a tarefa de escrever o argumento e de coordenar a banda sonora do filme. No mesmo ano entrou no filme “Fracture”, no épico animado em 3D “Beowulf” e no novo trabalho de James Ivory “The City of Your Final Destination”. Actualmente encontrasse a filmar “The Wolf Man”, uma obra de terror realizada por Joe Johnston, baseado na lenda do lobisomem. Este ano foi premiado com o Bafta Fellowship Award, uma homenagem da indústria cinematográfica inglesa a um dos seus melhores actores. Recentemente adquiriu a nacionalidade norte-americana. Hopkins já provou que é um talentoso músico, o seu instrumento favorito é o piano. Em 1986 lançou um single chamado “Distant Star” que aliançou a 75º posição nas tabelas de vendas do Reino Unido na sua semana de estreia. Recentemente anunciou que está a planear retirar-se temporariamente do cinema para poder fazer uma tour mundial com o seu piano, tocando sonatas da sua autoria e de outros compositores. Anthony Hopkins é sem dúvida um dos grandes actores da actualidade, durante a sua ilustre carreira conquistou mais de 30 prémios, o respeito de várias gerações de artistas e a simpatia de grande parte dos fãs da sétima arte.

Arrelia é Waldemar Seyssel e nasceu a 31 de Dezembro de 1905


O nome do palhaço Arrelia é Waldemar Seyssel. Família circense, desde que nasceu Waldemar foi de circo. Seus pais e até avós eram de circo. Conta Waldemar que o avô era um conde francês, que um dia se apaixonou por uma moça de circo, e por ela deixou o seu castelo e tudo o mais. Daí a família ficou sempre trabalhando em circo, vindo para as Américas.
Arrelia, nome que lhe foi dado por um tio, e que o achava muito travesso, já com um mês entrou em cena, pois precisavam de um garoto chorão. E Arrelia chorava tanto, que aquilo provocou risadas no público. E, já maiorzinho, o garoto “arreliento”, foi aprendendo de tudo: barras, trapézio, paralelas, trampolim. E, quando maior, começou a entrar nas “pantomimas” (peças teatrais) um garoto bonito e alto. Morava sempre em casas alugadas pela família e não debaixo da lona de circo. E a mãe fez questão que ele estudasse. Waldemar Seyssel conseguiu entrar na Faculdade de Direito São Francisco, e se formou advogado. Isso foi uma realização e um orgulho para o pai e a mãe, mas nem por isso Waldemar deixou de ser Arrelia. Já tinha deixado o Circo Chileno, do tio, e formado a Companhia Seyssel.
Aí começou a verdadeira ascensão de Arrelia. Só instalado no Largo da Pólvora, em São Paulo, a Cia. ficou 11 anos. Além de vários outros lugares, e várias outras cidades. Foi quando foi inaugurada a TV Tupi de São Paulo, e Arrelia foi o primeiro palhaço a participar, até mesmo nos programas-teste, que aconteceram no Hospital das Clínicas, em São Paulo em começos de 1950. Criou quadros famosos, como o que aparecia só com uma bengala, e o número fazia delirar os espectadores. Também criou e gravou músicas para o carnaval, e para o folclore nacional, como o “Como vai, como vai, como vai? ”.
Só na TV Record ficou 21 anos, apresentando-se todas as semanas com o “Circo do Arrelia”. Arrelia, seu irmão Henrique, que o acompanhou sempre, e seu sobrinho Pimentinha, que veio depois, colocaram o circo em uma posição de importância, dentro da televisão. E Arrelia se orgulhava disso. Assim como se orgulhava da família. Nascido em 31 de dezembro de 1905, foi casado com Dona Arlete, com quem teve  filhos, netos e bisnetos.  Mesmo quando parou de trabalhar, não perdeu  nunca a oportunidade de fazer graça, criar situações curiosas, engraçadas, vivas, inteligentes .
Arrelia faleceu em 23 de maio de 2005.

Henri Matisse nasceu a 31 ,de Dezembro de 1869


Henri Matisse
Pintor francês, Henri Matisse nasceu em 1869 no Norte de França. Abandonou os estudos de Direito para se dedicar à Pintura, tornando-se aluno de Gustave Moreau na Escola de Belas-Artes de Paris. Familiarizou-se com os pintores do pós-impressionismo, particularmente com Cézanne. O pontilhismo inspirou-lhe cores mais fortes e arrojadas e dessa técnica surgiu o fauvismo. Em Mulher com Chapéu (1905) as pinceladas são vigorosas e as cores abrangem áreas maiores. A cor passa a assumir um papel predominante na obra de Matisse. Em Bonheur de Vivre (1906) aborda um tema pastoril, clássico e sereno. Este quadro corresponde ao abandono definitivo do neo-impressionismo. Em 1908 já adquirira uma reputação internacional, os seus quadros eram expostos na Alemanha. A exposição de Nova Iorque em 1913, apresentando a arte moderna aos americanos, incluía 13 trabalhos de Matisse. Neste período concebeu quadros que vieram a ser reconhecidos como as obras-primas do século XX. O seu estilo tornou-se muito versátil, incluindo trabalhos austeramente geométricos e exuberantemente decorativos. As viagens ao Norte de África, Itália, Espanha e Taiti acrescentaram cores mais ricas e imagens e padrões exóticos. Nos anos 40 instalou-se definitivamente na Riviera, onde produziu A Cortina Egípcia e Mesa de Jantar - Harmonia em Vermelho. Veio a falecer em Nice a 3 de Novembro de 1954. No fim da vida, a paixão pelo desenho e pela cor resultou nos guaches em recortes da série dos Nus Azuis (1952) e de Recordação da Oceânia (1953). O último trabalho traduziu-se na decoração da Capela do Rosário, perto de Nice, o que incluiu o projecto das janelas, dos murais e praticamente de todos os objectos interiores e exteriores.

Silvestre Pinheiro Ferreira nasceu em Lisboa em 31 de Dezembro de 1769



Silvestre Pinheiro Ferreira nasceu em Lisboa em 31 de Dezembro de 1769. Os seus pais pertenciam à classe industrial e eram pouco acomodados. Orientado num começo à vida religiosa, o nosso autor entrou, com a idade de quatorze anos, na Congregação do Oratório, onde freqüentou o Curso de Humanidades, tendo revelado grande capacidade intelectual. A atitude crítica que o caracterizava causou-lhe problemas, notadamente com o físico-matemático Teodoro de Almeida, que ficou extremamente incomodado com os pontos de vista do nosso pensador. Em decorrência da sua independência intelectual, Pinheiro Ferreira teve de abandonar a Congregação religiosa, tendo passado a desempenhar, em Lisboa, as funções de professor de filosofia. Em 1794 ganhou, por concurso, a Cátedra de Filosofia Racional e Moral do Colégio das Artes, anexo à Universidade de Coimbra.Vítima novamente ali dos ciúmes acadêmicos de alguns professores, teve de abandonar a Universidade e se refugiar no estrangeiro, a fim de escapar à prisão com que foi ameaçado. Refugiou-se inicialmente em Londres e depois na Holanda. Ao lado do embaixador de Portugal em Haia, António de Araújo, o nosso autor desfrutou de tranqüilidade e apoio, sendo esta a oportunidade para começar a desempenhar funções diplomáticas, pois graças à influência do embaixador português, o nosso autor foi nomeado secretário da embaixada em Paris e, a seguir, secretário da legação diplomática lusa na Holanda. Pinheiro Ferreira partiu, pouco depois, entre 1799 e 1802, para uma viagem de estudos ao norte da Alemanha. Por esse tempo o nosso autor foi nomeado Oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros e, logo a seguir, Encarregado de Negócios de Portugal na Corte de Berlim. O tempo livre que a missão diplomática lhe deixava era dedicado ao estudo das ciências naturais e da filosofia alemã.

