E como o Carnaval está próximo, nada melhor que recordar.
Irei falar de tudo e do nada. Histórias e estórias. Coisas pensantes e desconcertantes. Fundado a 30 de Novembro de 2009 numa 2ª Feira
Previsão do Tempo
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Thomas Edison, nasceu a 11 de fevereiro de 1847
Thomas Edison
Dá-se bem na empreitada e, no início da Guerra Civil Americana, em 1861, consegue montar um pequeno jornal, o The Weekly Herald, que ele mesmo redige, imprime e vende. No ano seguinte emprega-se como operador em companhias telegráficas, função que exerce até 1868. Abre uma fábrica de impressoras telegráficas, em 1879, e seus produtos ficam conhecidos como The Edison Universal Stock Printer.
Em 1876 cria um laboratório de pesquisas industriais, que chama de "fábrica de invenções", no qual emprega dezenas de cientistas e pesquisadores. Até 1928 o laboratório registra mais de mil invenções, como o fonógrafo (1877), a lâmpada elétrica (1878) e o cinescópio (1891). Morre em Nova Jersey.
Pequena história de Thomas Edison no programa Acredite Se Quiser
Joseph Mankiewicz, nasceu a 11 de fevereiro de 1909
Obteve interpretações de primeira dos atores e seu talento ficou claro em "Quem é o Infiel" (49) e "A Malvada" (50), ambos vencedores dos Oscars de melhor roteiro e direção. seu campo de atuação, entretanto, era eclético. "Cinco dedos" (52) tratava de espionagem em um estilo quase de documentário. "Júlio César" (53) era baseado em Shakeaspeare e "Eles e Elas" (55) foi seu único, porém grandioso, musical. Seus fracassos incluem "A Condessa Descalça" (54) e "De Repente, no Último Verão" (59), que nem ele, nem Katherine Hepburn e Elizabeth Taylor conseguiram salvar do nervoso roteiro de Tennessee Williams.
Mary Quant, nasceu a 11 de fevereiro de 1934
Mary Quant, estilista inglesa, começou sua carreira abrindo uma pequena boutique em Londres no ano de 1955, chamada Bazaar.
Como não encontrava o tipo de vestuário que pretendia vender, ela começou a criar as suas próprias peças.
Nos anos 60 a loja converteu-se num império internacional para o qual Mary Quant criou roupas, acessórios e produtos de cosméticos, tudo jovem e pouco complicado.
A mini-saia que Mary Quant apresentara em meados dos anos 60, teve um êxito estrondoso.
Inglesa, nascida em 1934, foi principalmente lembrada por trazer a minissaia, cabelos geométricos e colants de todas as cores e padrões, ficando conhecida como a rainha da moda da "swinging London". Começou sua história na criação em 1955 com uma pequena loja na King’s Road, uma das principais ruas da época que também foi associada depois com o movimento punk. Antes havia estudado Belas-Artes no Goldsmith’s College e trabalhado como assistente de uma casa de chapéus. Dali, ela saiu para abrir, em sociedade com Alexander Plunket Greene, com quem se casaria, e com Archie McNair, sua primeira loja, chamada Bazaar.
Sua moda barata e jovem foi inicialmente um grande sucesso quando decidiu criar as peças que vendia. Sua sensibilidade logo descobriu que o mundo vivia uma época muito especial, de contestação dos valores até então estabelecidos, e isso valia também para a moda. Os jovens, que começavam a engajar-se no movimento hippie, queriam roupas diferentes, provocantes, abusadas. Estava em marcha uma mudança completa e complexa nos domínios sexualidade, com o surgimento da pílula anticoncepcional, que alterava radicalmente a relação entre homens e mulheres.
Mary Quant somou todos esses ingredientes e colocou nas vitrines de sua loja roupas com um estilo novo, alegre, descontraído, no qual a palavra de ordem era a liberdade. O sucesso foi arrasador, fosse o que fosse que vendesse - e ela vendeu de tudo, de roupas íntimas a trajes de banho, de vestidos a meias.
Os vestidos eram simples e podiam ser usados a qualquer hora, de dia ou de noite. No início eles tapavam o joelho, mas em 1960 as bainhas subiram e deram origem a mini-saia. Nos anos 60, a loja converteu-se num império internacional, para o qual Mary Quant criou moda, acessórios e produtos de cósmética, tudo jovem e pouco complicado. Ela também ficou conhecida por ser a primeira a usar o material PVC em casacos e botas, a criar carteiras com correias compridas, tornando sua aparência própria para jovens.
Também foi a primeira a lançar tops de crochê, outra epidemia que correu o mundo. Colocou em evidência roupas de malha canelada, aderentes ao corpo, e os cintos largos jogados sobre os quadris. Acabou com a distinção entre moda por faixas etárias, e rompeu a barreira entre as roupas formais e informais.
Em 1966 foi declarada a mulher do ano e condecorada com a ordem mais elevada, mas no final dos anos 70 já estava quase esquecida. Ela então vende o seu negócio, ocupa-se apenas da cosmética e passa a criar para outras empresas. Ainda hoje, Mary Quant vive da fama do passado, e especialmente no Japão, a sua etiqueta ainda continua a registrar um grande número de vendas.
Com um corte de cabelo em cincos pontos exatos, Mary Quant provocou uma onda de imitações apenas comparável à que Coco Chanel suscitara com a sua moda vanguardista. Todas as mulheres progressistas queriam provar sua independência, ao cortarem os cabelos. Mary Quant e seu cabeleireiro, Vidal Sasoon, desejavam conferir precisão ao penteado cogumelo dos beatles.
A partir do meio da cabeça, os cabelos caiam até cinco pontos, ficando de tal maneira perfeitos que pareciam um capacete futurista. Esta acentuação de uma cabeça redonda tornava o pescoço e o corpo ainda mais delicados e frágeis; e os olhos aumentados graças à maquilagem, criando um aspecto quase infantil.
O ideal da década não acentuava atributos femininos, mas projetava uma ninfa magra e atrevida em fase de experimentação da sua sexualidade. Corpetes, ligas e estiletes foram substituídos por sutiãs, colants e botas sem salto. E a maquiagem passou a ser muito importante. A cor nos lábios era proibida, colocando-se apenas um brilho. Já nos olhos, as mulheres utilizavam toda cor que fosse necessária, para que o efeito final fosse o de uma criança que tinha exagerado ao se pintar. Eram utilizadas sombras de várias cores, traços escuros nas pálpebras superior e inferior, várias camadas de rímel e cílios postiços.
As flores, grafismo do logo da estilista, eram um símbolo da juventude e da naturalidade, mesmo que fossem de plástico como a da Mary Quant, a margarida que era usada como adorno. O plástico usado nos acessórios e no vestuário estava de acordo com a crença otimista no futuro e com a euforia das viagens espaciais.
Seu nome é hoje totalmente associado à minissaia, mas há quem diga que a criação da peça seria de André Courrèges. Não se sabe ao certo, mas foi ele que primeiro a combinou com botas e a introduziu na alta-costura. Ele inovou e deu mais liberdade a mulher incentivando o uso de botas de salto baixo. Só assim as mulheres permaneceriam em contato com a terra e a realidade.
A moda de Mary Quant serviu também, com sua simplicidade às jovens estudantes que não queriam mais se parecer com suas mães. A encarnação deste novo ideal era a Twiggy, a inglesa de dezesseis anos, que embora pesasse apenas cerca de quarenta e cinco fez muito sucesso, sendo a primeira modelo a se tornar um ídolo das massas.
Mary Quant foi importante na construção da história da moda inglesa. Quando a jovem estilista começou a buscar inspiração na rua, a moda da cidade adquiriu um cunho inconfundível. Em entrevista a France Presse em 2004, ela afirma que o desejo pelo individualismo ficou hoje ainda mais forte e que não se quer mais regras para a moda, apenas peças e idéias que possam ser usadas e combinadas de um jeito próprio no nosso dia-a-dia, enquanto indivíduos.
Mary Quant tem hoje 78 anos. Ainda exibe um corte Vidal Sassoon, reminiscente da Londres dos anos 60, e continua chique e nada conformista. Uma de suas frases mais conhecidas é "o bom gosto é a morte, a vulgaridade é a vida". Ela também costumava dizer que a moda deveria refletir o que estava no ar.
Simone de Macedo e Oliveira, nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1938
Nasceu no dia 11 de Fevereiro de 1938, em Lisboa às 00h30.
Aos 8 meses, foi viver para uma quinta nos Olivais onde o pai era gerente de uma fábrica. Ali viveu até aos 10 anos. A cantora define-se, enquanto criança, como uma menina «pacífica, bonacheirona e gordinha, a quem não faltavam sequer caracóis. A minha mãe chamava-me "pé-põe", de tão pachorrenta que eu era. Tinha de facto uma brandura que pouco tem a ver com a genica de hoje e que, só mais tarde quando foi preciso, se revelou...»
Aos 19 anos casa-se porque achava que era isso que queria. Enganou-se e passados apenas dois meses, estava de volta a casa dos pais. Entrou em depressão e o médico deu-lhe como cura terapia ocupacional.
Foi-se inscrever no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional. Depois de a ouvir cantar, Motta Pereira perguntou-lhe “Mas onde é que você estava?”. Finalmente, Simone tinha descoberto o seu caminho.
