Previsão do Tempo

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A 2 de Fevereiro de 1943 - Vitória do exército soviético sobre o exército alemão

A BATALHA DE STALINGRADO


A 2 de Fevereiro de 1943, após 200 dias de intensos combates, que envolveram dois milhões de efectivos militares, as tropas comandadas pelo marechal alemão Friedrich von Paulus capitularam.
Dois exércitos alemães, dois romenos e um italiano depuseram as armas ante o Exército Vermelho.
Era a primeira rendição alemã desde o início da invasão nazi da União Soviética e marcaria uma viragem no curso da guerra, que levou à derrota total dos exércitos nazis e à libertação da URSS e dos povos de toda a Europa sob o jugo do III Reich.
Em Stalingrado foi obtida não só uma grande vitória militar, mas também uma enorme vitória moral, uma vitória do patriotismo, do amor à Pátria, do Socialismo, contra a agressão nazi-fascista, maléfica e odiosa.
Em 1943, ano do III Congresso do PCP, as forças revolucionárias e progressistas de todo o mundo, os comunistas portugueses, todos os antifascistas do nosso país saudaram com todo o entusiasmo, com toda a confiança, a histórica vitória do exército soviético na batalha de Stalingrado, que marcou a viragem na Segunda Guerra Mundial.

A 2 de Fevereiro de 1939 - Nasceu João César Monteiro Santos



João César Monteiro Santos nasceu na Figueira da Foz a 2 de Fevereiro de 1939 e morreu em Lisboa a 3 de Fevereiro de 2003, vítima de uma doença prolongada, foi um importante cineasta português.
Integrou o grupo de jovens realizadores que se lançaram no movimento do Novo Cinema.
Irreverente e imprevisível, fez-se notar como crítico mordaz de cinema nos anos sessenta.
Prossegue a tradição iniciada por Manoel de Oliveira (Acto da Primavera) ao introduzir no cinema português de ficção o conceito de antropologia visual — Veredas e Silvestre —, tradição amplamente explorada no documentário por outros cineastas portugueses como António Campos, António Reis, Ricardo Costa, Noémia Delgado ou, mais tarde e noutro registo, Pedro Costa.
Segue um percurso original que lhe facilita o reconhecimento internacional. Várias das suas obras são representadas e premiadas em festivais internacionais como o Festival de Cannes e o Festival de Veneza (Leão de Prata: Recordações da Casa Amarela).
Em 2003, ano da sua morte, estreia o seu último filme, Vai e Vem, e é lançada, pela Atalanta, a edição integral da sua obra cinematográfica em DVD, que contém 14 títulos mais extras, como curtas metragens e entrevistas.
A edição foi oportuna e vendeu-se bastante bem; toda a suposta marginalidade do autor é exposta no seio da família portuguesa em pequeno formato mas de rico conteúdo.
O primeiro volume é composto pelos 4 primeiros filmes de João César Monteiro: Sophia de Mello Breyner Andresen (1969), Quem Espera por Sapatos de Defunto Morre Descalço (1970), Fragmentos de um Filme-Esmola: a Sagrada Família (1972) e Que Farei com esta Espada? (1975).
O primeiro, como o próprio título indica, é um documentário sobre a grande poetisa portuguesa falecida este ano. A preto e branco, JCM entra na sua intimidade ao mesmo tempo que enquadra com símbolos a poesia marítima de Sophia. No entanto, um detalhe revela já a pouco escrupulosa sensibilidade de JCM: enquanto Sophia recita um poema na sua sala de estar, a sua filha coloca uma música dos Beatles a tocar no gira-discos aos altos berros. Sophia, que tenta ignorar de início, vê-se obrigada a protestar energicamente contra a suposta má educação da filha. Que depois descobre-se (graças aos extras do DVD) ter sido manipulado por JCM: um sentido de humor desrespeitador da imagem da poetisa Sophia? Não tanto, um pequeno sinal idiossincrático de JCM que termina o filme com o mar e uma arrepiante poesia de Sophia recitada pela própria no que é um emocionante e modernista tributo de JCM à grande dama da poesia portuguesa.