Pinheiro Ferreira viajou para o Rio de Janeiro em 1810, tendo desempenhado ali algumas missões oficiais, de caráter diplomático. Nessa cidade morou por espaço de vinte anos. O nosso autor alternava os seus trabalhos no Ministério do Exterior com a docência da filosofia, tendo sido publicadas pela Imprensa Régia, entre 1813 e 1820, as suas Preleções Filosóficas, que exerceram forte influência nas novas gerações, notadamente no que tange à superação do empirismo mitigado legado pelas reformas pombalinas. Proclamada no Rio de Janeiro a adoção do sistema monárquico constitucional, em fevereiro de 1821, Pinheiro Ferreira foi chamado para integrar o novo ministério. Foram-lhe entregues as pastas de Negócios Estrangeiros e da Guerra. Praticamente sobre os seus ombros recaiu a chefatura do novo governo de Dom João VI, cabendo-lhe, destarte, a difícil tarefa de dar o passo da monarquia absoluta para a constitucional. Pinheiro Ferreira desempenhou a sua missão num ambiente bastante hostil, caracterizado pelo enfrentamento entre absolutistas, de um lado, e jacobinos, de outro. No desempenho dessas funções, acompanhou o rei Dom João VI no seu regresso a Portugal. Pouco tempo depois de ter chegado ali (em maio de 1823), pediu demissão do Ministério, em decorrência da radicalização crescente, que terminou obrigando-o a se exilar na França. No período da sua permanência em Paris (entre 1823 e 1842), o nosso autor deu acabamento ao seu sistema filosófico e completou a sua obra de constitucionalista e teórico do liberalismo. Dentre as várias obras que escreveu na capital francesa, ressaltam o Manual do cidadão em um governo representativo (1834) e o seu tratado intitulado Theodicée (1845).

Em várias oportunidades Pinheiro Ferreira foi eleito deputado à Câmara portuguesa (em 1826, quando se encontrava em Paris; em 1838 e em 1842), mas somente assumiu esse cargo representativo na última oportunidade, poucos anos antes da sua morte, acontecida em Lisboa em 2 de julho de 1846, aos 76 anos de idade. Ao longo do seu mandato como deputado, em 1843, apresentou à Câmara uma série de projetos que resumiam os seus profundos conhecimentos em ciências políticas e administrativas e que continham um sistema completo de organização do país, em harmonia com os princípios da Carta Constitucional. Em que pese o fato de os projetos legislativos não terem tido, imediatamente, a repercussão que mereciam, representaram mais uma contribuição do ilustre filósofo e político ao campo do direito público português. A obra de Silvestre Pinheiro Ferreira é bastante extensa, especialmente no terreno da filosofia política e do direito constitucional. Os seus vários escritos são enumerados na parte correspondente à bibliografia do nosso autor.

Andreas Vesalius nasceu a 31 de Dezembro de 1514




Andreas Vesalius (nasceu Bruxelas, 31 de Dezembro de 1514 — faleceu Zákinthos, 1564) foi um médico belga, considerado o “pai da anatomia moderna”. Foi o autor da publicação De Humani Corporis Fabrica, um atlas de anatomia publicado em 1543.

Vida
Muito pouco havia sido descoberto sobre anatomia e fisiologia desde a Antigüidade, cujas descobertas foram baseadas na dissecação de animais. A falta de aulas práticas de anatomia na Universidade de Paris acabou levando Versalius, assim como Michelangelo, a freqüentar cemitérios em busca de ossadas de criminosos executados e vítimas de praga. Casou-se em 1544 com Anne van Hamme e teve uma filha com o mesmo nome. Graduou-se doutor em Medicina pela Universidade de Pádua, na Itália, e em 1538 publicou seu primeiro trabalho, as Tabulae Sex, um conjunto de seis desenhos de anatomia feitos por ele próprio. Em 1546 foi nomeado médico da corte do sacro imperador romano Carlos V e ficou a serviço do Império até a abdicação de Carlos em 1556, tendo passado depois disso a servir a Filipe II, rei da Espanha. Vesalius morreu em 1564, provavelmente em um naufrágio, na volta de uma peregrinação à Terra Santa. Ninguem sabe exatamente porque Vesalius resolver fazer essa viagem arriscada; Conta uma versão que ele começou a dissecar um nobre que julgara morto mas cujo o coração ainda batia. Por esse erro foi condenado à morte pela Inquisição, sentença que o rei Felipe teria substituído pela peregrinação.


Obra
Além das Tabulae Sex, Versalius foi autor de De Humani Corporis Fabrica, libri septem (mais conhecido como Fabrica), sua principal obra, que foi concluída em 1543 após inúmeras dissecações de cadáveres humanos. É uma espécie de atlas do corpo humano ricamente ilustrado, dividida em sete partes – ossos (Livro 1), músculos (Livro 2), sistema circulatório (Livro 3), sistema nervoso (Livro 4), abdômen (Livro 5), coração e pulmões (Livro 6) e cérebro (Livro 7).

A 31 de Dezembro de 1925 realizou-se a 1ª edição da corrida de S. Silvestre



A primeira edição da corrida foi realizada em 31 de dezembro de 1925. Dado importante é o fato de que, ao contrário de outros eventos desportivos tão ou mais antigos, a Corrida de São Silvestre nunca deixou de realizar-se, nem mesmo durante a Segunda Guerra Mundial.

Originalmente restrita a homens, o regulamento original da competição também previa a participação exclusiva de cidadãos da cidade de São Paulo. Nos anos seguintes, corredores de outras partes do país foram aceitos ao evento, mas somente em 1941 a corrida seria vencida por um corredor de fora do estado de São Paulo: José Tibúrcio dos Santos, de Minas Gerais. Nesta época, a participação de estrangeiros era proibida. É preciso salientar que a regra bania a vinda de atletas estrangeiros para participar, mas não impedia que estrangeiros residentes na cidade de São Paulo (imigrantes) participassem. Nesse contexto, umitaliano, Heitor Blasi, foi o único estrangeiro a vencer a prova antes de 1947.

Em 1945 foi liberada a participação de estrangeiros, mas apenas para corredores convidados provenientes de outros países da América do Sul. O sucesso das duas primeiras edições internacionais, no entanto, levou os organizadores a liberarem a participação de corredores de todo o mundo a partir de 1947. Este ano marcou o início de período de 34 anos durante o qual nenhum brasileiro venceria a prova, o que se encerrou somente quando José João da Silva, de Pernambuco, venceu a edição de 1980 (feito que repetiria em 1985).

A corrida permaneceria restrita a homens até 1975, quando as Nações Unidas declararam aquele ano como o Ano Internacional da Mulher. Os organizadores da São Silvestre aproveitaram o momento para realizar a primeira corrida feminina no mesmo ano. O evento feminino começou já com livre participação internacional, e a primeira vitória brasileira ocorreria somente na 20ª edição da prova, quando Carmem Oliveiravenceu, em 1995.

Em 1993, realizou-se a primeira maratona infantil, para crianças de ambos os sexos, denominada “São Silvestrinha”.