Depois, venceu o I Festival da Canção Portuguesa em 1958 quando este ainda era apenas passado na rádio. Tinha nascido uma nova estrela do nacional-cançonetismo, estrela essa que deixava adivinhar em cada nota da sua voz, a força com que cantava.
Fez teatro. Estreou-se em 1962 no Avenida. E depois, o Parque Mayer. Noitadas com os colegas a ensaiar aquela cantiga ou a decorar aquele texto.
Mais tarde os Festivais da Canção transmitidos pela RTP. Em 1965, cantou o "Sol de Inverno", dos autores Nóbrega e Sousa e Jerónimo Bragança, que a levou a Nápoles.
Já os seus filhos tinham nascido, a Maria Eduarda e o António Pedro, e Simone continuava a fazer o que queria e a dizer o que lhe apetecia.
1969 é o ano da "Desfolhada”. Canção que lhe foi parar às mãos por uma desistência de uma colega, Elisa Lisboa. Entrou em palco, mal vestida, mal penteada e com o poema mal decorado. Olhou e viu quem não queria ver no meio do público. “Felizmente que aquilo me deu para canalizar a raiva para a canção.” Ninguém ficou indiferente à raiva com que o “Quem faz um filho/ Fá-lo por gosto” foi cantado, poema de Ary dos Santos e música de Nuno Nazareth Fernandes.
Poucos meses depois, perde a voz. O médico diz-lhe que não pode voltar a cantar e Simone, com dois filhos para criar, arregaça as mangas e atira-se ao jornalismo.
Em 1973, eis que a estrela volta a brilhar. Carlos do Carmo convida Simone para cantar num espectáculo e afinal, a estrela podia voltar a cantar!
Desde aí, nunca mais parou. Revistas em tourneé pelo país, a gerência de um restaurante, as cantigas.
No ano de 1984, Simone gravou o seu único disco de fados «Simone Mulher, Guitarra». Foi reeditado em 2003 em CD e tem na produção Carlos do Carmo e na escolha dos poemas Ary dos Santos. Com cinco poemas de Ary e outros cinco de Luiz de Camões, Fernando Pessoa, Cecília Meireles, Florbela Espanca e Miguel Torga, Simone dá voz ao fado neste seu disco.
Em 1988, estava em cena com a Revista “Canção Popular – Cheira a Lisboa”. A vida estava prestes a pregar-lhe outra partida.
A Revista foi em tourneé para o Porto e foi aí, no camarim nº5 do Teatro Sá da Bandeira, que Simone descobriu o inevitável. Tinha cancro de mama.
Mas ainda não foi dessa que a árvore se desfolhou. Foi operada, curou-se e continuou a sua carreira.
Apresentou o Piano Bar na RTP e fez inúmeras peças de teatro e musicais entre elas o papel de Genoveva na "Tragédia da Rua das Flores", "Passa Por mim no Rossio", "Maldita Cocaína", "Marlene" e, recentemente, "Conversas de Camarim".
Fez telenovelas como "Roseira Brava", "Vidas de Sal", "Filhos do Vento", "Senhora das Águas", "Morangos com Açúcar", "Tu e Eu" e, actualmente, o remake de "Vila Faia".
Cantou poetas como Eugénio de Andrade ("Adeus (palavras gastas)"), David Mourão-Ferreira ("Começar de Novo"), Luiz de Camões ("Alma Minha Gentil"), Vasco Lima Couto ("A Rosa e a Noite"), entre muitos outros. Simone diz ter sido com a ajuda do seu marido, Varela Silva que tanto confraternizava com poetas, que se entregou à poesia nas cantigas e não só.
No cinema estreou-se em 1964 com "Canção da Saudade". Ainda participou nos filmes "Operação Dinamite", "Cântico Final" e "A Estrangeira".
Foi escolhida por Amália Rodrigues para representar Portugal no Festival da Canção do Rio de Janeiro com "Começar de Novo" de David Mourão-Ferreira. Foi também escolhida por Amália para actuar junto dela no Olimpya de Paris em 1967.
11 DE FEVEREIRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
DESCRIÇÃO O dia da libertação de Nelson Mandela. Mubarak deixa o poder no Egito durante a Primavera Árabe. Os Beatles gravaram o primeiro álbum. Nasceram Thomas Edison, Mary Quant, Simone de Oliveira e Joseph Mankiewicz. Morreu Sylvia Plath. Cher gravou o tema Bang Bang.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Para apreciadores !
TESOURO MAJESTOSO, GUARDEM POIS DISTO NÃO APARECE TODOS OS DIAS.
TESOURO MAJESTOSO, GUARDEM POIS DISTO NÃO APARECE TODOS OS DIAS.
Todas as canções de Amália (são só 284 ... !!!)
UMA RELÍQUIA (com som)
Em homenagem à Amália Rodrigues 10 anos após o seu falecimento com
todosOS poemas cantados pela Diva do Fado.
É só escolher e
clicar.Linkhttp://letras.terra.com.br/amalia-rodrigues/<http://letras.terra.com.br/amalia-rodrigues/>
--
João J. C.Couto
Leontyne Price nasceu a 10 de fevereiro de1927
Leontyne Price, nascida em 1927, no sul pobre e segregado dos Estados Unidos, haveria de tornar-se a primeira cantora lírica afro-americana a ser cabeça de cartaz de múltiplas produções do Metropolitan de Nova Ioque, e a receber os mesmos honorários que as outras divas da época (Callas, Sutherland, Tebaldi).Notabilizou-se pelas suas interpretações vibrantes de Verdi, Puccini e Mozart, mas também pelas suas interpretações de um repertório contemporâneo, no qual se destaca a sua Cleópatra, de Anthony and Cleopatra, de Samuel Barber, papel para o qual foi escolhida pelo próprio compositor.
Price retirou-se em 1985, mas participou ainda durante vários anos em múltiplas récitas e a sua última actuação em público foi em 2001, quando aceitou participar num concerto em Carnegie Hall em que se homenageavam as vítimas do 11 de Setembro.
No início da sua carreira, Leontyne Price foi escolhida para interpretar a Bess de Porgy and Bess, de George Gershwin, no regresso desta ópera à cena. Estreada em 1935, Porgy and Bess incorpora os ritmos doblues e do jazz, e teve a audácia de estrear com um elenco inteiramente composto por cantores negros.
O regresso de Porgy and Bessaos palcos na década de 1950 foi um sucesso e a ópera foi levada a vários palcos europeus, com destaque para a estreia em Moscovo, em 1955, naquela que foi a primeira actuação de uma companhia americana na Rússia comunista. A comitiva que acompanhava os artistas americanos incluía o escritor Truman Capote, que conta a história em The Muses Are Heard.
Summertime é, sem dúvida, o trecho mais famoso da ópera, tornou-se um clássico do cancioneiro americano e é uma das canções que mais versões conheceram em todo o mundo e em distintos idiomas.
Bertolt Brecht nasceu a 10 de fevereiro de 1898
Bertolt Brecht (Augsburg, 10 de Fevereiro de 1898 — Berlim, 14 de Agosto de 1956) foi um influente dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.
Nascido Eugen Berthold Friedrich Brecht na Baviera, Brecht estudou Medicina e trabalhou como enfermeiro num hospital em Munique durante a Primeira Guerra Mundial. Filho da burguesia, sofreu, como todos em seu país, a sensação de desolamento de encarar um país completamente destruído pela guerra.
Depois da guerra mudou-se para Berlim, onde o influente crítico, Herbert Ihering, chamou-lhe a atenção para a apetência do público pelo teatro moderno. Já em Munique, as suas primeiras peças (Baal (1918/1926) "Tambores na Noite" Trommeln in der Nacht(1918-1920) ) foram levadas ao palco e Brecht conheceu Erich Engel com quem veio a trabalhar até ao fim da sua vida. Em Berlim, a peça Im Dickicht der Städte, protagonizado por Fritz Kortner e dirigido por Engel, tornou-se no seu primeiro sucesso.
O totalitarismo afirmava-se como a força renovadora que não só iria reerguer o país, como se outorgava a missão de reviver o Sacro Império Romano-Germânico. Mas, ao mesmo tempo, chegavam à Alemanha influências da recém formada União Soviética, com sua bem-sucedida implantação de um regime socialista, o que significava esperança para um povo sofrido como o da Alemanha naquele período. É a este último grupo que Brecht vai se unir, na ânsia de debelar o seu desespero existencial. No entanto, depois de Hitler eleito em 1933 Brecht não estava totalmente seguro na Alemanha Nazista, exilando-se na Áustria, Suíça, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Inglaterra, Rússia e finalmente nos Estados Unidos. Recebeu o Prêmio Lênin da Paz em 1954.
As suas principais influências foram Constantin Stanislavski, Vsevolod Emilevitch Meyerhold e Erwin Piscator. Stanislavski é o primeiro revolucionário, e suas teorias servem de base para o trabalho de Meyerhold e seu "método biomecânico" cuja principal intenção é fazer com que o ator exprima as nuanças psicológicas de seu personagem através de uma "máscara pantomímica".