O segundo filme da lista, certamente inspirado na nouvelle vague francesa, revela-nos um pouco mais do conhecido estilo de JCM: um filme onde a palavra literária domina em relação à imagem, mesmo que esta queime certas vezes a fita num campo experimental que não mais foi repetido na sua obra. O filme é protagonizado por um Luís Miguel Cintra muito jovem, dobrado pela voz de JCM, pausada, ponderada, um estilo que começa a despontar de um autor que, como mais tarde se definiria, sempre foi um «intelectual de esquerda».
O terceiro encontra a sua razão de ser no mais que justificado título: fragmentos de um filme-esmola. Esmola porque, mais uma vez, JCM não conseguia encontrar o dinheiro necessário para levar ao cabo a sua obra.
Fragmentos, porque não se trata de uma história, mas de cenas numa família, onde o pai, alter-ego de JCM, vive para o seu mundo e para os seus, ignorando a estrutura social e, sobretudo, económica do seu tempo.
Um filme que, ao contrário do anterior, liberta a imagem das formas aprisionadas do velho regime, uma liberdade estética e plástica é procurada com ardor por JCM, que trabalhou na sua montagem durante mais de dois anos.
O quarto filme é o desembainhar a espada de JCM. Contestando a presença de um porta-aviões da NATO no porto de Lisboa, o realizador, unindo-se, entre outros, à escritora Maria Velho da Costa, vai atrás de testemunhos populares inabituais na cinematografia portuguesa. Sendo assim, acerca-se de uma prostituta numa das cenas mais humanas do cinema português: nunca procurando impor-se, deixa-a falar (manipulando-a por detrás da câmara de filmar, sem dúvida, mas de um modo que deixa transparecer a autenticidade do discurso), deixa-a defender, à sua maneira, a Revolução dos Cravos. Outro testemunho fortíssimo e emocionante, o do velho no que parece ser uma assembleia de trabalhadores de Alcáçova, comove-nos com as suas palavras simples e sinceras, que fecham as portas a um mundo cruel e injusto, que nos avisa para os cuidados que devemos ter com as portas que Abril abriu para que elas não se voltem a fechar. JCM remata a sua obra mais abertamente política com um «Proletários de todo o mundo, uni-vos» num filme que une a sua sensibilidade artística ao registo de um real que permanece escondido dos olhos mais medrosos.
Estes quatro primeiros filmes levam-nos a explorar as origens cinematográficas de João César Monteiro, autor que mais tarde seria consagrado por um estilo plasticamente muito depurado, muito pessoal e dotado de um poder de observação de alguém que sempre andou descalço, para melhor sentir a terra e os seus habitantes.
Mas, para além dessa descoberta, estas quatro obras têm um valor cinematográfico próprio, uma busca de algo diferente para mostrar numa época em que Portugal despontava para o que parecia ser um futuro mais radioso.
A continuação da obra de JCM sempre esteve ligada ao rumo que Portugal tomava, daí o seu humor corrosivo e “anarquista” para com as instituições que cada vez mais mostram estar ao serviço dos mais poderosos. Mas essa é uma outra história.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

É só esperar para ver|...