Até 1988, a corrida era realizada à noite, geralmente iniciando-se às 23:30, de forma que os primeiros classificados cruzavam a linha de chegada por volta da meia-noite, mas o ano de 1989 foi marcado por sensíveis modificações no formato do evento. O objetivo era cumprir as determinações da Federação de Atletismo. O horário de início da corrida foi alterado, passando às 15 horas para mulheres e às 17 horas para homens; e a distância a ser percorrida, que variava quase que anualmente (geralmente entre 6,5 e 8,8 km) foi definitivamente fixada em 15 km, o mínimo exigido pela Federação de Atletismo. Naquele mesmo ano de 1989, a São Silvestre foi oficialmente reconhecida e incluída no calendário internacional da Federação.

Na edição de 2009, o horário de largada foi novamente modificado. A elite feminina largou às 16:30 e a masculina, às 16:47. O pelotão geral largou no mesmo horário da elite masculina.

Para a edição de 2010, uma mudança de percurso vem sendo discutida por conta do aumento anual do número de participantes e também pelo Reveillon de São Paulo que acontece algumas horas após a prova no mesmo local. Por isso ela pode passar a ter seu ponto de largada e chegada no Obelisco do Parque do Ibirapuera.
O jornalista Cásper Líbero, um milionário que fez fortuna no início do século XX no setor de imprensa, é o idealizador e fundador do evento. Sua ideia original era utilizar a corrida como meio de promoção de seujornal. Em 1928, ano da quarta edição do evento, Líbero fundou um dos primeiros periódicos dedicados exclusivamente ao esporte no país, a Gazeta Esportiva, que a partir de então passou a ser a organizadora e patrocinadora oficial do evento, condição que detém até os dias atuais. A corrida tornar-se-ia o principal meio de publicidade daquela publicação desportiva.
Na primeira edição do evento, em 1925, 60 pessoas preencheram o formulário de inscrição para participar do evento, mas apenas 48 compareceram no local e horário marcados para o evento. Desses, apenas 37 foram oficialmente classificados, pois o regulamento da época exigia que todos os corredores cruzassem a linha de chegada em no máximo 3 minutos após a chegada do vencedor para que fossem classificados no quadro oficial da prova.

É o mesmo ministro que vai cortar salários na Função Pública em 2011

Chefias da Segurança Social foram promovidas com retroactivos a Janeiro

Em vésperas da entrada em vigor das medidas de austeridade e dos cortes de salários na Função Pública, o Governo promoveu todas as chefias de institutos públicos ligados à Segurança Social. A promoção tem efeitos retroactivos ao início deste ano e já levantou as primeiras críticas: os TSD, Trabalhadores Sociais Democratas, acusam José Sócrates de seguir o exemplo de Carlos César. Mas os ministérios de Teixeira dos Santos e de Helena André recusam as críticas e garantem mesmo que, apesar das promoções, os dirigentes dos institutos até vão ganhar menos. O Ministério do Trabalho diz, por exemplo, que o director de departamento do Instituto de Informática vai ganhar menos 23.500 euros por ano.

As promoções de chefias e directores são autorizadas nos quatro institutos da segurança social (informática, gestão financeira, gestão de fundos e o próprio instituto que processa as pensões os subsídios de desemprego).

O Governo justifica que em 2007 e 2008 estes organismos tiveram mais atribuições e agora será, lê-se no Diário da República desta quinta-feira, a ocasião propícia "para se proceder à qualificação e grau dos seus dirigentes e à adaptação da estrutura".

No suplemento da portaria, no artigo 4, lê-se: "As nomeações produzem-se efeitos a 1 de janeiro de 2010". As portarias foram assinadas dois dias antes do Natal, pelo Ministro das Finanças e pelo secretário de Estado da Segurança Social.

A portaria seguinte diz que os directores da segurança social passam a ser equiparados, para efeitos remuneratórios, a directores superiores de 1º grau, ou seja, directores gerais. E, como estes sobem, todos os outros que estão abaixo também sobem, inclusive coordenadores de serviços, chefe de sector, chefe de equipa.

O pretexto é sempre o mesmo nas quatro portarias: há que adaptar a estrutura, promover chefes e pagar melhores salários. O ministro das Finanças assina sempre por baixo. É o mesmo ministro que vai cortar salários na Função Pública em 2011.

A  SIC contactou os ministérios das Finanças e da Segurança Social. O gabinente de Helena André garante que não há qualquer irregularidade nestas nomeações e que os cargos são ocupados por concurso e os dirigentes até irão ganhar menos.

O  certo é que o Diário da República não deixa dúvidas sobre promoções das chefias da Segurança Social e aumentos salariais, em plena véspera de passagem de ano e da aplicação das medidas de austeridade.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A 30 de Dezembro de 1959, é assinada, em Lisboa, a adesão de Portugal à EFTA - Associação Económica do Comércio Livre.






A 30 de Dezembro de 1959, é assinada, em Lisboa, a adesão de Portugal à EFTA - Associação Económica do Comércio Livre.




A 30 de Dezembro 1943 – Aprovada a construção da Praça do Areeiro, em Lisboa






A 30 de Dezembro de 1943, numa reunião da Câmara Municipal, é aprovada a construção da Praça do Areeiro, em Lisboa. É autor do projecto o arquitecto prof. Cristiano da Silva. Ao norte da placa central, juntro de um passeio-refúgio, construir-se-á, em betão armado e vidro, uim abrigo para os passageiros dos carros eléctricos.


Fonte: Diário de Lisboa nº 7579, de 30-12-1943, 23º ano de publicação, pp.1 e 5

Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti, foi executado a 30 de Dezembro de 2006