Ele já desenvolve a técnica de comentar o texto através do gesto, inspiração asiática evidente no teatro de Brecht. A contribuição de Piscator é a noção de um teatro propagandístico e educativo. É ele quem abre caminho para o verdadeiro teatro épico teorizado e executado por Brecht. Também foram influências significativas os seus estudos sobre Sociologia e o marxismo.
Podem ser identificadas duas motivações principais para o Teatro Épico de Brecht:
•a concepção marxista do Homem, um ser que deve ser entendido observando-se o conjunto de todas as relações sociais de que participa. Para Brecht, a forma épica é a única capaz de apresentar as determinantes sociais das relações inter-humanas.
•o seu intuito didático, a necessidade de um "palco científico" capaz de desmistificar as relações da sociedade, esclarecendo o público e suscitando a ação transformadora.
Algumas de suas principais obras são:
"Um Homem É um Homem", em que cresce a idéia do homem como um ser transformável,
"Mãe Coragem e Seus Filhos", sobre a Guerra dos Trinta Anos, escrita no exílio no começo da Segunda Guerra Mundial, e
"A Vida de Galileu", drama biográfico com o qual Brecht encontra definitivamente o caminho do teatro dialético. Afirma Bernard Dort a respeito deste último:
"... Galileu foi escrita, pelo menos originalmente, para servir de exemplo e de conselho aos sábios alemães tentados a abdicar seu saber nas mãos dos chefes nazistas. "
Além dessas, escreveu "Seu Puntila e seu Criado Matti", "A Irresistível Ascenção de Arturo Ui", "O Círculo de Giz Caucasiano" e "A Boa Alma de Setzuan".
Brecht deixou marcas em Berlim:
Um trajeto por Berlim resgata os passos do dramaturgo Bertolt Brecht pela metrópole da República de Weimar e capital da Alemanha Oriental.
Berlim é uma cidade por onde já passaram incontáveis artistas e intelectuais. Mas talvez nenhum outro escritor moderno tenha deixado pistas tão nítidas na cidade como o dramaturgo Bertolt Brecht, autor da Ópera dos Três Vinténs e mentor do chamado Teatro Épico.
Berlim foi a cidade em que o jovem autor nascido em Augsburg conseguiu chamar a atenção dos intelectuais e do público para sua obra. Em 1924, Brecht mudou de sua cidade bávara para Berlim, onde trabalhou com o escritor Carl Zuckmayer no Deutsches Theater.
A efervescência cultural da República de Weimar teve fim com a ascensão do nazismo. No início de 1933, uma apresentação da peça A Medida, de Brecht, foi interrompida por policiais. Um dia antes do atentado incendiário contra o Reichstag (Platz der Republik 1), em fevereiro do mesmo ano, Brecht partiu com seus filhos e sua terceira mulher, a atriz vienense Helene Weigel, para o exílio dinamarquês. No mesmo ano, as obras de Brecht foram lançadas ao fogo durante a queima de livros organizada pelos nazistas na Opernplatz, atual Bebelplatz.
Após os nazistas invadirem a Dinamarca, Brecht emigrou para os Estados Unidos, onde permaneceu até 1948. Após uma permanência na Suíça, o dramaturgo retornou à Alemanha Oriental em 1949, com passaporte tcheco, já que sua cidadania tinha sido cassada pelos nazistas em 1935.
Ao retornar a Berlim, Brecht residiu com Helene Weigel numa casa na Chausseestrasse 125, em Mitte. Desde 1989, este endereço abriga a Casa Brecht, onde se pode visitar a última residência do casal, o arquivo Berthold Brecht e o restaurante com receitas da austríaca Helene Weigel.
De volta à Alemanha, Brecht e Weigel criaram sua própria companhia, o Berliner Ensemble, que inicialmente funcionou no Deutsches Theater, instalando-se posteriormente no Theater am Schiffbauerdamm, onde a Ópera dos Três Vinténs havia estreado em 1928. Em 1954, esta se tornou a sede definitiva do Berliner Ensemble.
A Akademie der Künste (Academia das Artes) da Alemanha Oriental (Pariser Platz 4), da qual Brecht era membro, foi reinaugurada em maio de 2005, nas imediações do Portão de Brandemburgo. O edifício foi projetado por Behnisch & Partner com Werner Durth e funciona hoje como espaço de exposições.
Bertolt Brecht faleceu no hospital Charité (o único arranha-céu nas imediações do Berliner Ensemble), em agosto de 1956, em decorrência de um infarto. Ele está enterrado ao lado de Helene Weigel no Dorotheenstädtischer Friedhof ao lado da Casa Brecht.
Boris Leonidovitch Pasternak nasceu a 10 de fevereiro de 1890
Boris Leonidovitch Pasternak
Romancista e poeta russo (10/2/1890-30/5/1960). Mundialmente famoso pelo romance Doutor Jivago, em 1958, é agraciado com o Prémio Nobel de Literatura, mas as autoridades de seu país o impedem de recebê-lo.Boris Leonidovitch Pasternak nasce em Moscou, numa família judia. Frequenta cursos de filosofia na Universidade de Moscou e na Universidade de Marburg, na Alemanha. Em 1913 lança o primeiro livro de poesia. Com Sestra Moya Zhizn (Minha Irmã, a Vida, de 1922), alcança o reconhecimento. Impedido de publicar durante o governo de Josef Stálin, traduz textos de Shakespeare e Goethe.
Em 1956 tem o romance Doutor Jivago, que conta a desilusão de um homem com o regime soviético, recusado pelos editores de Moscou. Uma editora italiana compra os direitos autorais, recusa-se a devolver os manuscritos e publica a obra em 1957.
No ano seguinte, está traduzida para 18 línguas. Banido da União dos Escritores Soviéticos, Pasternak é obrigado a recusar o Prêmio Nobel de Literatura em 1958. O cineasta David Lean leva Doutor Jivago à tela (1965). É reintegrado postumamente à União dos Escritores Soviéticos em 1987, o que possibilita o lançamento de Doutor Jivago no país.
10 DE FEVEREIRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
DESCRIÇÃO Deep Blue, um supercomputador, venceu pela primeira vez, o campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov. Foi enviado o primeiro telegrama cantado. Assinou-se o Tratado de Paris. O príncipe D. João subiu ao trono. Nasceram Boris Pasternak, Bertold Brecht, Leontyne Price e Thomas Bernhard. Glenn Miller com Chattanooga Choo Choo recebe o primeiro disco de ouro.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Sophie Feodorovna Rostopchine, a Condessa de Ségur, morreu a 9 de fevereiro de 1874
CARMEN MIRANDA, nasceu a 9 de Fevereiro de 1909
9 DE FEVEREIRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
DESCRIÇÃO The Ed Sullivan Show recebeu pela primeira vez na televisão os Beatles. William George Morgan inventou o voleibol. Joseph McCarthy anunciou uma lista de 205 comunistas infiltrados no governo americano. Nasceu Carmen Miranda. Morreu Sophie Rostopchine. Peter Gabriel lançou «Games Without Frontiers».
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Júlio Verne nasceu no dia de 8 de janeiro de 1828
Júlio Verne nasceu na cidade de Nantes (região francesa da Bretanha) no dia de 8 de janeiro de 1828. Ele e o seu irmão Paul (um ano mais novo) gostavam de brincar nas margens do rio Loire e conversar com os marinheiros. Júlio era apaixonado pelas histórias de países distantes, a tal ponto que, quando tinha 11 anos, resolveu fugir de casa. Pierre Verne, seu pai, conseguiu apanha-lo no porto de Poimboeuf, na primeira escala do navio. O pai queria que seus filhos seguissem a sua carreira de advogado e não marujo, como sonhava Júlio. Resultado: Júlio levou uma inesquecível surra de chicote.
O seu irmão tornou-se marinheiro e Júlio, que tinha a paixão pelos rios e pelas máquinas acabou a frequentar a faculdade de Direito e, aos 20 anos, foi para Paris para agradar o seu pai.
Em 1852, foi trabalhar como secretário do Teatro Lírico, e aí ficou por 2 anos. Nesse período, conheceu Honorine-Ane de Vianne, que era viúva e tinha duas filhas. Namoraram e, por fim, casaram-se em 1857. Ela não se interessava pelas mesmas coisas que ele, gostava mesmo era de participar de grandes recepções e vestir-se bem. Logo após o casamento, arranjou um emprego para trabalhar como corretor da bolsa de valores. No entanto, não esquecia a ideia de escrever romances que difundissem o conhecimento da tecnologia e do mundo.
Conheceu o fotógrafo Félix Nadar, apaixonado pelo balonismo, como toda Paris. Nadar era conhecido pelas suas aventuras com balões até que resolveu fazer um passeio com a mulher e mais 9 passageiros num enorme balão durante 16 horas, no qual um acidente com o pouso o fez quebrar as duas pernas. Mas esse facto não fez diminuir em Verne o desejo de escrever sobre máquinas, invenções e viagens pelo mundo. Pelo contrário, a partir daí passou a estudar muito as revistas científicas e livros que falassem dessas invenções.
Nadar marca um encontro entre Jules Helzel (editor) e Júlio Verne. Verne mostra-lhe os primeiros escritos sobre aventuras a bordo de balões. Mas Hetzel, depois de lê-los, mandou Verne voltar para casa e reescrevê-los, desta vez com aventura e emoção. Júlio reescreveu em duas semanas. O editor adorou porque continha sonhos e aventura, classificando como uma leitura prazerosa.