01 de Fevereiro de 2016

A 1 de Fevereiro de 1872 - Nasceu Jules Jean Paul Fort



Jules Jean Paul Fort, poeta francês, nasceu em Reims no dia 1 de Fevereiro de 1872. Morreu em Montlhéry, Essonne, em 20 de Abril de 1960. Foi autor de uma obra poética abundante reunida nos vários volumes das “Ballades françaises. Apesar de escrever sobretudo segundo as correntes literárias do Simbolismo e do Lirismo, foi também um importante porta-voz do Futurismo.
Em 1878, o pai levou a família para Paris. Paul fez os seus estudos secundários no Liceu Louis-le-Grand e tornou-se amigo de Pierre Louÿs e André Gide.
Frequentava o Café Voltaire, quartel-general dos poetas simbolistas. Redigiu em 1889 um «manifesto a favor da criação de um teatro representativo deste grupo, que rompesse com a corrente naturalista». Criou neste mesmo ano, juntamente com Lugné-Poe, o Teatro de Arete que se tornou em 1893 o Théâtre de l'Œuvre e que viria a revelar os dramaturgos nórdicos Henrik Ibsen e August Strindberg.
Acabada a sua “aventura” teatral, consagrou-se então à poesia. Entregou os seus primeiros poemas à editora Mercure de France em 1896. Estes poemas viriam a constituir o começo das “Ballades françaises”, 17 volumes de poesia escritos sobretudo entre os anos 1920 e 1950.
Paul Fort organizou, desde 1903, sessões semanais de leituras poéticas. Em 1905, co-fundou a revista “Vers et prose”, que publicou vários trabalhos de Guillaume Appolinaire e Max Jacob, entre outros escritores de nomeada.
Feito comendador da Legião de Honra, Paul Fort contribuiu bastante para dar ao bairro de Montparnasse, em Paris, a sua fama artística. Foi eleitoPríncipe dos Poetas em 1912, no seguimento de um referendo organizado por cinco jornais: “Gil Blas”, “Comoedia”, “La Phalange”, “Les Loups” e “Les Nouvelles”.
Foi um dos principais membros do júri do Prémio Juventude, criado em 1934. Voltou oficialmente a Reims, sua terra natal, para inaugurar uma exposição – que lhe era consagrada – na Biblioteca Carnenie.
Entre as homenagens que lhe foram prestadas após o falecimento, salienta-se ter sido dado o seu nome a várias escolas francesas, a uma rua de Paris e a uma sala de espectáculos em Nantes. O pintor Ferdinand Desnos pintou um quadro intitulado “Le poète Paul Fort à la Closerie des Lilas”. Alguns dos seus poemas foram musicados e cantados por Georges Brassens.


sábado, 30 de janeiro de 2016

A 30 de Janeiro de 1913 - Nasceu Amrita Sher-Gil



Nasceu em Budapeste (Hungria), no dia 30 de janeiro de 1913. Filha de um aristocrata indiano e de uma cantora de ópera húngara, aprendeu muito na sua infância devido aos ensinamentos do seu tio. Em 1921, a família mudou-se para a Índia, onde aprendeu piano e violino e, a partir dos cinco anos, pintura, que acabaria por seguir profissionalmente.
Durante os anos 1923 e 24 esteve em Florença, onde conheceu um escultor italiano e, mais importante, esteve exposta às grandes obras do Renascimento, um dos períodos mais brilhantes da história universal.
Aos 16 anos de idade foi para Paris, onde estudou na Escola de Belas Artes. Foi profundamente influenciada pelos franceses Paul Cézanne e Paul Gauguin. As primeiras obras de Amrita Sher-Gil demonstram uma clara influência dos pintores franceses do círculo boémio, que na altura mostravam um certo desconforto com a "imitação" da Natureza dos clássicos, especialmente nos mais pequenos detalhes.
Voltou para a Índia em 1934, onde desenvolveu a sua pintura. A influência de Paris tornou-se mais forte do que a influência de Florença, algo evidente nos seus quadros.
Casou com o primo Dr. Victor Egan, em 1938. Três anos mais tarde, em 1941, ficou muito doente e caiu num coma profundo, que se arrastou até à sua morte em 6 de dezembro de 1941. Nunca se descobriu a causa da morte, mas a mãe da pintura acusou o próprio genro de ter assassinado a esposa.

Considerações sobre a sua obra

A obra de Amrita Sher-Gil caracteriza-se pela "violência sensorial". Cores fortes, texturas densas e uma profundidade extremamente demarcada. Apesar das suas belas figuras, a artista não absorveu completamente a atmosfera de Florença. Falta nas suas pinturas a disciplina dos detalhes, a exigência dos mestres clássicos, a afirmação da Natureza. Filosoficamente, caracteriza-se por um desconforto notório perante a existência e por uma rebeldia feminina contra o sistema de valores hierárquico da sociedade indiana onde cresceu e viveu.
De qualquer forma, a sua obra representa uma boa parte da arte produzida na Índia do século XX. A pintora alcançou um relativo sucesso também em França. Atualmente é considerada como um dos grandes vultos da história recente da Arte, tanto na Índia como na Hungria.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A 28 de Janeiro de 1958 - Nasceu Maitê Proença

