Previsão do Tempo

domingo, 28 de abril de 2013

Os 10 maiores mitos da Língua Portuguesa!


O Salário do Medo - Filme Legendado BR



Mario é um estrangeiro que vive de bicos na América do Sul, e sonha em voltar para a França. Uma companhia de petróleo americana, que domina a região, propõe a Mario e outros três homens estrangeiros que levem um carregamento de nitroglicerina, para explodir um poço de petróleo em chamas, em troca ganham U$ 2,000 dólares. Todos estão dispostos a arriscar a vida e fazem a viagem nas esburacadas estradas, onde qualquer solavanco mais forte poderá jogar os aventureiros pelos ares. Vencedor no Grand Prix como Melhor Filme e Melhor Ator (Charles Vanel) no festival de Cannes.

Toni o Grande, Grande Reportagem-



Toni é um fenómeno de popularidade no Irão. O treinador português está há quase um ano no Tractor de Tabriz e os adeptos estão muito satisfeitos com os resultados. Fora de campo, são as atribuladas conferências de imprensa que lhe dão ainda mais popularidade.

Para os albicastrenses espalhados pelo mundo!



CASTELO BRANCO

De Arlindo de Carvalho

Ó Castelo Branco, Castelo Branco,
Mirando o cimo da serra,
Ai, mirando o cimo da serra.

Ai quem nasceu lá em Castelo Branco
Não é feliz noutra terra.
Ai, mirando o cimo da serra.

Refrão:

Eu nasci na Beira,
Sou homem pequeno,
Sou como o granito
Bem rijo e moreno.

(bis)

Meu bem, quem me dera nos altos montes,
Andar ao sol todo o dia,
Ai andar ao sol todo o dia.

Beber água fresca lá pelas fontes,
Cantar como a cotovia.
Ai andar ao sol todo o dia.

Refrão:

Eu nasci na Beira,
Sou homem pequeno,
Sou como o granito
Bem rijo e moreno.

Coração da serra
Não ama a cidade,
Só na sua terra
Se sente à vontade.


Saiba ser sempre jovem!...


SEM PALAVRAS!...

abrindo o botao no talkshow Abrindo o botão no Talkshow (18+ gifs adultos)




sábado, 27 de abril de 2013

Veja o que é mergulhar na merda!...

Anime

NÃO, NÃO É PERDER O EMPREGO, É MESMO MERGULHAR NA SANITA.

Dicionário para burros!

OLHA SE A BÍBLIA FOSSE CHINESA?

A CENSURA ESTÁ INSTALADA EM PORTUGAL!



Temas proibidos na TV portuguesa

– A estreita margem da liberdade consentida

Hoje há mais censura em Portugal do que antes da Revolução de 25 de Abril de 1974. Mas trata-se de uma censura camuflada, que não se assume como tal. Os censores já não são funcionários do Estado e sim empregados, com carteira de jornalista, das empresas que dominam os media portugueses. Eles são contratados (quando não precarizados) preferencialmente pela sua afinidade com a ideologia dominante. Assim já não precisam sequer de auto-censurar-se, aquilo sai-lhes naturalmente. Para os recalcitrantes, há as regras não escritas impostas pelo patronato e pela publicidade que os financia. Nem por serem não escritas elas são menos respeitadas. Pode-se dizer, até, que as regras mais estritamente cumpridas são as não escritas. Os empregados das empresas de TV que não tiverem antenas afinadas para captá-las não terão ali uma carreira muito longa, pouco importando se os canais são estatais ou privados.

Para os neófitos nessas lides, aqui vão algumas das regras não escritas da TV-empresa que domina Portugal ministrando-lhe a sua dose diária de desinformação. 


• - É proibido dizer ser desejável, necessário e indispensável que Portugal recupere a sua soberania monetária. Na verdade, a TV portuguesa prefere nem sequer mencionar o assunto: a pertença à Zona Euro é por ela considerada eterna, definitiva, imutável e irrevogável – jamais pode ser posta em causa.


• - É proibido igualmente recordar que, com o programa da troika, a dívida pública portuguesa aumenta e aumentará cada vez mais, mencionar que já é absolutamente impossível liquidá-la e que por sua causa as riquezas do país estão a ser saqueadas.


• - É proibido dizer que Portugal já é um contribuinte líquido da UE pois paga mais do que dela recebe. Para esta TV, mencionar a possibilidade da saída de Portugal da UE é o mais terrível dos pecados.