Saddam Hussein Abd al-Majid al-Tikriti
, mais conhecido como Saddam Hussein, nasceu em uma família de poucos recursos financeiros, na aldeia al-Awja, localizada no município de Tikrit, habitado por uma maioria de muçulmanos sunitas e terra natal do mítico Saladino, no dia 28 de abril de 1937.
Ele se tornaria uma das lideranças políticas mais significativas do universo árabe, e um dos ditadores mais sanguinários e odiados da história. Sob o regime ditatorial ele comandaria o Iraque de 1979 a 2003, atuando também como primeiro-ministro na era que se estendeu de 1979 a 1991, e no período de 1994 a 2003.
Seus pais eram lavradores e habitavam a região norte do Iraque. Seu progenitor faleceu ou sumiu antes mesmo do garoto nascer. Ele cresceu sob os cuidados de uma irmã de sua mãe. Consta que, antes de ascender ao governo do Iraque, Saddam já era acusado por algumas pessoas de ter matado uma de suas mestras escolares e uma prima.
Ainda adolescente ele seguiu para Bagdá onde, ao completar dezenove anos, filiou-se ao Partido Socialista Árabe Ba’ath e neste ano, em 1956, integrou um grupo que deflagrou um golpe de Estado mal-sucedido contra o monarca Faisal II. Nesta mesma ocasião seu ego foi profundamente ferido ao ser rejeitado na Academia Militar de Bagdá, talvez por não ter concluído sua formação. Em 1960 ele foi condenado à pena de morte por ter participado de outro movimento fracassado; livrou-se deste fim trágico ao escapar para o Egito, aí recebendo um generoso asilo político.
Neste país o futuro político pode completar a educação secundária e ingressou na Escola de Direito, graduando-se em 1968. Após ser absolvido em sua terra natal, ele retorna à capital do Iraque depois da revolta implementada por seu partido político, em fevereiro de 1963. Um ano depois ele é preso e só obtém sua libertação em 1967. Aos 26 anos ele conquista a patente de general.
Nos anos 70 seu poder começou a despontar e culminou com o golpe de Estado que lhe permitiu ascender ao cargo de Presidente do Iraque, em 1979. Um ano depois Saddam invadiu o Irã e deu início a uma das piores guerras desta época. Neste conflito os EUA atuaram como aliados dos iraquianos, ao mesmo tempo em que a URSS se unia aos iranianos.
O ditador também estaria no centro de outra conflagração internacional ao ocupar o Kuait, em 1990, ao assumir controvérsias em relação aos preços do petróleo, questão que se somou a antigos problemas entre os dois países. Desta vez o governo dos Estados Unidos se voltou contra os antigos aliados, no episódio que se tornaria famoso como a Guerra do Golfo.
A partir deste momento os norte-americanos deram continuidade à luta contra Saddam, principalmente depois que o ditador transgrediu as cláusulas do contrato assinado após o fim do conflito, no qual o governante afirma respeitar as fronteiras do Kwait, entre outros itens significativos.
No dia 20 de março de 2003, em represália contra os atentados do 11 de setembro em Nova Iorque e na cidade de Washington, George W. Bush, então presidente dos EUA, ordenou a invasão do Iraque, dando início a mais uma Guerra do Golfo, sem que a ONU desse seu aval a essa iniciativa. Depois de permanecer escondido por diversos meses, Saddam foi finalmente encontrado pelas forças norte-americanas no dia 13 de dezembro de 2003, oculto em uma cova sob a terra, em uma fazenda localizada em Adwar, perto de sua cidade natal.
Depois de ser oficialmente decretado prisioneiro de guerra, em 2004, o ditador foi colocado aos cuidados do Governo temporário do Iraque. Em outubro de 2005 um Tribunal especial foi criado para desenvolver o processo judicial contra Saddam, considerado criminoso de guerra, acusado, entre outras coisas, de cometer genocídio.
No dia 5 de novembro de 2006 ele foi condenado à forca, embora o ditador preferisse morrer como um general, sob fuzilamento. Depois de muitos protestos, Saddam foi morto no dia 30 de dezembro de 2006, em Bagdá, sendo sepultado um dia depois, em terras familiares, próximo de Tikrit, sua cidade natal.