A 28 de Janeiro de 1547 - Morreu Henrique VIII Rei de Inglaterra

A 28 de Janeiro de 1985 - 1ª gravação do LP We Are the World

USA FOR AFRICA - We Are The World


We Are the World é um LP gravado a 28 Janeiro de 1985 por 45 dos maiores nomes da música norte-americana, com o objetivo de arrecadação de fundos para o combate da fome na África. Os 45 astros formaram o grupo USA for Africa. O single, o LP e o clipe renderam cerca de 55 milhões de dólares.
Inspirado pela reunião que ficou conhecida como Band Aid, organizou a gravação do single We Are the World, escrito por Michael Jackson. O single foi lançado em 1985 para arrecadar fundos para a campanha USA for Africa, em benefício de famílias da África. We Are the World apresentava 44 vocalistas diferentes, incluindo Michael e Lionel, Harry Belafonte, Tina Turner, Cyndi Lauper, Diana Ross, Ray Charles e Stevie Wonder e foi produzido por Quincy Jones, que também fez a regência do grupo. A vendagem atingiu 7 milhões de cópias só nos Estados Unidos, tornando-se um dos singles mais vendidos de todos os tempos.

Letra da música:

Lionel richie
There comes a time when we heed a certain call

Lionel richie & stevie wonder
When the world must come together as one

Stevie wonder
There are people dying

Paul simon
And its time to lend a hand to life

Paul simon & kenny rogers
The greatest gift of all

Kenny rogers
We cant go on pretending day by day

James ingram
That someone, somewhere will soon make a change

Tina turner
We are all part of gods great big family

Billy joel
And the truth, you know, love is all we need

Chorus:
Michael jackson
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Diana ross
Theres a choice were making
Were saving our own lives

Michael & diana ross
Its true well make a better day
Just you and me

Dionne warwick
Send them your heart
So theyll know that someone cares

Dionne warwick & willie nelson
And their lives will be stronger and free

Willie nelson
As God has shown us by turning stones to bread

Al jarreau
So we all must lend a helping hand

Chorus:
Bruce Springsteen
We are the world, we are the children

Kenny Loggins
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Steve Perry
Theres a choice were making
Were saving our own lives

Daryl Hall
Its true well make a better day
Just you and me

Michael jackson
When youre down and out, there seems no hope at all

Huey lewis
But if you just believe theres no way we can fall

Cindy lauper
Well, well, well, well let us realize that a change can only come

Kim carnes
When we stand together as one

Chorus:
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Theres a choice were making
Were saving our own lives
Its true well make a better day
Just you and me

We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Bob Dylan
Theres a choice were making
Were saving our own lives
Its true well make a better day
Just you and me

Chorus
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Theres a choice were making
Were saving our own lives

Bob Dylan
Its true well make a better day
Just you and me


Ray Charles
Alright let me hear ya

Chorus
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Ray Charles
Theres a choice were making
Were saving our own lives
Its true well make a brighter day
Just you and me

Stevie Wonder / Bruce Springsteen
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Stevie Wonder
Theres a choice were making
Were saving our own lives
Its true well make a better day
Just you and me

Stevie Wonder / Bruce Springsteen
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Bruce Springsteen
Theres a choice were making
Were saving our own lives
Its true well make a better day
Just you and me

Chorus
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Theres a choice were making
Were saving our own lives
Its true well make a better day
Just you and me

James Ingram
We are the world, we are the children
We are the ones who make a brighter day
So lets start giving

Ray Charles
Theres a choice were making
Were saving our own lives
Its true well make a better day
Just you and me