• - É proibido falar do estado catastrófico em que se encontra hoje a economia e o povo grego sob a ditadura da Troika BCE/UE/FMI. E é ainda mais proibido recordar que em relação a Portugal a Grécia tem apenas dois anos de avanço temporal quanto à imposição de medidas da Troika.


• - É proibido mostrar imagens com gente jovem em manifestações do PCP.


• - É proibido falar da existência do Pico Petrolífero e, muito menos, da necessidade de Portugal tomar medidas urgentes a fim de minimizar os seus efeitos.


• - É proibido falar das munições com urânio empobrecido, das regiões do mundo por ele devastadas, dos soldados que morreram devido à sua contaminação e das suas pavorosas consequências entre as populações civis atingidas.


• - É proibido condenar os alimentos geneticamente modificados. Se deles se falar será sempre em tom neutro ou apologético, com muito respeitinho para com as transnacionais que os comercializam.


• - É proibido dizer que o chamado "aquecimento global" (agora ridiculamente rebaptizado como "alterações climáticas") é uma impostura.


• - Foi permitido discutir extensamente a localização do novo aeroporto de Lisboa, mas rigorosamente proibido discutir se havia alguma necessidade real de um novo aeroporto (agora o projecto está adiado sine die devido apenas à ruína do país, não por ter sido objecto de uma decisão racional e consciente de rejeição).


• - É proibido por em causa quaisquer das várias versões incongruentes e absurdas do governo estado-unidense acerca dos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001.


• - É proibido chamar a invasão do Iraque de invasão (e o mesmo quanto as invasões/agressões ao Afeganistão, Líbia, Mali, Síria, Jugoslávia, Sudão ou qualquer outro país por parte da NATO ou de membros da NATO).


• - É proibido chamar o imperialismo de imperialismo.


• - É proibido convidar para quaisquer programas televisivos quem possa dizer verdades como estas acima.

Para recordar a actuação de Durão Barroso e Companhia na Associação de Estudantes da Faculdade de Direito

Passos Coelho vai bugiar!...


LETRA:


Chego a casa estafada

Sento-me para ver TV

"Porra que isto tá tudo preto"

Depois lembrei-me era da TDT.

Fui para o meu quarto, chateada

Tive de ligar o pc à chapada

Tentei ligar à net, não deu

Perguntei ao meu pai o que se sucedeu

Filha não temos dinheiro!

O governo roubou-nos o ano inteiro!

Andamos todos bastante enrascados

Nem 5 cêntimos tenho no mealheiro




Ouvi alguém dizer que isto ia melhorar

Era a minha avó para eu não me chatear

Não quero ouvir notícias na televisão

Nem a Teresa Abrantes e a sua previsão

Precisamos de dinheiro e o país não tem!

Fabriquem notinhas ninguém vos detém

"Não podemos porque perdem o valor"

"São só 10 euros se faz favor"




Saí do quarto, fui comer à cozinha

Encontrei a minha mãe sozinha

Perguntei-lhe porque não estava a máquina a lavar

Respondeu tão bem que eu tive de gravar

"O Sr.Coelhinho quer enterrar

O nosso país quer escavacar

Só nos resta labutar sem parar

Mas quem é que elegeu aquele anormal?"




Ouvi alguém dizer que isto ia melhorar

Era a minha avó para eu não me chatear

Não quero ouvir notícias na televisão

Nem a Teresa Abrantes e a sua previsão

Temos idosos de 100 anos a trabalhar

O Coelho não quer saber, está-se a cagar

Vamos ficar piores que a Grécia

Isto sim, é uma autêntica peripécia.

Ó Passos Coelho!

Tu tens muito dinheiro!




Ouvi alguém dizer que isto ia melhorar

Era a minha avó para eu não me chatear

Não quero ouvir notícias na televisão

Nem a Teresa Abrantes e a sua previsão

Estamos completamente enterrados!

Cada vez somos mais sacrificados

Mas ele só nos manda emigrar

Bora lá Passos Coelho vai bugiar!

O passado dos políticos que nos governam!