O livro foi chamado de "Cinco semanas num balão" e foi um verdadeiro sucesso. Assinou um contrato no qual teria que escrever dois livros por ano, pelos próximos vinte anos e depois prorrogado por toda a produção futura. Verne cumpriu o contrato durante 40 anos.
Passado algum tempo, Hetzel acompanhava frase a frase a obra de Verne. Ele, que era um viajante inveterado, fazia anotações durante as viagens que serviriam de base para os livros de Verne. Eram admiradores do meio de transporte mais revolucionário da época: o comboio.
Ler Verne significava sair em viagem e aventurar-se; para muitos, a única oportunidade. Ele descrevia minuciosamente os cenários, transportando o leitor dos pólos para o centro da terra. Descrição tão perfeita que o livro "Vinte mil léguas submarinas" serviu de inspiração para o oceanógrafo Jacques Costeau, que considera Verne a pessoas que o inspirou a explorar os mares.
Verne foi assediado a tal ponto que se mudou para uma mansão em Amiens (norte de Paris) para ter sossego e poder escrever. Escrevia também a bordo de seu barco, o Saint-Michel.
Tinha o costume de escrever dois, as vezes até três livros ao mesmo tempo. Escrevia sempre na página da direita, deixava a esquerda para corrigir o texto e raramente mudava a versão original, o que prova que ele era um redator fluente.
Os seus livros obedeciam a regras específicas, não ferindo de forma alguma a cultura católica da época. Eram considerados os melhores presentes de Natal.
Enquanto escrevia a série "A volta ao mundo em 80 dias", surgiu uma febre na população em comprá-los a tal ponto que as companhias de navegação ofereceram fortunas para que os personagens dos livros fizessem a última etapa num de seus navios.
Caiu em depressão na viragem do século, perdeu as coisas que mais amava: seu irmão, seu amigo e editor Hetzel e seus passeios de barco (pois não se equilibrava mais no convés).
Passou a ser severo com o filho e mandou-o para o reformatório. Mas, pelo contrário, foi muito carinhoso com um colega de ginásio de seu filho, Aristide Breand. Inclusive chegou a incluí-lo chamando-o de Briant como personagem principal do livro "Dois anos de férias", de 1888.
Júlio não deixou de escrever. Segundo sua própria declaração, queria chegar a sua centésima obra.
Em 1905, publica um livro sobre a ligação por um canal do deserto do Sahara ao mar Mediterrâneo, para transformar o deserto num lago.
Na noite de 24 de março de 1905 pediu o livro "Vinte mil léguas submarinas", perguntou pela mulher e os filhos, fechou os olhos e faleceu.
8 DE FEVEREIRO - AS HISTÓRIAS DESTE DIA
DESCRIÇÃO A 8 de Fevereiro de 2002, foram encerradas as comportas da barragem do Alqueva. Também neste dia, mas em 1919, Henry Farman fez o primeiro voo comercial de passageiros. Em 1962, o navio escola Sagres foi incorporado na marinha de guerra portuguesa. Nascidos a 8 de Fevereiro: em 1828 Júlio Verne, em 1834 Dmitri Mendeleev, em 1894 King Vidor, em 1931 James Dean, e em 1944 Sebastião Salgado. Em 1992, 'I'm too sexy' - o primeiro single dos Right Said Fred - foi direito ao número 1 do top.
E Esta, hem!
Uma engenheira de informática estava a ajudar um colega da empresa a configurar o computador e perguntou-lhe que password ele queria utilizar.
O homem, tentando atrapalhá-la, disse :
- Pénis.
Ela, sem dizer uma palavra, sem se rir ou dar parte de fraca, introduziu a password.
Mas não conseguiu resistir e quase que morria de riso quando o computador deu a resposta:
'PASSWORD REJEITADA: NÃO TEM TAMANHO SUFICIENTE'
O homem, tentando atrapalhá-la, disse :
- Pénis.
Ela, sem dizer uma palavra, sem se rir ou dar parte de fraca, introduziu a password.
Mas não conseguiu resistir e quase que morria de riso quando o computador deu a resposta:
'PASSWORD REJEITADA: NÃO TEM TAMANHO SUFICIENTE'
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Juliette Greco, nasceu em 7 de fevereiro de 1927
Ela começa a canção em 1949 e, embora muitos escritores e poetas de escrever textos Juliette Greco, mas lenta a ser reconhecida pelo público em geral o seu estilo é muito longe do repertório popular. Ela gravado seu primeiro álbum em 1951 e, depois, mão cantar no Brasil e nos Estados Unidos, quando ela ganhou um verdadeiro sucesso na revista "abril em Paris". Volta da França Juliette começa a conquistar o público em geral, dando uma série de concertos e cantando uma dúzia de títulos escritos por Serge Gainsbourg.
Em 1965, seu papel na série de TV "Belphégor" impulsionou a sua popularidade e Julieta dedica a surfar na onda do sucesso ao longo dos anos que se seguem. Ainda no início dos anos 70, sua carreira diminui gradualmente e Julieta é perdida num registo anti-militar que o público nem sempre segue. Juliette continua apesar de tudo para transformar a nível internacional, e oferece dezenas de pontos de um ano. Em 1982 ela escreveu sua autobiografia, foi lançado um novo álbum e volta à cena um francês, pela primeira vez em vários anos. Então ela s'éclipse novamente por alguns anos, e retornou no início dos anos 90 marcá-lo com dois álbuns e um reconhecimento nacional com a insígnia de oficial da Ordem do Mérito Nacional. Também em turnê para os quatro cantos do mundo Juliette Greco, apesar de uma advertência coração é cada vez menos dispostos a deixar de cumprir sua audiência a quem ela cantou ao francês continua a ser uma linguagem muito atraente com grande audiência como o seu mais recente álbum "Le Temps D ' uma canção "saiu em finais de 2006 que leva 12 clássico.
Charles Dickens nasceu a 7 de Fevereiro de 1812
Charles Dickens
Landport, Portsmouth, 1812 - Gadshill, Rochester, 1870
Escritor inglês. De família modesta, ao ser o seu pai encarcerado por dívidas, vê-se obrigado, sendo criança, a trabalhar numa fábrica de betume. Após estudos mínimos, trabalha como ajudante num escritório de advogados. Logo de seguida é cronista parlamentar e redactor de jornais humorísticos, até que, com The Pickwick Papers, aos vinte e seis anos, se torna de repente num autor de sucesso. Os seus romances posteriores, publicados em forma de folhetim mensal, conhecem grande êxito.
Autodidacta na sua adolescência, redime-se de tantas misérias e dedica a sua vida, com êxito, à literatura e jornalismo. Publica quase a totalidade da sua amplíssima obra em fascículos, procedimento usual na época.
Nos seus romances Dickens denuncia frequentemente o poder político e os ricos vaidosos e especuladores. Nele o pensamento idealista e o romance sentimental unem-se para comover a sensibilidade do leitor e despertar a sua consciência moral. O realismo de Dickens não é sombrio e negativo, mas amável e sorridente, cheio de humor. Os seus melhores relatos têm por heróis crianças e tipos extravagantes.
A sua obra mais apreciada é The Pickwick Papers, romance imediata e popularmente admirado. Esta obra-prima do humor e da ternura apresenta o Sr. Pickwick, sábio distraído que viaja por Inglaterra. Dickens é um mestre das narrativas protagonizadas por crianças (David Copperfield, Tempos Difíceis, Oliver Twist). Nelas reflecte a sua própria infância infeliz, com o que a narrativa alcança o vigor e o colorido do autobiográfico. Fustiga com insistência uma sociedade insensível ao abandono das crianças e aos sofrimentos dos indigentes.
Thomas More nasceu a 7 de fevereiro de 1478
Thomas More
Advogado de sucesso e Speaker do parlamento inglês desde 1523, Tomas More foi o mais significativo nome do humanismo renascentista das ilhas britânicas. A grande inspiração para redigir o clássico livro sobre uma sociedade perfeita - Utopia - o acometeu durante uma viagem diplomática a Flandres, em 1515. Estava de visita a Erasmo de Roterdã, seu amigo, que lhe havia dedicado o Elogio da Loucura, quando o holandês lhe apresentou o jovem Peter Gilles. Ocorreu-lhe então a idéia de utilizar-se de um personagem vindo de uma longa viagem, Rafael Hitlodeu, que lhe relataria o encontro com uma sociedade ideal.Fortemente influenciado pelos relatos feitos pelo navegante Américo Vespúcio, que vieram à luz em 1504, e pela formação platônica obtida nos seus tempos acadêmicos, resolveu, num rompante, escrever a obra. Erasmo, que testemunhou sua elaboração, disse que em pouco tempo More tinha feito o esboço principal, sendo o livro editado a primeira vez em latim, em dezembro de 1516. O desembaraço de Gilles e sua conversa solta serviram para que More o transformasse num personagem-narrador com quem dialoga e, ao mesmo tempo, descreve as maravilhas da Insula Utopia.