A 28 de Janeiro de 1898 - Nasceu Vasco Santana



Nasceu em Lisboa a 28 de Janeiro de 1898, cidade em que também faleceu no dia de Santo António de 1958, numa família de vida desafogada. Era filho de Henrique Santana, também homem do Teatro, autor e empresário, e de Maria Filomena Rodrigues; do sue casamento com Arminda Martins nasceu um outro Henrique Santana, igualmente festejado autor, encenador e actor.
Apesar de ter actuado em várias récitas de amadores, seguia os seus estudos na Escola de Belas Artes quando o destino o fez entrar de supetão na vida artística: pintaram-no, vestiram-no com o traje de "compère" e empurraram-no para o palco do Teatro Avenida para substituir um actor que adoecera (1917;revista O Beijo de Arnaldo Leite e Carvalho Barbosa).
Depois, foi um nunca acabar: em Lisboa e no Porto, em digressões pela Província e pelo Brasil, Vasco Santana distribuiu a rodos o talento o talento e a graça de que era dotado. Foi um actor multifacetado no Cinema, na Rádio e no Teatro, chegando neste último caso a enveredar pelo campo da escrita como tradutor e autor de comédias e como argumentista de filmes.

VASCO SANTANA NO PALCO E NA VIDA

Ao olhar o rotundo Vasco Santana, ninguém diria que estava frente a uma das figuras mais marcantes do espectáculo português nas décadas 20, 30, 40 e 50 do século XX. Bastava-lhe entrar no palco ou dar um ar da sua graça para de imediato a assistência rebentar em gargalhadas !
Da sua estreia em 1917 na revista O Beijo, até 1957 quando interpretou na revista Há Horas Felizes a figura de Churchil, o herói britânico da II Grande Guerra, há principalmente um mundo de figuras populares, de "compères" de linguagem oportuna, endiabrada, picante e crítica, que fazia vibrar a assistência, tal como acontecia com as figuras que interpretou em comédias, um género em que excedia todas as expectativas.
O mesmo aconteceu no cinema, mesmo quando não era o único herói da "fita". À vontade, voz inconfundível, caracterização perfeita em qualquer papel que interpretasse, criaram "bonecos" que para sempre ficaram no imaginário do espectador, num tempo que nos parece longínquo mas que afinal continua tão perto de nós.
Quem é que se não recorda das fanfarronices, "habilidades" e conchegos românticos do "Vasquinho" de O Pátio das Cantigas ? E o ensaiador de um grupo de amadores teatrais de O Pai Tirano ? E do colonialista de humor reaccionário de O Costa de África ?
Perguntar-se-á, porque continua Vasco Santana tão presente em nós ? Ora, está bem de ver que, quase 50 anos após a sua morte, o público reconhece-o, divertindo-se com os seus personagens filmes no sossego do serão familiar e/ou na passagem pelo pequeno écran. Por vezes, igualmente, ainda ouve pela Rádio os divertidos diálogos que Aníbal Nazaré e Nelson Barros escreveram para a "Lélé", a fresca e deliciosa voz de Irene Velez (1914-2004), para o "Zéquinha", o fabuloso Vasco Santana, para "aquela santa", Maria Matos (1890-1952), actriz que encheu e marcou os teatros por onde passou.
Vasco Santana foi muito querido pelo público. O seu talento e extraordinária comunicabilidade bastavam para lhe garantir os êxitos, permitindo que as peças e os filmes se mantivessem em cartaz durante meses a fio.







A 28 de Janeiro de 1916 - Nasceu Virgílio Ferreira







Desfile motorizado na Índia

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A 27 de Janeiro de 2000 - Morreu Matateu, de seu verdadeiro nome Sebastião Lucas da Fonseca