Pós-25 de Abril
Quando Durão era o Zé Manel


"Julgo que a proposta aprovada hoje neste plenário de estudantes candidatos ao primeiro ano e apresentada pela sua inter comissões de luta, órgão que todos souberam erguer para poder fazer avançar a luta é uma proposta inteiramente justa e que conduz no sentido correcto da luta .Que é no sentido de ingresso imediato da sua aplicação desde já e de exigir das autoridades governamentais a legalização; pois nós temos que ver que esta questão da luta contra o serviço cívico, que já foi vista o ano passado e temos que seja quem for que está no ministério da educação e da investigação cientifica, chamemos-lhe assim, defende essa medida, medida essa que não é mais que o reflexo da crise do sistema de ensino burguês, e medida essa que é inteiramente incorrecta, anti operária e anti popular que lança estudantes contra trabalhadores e trabalhadores contra estudantes."

O 25 de Abril até pode ter apanhado as pessoas desprevenidas ou ocupadas, mas o que foram fazer nos dias, meses e anos seguintes foi já da sua inteira responsabilidade. Ou irresponsabilidade? A pergunta correcta é "onde é que estava no pós 25 de Abril"? Durão Barroso, como se vê, era um marxista ferrenho e maoísta fanático; Jorge Coelho foi actor na UDP; Catalina Pestana bloqueou a ponte 25 de Abril. Texto de Maria Henrique Espada
A 11 de Março de 1975, Catalina Pestana e vários colegas do MES (Movimento de Esquerda Socialista), acharam que o mundo ia acabar e foram para a sede do partido, na Av. D. Carlos, em Lisboa. Foi lá que Catalina e um camarada receberam a ordem: "Vão invadir a margem sul." E os dois lá foram, directos à Ponte 25 de Abril, a bordo de um Honda 600 azul. O colega de aventura guiava e Catalina, que nem megafone tinha, gritava, cabeça fora da janela: "Camaradas, é preciso unirmo-nos, estão a invadir os ralis." Na ponte, dá-se finalmente o que Catalina designa como "a iluminação". Um dos dois diz: "Vamos bloquear a ponte." Atravessam a viatura no sentido norte-sul e passaram a pé para o outro lado. Conseguem parar um camião e pedem ao condutor: "Camarada, atravessa o camião aqui, é preciso impedir que passe a reacção." "Nós não éramos ninguém, éramos uns mangericos, mas ele atravessou mesmo o camião." Dez minutos depois havia vários camiões atravessados, estava feito o bloqueio. Catalina Pestana ainda hoje se ri quando lembra o episódio: "Aquilo era uma festa. Se um génio me desse hoje mais dez anos de vida, em troca daqueles dois que vivi a seguir ao 25 de Abril, eu não trocava."
A ex-Provedora da casa Pia concorreu, pelo MES, às eleições para a Constituinte, em 1975, como número nove por Setúbal, dada a sua ligação à margem sul (não a invasão, mas o facto de ter dado aulas no liceu). O partido teve um resultado lamentável, não elegendo ninguém, nem sequer o cabeça de lista por Lisboa: Eduardo Ferro Rodrigues. E percebe-se porquê, como explica o futuro secretário-geral do PS: "Tínhamos sessões com centenas de pessoas, mas dizíamos que era só para esclarecer e nunca fazíamos apelo ao voto, que votassem em quem quisessem. No final, as pessoas, espantadas, vinham-nos perguntar: "Mas então não querem que a gente vote?!"" Ainda bem que não votaram - o embaixador português junto da OCDE reconhece que, na altura, esteve do lado errado da História: "Vendo à distância, houve forças com que não estávamos que tiveram um papel fundamental para que a coisa não acabasse mal. Soares, Melo Antunes, Eanes, não eram pessoas que admirássemos."
O MES é um bom ponto de partida para detectar activistas políticos com futuro promissor, já que o seu primeiro resultado eleitoral é inversamente proporcional ao sucesso dos seus membros. Deu dois secretários-gerais do PS (Jorge Sampaio e Ferro Rodrigues), um Presidente da República (Sampaio) e exibe um invejável palmarés de ministros: Vieira da Silva e Augusto Santos Silva, no actual elenco de José Sócrates, David Justino, Alberto Martins, João Cravinho ou Augusto Mateus. Sampaio foi primeiro a sair, assustado com os caminhos do líder Augusto Mateus, que, lembra outro ex-membro, Joel Hasse Ferreira, hoje eurodeputado pelo PS, queria “cavalgar o processo revolucionário a de forma a ultrapassar o PCP”. O MES foi extinto em 1978, num mega-jantar no Mercado do Povo, em que foi notada a ausência de Mateus. Apesar dos destinos políticos diferentes, alguma lastro ficou. Quando, enquanto líder da oposição, foi questionado sobre se se aproveitava alguém do Governo de Durão Barroso, Ferro fez uma ressalva: “Talvez o ministro da Educação, que foi meu camarada.” “Achei-lhe graça”, ri David Justino.