A sociedade perfeita de More
Como todos os humanistas, More desprezava os feitos guerreiros e tinha a pior impressão possível dos militares. Condenava igualmente o ascetismo dos padres e comungava com o bem-viver. Seu livro é uma exaltação ao comunismo, nos moldes das antigas irmandades cristãs, manifestando sua hostilidade a qualquer tipo de aquisição de propriedade. Como o velho legislador de Esparta, Licurgo, considerava o ouro apenas como um instrumento estratégico de que se deveria lançar mão para manter a paz ou obtê-la através da corrupção dos inimigos da Utopia. O trabalho é obrigatório, limitado, porém, a nove horas diárias. Nessa sociedade imaginária, o roubo simplesmente não existia, tornando anacrônico todo e qualquer sistema penal ou práticas de castigo físico. Como tantos outros humanistas e criadores de sociedades perfeitas, More acreditava na bondade natural dos homens, o que possibilitava a constituição de organizações perenes e justas que banissem o despotismo e a opressão.
Como homem do Renascimento, valorizava o conforto e olhava com simpatia a luta pelo bem-estar coletivo, desprezando a vida monástica com suas rezas, jejuns e cilícios. More também, no seu pequeno tratado da sociedade perfeita, aproveitou para denunciar as mazelas do seu tempo, tal como a política das enclousures, os cercamentos das terras comunais, ordenados pelos nobres ingleses que as transformaram em pastagens de ovelhas. Viu a tragédia que se abateu sobre os camponeses pois aquela acelerada concentração da propriedade fundiária impôs enormes sacrifícios aos pobres que, desalojados dos lugares de nascença, passaram a vagar como almas penadas pelos campos e vilarejos, entregues ao crime e ao castigo.
O aviltamento salarial que se seguiu, somado ao desemprego, jogou milhares na marginalidade, fazendo com que os serviços do carrasco fossem chamados para pendurar uns vinte condenados por dia nos toscos cadafalsos de beira de estrada. Muito antes de César Beccaria, More denunciou como vestígios dos tempos bárbaros as práticas da tortura e da sevícias a que os presos eram submetidos durante os processos investigativos.
Esse era o More intelectual. Mas como político, quando tornou-se Lord-Chanceler, entre 1529-1532, não mostrou contemplação nem tolerância para com quem fosse considerado inimigo do estado, fosse com os protestantes ou com quem mais divergisse do rei. Foi um católico tradicionalista com vida de asceta, que não permitia que o corte de cabelos lhe ultrapassasse a altura das orelhas, tal como Hans Holbein o pintou. Ao negar-se a apoiar Henrique VIII, quando do rompimento com Roma, foi encarcerado na Torre de Londres. Sucumbiu ao cutelo com dignidade, apenas permitindo a presença da sua filha adotiva. Era o dia 6 de julho de 1535. Foi um desses poucos homens ilustres, dos raros que freqüentavam uma Corte, que morreram por suas convicções.
7 DE FEVEREIRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
DESCRIÇÃO 7 de fevereiro de 1497, o dia da fogueira das vaidades, em Florença. Em 1964, os Beatles desembarcaram no aeroporto de Nova Iorque. Em 1986, terminou o regime de Jean-Claude Duvalier e em 1991 Jean-Bertrand Aristide tornou-se Presidente. Em 1990 D. Branca foi condenada a dez anos de prisão e em 1992 foi assinado o Tratado de Maastricht. Nasceram neste dia Sir Thomas More, Charles Dickens e Juliette Gréco. Em 1970, os Shocking Blue chegaram ao nº 1 nos Estados Unidos com “Venus”.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
VERDADES ABSOLUTAS
19 VERDADES ABSOLUTAS
1 . Para evitar filhos, faça amor com a cunhada. Só nascem sobrinhos...
2. Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns só uma vez...
3. Seja bom com os seus filhos. São eles que vão escolher o seu asilo.
4. Nasci careca, nu e sem dentes. O que vier , é lucro!
5. Amigos vêm e vão, inimigos acumulam ...
6. Se o amor é cego, o que é preciso é apalpar...
7.Se a mulher fosse boa, Deus tinha uma. E se fosse de confiança, o Diabo não tinha cornos...
8. Sabem porque é o pão se queima, o leite entorna, e a mulher engravida? Porque não se tira a tempo...
9. Alguns homens amam tanto as suas mulheres, que para não as gastarem, preferem usar as dos amigos...
10. Pior que uma pedra no sapato só um grão de areia no preservativo...
11. E se um dia te sentires inútil ou deprimido, lembra-te só disto: Já houve um dia em que foste o espermatozóide mais rápido do grupo!!!
12. Os trabalhadores mais incapazes são sistematicamente promovidos para o lugar onde possam causar menos danos: a chefia...
13. Os chefes são como as nuvens, quando desaparecem fica um dia lindo...
14. O que leva os homens a perseguir mulheres com quem não tencionam casar? O mesmo impulso que leva os cães a perseguir carros que não tencionam conduzir...
15. É MELHOR ABRIR UM E-MAIL COM VÍRUS, DO QUE UMA CARTA COM ANTRAX!
16. As hierarquias são como as prateleiras, quanto mais altas mais inúteis!
17. O teu futuro depende dos teus sonhos. Não percas tempo... Vai dormir!
18. O amor é como a gripe, apanha-se na rua, resolve-se na cama...
19. Os Homens mentiam bem menos, se as Mulheres não perguntassem tanto.
1 . Para evitar filhos, faça amor com a cunhada. Só nascem sobrinhos...
2. Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns só uma vez...
3. Seja bom com os seus filhos. São eles que vão escolher o seu asilo.
4. Nasci careca, nu e sem dentes. O que vier , é lucro!
5. Amigos vêm e vão, inimigos acumulam ...
6. Se o amor é cego, o que é preciso é apalpar...
7.Se a mulher fosse boa, Deus tinha uma. E se fosse de confiança, o Diabo não tinha cornos...
8. Sabem porque é o pão se queima, o leite entorna, e a mulher engravida? Porque não se tira a tempo...
9. Alguns homens amam tanto as suas mulheres, que para não as gastarem, preferem usar as dos amigos...
10. Pior que uma pedra no sapato só um grão de areia no preservativo...
11. E se um dia te sentires inútil ou deprimido, lembra-te só disto: Já houve um dia em que foste o espermatozóide mais rápido do grupo!!!
12. Os trabalhadores mais incapazes são sistematicamente promovidos para o lugar onde possam causar menos danos: a chefia...
13. Os chefes são como as nuvens, quando desaparecem fica um dia lindo...
14. O que leva os homens a perseguir mulheres com quem não tencionam casar? O mesmo impulso que leva os cães a perseguir carros que não tencionam conduzir...
15. É MELHOR ABRIR UM E-MAIL COM VÍRUS, DO QUE UMA CARTA COM ANTRAX!
16. As hierarquias são como as prateleiras, quanto mais altas mais inúteis!
17. O teu futuro depende dos teus sonhos. Não percas tempo... Vai dormir!
18. O amor é como a gripe, apanha-se na rua, resolve-se na cama...
19. Os Homens mentiam bem menos, se as Mulheres não perguntassem tanto.
Frase de muitos dias
"A maioria dos autarcas portugueses são católicos praticantes.
Nunca assinam nada sem terem um terço na mão."
Nunca assinam nada sem terem um terço na mão."
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Voando pelos céus de Coimbra até à Figueira da Foz.wmv
28 de Janeiro 2012
Aero Clube de Coimbra
Tarde explendida para voar! Sol!
Plano de voo: Coimbra Figueira da Foz...Atlântico...até à Tocha e regresso, sobrevoando a cidade de Coimbra.
A 5 de fevereiro do ano 146 terminou a terceira guerra púnica
Antecedentes da Terceira Guerra Púnica
O confronto final entre Roma e Cartago durou apenas quatro anos e terminou com a destruição total de Cartago. A guerra foi travada inteiramente na África, com os invasores romanos procurando conquistar a capital inimiga, e o desfecho nunca esteve verdadeiramente em dúvida, a menos que os Romanos decidissem abandonar a expedição. Não é fácil atribuir responsabilidades pela eclosão dos dois conflitos anteriores mas não restam dúvidas de que a Terceira Guerra Púnica foi deliberadamente provocada pelos Romanos, que tinham decidido, em consciência, aniquilar o seu velho inimigo. Os negociadores romanos exploraram descaradamente a predisposição cartaginesa para fazer concessões com o propósito de evitar a guerra com Roma, aumentando constantemente as suas exigências para impor um conflito a um inimigo debilitado. Foi uma atitude muitíssimo pior do que qualquer um dos exemplos registados da proverbial "falsidade púnica". Pelos padrões da estratégia moderna, a guerra foi desnecessária, dado que Cartago não parece ter constituído uma verdadeira ameaça para Roma. Para compreendermos porque é que os Romanos embarcaram numa politica tão intencionalmente implacável, temos que olhar de novo para a atitude romana face a guerra e para as condições peculiares de meados do século II.