Gianni Ratto, morreu a 30 de Dezembro de 2005



Gianni Ratto (Milão, Itália 1916 - São Paulo SP 2005). Director e cenógrafo. É entre os directores italianos contratados pelo Teatro Brasileiro de Comédia, responsáveis pela evolução da cena brasileira nos anos 50, o que mais contribui entre todos, realizando uma série de encenações históricas, radicando-se no país e permanecendo entre nós até a actualidade.
Sua formação especializada inclui curso incompleto de arquitetura em Milão e cinema no Centro Experimental de Cinematografia em Roma. Faz cursos de artes plásticas no Liceu Artístico de Gênova. Estréia como cenógrafo em Electra e os Fantasmas, de Eugene O'Neill, em 1946, para a companhia Benassi-Torrieri. Em 1947, torna-se um dos fundadores do Piccolo Teatro de Milão, ao lado de Giorgio Strehler e Paolo Grassi. Ali desenvolve extenso trabalho de cenografia e indumentária durante sete anos. No mesmo período trabalha para o Teatro Scala, de Milão, sendo inclusive seu vice-diretor, ocasião em que integra importantes realizações, ao lado de Strehler, Karajan e Stravinski, entre outros. Participa, ainda, da fundação de conjuntos estáveis em Gênova, Torino e Firenze.
Em 1954, convidado por Sandro Polloni e Maria Della Costa, transfere-se para o Brasil e dirige O Canto da Cotovia, de Jean Anouilh, inaugurando o Teatro Maria Della Costa - TMDC, sede própria da companhia em São Paulo.
Confirmando seu prestígio na cena nacional é contratado, em 1956, pelo Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, estreando com Eurydice, de Jean Anouilh, cujos papéis principais cabem a Cacilda Becker e Walmor Chagas.
Apesar dos elogios, o público não se entusiasma com a montagem. E a peça finaliza com um episódio grotesco, em que todos os elementos cênicos são queimados, por ordem do empresário Franco Zampari, num rompante de ira após um desentendimento pessoal com Ratto. Tendo de honrar o contrato com Gianni, o TBC transfere-o para o Rio de Janeiro, onde dirige, no Teatro Ginástico, Nossa Vida Com Papai, de Lindsay e Crouse, peça que ficou dez anos em cartaz na Broadway. Faz um sucesso estrondoso de público, e vem para São Paulo repetir o êxito carioca. A montagem serve, também, para confirmar o talento interpretativo de Fernanda Montenegro, apontado em A Moratória, no TMDC.
Vai a Salvador, em 1958, a convite do Teatro da Universidade Federal da Bahia, para o qual dirige As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, e O Tesouro da Chica da Silva, de Antônio Callado, provavelmente a primeira abordagem teatral da sensual heroína negra que mais tarde o cinema e os desfiles de carnaval tornam popular.
Transfere-se, então, para o Rio de Janeiro, associando-se a Fernanda Montenegro,Fernando Torres, Sergio Britto e Ítalo Rossi - que deixam o TBC - e fundam o Teatro dos Sete. A companhia estréia triunfalmente em 1959 com O Mambembe, de Artur Azevedo, que se torna marco na história do teatro brasileiro, alcançando sucesso de público e crítica.
Sempre sob a batuta de Ratto, o segundo espetáculo do Teatro dos Sete, em 1960, A Profissão da Senhora Warren, de Bernard Shaw, não alcança êxito semelhante ao do espetáculo de estréia. Em seguida a companhia investe em Cristo Proclamado, deFrancisco Pereira da Silva, uma peça de denúncia, realista e panfletária, que revela a política da fome no sertão do Piauí. A montagem tem como proposta o palco inteiramente limpo. O público requintado do Copacabana Palace não entende essa "economia de meios" e, considerando o espetáculo pobre de recursos, não prestigia o empreendimento. Ainda em 1960, em Com a Pulga Atrás da Orelha, de George Feydeau, a companhia recupera o sucesso e o espetáculo faz longa carreira, confirmando a tese de que a bilheteria não responde à profundidade do texto encenado. Em 1961, depois de Apague Meu Spotlight, comédia de Jocy de Oliveira, a equipe monta O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, e, pela primeira e única vez, Gianni Ratto não assina a encenação. Seguem-seFestival de Comédia, uma montagem premiada de três peças curtas: Os Ciúmes de Um Pedestre, de Martins Pena; O Médico Volante, de Molière, e O Velho Ciumento, de Miguel de Cervantes. Em 1962, é a vez de O Homem, A Besta e a Virtude, de Luigi Pirandello.
A partir de 1963, as produções da companhia se tornam esparsas, com apenas uma montagem anual. Mirandolina, de Goldoni, em 1964, é a última direção de Gianni Ratto para o Teatro dos Sete, que encerra suas atividades em 1965.
Em 1966 é convidado a realizar sua segunda encenação de um texto de Jorge Andrade,Rasto Atrás, para a companhia oficial Teatro Nacional de Comédia, TNC, alcançando unanimidade crítica jamais usufruída por esse conjunto.
Acompanhando as mudanças estruturais que perpassam o teatro brasileiro, envolve-se com o movimento de nacionalização, colaborando com o Grupo Opinião, em 1966, onde monta Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar, uma das peças-símbolo do movimento de resistência.
Seguem-se uma participação no Teatro Cacilda Becker - TCB, Isso Devia Ser Proibido, texto em que Walmor Chagas testa-se como autor, escrevendo, em parceria com Bráulio Pedroso, em que também é ator ao lado de Cacilda em 1967; e Dura Lex, Sed Lex, no Cabelo Só Gumex, de Oduvaldo Vianna Filho, 1968.
Funda o Teatro Novo, uma companhia e escola de dança e teatro, reformando inteiramente o Teatro República. Apesar do amplo projeto de atividades, a companhia consegue levar apenas dois espetáculos: Ralé, de Máximo Gorki, 1968, e Ubu Rei, de Alfred Jarry, 1969, após acidentada fase de produção que inclui o fechamento do teatro, pela polícia política, e a conseqüente mudança para São Paulo, onde o espetáculo estréia.
Em 1972, dirige para Maurício e Beatriz Segall, pelo Theatro São Pedro, O Casamento de Fígaro, de Beaumarchais, compondo um elenco misto entre atores negros e brancos; e A Grande Imprecação Diante dos Muros da Cidade, de Tankred Dorst.
Em 1975, põe em cena Gota d'Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque, montagem associada ao teatro de resistência, com Bibi Ferreira como protagonista.
Encena O Grande Amor de Nossas Vidas, de Consuelo de Castro, produzida em São Paulo em 1979 e, no Rio, em 1980, texto que apresenta um pioneiro estudo dramático sobre os ranços reacionários e autoritários da pequena classe média
Em 1981, dirige um dos bons textos de João Bethencourt, A Venerável Madame Goneau, no Teatro Paiol, e, em 1982, A Eterna Luta Entre O Homem e A Mulher, de Millôr Fernandes, no Teatro Clara Nunes. Faz uma versão de Drácula, de Hamilton Deanne, com Sérgio Mamberti, 1986. Em O Amante de Mme. Vidal, de Louis Verneuil, 1988, dirige, cenografa e ilumina, ainda rendendo uma ótima atuação para Renato Borghi. Em 1993, volta a chamar a atenção dirigindo Porca Miséria, de Marcos Caruso e Jandira Martini, fenômeno estrondoso de bilheteria. Em 2001, é o curador do Formação de Público, selecionando os textos e diretores que formam o projeto da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, que visa oferecer um Panorama da Dramaturgia Nacional para leigos.
Gianni Ratto é, também, um dos cenógrafos mais conceituados e com ficha extensa de participações em espetáculos importantes, arrebatando uma série de prêmios nessa categoria. Entre os diretores e grupos com quem colabora estão: Ruggero Jacobbi, emMirandolina, pelo TPA, em 1955; Ziembinski, em O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna, eJornada de Um Longo Dia pra Dentro da Noite, de Eugene O'Neill, ambos em 1958, como também César e Cleópatra, de Bernard Shaw, 1963, todos pelo TCB, Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, pela Companhia Brasileira de Comédia, 1960, e O Santo Inquérito, deDias Gomes, 1966; Augusto Boal e o Teatro de Arena, em A Dança dos Toreadores, 1958;Ivan de Albuquerque, no Teatro do Rio, em Diário de um Louco, 1964; João das Neves, com o Grupo Opinião, em A Saída, Onde Fica a Saída, 1967; Paulo Afonso Grisolli, em Por Mares Nunca Dantes Navegados, 1972; Fernando Peixoto, em Frank V, de Dürrenmatt, 1973,Caminho de Volta, de Consuelo de Castro, 1973. Ponto de Partida, de Gianfrancesco Guarnieri, 1976, e Paulo José, em Murro em Ponta de Faca, de Augusto Boal, 1978, os três últimos com a Othon Bastos Produções Artísticas. O diretor para quem mais cenografa éFlávio Rangel, com uma contribuição de mais de dez espetáculos, dentre eles: Abelardo e Heloisa, 1971, A Capital Federal, de Artur Azevedo, 1972, Dr. Fausto da Silva, de Paulo Pontes, 1973, Pippin, de Hirson e Shwarts, 1974, Mumú, A Vaca Metafísica, de Marcílio Moraes, 1975, O Rei de Ramos, 1979, e Vargas, ambos de Dias Gomes, 1983, Piaf, de Pam Gems, 1983, Freud - No Distante País da Alma, de Henry Denker, e Negócios de Estado, de Verneuill, 1984, e Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand, 1986.
Escreve A Mochila do Mascate, publicado em 1966, livre biografia sobre sua vida e obra, além de reflexões sobre artes e artistas que cercaram a sua trajetória profissional, eAntitratado de Cenografia, em 1999.
Gianni Ratto é um homem de teatro completo. Integrante da primeira geração de encenadores no Brasil é, como foi Ziembinski, um estrangeiro que se torna indiscutivelmente brasileiro, sendo o italiano que mais contribui numérica e ideologicamente para a evolução do nosso teatro. Cabeça de geração, atuante em todos os períodos desde a década de 50, é um dos poucos encenadores que acumulam função, cenografando para suas próprias montagens, como também para outros diretores, sendo bem-sucedido em ambas as categorias. Nascido no começo do século XX continua ativo e atuante, sábio e generoso para com os mais novos, consultado e respeitadíssimo pelos mais velhos. Prefaciando o seu livro de memórias, o crítico Sábato Magaldi afirma: "Ninguém, como ele, se associou de forma tão consciente e conseqüente à dramaturgia brasileira. (...) Gianni lançou A Moratória de Jorge Andrade, um ano após sua chegada a São Paulo. E, a partir daí, estabeleceu como meta preponderante a valorização do nosso autor, base de uma desejada identidade cênica. (...) Seguiram-se várias montagens, em épocas diversas, que tiveram, ao lado do mérito artístico, o de revelar aspectos fundamentais da nossa realidade. (...) Todas elas imbuídas do propósito de servir bem ao autor, colaborando de forma decisiva na construção do nosso teatro. Só essas virtudes, sem necessidade de mencionar nada mais, asseguram para Gianni Ratto o crédito de uma imensa gratidão do país"

Romain Rolland, morreu a 30 de Dezembro de 1944



Romain Rolland
(29 de janeiro de 1866 - 30 de Dezembro de 1944) foi um novelista, biógrafo e músico francês. Ganhou o Nobel de Literatura em 1915.

Doutorou-se em Arte em 1895, foi professor de História da Arte na École Normale de Paris e professor de História da Música na Sorbonne. Para além da sua actividade docente, foi um reconhecido crítico de música. Estreou-se na escrita em 1897 com a peça Saint-Louis, que, juntamente com Aërt (1898) e Le Triomphe de la Raison (1899), fez parte da trilogia Les Tragedies de la Foi (1909). Em 1910 retirou-se do ensino para se dedicar inteiramente à escrita.

Na sua obra concilia o idealismo patriótico com um internacionalismo humanista. Escreveu peças de teatro, biografias (Vie de Beethoven, 1903; Mahatma Ganghi, 1924), um manifesto pacifista (Au-dessus de la mêlée, 1915) e dois ciclos romanescos: Jean-Christophe (10 vols., 1904-1912), "roman-fleuve" (segundo as palavras do autor) consagrado a um músico genial, e L'Âme enchantée (7 vols., 1922-1934). Em 1923, fundou a revista Europe.

Romain Rolland fez importante observação sobre o livro "O Futuro de uma Ilusão", de Sigmund Freud. Esta observação foi a premissa usada por Freud para escrever o livro seguinte "O Mal-estar na Civilização".

Quando o filósofo político italiano Antonio Gramsci escreveu, na prisão, que o "pessimismo da inteligência" não deveria abalar o "otimismo da vontade", estava citando Romain Rolland.

Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, morreu a 30 Dezembro de 1852



Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, (Lisboa, 22 de setembro de 1791 — Lisboa, 30 de dezembro de 1852) era filho bastardo do Visconde de Vila Nova da Rainha e de Maria da Conceição Alves, aldeã pobre de 19 anos, que trabalhava como criada de quarto do Visconde. Por ele seduzida, a moça registrou a criança como "filho de pais incógnitos". Apesar de não assumi-lo, o Visconde o manteve junto de si, com todo o conforto, até o momento em que decidiu casar-se com a filha do conde de Resende.

Naturalmente, a noiva não queria saber de convivência com a "outra" sob o mesmo teto. Para contentá-la, o visconde teve de mandar sua infortunada amante para aÁfrica e fazer desaparecer o menino Francisco, que contava então oito anos. A solução encontrada foi engenhosa: o visconde pagou oito mil cruzados (bela soma na época) a um protegido, Antonio Gomes, para assumir a paternidade do menino e o registrar como filho legítimo. O pai "testa-de-ferro" ainda ganhou, por influência do visconde, um emprego público como ourives da casa real.

Quanto a Francisco, foi mandado para o seminário de Santarém, preparar-se para ser padre. Lá, aprendeu filosofia e latim, além de falar fluentemente francês,inglês, italiano e espanhol. Este preparo cultural em muito o ajudaria, aliás, na idade adulta.

Estava quase a ordenar-se sacerdote quando chegaram as notícias dos preparativos da fuga da corte portuguesa para o Brasil. Tinha 16 anos. Brigou com o reitor e com o padre-mestre de disciplina do seminário e viajou para Lisboa, decidido a participar dos acontecimentos. No caminho, foi preso por uma guarnição francesa e condenado como espião. Às vésperas de ser fuzilado, conseguiu por acaso evadir-se de forma espetacular, chegando ao cais de Lisboa na mesma manhã em que D. João VI e sua corte embarcavam para o Brasil.

De alguma forma conseguiu reencontrar o pai adotivo e introduzir-se nas embarcações. De condenado à morte, passou a membro da multidão de 15 mil lusitanos que desembarcaria no Rio de Janeiro em março de 1808.

Bo Diddley, nasceu a, 30 de Dezembro de 1928


Bo Diddley
(McComb, Mississippi, 30 de dezembro de 1928 — Archer, Flórida, 2 de junho de 2008), foi um influente cantor, compositor e guitarrista de blues norte-americano.Ellas McDaniel, mais conhecido por Bo Diddley, que significa algo como "garoto travesso", foi um dos percusores do Rock'n Roll. Com seu estilo único, batizado de "Batida, Bo Diddley", uma batida meio rumba que é feita usando-se a clave, influenciou vários grandes guitarristas como Muddy Waters e Buddy Holly. Para ele, o ritmo era a essência de sua música, sendo mais importante até que a melodia, isso explica suas músicas tão animadas e com batidas que marcam na memória.

Nascido no Missippippi, sem conhecer seu pai, sua mãe sem condições de criá-lo o entregou para a família McDaniel, sobrenome que adotou substituindo seu antigo nome Ellas Bates. Mudando-se com a família para Chicago em 1934, Ellas começa a atiçar sua aptidão musical, fazendo aulas de violino e tocando na orquestra da Igreja. Mas tudo muda quando ganha de sua irmã um violão aos 12 anos, então começa a praticar sozinho, mas ainda não muito perto blues, pois ele ainda era muito envolvido com a música clássica. Até que um dia conheceu o guitarrista Earl Hooker, que apresentou a música de seu primo famoso, John Lee Hooker, depois disso Bo Diddley percebe que o seu ramo deveria ser outro.

Não demorou muito e Bo se tornou um grande artista principalmente de R&B, compôs vários hits famosos como "I'm a Man", "Hey Bo Diddley", "Pretty Thing", "Roadrunner" entre tantos outros.
Seu estilo "beat Bo Diddley"(a famosa batida Bo Diddley) era explicada por ele da seguinte maneira: Como já havia tentado frustradamente ser baterista, e gostava muito de percursão, ele encorporava na guitarra batidas de bateria, o que deixava tão peculiar a sua musicalidade. Isso tudo e eu ainda não mencionei sua estilosa e diferente guitarra quadrada! Outra marca que faz dele um artista sem igual!

Mais tarde teve várias de sua canções regravadas por bandas como os Yadbirds, The Animals, Woolies e George Thorogood.
A 2 de Junho de 2008, em sua casa situada na Flórida, veio a falecer por insuficiência cardíaca.

O "garoto travesso" sabe da ajuda que deu na construção desse grande império chamado Rock 'N Roll e tenho plena certeza de que morreu em paz quanto à isso.

O difícil é escolher somente uma música que represente a grande entidade que foi, e ainda é, Bo Diddley.

Sonhos de Menino

Sonhador Sonhador

Tony Carreira- A Vida Que Eu Escolhi

Tony Carreira, conhecido por António Manuel Mateus Antunes, nasceu a 30 de Dezembro de 1963



Tony Carreira
, de seu nome completo António Manuel Mateus Antunes (Armadouro, Pampilhosa da Serra, 30 de Dezembro de 1963), é um cantorportuguês, muito popular entre as comunidades portuguesas de emigrantes em França e também em Portugal.



O nome artístico de Tony Carreira foi escolhido em 1988, numa sessão de gravação em estúdio do seu primeiro disco, pelo seu produtor francês Patrick Oliver. Nesse mesmo ano, participou no Prémio Nacional de Música, na Figueira da Foz, com a canção "Uma Noite e o Fado", onde foi uma das 8 canções seleccionadas, com vista a escolher uma canção para o Festival RTP da Canção desse ano. A canção foi editada em single pela editoraTransmédia.

Assinou contrato discográfico, em 1990, com a Discossete, por 3 anos. O primeiro disco para essa editora foi gravado em 1991, com o título É Verão Portugal. Uma das canções do disco, dedicada ao seu primeiro filho, chamava-se "Meu Herói Pequeno". O tema passou muitas vezes na rádio, por especial intervenção do apresentador Carlos Ribeiro, tornando-se um grande sucesso.

Gravou novo disco em 1992, com o nome Canta Canta Portugal, sem assinalável sucesso, o que conduziu ao fim do contrato com a editora.

Em 1993, celebrou novo contrato, desta feita com a editora Espacial. Gravou o disco Português de Alma e Coração. Umas das canções do álbum era "A Minha Guitarra", tendo obtido um grande êxito, que permitiria a este trabalho chegar a disco de ouro. Nesse mesmo ano, conheceu Dino Meira, de quem se tornou grande amigo.

A este popular cantor dedicou a canção "Adeus Amigo", editada no ano seguinte, após o seu desaparecimento. O álbum viria a chegar a disco de platina.

A canção "Sai Destino", gravada em 1995, tornou-se um êxito estrondoso e marcou definitivamente o estilo romântico que caracteriza a sua obra.

Mais um disco de platina, em 1996, com o álbum Adeus Até Um Dia. Participou também, nesse ano, na gravação do disco Mãe Querida, no qual participam muitos outros cantores, tais como Sérgio Wonder.

No ano seguinte, 1997, editou novo álbum: Coração Perdido. Foi gravado um vídeo (da canção "Sonhos de Menino") na sua terra natal, Armadouro.

Um ano volvido e novo álbum, "Sonhador, Sonhador", completando-se o ciclo dos primeiros 10 anos de carreira.