Ser actor, e político, ao mesmo tempo, foi algo que Jorge Coelho não aprendeu no PS, mas na UDP, com passagem anterior pelo CCRML(Comités Comunistas Revolucionários Marxistas-Leninistas). A que também pertenceu Mariano Gago, actual ministro da Ciência e Ensino Superior, que na altura liderou a Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico. Os CCRML integram a UDP, em finais de 1974, e o agora CEO da Mota-Engil segue o movimento. À época, ser actor era importante por outro motivos que não a arte: assim se levava a revolução ao povo. E Coelho também tentou a sua invasão da margem sul por vias pacíficas, no Barreiro, em Almada, desempenhando peças de Brecht e Luís de Stau Monteiro. Na peça Sua Excelência, deste último, fez de Sua Excelência.
Na UDP encontrou vários jornalistas com quem mais tarde se cruzaria como político: estiveram lá António Peres Metello ("Isso é uma outra encarnação minha"), José Manuel Fernandes, director do Público, ou Henrique Monteiro, director do Expresso. E também o professor João Carlos Espada, director do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, colunista do Expresso, agora um liberal convicto, e "besta negra" da esquerda. O seu reitor, o da Católica, Manuel Braga da Cruz, por sinal, andou pelo MES.
António Vitorino não andava a longe. Esteve na FSP (Frente Socialista Popular), a cisão do PS protagonizada por Manuel Serra, ele próprio cinde, e junta-se a alguns ex-MES no MSU (Movimento Socialista Unificado), onde também está Braga da Cruz. Uma testemunha das negociações, Hasse Ferreira, conta que, aos 18 anos, Vitorino marcava pelo discurso e não só: “Era um cabelo... Muito, muito, muito cabelo, comprido, castanho.”

Se Coelho era actor, Nuno Ribeiro da Silva, ex-secretário de Estado da Energia de Cavaco Silva e presidente da Endesa Portugal, era cantor. Cantava no GAC, Grupo de Acção Cultural-Vozes na luta, ligado à UDP, onde dominava a voz de José Mário Branco. Cantaram por todo o país, em auditórios, em greves e em acções de rua, no estrangeiro (Franco, em Espanha, correu-os a gás lacrimogéneo) e no festival da canção. O empresário entoava: "A cantiga é uma arma e eu não sabia, tudo depende da bala e da pontaria." Mas o entusiasmo era maior que a consequência. José Mário Branco, num espectáculo no centro de reabilitação de Alcoitão, entusiasmou-se fez um discurso, e instou a assistência a cantar a Internacional, "de pé e punho erguido". Fez-se silêncio: estavam umas centenas de pessoas em cadeiras de rodas a ouvi-lo. Ribeiro da Silva tem uma "relação cordial com esses tempos." Quando foi para o Governo e perguntavam "quem era o fedelho", contava também o currículo político: "Andámos, gostámos e foi giríssimo." Mas nunca militou em nenhum partido, nem no PSD, a cujo governo foi parar por influência do amigo do Técnico Carlos Pimenta, um JSD de primeira hora, que lhe chamava "um marginal esquerdista".

Henrique Monteiro da OCMLP e depois da UDP, “a defender só coisas erradas e parvoíces que ainda hoje estamos a pagar. “Que mil flores desabrochem”, de Mao, era uma frase levada a sério, demasiado a sério. Henrique não apreciava a falta de sentido de humor. Apresentou um colega baixinho que ia intervir, dizendo “agora vai falar o maior marxista-leninista vivo” e ninguém se riu. Mas se a OCMLP (Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa), em Lisboa, contava pouco na extrema-esquerda – dominava o animado MRPP – a norte, no Porto, era um peso-pesado. Ao ponto de enxotar a concorrência. Como sabe Alberto Martins, líder parlamentar do PS, na altura no MES. Pedro Baptista, o líder da OCMLP na altura (e hoje candidato à distrital socialista do Porto), conta: “Começámos a preparar cerco ao Palácio de Cristal, (onde o CDS de Freitas do Amaral tinha marcado o seu congresso) um mês antes, e marcámos para as quatro da tarde. Quando chegámos, estava lá o Alberto Martins, mais uns, anteciparam-se e tinham chegado às três. Mas eram meia dúzia, as pessoas ficaram connosco, fomos nós que fizemos o boicote.” O ex-líder da OCMLP manteve sempre, apesar disso, uma relação cordial com Alberto Martins.