A partir de 201, os Cartagineses mostraram-se consistentemente aliados leais de Roma. Forneceram cereais aos exércitos romanos e, em 191, enviaram a sua minúscula marinha para integrar a esquadra que operava contra Antioco III. Com a ajuda da reforma das finanças do Estado, levada a cabo por Hannibal, a indenização anual foi paga pontualmente até ao fim, em 151. Na série de disputas fronteiriças com a Numídia de Masinissa, Cartago submeteu-se ao arbítrio romano apesar de este, de forma declarada ou tácita, ser sempre favorável ao rei. Com ou sem verdade na acusação, foram nobres cartagineses que relataram as alegadas conversações de Hannibal com Antioco e provocaram a sua fuga, em 195. Também foram eles que prenderam e julgaram o seu agente, Ariston de Tiro, que em 193 fora enviado a Cartago para persuadir a cidade a apoiar os Selêucidas contra Roma, embora Ariston tenha conseguido escapar antes da conclusão do julgamento. Foi enviada uma delegação a Roma para dar conta do incidente e garantir ao Senado a continuada lealdade de Cartago. As fontes dizem-nos que neste meio século a politica cartaginesa foi dominada por três facções: um grupo simpatizante de Roma, liderado por Hanão, o Grande, outro pró-Masinissa, sob a liderança de Hannibal, o Estominho, e o terceiro derivando o seu apoio dos cidadãos mais pobres e chefiado por Hannibal, o Samnita, e Cartalao. O cognome de Hannibal derivaria talvez de um pai ou de um avô que servira com Hannibal em Itália, e as fontes referem também neste período um certo Magão, o Brútio, cujo nome sugere uma associação semelhante, mas não é totalmente claro que o partido democrático estivesse tão estreitamente associado aos Barcas como alguns estudiosos tem opinado. Nenhum destes grupos parece ter sido abertamente hostil a Roma. Não se sabe ao certo se a renovada prosperidade da cidade terá dado origem a algum rearmamento; as fontes literárias dizem que não mas as escavaçöes realizadas no porto indiciam o contrário. O que sabemos é que em meados do século os Cartagineses não estavam em condições de lançarem uma ofensiva de peso contra Roma, mesmo que o pretendessem fazer. No entanto, não ha dúvida de que os Romanos foram ficando cada vez mais receosos do seu aliado no período em causa.
O fim do pagamento da divida de guerra de cinquenta anos, em 151, eliminou o lembrete anual da derrota de Cartago e o estatuto subordinado da cidade. Os tratados que estipulavam um período fixo de paz entre dois Estados eram uma característica comum dos acordos gregos que punham fim aos conflitos, mas eram muito raros para os Romanos, que esperavam desfechos mais permanentes para as suas guerras. Em 265, Cartago convertera-se de aliado de longa data e distante em inimigo, o que originou uma mudança permanente na percepção romana de Cartago. Roma nunca se contentou com alianças que implicassem qualquer nível de igualdade com um antigo inimigo. A guerra foi rapidamente renovada com a Macedônia, em 200, e de novo quando Perseu aparentou estar a tornar-se forte e independente. Um aliado leal devia submeter-se a interferência de Roma, especialmente nos assuntos extemos, sempre que isso fosse do interesse de Roma. Entre 241 e 218, os Romanos apoderaram-se da Sardenha e intervieram na Hispânia, impondo concessões aos lideres púnicos sem se restringirem minimamente, e esta atitude continuou depois de 201. Em 151, Cartago deixou de pagar uma prestação anual a Roma. A cidade era próspera e o seu poder no Norte de África ainda era considerável, não obstante as terras perdidas para a Numídia. As tradições da prática bélica púnica não esperavam que um Estado vencido, em especial um Estado que não tivesse sido conquistado nem absorvido, permanecesse eternamente sujeito ao vencedor. Só os Romanos pensavam assim. Os Cartagineses já não eram aliados inequivocamente subordinados de Roma. O fato de um antigo inimigo, um inimigo que levara Roma a beira da derrota total, fosse de novo forte e independente constituía uma ameaça nas costas dos Romanos. Era esta a raiz do crescente receio que Roma tinha de Cartago.
Este sentimento era personificado por Catão. Em meados do século, o "homem novo" que combatera em Tarento, no Metauro e na África era um dos mais influentes e respeitados membros do Senado, e um dos poucos da sua geração que ainda participavam ativamente nos assuntos do Estado. Provavelmente em 153, Catão integrou uma das embaixadas enviadas para arbitrar uma disputa entre Masinissa e Cartago. Catão estava com setenta e muitos mas ainda era um orador enérgico e convincente. A delegação romana ficou profundamente impressionada com as crescentes riqueza e população da sua antiga rival. Regressado e Roma, Catão deu em concluir todos os seus discursos no Senado com a mesma frase:
"Cartago deve ser destruída". Diz-se que numa ocasião deixou cair alguns figos da dobra da toga. Os figos, informou ele aos seus ouvintes, espantados com o tamanho dos frutos, tinham sido colhidos num país a apenas três dias de viagem por mar, Catão exagerou a rapidez com que a armada púnica poderia cair sobre Roma, embora fosse efetivamente possível chegar ao Sul da Itália em poucos dias, e alguns estudiosos especularam com alguma irrelevância se Catão não teria comprado os figos em Roma ou mandado colhê-los na sua propriedade. Tratou-se de um gesto simbólico e poderoso que as fontes consideram digno de ser repetido e que ainda é recordado. Outro eminente senador, Cipião Nasica, mediu-se com Catão terminando os seus discursos com a opinião de que Cartago deveria ser preservada. Dizem as fontes que ele acreditava que a presença de um rival poderoso manteria intacta a virtude dos Romanos, um argumento que se tornou um continuo lamento no século seguinte, quando Roma mergulhou numa série de guerras civis. Na altura, poucos Romanos parecem ter concordado com ele. Plutarco refere que foi principalmente a influência de Catão que convenceu Roma a destruir Cartago, e em alguns relatos modernos figura com igual destaque a persistente malevolência do velho. Tal como em muitos outros aspectos da sua carreira, Catão terá aparentemente expressado o sentimento da maioria da população.
Durante a década de 150, houve um sentimento crescente de insegurança em Roma. As guerras das primeiras décadas do século tinham sido ganhas, com grande facilidade, por exércitos romanos compostos de oficiais e soldados extremamente experientes. A geração da Guerra Hannibalica foi-se tornando demasiado velha para cumprir o serviço militar e os seus conhecimentos e competências perderam-se. Dada a impermanência das legiões de Roma, a desmobilização dos exércitos obrigava a recomeçar o processo de instrução de novas tropas. Os soldados experientes foram substituídos por homens mais jovens e menos conscientes de que os êxitos militares de Roma se baseavam numa instrução rigorosa, numa cuidada preparação logística e numa liderança competente, convencendo-se de que o êxito lhes cabia por direito simplesmente por serem Romanos. No segundo quartel do século, houve menos gente em armas e as campanhas foram relativamente poucas. Em 155, os guerreiros lusitanos lançaram uma série de grandes incursões na província romana da Hispânia Ulterior, ataques cuja escala foi aumentando a cada sucesso. Em 154, um pretor foi morto e o seu exército duramente derrotado. Em 153, os Celtiberos infligiram várias derrotas a um exército consular comandado por Quinto Fúlvio Nobilior. Os relatos de combates duros e perigosos na Hispânia provocaram uma mini-crise em Roma, ao serem muito poucos os homens que se ofereceram para servir no exército que estava a ser formado para combater os Celtiberos, sob o comando de Lúcio Licinio Luculo. Só o exemplo de Públio Cornélio Cipião Emiliano, filho adotivo do Africano, que se ofereceu publicamente para servir como tribuno, garantiu voluntários em número suficiente. Na verdade, a guerra foi concluída antes da chegada de Luculo mas este, ávido de glória e riquezas, lançou o exército contra uma tribo amistosa, que se rendeu e foi traiçoeiramente massacrada. No ano seguinte, ocorreu uma atrocidade semelhante, quando o pretor da Hispânia Ulterior, Públio Sulpicio Galba, que já fora derrotado uma vez pelos Lusitanos, ofereceu a paz as tribos. Prometendo instalá-los em boas terras aráveis, Galba dividiu os Lusitanos em três grupos, desarmou-os e depois ordenou aos seus legionários que chacinassem os guerreiros indefesos. Um dos poucos que escapou ao massacre foi um homem chamado Viriato, que viria a revelar-se um líder carismático e um irredutível adversário de Roma. Durante mais de uma década, os Romanos foram confrontados com uma dura contenda contra os Lusitanos e os Celtiberos. Em 140, um dos seguidores de Viriato foi subornado e assassinou-o, mas foram necessários mais sete anos e recursos enormes até que o bastião celtibero de Numância fosse conquistado. Regressado a Roma, Galba foi julgado por quebra de fides, a prezada fé de Roma, sendo Catão um dos seus acusadores. Mas Galba foi inesperadamente absolvido depois de se apresentar no tribunal com os filhos, que imploraram em lágrimas clemência para o pai. Galba tornar-se-ia um dos mais famosos oradores de Roma.