Matateu, de seu verdadeiro nome Sebastião Lucas da Fonseca, futebolista português, morreu no Canadá (Victoria) em 27 de Janeiro de 2000. Nascera em Lourenço Marques (actual Maputo) no dia 26 de Julho de 1927.
Matateu foi um jogador de topo, quer no CF Belenenses quer na Selecção Portuguesa de Futebol. Em questões de longevidade, pode ser considerado o Stanley Matthews português, pois jogou até aos 50 anos de idade.
Começou a sua carreira em Moçambique, onde jogou em equipas locais, como o 1º de Maio e o Manjacaze FC. Foi descoberto por um antigo jogador do Belenenses e trazido para Lisboa em 1951, depois de assinar um contrato.
Jogou pelo Belenenses até à época 1963/64, sendo por duas vezes considerado o melhor jogador a actuar em Portugal.
Matateu foi um dos melhores pontas-de-lança portugueses de sempre. Apesar da época em que jogou, alcançou largo reconhecimento internacional, tendo a sua morte sido noticiada pela CNN. Foi várias vezes aclamado e levado em ombros no final de jogos internacionais, tanto pelo seu clube, como pela selecção nacional. Apesar das inúmeras lesões sofridas, de só ter chegado à Europa com 24 anos e de ter vivido num tempo em que havia muito menos jogos, representou Portugal 27 vezes, apontando 13 golos.
O seu último jogo por Portugal foi no Euro 1960, nos quartos de final, com a Jugoslávia. Deixou o Belenenses numa altura menos feliz da sua carreira (lesões diversas e conflitos com o treinador), assinando pelo Atlético CP(então na 2ª Divisão) em Dezembro de 1964. Foi em grande parte graças a ele que, na época seguinte, o Atlético regressou à 1ª Divisão. Em 1967/68 passou a representar o GD Gouveia e em 1968/69 o Amora FC, quando já tinha 41 anos. Em 1969/70, jogou ainda no GD de Chaves.
Com o Amora, foi Campeão Distrital e ajudou a equipa a chegar a 3ª Divisão. Na época 1970/71, emigrou para o Canada, onde jogou até 1977, ano em que completou 50 anos.
Em 1955, quando o Belenenses jogou em Paris para a Taça Latina, com o Real Madrid, a sua exibição foi brilhante, ofuscando por completo o famoso Di Stefano. Após um jogo com a Inglaterra, os jornais britânicos, rendidos, afirmaram unanimemente que não havia na Inglaterra e talvez na Europa um jogador com a sua classe.
Foi o melhor marcador do Campeonato Português por duas vezes (1952/53 e 1954/55). Faltou-lhe a conquista de um Campeonato Nacional, o que esteve quase a acontecer em 1955, tendo o Belenenses perdido o jogo derradeiro e decisivo com o Sporting CP a 4 minutos do fim. Nesse desafio, Matateu apontou 4 golos, mas o árbitro só validou dois.
As suas maiores conquistas foram a Taça de Portugal de 1960 e as Taças de Honra de 1959 e 1960. Nesta última, Matateu e Yaúca desbarataram completamente a defesa do SL Benfica (que 8 meses depois se sagraria Campeão Europeu), infligindo aos encarnados uma pesada derrota por 5-0. Matateu era irmão de outro jogador do Belenenses, o defesa Vicente Lucas.
Após o seu falecimento, os restos mortais foram transladados para o Cemitério da Ajuda, em Lisboa, onde o Belenenses fez erigir um jazigo em sua homenagem e memória.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Praia da Amorosa - Viana do Castelo





Vistas da cidade da Guarda - Portugal



A Guarda é uma cidade com 712,11 km² de área. É a capital do Distrito da Guarda que tem uma população residente de 173 831 habitantes. Situada no último contraforte Nordeste da Serra da Estrela, a 1056 metros de altitude, sendo a cidade mais alta de Portugal. Situa-se na região centro de Portugal.
A explicação mais conhecida do significado dos 5Fs é:
1- Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;
2- Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;
3- Fria: a proximidade à Serra da Estrela explica este F;
4- Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda Fôlego para combater na batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385 onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;
5- Formosa: pela sua natural beleza.


Cavaco despede-se dos Portugueses!...



Fazendo um resumo dos últimos 10 anos da presidência.


A 26 de Janeiro de 2016 - Morreu o actor José Boavida



José António de Almeida Martins Boavida, nasceu em Castelo Branco, a  23 de Agosto de 1964.
A 7 de janeiro de 2016 José Boavida perdeu os sentidos na rua, ficando internado em coma induzido e tendo um prognóstico reservado. Terá sofrido uma paragem cardiorrespiratória.
Faleceu a 26 Janeiro de 2016