Também há experiências infelizes. O advogado Ricardo Sá Fernandes tem algumas boas memórias do MDP-CDE (O Movimento Democrático Português-Comissão Democrática Eleitoral) – chegou a discursar num comício com o Campo Pequeno cheio, e foi o mais jovem candidato à Constituinte, com 21 anos, a idade mínima, feitos dois dias antes do prazo. Era o número dez da lista por Lisboa, seguido de Artur Jorge, futuro treinador de futebol. Mas predominam as más memórias. Quando os trabalhadores do República invadiram o jornal e expulsaram o director, Raul Rego, Ricardo foi à sede. Na entrada, de um lado, havia os comunicados com a posição oficial do partido, de neutralidade. Do outro, um molho de caricaturas de Mário Soares, com uma mão no rabo e dizendo: "Ai que me deram no Rego." Sá Fernandes passou-se: "Disse-lhes, vocês são uns hipócritas". Já tivera pistas anteriores da hipocrisia: “Na direcção estava o Francisco Pereira de Moura, um católico progressista, e José Manuel Tengarrinha, mas quem mandava era o Lino de Carvalho e o Vítor Dias, que eram funcionários do PCP e estavam ali numa espécie de comissão de serviço!" Saiu no início de 1976.

José Lamego também tem histórias desagradáveis para contar do pós-25 de Abril. Ele, que era um símbolo do partido ­ - tinha 19 anos quando derrubou o pide que atingiu o estudante José António Ribeiro dos Santos, na faculdade de Direitoe levou uma bala numa perna e foi submetido a uma das mais longas torturas de sono da Pide, durante 16 dias consecutivos - deixou o MRPP (Movimento Reogarnizativo do Partido do Proletariado) quando chegavam Durão Barroso e Ana Gomes, em finais de 1974. "O Verão de desse ano já foi um delírio absoluto, de sectarismo, lutas de rua, as brigadas…" Ainda assim, manteve boas relações com o MR, sobretudo com alguns jovens, mas sempre os achou com falta de humor e excesso de “excitabilidade”. Num café de Coimbra, disse “por piada a uns miúdos do MR", que a sétima esquadra americana estava prestes a desembarcar na praia da Figueirinha, perto de Setúbal. Minúscula, por sinal. Uns dias depois, viu o general Costa Gomes desmentir na RTP que a Nato estivesse com intenções de intervir em águas territoriais portuguesas. "Nunca mais disse piadas."
Uns vão, outros vêem. Ana Gomes estivera nos CAC (Comités de Luta Anticoloniais) antes do 25 de Abril, e chegara a fazer comunicados, na garagem dos pais, com Maria José Morgado, antes do 25 de Abril, "nuns copiadores mal-amanhados", e, em Novembro de 1974, em Novembro, "eles chamaram-me, queriam tomar o poder ao PCP em Direito". Assistiu à chegada de Durão Barroso: "Numa assembleia geral da faculdade, foi a primeira vez em que ele apareceu, fez um discurso tão empolgante que alguém disse logo, "peguem nesse miúdo". Acabou na direcção da associação". Que Ana Gomes também integrou. Passou a ir nas tais brigadas de que Lamego não apreciava. Na noite em que morreu Alexandrino de Sousa, afogado no Tejo junto ao Terreiro do Paço, Ana teve sorte: saíram duas brigadas de colagem de cartazes (que às vezes acabavam em batalhas campais com brigadas de outros movimentos). Ana ia na outra. Na de Alexandrino, ia uma ex-namorada de Durão: “Estávamos a colar cartazes e chegou um grupo com carrinhas, barras de ferro, da UEC. Foram-nos empurrando até ao rio, à tareia.” Alexandrino não sabia nadar. Quanto a Durão, recorda-o assim. “Muito culto, e na faculdade incendiava as audiências. É muito curioso vê-lo agora com um discurso institucional.”
Margarida Sousa Uva, a futura mulher de Durão Barroso, não foi para ao MRPP por afinidade, mas por convicção. Foi Lamego que lhe aprovou a entrada sem a conhecer, com uma recomendação de Saldanha Sanches: "É linda como uma virgem de Boticelli." Garcia Pereira foi advogado do caso da morte de Alexandrino de Sousa. Só ele se mantém do MRPP. Até Fernando Rosas, outro histórico do MRPP, emigrou para outras bandas. João Soares, que nunca foi do MRPP, era solidário na pancadaria: "Tudo o que era acção directa ele alinhava connosco", recorda Lamego, que o reencontraria no PS. Como reencontraria Ana Gomes, que criticou a sua ida para o Iraque, como representante português na administração provisória. Hoje não se falam. Coisas de família – política, entenda-se.
No início deste ano, a procuradora Maria José Morgado descreveu-se assim ao El País: "Éramos um grupelho de universitários. Eu era uma marrona maoísta, uma criatura absurda". E ainda: "Arquétipos estúpidos e lunáticos. Queríamos tomar o poder e globalizá-lo. Ainda bem que não o tomámos”