As derrotas sofridas na Hispânia trouxeram à luz a inexperiência de quase todos os exércitos romanos. A substituição anual dos governadores de província e a raridade das promagistraturas encorajavam os generais a procurarem a glória antes de serem substituídos, e negavam-lhes o tempo necessário para converterem os seus soldados num exército eficaz. Esta realidade tivera muito menos peso no principio do século, quando a qualidade dos recursos humanos de Roma fora mais elevada. Mas mesmo nessa altura, a pressão para obter êxito num único ano de mandato levara Flamínio a iniciar conversações de paz com Filipe V, em 198, para logo a seguir romper as negociações e procurar uma vitória militar quando o seu comando foi prolongado por mais um ano. As sucessivas derrotas faziam cair o moral e tornavam ainda mais prováveis novas derrotas. O fracasso na proteção das comunidades hispânicas aliadas era conducente a sua defecção, aumentando o número de inimigos a combater. A dada altura, uma grande parte da Hispânia Ulterior submeteu-se a Viriato. As perdas sofridas na Hispânia ocorreram demasiado longe para constituírem uma ameaça direta ao Lácio, mas foram um grande golpe para o prestígio romano. As dificuldades para recrutar oficiais e soldados para a Hispânia, em 151, foram particularmente chocantes, pois nem a crise da invasão de Hannibal causara nos cidadãos romanos semelhante relutância face ao cumprimento do serviço militar.
Apiano diz que o Senado decidiu em segredo procurar um pretexto para uma guerra contra Cartago pouco depois de Catão regressar da África. Talvez sim, talvez não, mas as atitudes do Senado não deixam dúvidas de que era essa a sua intenção em 150-149, e é provável que o pagamento da última prestação da indenização por Cartago, em 151, tenha contribuído para essa decisão. Apenas faltava aos Romanos um pretexto para a guerra, e os seus aliados númidas não tardariam a fornecê-lo.
O confronto final entre Roma e Cartago durou apenas quatro anos e terminou com a destruição total de Cartago. A guerra foi travada inteiramente na África, com os invasores romanos procurando conquistar a capital inimiga, e o desfecho nunca esteve verdadeiramente em dúvida, a menos que os Romanos decidissem abandonar a expedição. Não é fácil atribuir responsabilidades pela eclosão dos dois conflitos anteriores mas não restam dúvidas de que a Terceira Guerra Púnica foi deliberadamente provocada pelos Romanos, que tinham decidido, em consciência, aniquilar o seu velho inimigo. Os negociadores romanos exploraram descaradamente a predisposição cartaginesa para fazer concessões com o propósito de evitar a guerra com Roma, aumentando constantemente as suas exigências para impor um conflito a um inimigo debilitado. Foi uma atitude muitíssimo pior do que qualquer um dos exemplos registados da proverbial "falsidade púnica". Pelos padrões da estratégia moderna, a guerra foi desnecessária, dado que Cartago não parece ter constituído uma verdadeira ameaça para Roma. Para compreendermos porque é que os Romanos embarcaram numa politica tão intencionalmente implacável, temos que olhar de novo para a atitude romana face a guerra e para as condições peculiares de meados do século II.
A partir de 201, os Cartagineses mostraram-se consistentemente aliados leais de Roma. Forneceram cereais aos exércitos romanos e, em 191, enviaram a sua minúscula marinha para integrar a esquadra que operava contra Antioco III. Com a ajuda da reforma das finanças do Estado, levada a cabo por Hannibal, a indenização anual foi paga pontualmente até ao fim, em 151. Na série de disputas fronteiriças com a Numídia de Masinissa, Cartago submeteu-se ao arbítrio romano apesar de este, de forma declarada ou tácita, ser sempre favorável ao rei. Com ou sem verdade na acusação, foram nobres cartagineses que relataram as alegadas conversações de Hannibal com Antioco e provocaram a sua fuga, em 195. Também foram eles que prenderam e julgaram o seu agente, Ariston de Tiro, que em 193 fora enviado a Cartago para persuadir a cidade a apoiar os Selêucidas contra Roma, embora Ariston tenha conseguido escapar antes da conclusão do julgamento. Foi enviada uma delegação a Roma para dar conta do incidente e garantir ao Senado a continuada lealdade de Cartago. As fontes dizem-nos que neste meio século a politica cartaginesa foi dominada por três facções: um grupo simpatizante de Roma, liderado por Hanão, o Grande, outro pró-Masinissa, sob a liderança de Hannibal, o Estominho, e o terceiro derivando o seu apoio dos cidadãos mais pobres e chefiado por Hannibal, o Samnita, e Cartalao. O cognome de Hannibal derivaria talvez de um pai ou de um avô que servira com Hannibal em Itália, e as fontes referem também neste período um certo Magão, o Brútio, cujo nome sugere uma associação semelhante, mas não é totalmente claro que o partido democrático estivesse tão estreitamente associado aos Barcas como alguns estudiosos tem opinado. Nenhum destes grupos parece ter sido abertamente hostil a Roma. Não se sabe ao certo se a renovada prosperidade da cidade terá dado origem a algum rearmamento; as fontes literárias dizem que não mas as escavaçöes realizadas no porto indiciam o contrário. O que sabemos é que em meados do século os Cartagineses não estavam em condições de lançarem uma ofensiva de peso contra Roma, mesmo que o pretendessem fazer. No entanto, não ha dúvida de que os Romanos foram ficando cada vez mais receosos do seu aliado no período em causa.
O fim do pagamento da divida de guerra de cinquenta anos, em 151, eliminou o lembrete anual da derrota de Cartago e o estatuto subordinado da cidade. Os tratados que estipulavam um período fixo de paz entre dois Estados eram uma característica comum dos acordos gregos que punham fim aos conflitos, mas eram muito raros para os Romanos, que esperavam desfechos mais permanentes para as suas guerras. Em 265, Cartago convertera-se de aliado de longa data e distante em inimigo, o que originou uma mudança permanente na percepção romana de Cartago. Roma nunca se contentou com alianças que implicassem qualquer nível de igualdade com um antigo inimigo. A guerra foi rapidamente renovada com a Macedônia, em 200, e de novo quando Perseu aparentou estar a tornar-se forte e independente. Um aliado leal devia submeter-se a interferência de Roma, especialmente nos assuntos extemos, sempre que isso fosse do interesse de Roma. Entre 241 e 218, os Romanos apoderaram-se da Sardenha e intervieram na Hispânia, impondo concessões aos lideres púnicos sem se restringirem minimamente, e esta atitude continuou depois de 201. Em 151, Cartago deixou de pagar uma prestação anual a Roma. A cidade era próspera e o seu poder no Norte de África ainda era considerável, não obstante as terras perdidas para a Numídia. As tradições da prática bélica púnica não esperavam que um Estado vencido, em especial um Estado que não tivesse sido conquistado nem absorvido, permanecesse eternamente sujeito ao vencedor. Só os Romanos pensavam assim. Os Cartagineses já não eram aliados inequivocamente subordinados de Roma. O fato de um antigo inimigo, um inimigo que levara Roma a beira da derrota total, fosse de novo forte e independente constituía uma ameaça nas costas dos Romanos. Era esta a raiz do crescente receio que Roma tinha de Cartago.
Este sentimento era personificado por Catão. Em meados do século, o "homem novo" que combatera em Tarento, no Metauro e na África era um dos mais influentes e respeitados membros do Senado, e um dos poucos da sua geração que ainda participavam ativamente nos assuntos do Estado. Provavelmente em 153, Catão integrou uma das embaixadas enviadas para arbitrar uma disputa entre Masinissa e Cartago. Catão estava com setenta e muitos mas ainda era um orador enérgico e convincente. A delegação romana ficou profundamente impressionada com as crescentes riqueza e população da sua antiga rival. Regressado e Roma, Catão deu em concluir todos os seus discursos no Senado com a mesma frase:
"Cartago deve ser destruída". Diz-se que numa ocasião deixou cair alguns figos da dobra da toga. Os figos, informou ele aos seus ouvintes, espantados com o tamanho dos frutos, tinham sido colhidos num país a apenas três dias de viagem por mar, Catão exagerou a rapidez com que a armada púnica poderia cair sobre Roma, embora fosse efetivamente possível chegar ao Sul da Itália em poucos dias, e alguns estudiosos especularam com alguma irrelevância se Catão não teria comprado os figos em Roma ou mandado colhê-los na sua propriedade. Tratou-se de um gesto simbólico e poderoso que as fontes consideram digno de ser repetido e que ainda é recordado. Outro eminente senador, Cipião Nasica, mediu-se com Catão terminando os seus discursos com a opinião de que Cartago deveria ser preservada. Dizem as fontes que ele acreditava que a presença de um rival poderoso manteria intacta a virtude dos Romanos, um argumento que se tornou um continuo lamento no século seguinte, quando Roma mergulhou numa série de guerras civis. Na altura, poucos Romanos parecem ter concordado com ele. Plutarco refere que foi principalmente a influência de Catão que convenceu Roma a destruir Cartago, e em alguns relatos modernos figura com igual destaque a persistente malevolência do velho. Tal como em muitos outros aspectos da sua carreira, Catão terá aparentemente expressado o sentimento da maioria da população.