O ano de 1999 trouxe uma viragem à sua carreira. Começou a dedicar-se às baladas de amor, que sempre acarinhou. Editou o álbum Dois Corações Sozinhos, que incluiu canções como "Depois de Ti (Mais Nada)". Foi disco de platina. Recebeu o prémio da TVI para a melhor interpretação masculina e para a melhor canção romântica.

Foi em Janeiro de 2000 que se consagrou no teatro Olympia, em Paris. O seu espectáculo foi gravado, dando origem à edição do álbum "Tony Carreira ao vivo no Olympia", que viria a obter tripla platina. Manteve-se nas listas dos discos mais vendidos durante 54 semanas, 37 das quais em primeiro lugar.

Concerto de Tony Carreira em Carcavelos, em 2006.

Em 2001, um ano mais tarde, Tony voltou ao palco do Olympia, mais uma vez com grande sucesso.

2002 trouxe o cantor a um emocionante concerto no Coliseu de Lisboa. Editou "Cantor de Sonhos".

Celebrou 15 anos de carreira em 2003, com um concerto de grande dimensão no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. O concerto foi gravado em CD e DVD, com o nome 15 anos de Canções - Ao Vivo No Pavilhão Atlântico, tornando-se quádrupla platina.

Um novo álbum de temas inéditos foi lançado em 2004. Participação especial em Vidas Proibidas.

Em Maio de 2006, realizou um novo concerto no Pavilhão Atlântico, com lotação esgotada várias semanas antes. Nesse mesmo ano, em Setembro, realizou um concerto em Carcavelos, para ajudar os bombeiros voluntários locais.

Em meados de Dezembro de 2006, foi lançado um novo álbum intitulado A Vida Que Eu Escolhi, um CD composto por músicas inéditas, que, segundo os fãs, representa possivelmente o auge na sua carreira como poeta e cantor de cantigas de amor. Este álbum obteve um grande sucesso, chegando à dupla platina em pré-venda e mais tarde à quádrupla platina.

No âmbito da celebração dos seus 20 anos de carreira, apresentou-se ao público, em Março de 2008, para dois concertos no Pavilhão Atlântico, ambos com lotação esgotada, em 2 dias consecutivos.

Em 2008, foi envolvido num processo de plágio no qual foi acusado de plagiar algumas canções. O caso apontando como o mais flagrante foi o da canção "Depois de Ti (Mais Nada)", alegadamente um plágio da canção "Después de Ti, Qué?" de Cristian Castro, um cantor mexicano famoso no seu país. Além deste tema, surgiram dúvidas relativamente ao tema "Sonhos de Menino", que alegadamente será um plágio de "L'Idiot" do cantor Herve Vilard e "Esta falta de ti" que será um plágio do tema "Toi qui manques à ma vie" da cantora Natasha St. Pier.

Ainda em 2008, lançou um novo disco, intitulado O Homem Que Sou, que se viria a revelar um sucesso, tendo atingido o primeiro lugar nas tabelas de vendas discográficas portuguesas.

É casado e pai de três filhos, Sara, David e Mickael Carreira, tendo este último seguido as pisadas do pai como musico.

José Leonardo Coimbra nasceu, a 30 Dezembro de 1883



José Leonardo Coimbra
nasceu em Borba de Godim, freguesia do Munícipio de Felgueiras, a 30 Dezembro de 1883 e morreu no Porto a 2 de Janeiro de 1936.

Aos 14 anos deixou o Colégio de Nossa Srª do Carmo (Penafiel) para se matricular na Escola Naval de Coimbra (1898). No ano lectivo de 1905-1906 inicia, na Academia Politécnica do Porto, os preparatórios do Curso Superior de Letras, que concluiu em Lisboa quatro anos depois, com média elevada. Durante este período funda e dirige, com Jaime Cortesão, Cláudio Basto e Álvaro Pinto, a "Nova Silva", de orientação anarquista (1907), e no ano seguinte funda com os amigos a Sociedade dos Amigos do A.B.C. para combater o analfabetismo.

Constitui, depois, com Jaime Cortesão, Rodrigo Solano, Gil Ferreira e A.Correia de Sousa, o grupo político-literário "Nova Seara", e funda em 1912 a "Renascença Portuguesa", com as suas "Universidades Populares", tendo por órgão a "Águia". Em 1913 apresentou a sua tese "Criacionismo" ao concurso de Assistente de Filosofia e, no ano seguinte, inicia a sua carreira política, filiando-se no Partido Republicano Português. Em 1915 lecciona no liceu Gil Vicente (Lisboa). Foi duas vezes Ministro de Instrução Pública (1919 e 1923), favorecendo bastante a Educação: cria as Escolas Primárias Superiores, reforma a Biblioteca Nacional, em Lisboa, e transfere a Faculdade de Letras de Coimbra para o Porto (embora a de Coimbra se mantivesse), onde foi director e professor. Defende, também, a liberdade do ensino religioso nas escolas particulares fiscalizadas pelo Estado. Incompatibilizado com a facção tradicional do seu Partido, acaba por abandoná-lo e ingressar na facção dissidente (Esquerda Democrática).

Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro nasceu, a 30 de Dezembro de 1861



Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro nasceu em S. Mamede, freguesia da cidade de Lisboa, a 30 de Dezembro de 1861, filho do general José Joaquim de Paiva Cabral Couceiro e de D. Helena Isabel Teresa Armstrong Mitchell.

Casou a 21 de Novembro de 1896, em Lisboa, com D. Júlia Maria do Carmo de Noronha (1873+1941), filha primogénita e herdeira do dr. D. Miguel Aleixo António do Carmo de Noronha (1850+1932), 3.º Conde de Paraty, e de sua mulher D. Isabel de Sousa Mourão e Vasconcelos (1849+1936).

Como militar assentou praça no Regimento de Cavalaria Lanceiros d’El-Rei (1879) e cobriu-se de glória, pela acção notável em Humpata, Angola (1889), na campanha militar de Angola (1889-1891), na campanha de Melilla, no Marrocos espanhol (1893) e nos combates de Marracuene e Magul, Moçambique (1895), em coragem enaltecida.

 Foi formado com o Curso de Artilharia da Escola do Exército (1881-1884); alferes (1881); segundo-tenente de Artilharia (1884); primeiro-tenente (1889); comandante de Cavalaria da Humpata, Angola (1889-1891); cavaleiro da Ordem de Torre e Espada (1890); oficial da Ordem de Torre e Espada (1891); Medalha de Prata para distinção ao mérito, filantropia e generosidade (1892); condecorado com a Cruz de 1.ª Classe do Mérito Militar de Espanha (1893); ajudante do comando do Grupo de Baterias de Artilharia a Cavalo (1894); ajudante-de-campo do Comissário Régio de Moçambique (1894-1895); cavaleiro da Real Ordem Militar de S. Bento de Avis (1895); capitão de Artilharia (1895); ajudante-de-campo honorário do Rei Dom Carlos (1895); proclamado «benemérito da Pátria» (1896); comendador da Ordem de Torre e Espada (1896); conselheiro do Conselho de Sua Majestade; condecorado com a Medalha Militar de Ouro do Valor Militar (1896); condecorado com a Medalha Militar de Prata de Comportamento Exemplar; condecorado com a Medalha de Prata da Rainha D. Amélia (1896); deputado da Nação (1906-1907); vogal da Comissão Parlamentar do Ultramar (1906); vogal da Comissão Parlamentar de Administração Pública (1906-1907); vogal da Comissão Parlamentar da Guerra (1906-1907); Governador-Geral de Angola (1907-1909); demitido do Exército (1911); comandante das Incursões Monárquicas de 1911 e 1912; Presidente da Junta Governativa do Reino, na Monarquia do Norte (1919); escritor.