Olhando para a actual classe política, muita gente conheceu muita gente no pós 25 de Abril. Há duas hipóteses de explicação: ou o país é mesmo pequeno, ou a extrema esquerda foi grande. E à direita? À direita havia menos gente, menos movimentos e menos animação. Pedro Santana Lopes fundou o MID (Movimento Independente de Direito), na Faculdade de Direito, onde também esteve Nuno Rogeiro. Paulo Portas militava, imberbe e sem idade para aventuras, na JSD. Na direita vista como mais radical, pontuava o MDLP (Movimento Democrático de Libertação de Portugal), que agregou os spinolistas, onde esteve José Miguel Júdice, com vinte e poucos anos, e que já passara pelo MFP (Movimento Federalista Português), que defendeu uma solução federalista para o problema colónia. Foi preso a 28 de Setembro de 74, e novamente no 11 de Março. Durante o gonçalvismo, foi para Espanha um ano, e “fazia trabalhos políticos ou jurídicos, consultas” para o movimento. Não lamenta nada: “Não. O que fiz fi-lo com grande idealismo, se voltasse a ter aquela idade voltava a fazer o mesmo. É bom ser-se radical quando se é novo, é mau é ser-se radical quando se é velho.”

Diário íntimo de um emigrante!...


Apresentação de uma nova jóia!...


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Vemos, ouvimos e lemos...

Agita o Douro com o Teu Olhar



“ Agita o Douro com o Teu Olhar” (ver vídeo acima), instrumental de Pedro Abrunhosa (Se eu fosse um dia o teu olhar), e letra de Pedro Rocha, aluno da Escola Secundária de Alijó, que é também a voz principal, é um cântico ao Douro e ao desenvolvimento sustentável.

Para onde fica Pevidém?



26 de ABRIL de 1937 Guernica faz hoje 76 anos que a aviação NAZI da Alemanha destruiu a cidade matando grande parte da população da povoação.



26 de ABRIL de 1937!

GUERNICA FAZ HOJE 76 ANOS O GENOCÍDIO DE FRANCO SOBRE O POVO E DA DESTRUIÇÃO DA CIDADE, PELA AVIAÇÃO NAZI DA ALEMANHA, POR ORDENS SUAS!

Faz hoje 76 anos que a aviação NAZI da Alemanha, a mesma que agora aflige os espanhóis, por ordens expressas do golpista e sanguinário, ditador fascista, Francisco Franco, mandou atacar o seu próprio povo em GUERNICA, destruindo a cidade e matando grande parte da população da povoação.

A Guerra Civil de Espanha foi o laboratório de ensaio da Alemanha e da sua máquina de guerra para levar a cabo a Segunda Guerra Mundial, em que morreram cerca de 40 milhões de europeus.

É urgente, imperioso e necessário a concretização da III Republica Espanhola, para legalizar o que o golpe fascista da falange de Franco, coligado a Hitler e Benito Mussolini, fizeram; destruíram a II Republica Espanhola iniciada livre e democraticamente, em 1931, e para a recuperação da Espanha do atoleiro de corrupção e sem saída, no contexto da monarquia imposta por Franco!


Dia 26 de Abril, aniversário do massacre de GUERNICA.

Taxar os Ricos (um conto de fadas animado)



Taxar os ricos: Um conto de fadas animado, é narrado por Ed Asner, com animação de Mike Konopacki. Escrito e dirigido por Fred Glass para a Federação de Professores da Califórnia. Um vídeo de 8 minutos sobre como chegámos a este momento de serviços públicos mal financiados e ampliando a desigualdade econômica. As coisas vão para baixo numa terra feliz e próspera após os ricos decidirem que não querem pagar mais impostos. Dizem às pessoas que não há alternativa, mas as pessoas não têm assim tanta certeza. Esta terra tem uma semelhança surpreendente com a nossa terra.