Durante a década de 150, houve um sentimento crescente de insegurança em Roma. As guerras das primeiras décadas do século tinham sido ganhas, com grande facilidade, por exércitos romanos compostos de oficiais e soldados extremamente experientes. A geração da Guerra Hannibalica foi-se tornando demasiado velha para cumprir o serviço militar e os seus conhecimentos e competências perderam-se. Dada a impermanência das legiões de Roma, a desmobilização dos exércitos obrigava a recomeçar o processo de instrução de novas tropas. Os soldados experientes foram substituídos por homens mais jovens e menos conscientes de que os êxitos militares de Roma se baseavam numa instrução rigorosa, numa cuidada preparação logística e numa liderança competente, convencendo-se de que o êxito lhes cabia por direito simplesmente por serem Romanos. No segundo quartel do século, houve menos gente em armas e as campanhas foram relativamente poucas. Em 155, os guerreiros lusitanos lançaram uma série de grandes incursões na província romana da Hispânia Ulterior, ataques cuja escala foi aumentando a cada sucesso. Em 154, um pretor foi morto e o seu exército duramente derrotado. Em 153, os Celtiberos infligiram várias derrotas a um exército consular comandado por Quinto Fúlvio Nobilior. Os relatos de combates duros e perigosos na Hispânia provocaram uma mini-crise em Roma, ao serem muito poucos os homens que se ofereceram para servir no exército que estava a ser formado para combater os Celtiberos, sob o comando de Lúcio Licinio Luculo. Só o exemplo de Públio Cornélio Cipião Emiliano, filho adotivo do Africano, que se ofereceu publicamente para servir como tribuno, garantiu voluntários em número suficiente. Na verdade, a guerra foi concluída antes da chegada de Luculo mas este, ávido de glória e riquezas, lançou o exército contra uma tribo amistosa, que se rendeu e foi traiçoeiramente massacrada. No ano seguinte, ocorreu uma atrocidade semelhante, quando o pretor da Hispânia Ulterior, Públio Sulpicio Galba, que já fora derrotado uma vez pelos Lusitanos, ofereceu a paz as tribos. Prometendo instalá-los em boas terras aráveis, Galba dividiu os Lusitanos em três grupos, desarmou-os e depois ordenou aos seus legionários que chacinassem os guerreiros indefesos. Um dos poucos que escapou ao massacre foi um homem chamado Viriato, que viria a revelar-se um líder carismático e um irredutível adversário de Roma. Durante mais de uma década, os Romanos foram confrontados com uma dura contenda contra os Lusitanos e os Celtiberos. Em 140, um dos seguidores de Viriato foi subornado e assassinou-o, mas foram necessários mais sete anos e recursos enormes até que o bastião celtibero de Numância fosse conquistado. Regressado a Roma, Galba foi julgado por quebra de fides, a prezada fé de Roma, sendo Catão um dos seus acusadores. Mas Galba foi inesperadamente absolvido depois de se apresentar no tribunal com os filhos, que imploraram em lágrimas clemência para o pai. Galba tornar-se-ia um dos mais famosos oradores de Roma.
As derrotas sofridas na Hispânia trouxeram à luz a inexperiência de quase todos os exércitos romanos. A substituição anual dos governadores de província e a raridade das promagistraturas encorajavam os generais a procurarem a glória antes de serem substituídos, e negavam-lhes o tempo necessário para converterem os seus soldados num exército eficaz. Esta realidade tivera muito menos peso no principio do século, quando a qualidade dos recursos humanos de Roma fora mais elevada. Mas mesmo nessa altura, a pressão para obter êxito num único ano de mandato levara Flamínio a iniciar conversações de paz com Filipe V, em 198, para logo a seguir romper as negociações e procurar uma vitória militar quando o seu comando foi prolongado por mais um ano. As sucessivas derrotas faziam cair o moral e tornavam ainda mais prováveis novas derrotas. O fracasso na proteção das comunidades hispânicas aliadas era conducente a sua defecção, aumentando o número de inimigos a combater. A dada altura, uma grande parte da Hispânia Ulterior submeteu-se a Viriato. As perdas sofridas na Hispânia ocorreram demasiado longe para constituírem uma ameaça direta ao Lácio, mas foram um grande golpe para o prestígio romano. As dificuldades para recrutar oficiais e soldados para a Hispânia, em 151, foram particularmente chocantes, pois nem a crise da invasão de Hannibal causara nos cidadãos romanos semelhante relutância face ao cumprimento do serviço militar.
Apiano diz que o Senado decidiu em segredo procurar um pretexto para uma guerra contra Cartago pouco depois de Catão regressar da África. Talvez sim, talvez não, mas as atitudes do Senado não deixam dúvidas de que era essa a sua intenção em 150-149, e é provável que o pagamento da última prestação da indenização por Cartago, em 151, tenha contribuído para essa decisão. Apenas faltava aos Romanos um pretexto para a guerra, e os seus aliados númidas não tardariam a fornecê-lo.
5 DE FEVEREIRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
DESCRIÇÃO Em 1937 estreou "Tempos Modernos”, de Charles Chaplin. A 5 de fevereiro do ano 146 terminou a terceira guerra púnica. Neste dia, em 1852, abriu ao público o Museu Hermitage, em S. Petersburgo. Nascidos a 5 de Fevereiro: André Citroen em 1878, William Burroughs em 1914, Regina Duarte em 1947, Sven-Goran Eriksson em 1948, e Cristiano Ronaldo, em 1985. Em 1972, Neil Young lançou Heart of Gold. Foi o único número 1 da sua carreira.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Markku Alen testa o FF em um palco floresta coberta de neve
O Campeão do Mundo de Ralis 1978, o 4x4 da Ferrari e um desafio em uma pista de gelo.
Markku Alen ao volante do FF para o julgamento de 12 cilindros na pista Arjeplog no Norte da Suécia.
Graças ao seu excelente desempenho, bem como a mecânica criada eo inovador sistema 4RM, o Gran Turismo de Maranello entretido e emocionado o ex-campeão mundial em uma pista espectacular, com altos e baixos e curvas desafiadoras, passar no teste com nota máxima. Il vincitore del Mondiale Rally nel 1978, la 4x4 Ferrari e una Sfida su una pista ghiacciata.Markku Alen siede al volante della FF por mettere alla Prova i Suoi 12 cilindri sulla pista di Arjeplog, nel nord della Svezia. Grazie alle sue Doti prestazionali, venha il bilanciamento meccanico e le 4RM, la Gran Turismo della Casa di Maranello, tra spettacolari saliscendi e curvoni na pista, ha divertito ed entusiasmato anche un campione del mondo, superando brillantemente la Prova.
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu a 4 de fevereiro 17 de 9
É provavelmente o escritor português mais completo de todo o século XIX, porquanto nos deixou obras-primas na poesia, no teatro e na prosa, inovando a escrita e a composição em cada um destes géneros literários.
A vida
Na infância recebeu uma formação religiosa e clássica.
Concluiu o curso de Direito em Coimbra, onde aderiu aos ideais do liberalismo.
Em 1823, após a subida ao poder dos absolutistas, é obrigado a exilar-se em Inglaterra onde inicia o estudo do romantismo (inglês), movimento artístico-literário então já dominante na Europa.
Regressa em 1826 e passa a participar na vida política; mas tem de exilar-se novamente em Inglaterra em 1828, depois da contra-revolução de D. Miguel. Em 1832, na Ilha Terceira, incorpora-se no exército liberal de D. Pedro IV e participa no cerco do Porto.
Exerceu funções diplomáticas em Londres, em Paris e em Bruxelas. Após a Revolução de Setembro (1836) foi Inspector Geral dos Teatros e fundou o Conservatório de Arte Dramática e o Teatro Nacional.
Com a ditadura cabralista (1842), Garrett é posto à margem da política e inicia o período mais fecundo da sua produção literária. Durante a Regeneração (1851) recebe o título de visconde e é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros.
A obra
Tem o grande mérito de ser o introdutor do Romantismo em Portugal ao nível da criação textual - processo que iniciou com os poemas Camões (1825) e D. Branca (1826).
Ainda no domínio da poesia são de destacar o Romanceiro (recolha de poesias de tradição popular cujo 1.º volume sai em 1843), Flores sem Fruto (1845) e a obra-prima da poesia romântica portuguesa Folhas Caídas (1853) que nos dá um novo lirismo amoroso.
Na prosa, saliente-se O Arco de Sant'Ana (1.º vol. em 1845 e 2.º em 1851), romance histórico, e principalmente as suas célebres Viagens na Minha Terra (1846). Com este livro, a crítica considera iniciada a prosa moderna em Portugal.
E quanto ao teatro, deve mencionar-se Um Auto de Gil Vicente (1838), O Alfageme de Santarém (1841) e sobretudo o famoso drama Frei Luís de Sousa (1844).
Conferência de Yalta
Os chefes de Estado dos Estados Unidos da América (Franklin D. Roosevelt) e da União Soviética (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se em segredo em Ialta para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste.
Em 11 de fevereiro de 1945, eles assinam os acordos cujos objetivos são de assegurar um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final.
4 DE FEVEREIRO: AS HISTÓRIAS DESTE DIA
DESCRIÇÃO A 4 de Fevereiro de 1945 começou a conferência de Ialta. Em 1961, um levantamento popular, em Angola. A 4 de Fevereiro de 1941, Roy Plunkett recebeu a patente do Politetrafluoretileno. Em 2004 foi oficialmente lançado o Facebook. Nascidos a 4 de Fevereiro: em 1799 o visconde de Almeida Garrett, em 1942 José Cid, em 1943 Alberto João Jardim e em 1975 Natalie Imbruglia. Em 1983 morreu Karen Carpenter. Neste dia, em 1955, James Brown gravou o single "Please, Please, Please".
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