A 26 de Janeiro 1823 - Morreu Edward Jenner

A 26 de Janeiro de 1935 - Nasceu Paula Rego



Maria Paula Figueiroa Rego, artista plástica portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 26 de Janeiro de 1935. Iniciou os seus estudos no Colégio Integrado Monte Maior, em Loures, continuando-os depois na St. Julian's School, em Carcavelos, onde os professores cedo lhe reconheceram talento para a pintura.
Incentivada pelo pai a prosseguir o seu desenvolvimento artístico fora do paíssalazarista dos anos 1950, partiu para Londres, onde estudou na Slade School of Fine Art, até 1956. Em Londres, conheceu o pintor Victor Willing, com quem se casou em 1959.
Ao longo da década de 1960, a viver na Ericeira, participou em exposições colectivas em Inglaterra e, em 1966, entusiasmou a crítica ao expor individualmente, pela primeira vez, na Galeria de Arte Moderna da Escola de Belas-Artes de Lisboa.
No princípio dos anos 1970, com a falência da empresa familiar, vendeu a quinta da Ericeira e radicou-se em Londres. Tornou-se bolseira daFundação Gulbenkian, em 1975, para fazer pesquisas sobre contos infantis. Figurou – com onze obras – na exposição Arte Portuguesa desde 1910(1978), com realce para colagens. Voltou à pintura, mais livre e mais directa, retratando o mundo intimista e infantil, inspirada em dados reais ou imaginários. A obra literária de George Orwell inspirou-a para fazer o painel “Muro dos Proles”, com mais de seis metros de comprimento (1984).
Fez uma viragem radical na sua obra com a série da “menina e o cão”, onde a figura feminina assumiu claramente a liderança na acção, enquanto o cão era mimado e acarinhado. A menina fazia de mãe, de amiga, de enfermeira e de amante, num jogo de sedução e de dominação que continuou em obras posteriores. Tecnicamente, as figuras ganharam volume e o espaço ganhou solidez e autonomia.
Em 1987, Paula Rego assinou – com a galeria Marlborough Fine Art – o passo que lhe faltava para a divulgação internacional da sua obra. A morte do marido, também ocorrida nesse ano, foi assinalada em obras como “O Cadete e a Irmã”, “A Partida”, “A Família” e “A Dança”, de 1988. A convite da National Gallery, em 1990, ocupou um atelier no museu, onde pintou várias obras. Desse período, destaca-se “Tempo – Passado e Presente” (1990/91).
Em 2006, respondeu afirmativamente ao convite que lhe foi dirigido pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, para expor em permanência a sua obra no concelho onde viveu grande parte da infância. Paula Rego indicou o nome do arquitecto Eduardo Souto Moura para desenvolver o projecto e escolheu um dos terrenos que lhe foi apresentado, ao lado doMuseu do Mar, como lugar do futuro museu. Foi inaugurada, em Setembro de 2009, a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, que nasceu com o intuito de acolher e promover a divulgação e estudo da sua obra. A entidade responsável é a Fundação Paula Rego.
A par de Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego é a pintora portuguesa mais aclamada a nível internacional, estando colocada entre os quatro maiores pintores vivos em Inglaterra.
Em Julho de 2012, apresentou uma série de pinturas novas, numa exposição em parceria com a artista Adriana Molder, inspirada na narrativa histórica de Alexandre Herculano e intitulada “A Dama Pé-de-Cabra”, com inauguração em 7 de Julho na Casa das Histórias em Cascais. Em Agostode 2012, foi anunciada a vontade do Governo em encerrar a Fundação com o seu nome, com a oposição, entre outros, da Câmara Municipal de Cascais.
O quadro “Looking Back”, pintado em 1987, foi vendido por 861 960 euros em Junho de 2011, constituindo um recorde para a artista. Quatro anos depois, “The Cadet and his Sister”, de 1988, foi arrematado num leilão daSotheby's por 1 614 795 euros, um novo recorde para Paula Rego.
Das distinções que recebeu, salienta-se o Prémio Celpa/Vieira da Silva de Consagração e o Grande Prémio Soquil. Em Junho de 2010, foi condecorada pela rainha Isabel II de Inglaterra com o oficialato da Ordem do Império Britânico, pela sua contribuição para as Artes. Em Junho de 1995, foi feita Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Em Outubro de 2004, foi elevada a Grã-Cruz da mesma Ordem. Em Fevereiro de 2011, recebeu o doutoramento Honoris Causa da Universidade de Lisboa.