Monárquico convicto, foi anti-republicano de gema e anti-salazarista, sendo perseguido pelo Estado Novo, em atropelo das garantias das liberdades cívicas, tratado como um reles vigarista, esquecida a sua imensa folha de serviços prestados à Pátria.

Ousou afrontar o tirânico Salazar, que, de forma iníqua e arbitrária, o mandou expulsar do País em 1935 e prendê-lo e deportá-lo novamente em 1937, por discordar da política ultramarina do Presidente do Conselho e do Estado Novo.

Numa altura em que Paiva Couceiro tinha já 76 anos de idade foi posto na fronteira sem quaisquer documentos, a sofrer as agruras do exílio! Incomodava sempre porque era um homem de brio, dignidade, de raro carácter, um idealista romântico, audaz e tenaz, em cujas veias latejava um elevado conceito de Honra.

Um homem sincero e notável, acima de tudo um Homem de acção e um Homem da Nação. Não curvava a cabeça alva e digna perante o tirano “Botas”, como paladino da Pátria, eivado de predicados indispensáveis.

Deixou uma impressão indelével nas páginas da nossa História, uma luz que cintilava uma coragem sublimada.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Morreu Isabelle Caro, a modelo que deu a cara contra a anorexia - JN

Morreu Isabelle Caro, a modelo que deu a cara contra a anorexia

17h54m





A ex-manequim e actriz de comédia francesa Isabelle Caro, que se fez fotografar nua contra a anorexia, doença de que padecia, morreu a 17 de Dezembro, aos 28 anos.


"A atriz francesa ultra-mediatizada pela sua luta contra a anorexia morreu no mês de novembro na maior discrição", revela o jornal suíço 20Minute.ch, que não especifica as causas da morte.

O namorado de Isabelle Caro, o cantor suíço Vincent Bigler, confirmou a morte da jovem actriz no seu próprio site da Internet, precisando que esta ocorreu a 17 de Dezembro.

Isabelle Caro tornou-se conhecida em 2007, ao expor o seu corpo esquelético perante a objectiva de Oliviero Toscani para denunciar os efeitos nocivos da anorexia, uma doença de que sofria desde os 13 anos e que a fez entrar em coma em 2006, quando pesava 25 quilos, medindo 1,65 metros.

"Ela esteve hospitalizada durante 15 dias devido a uma pneumopatia e, nos últimos dias, estava muito cansada, mas não sei qual a causa da sua morte", declarou ao 20.Minutes.ch o cantor, com quem ela iria gravar em breve o videoclip de uma canção intitulada "J'ai fin" (sic), sobre a anorexia.

A jovem actriz decidiu abandonar o hospital, depois de ter anunciado, no início de 2010 - recordou o 20 Minutes, ter atingido o peso de 42 quilos.

"Ela estava a recuperar peso e parecia estar melhor. O anúncio da sua morte surpreende-me mais por causa disso", afirmou o realizador Colin Schmidt, autor de Lacoza Movie Maker, inquirido pelo 20.Minutes.ch.

Em 2007, na campanha No Anorexia, ela quis "despertar as consciências" para a doença que atinge cada vez mais manequins: "Esta foto sem roupa e sem maquilhagem não me favorece. A mensagem é forte: tenho psoríase, o peito descaído, um corpo de pessoa idosa", declarou Isabelle Caro.

Olhai para o que eu digo, não olheis para o que eu faço

Diz-me com quem andas, te direi quem és.



"Para ser mais honesto do que eu, tem de nascer duas vezes", Cavaco Silva

Cássia Eller - Luz dos Olhos

Cassia Eller - Por Enquanto

Cássia Eller,faleceu no Rio de Janeiro em 29 de Dezembro de 2001



Cássia Eller nasceu no Rio de Janeiro RJ em 10 de Dezembro de 1962. Residiu em Santarém PA, Belo Horizonte MG e Brasília DF. Tocando violão desde os 18 anos, chegou também a cantar opera e frevo e a tocar surdo em grupo de samba. Voltando ao Rio de Janeiro em 1990, foi contratada no mesmo ano pela Polygram. Seu primeiro disco, Cássia Eller, de 1990, incluiu regravações de Rubens (Premeditando o Breque), Já deu pra sentir (Itamar Assumpção),Qualquer dia (Legião Urbana) e um arranjo reggae para Eleanor Rigby (Beatles).

O segundo, Marginal, trouxe ECT (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Nando Reis). No terceiro disco, Cássia Eller, gravou uma versão de Malandragem (Frejat e Cazuza), muito tocada nas rádios. Em 1996 lançou Ao vivo, gravado nas apresentações carioca e paulista do show Violões. Em Veneno antimonotonia (1997), traz somente composições de Cazuza.

Impôs-se por seu estilo enérgico de interpretação, principalmente em razão de seu timbre vocal de contralto - uma das mais marcantes vozes da nova MPB.

Faleceu no Rio de Janeiro em 29 de Dezembro de 2001, aos 39 anos de idade.

Grigoriy Yefimovich Rasputin, místico russo, foi assassinado no dia 29 de Dezembro de 1916



Grigoriy Yefimovich Rasputin, místico russo, nasceu dia 22 de Janeiro de 1869 em Pokrovskoie, Tobolsk e foi assassinado no dia 29 de Dezembro de 1916 aos 47 anos em Petrogrado, actual São Petersburgo. Foi uma figura influente no final do período czarista da Rússia.
Por volta de 1905, a sua já conhecida reputação de místico introduziu-o no círculo restrito da Corte imperial russa, onde diz-se que Rasputin chega mesmo a salvar Alexei Romanov, o filho do czar, de hemofilia.
Perante este acontecimento, a czarina Alexandra Fedorovna dedicar-lhe-á uma atenção cega e uma confiança desmedida, denominando-o mesmo de "mensageiro de Deus". Com esta protecção Rasputin passa a influenciar ocultamente a Corte e principalmente a família imperial russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Nacional Russa.
Todavia, o seu comportamento dissoluto, licencioso e devasso (supostas orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade) justificará denúncias por parte de políticos atentos à sua trajectória poluta, entre os quais se destacam Stolypine e Kokovtsov. O czar Nicolau II afasta então Rasputin, mas a czarina Alexandra mantém a sua confiança absoluta no decadente monge.
A Primeira Guerra Mundial trouxe novos contornos à actuação de Rasputin, já odiado pelo povo e pelos nobres, que o acusaram de espionagem ao serviço da Alemanha. Escapa às várias tentativas de aniquilamento, mas acaba por ser vítima de uma trama de parlamentares e aristocratas da grande estirpe russa, entre os quais Yussupov.
Rasputin também foi conhecido pela sua suposta e curiosa morte: primeiro ele foi envenenado num jantar, porém a sua úlcera crónica fê-lo expelir todo o veneno, posteriormente teria sido fuzilado atingido por um total de onze tiros, tendo no entanto sobrevivido; foi castrado e continuou vivo, somente quando foi agredido e o atiraram inconsciente no rio Neva ele morreu, não pelos ferimentos, mas afogado (existe um relato de que, após o seu corpo ter sido recuperado, foi encontrada água nos pulmões, dando apoio à ideia de que ele ainda estava vivo quando foi lançado ao rio parcialmente congelado.