Previsão do Tempo

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A 23 de Novembro de 1930 - Nasceu Herberto Helder de Oliveira



Herberto Helder de Oliveira nasceu no Funchal a 23 de novembro de 1930 e morreu em Cascais a 23 de Março de 2015, foi um poeta português, considerado o "maior poeta português da segunda metade do século XX".
Filho de Romano Carlos de Oliveira e de Maria Ester dos Anjos Luís Bernardes, tinha duas irmãs, Maria Regina e Maria Elora.
Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo trabalhado em Lisboa como jornalista, bibliotecário, tradutor e apresentador de programas de rádio.
Viajou por diversos países da Europa, realizando trabalhos correntes, sem nenhuma relação com a literatura e foi redactor da revista Notícia em Luanda, Angola, em 1971, onde sofreu um acidente grave. Também foi um dos colaboradores da efémera revista Pirâmide (1959-1960).
É considerado um dos mais originais poetas de língua portuguesa. Era uma figura misantropa, e em torno de si paira uma atmosfera algo misteriosa uma vez que recusava homenagens, prémios ou condecorações e se negava a dar entrevistas ou a ser fotografado. Em 1994 foi o vencedor do Prémio Pessoa, que recusou.
A sua escrita começou por se situar no âmbito de um surrealismo tardio.
Em 1964 organizou com António Aragão o "1.º caderno antológico de Poesia Experimental" (Cadernos de Hoje, MONDAR editores), marco histórico da poesia portuguesa.
Escreveu entretanto "Os Passos em Volta", um livro que através de vários contos, sugere as viagens deambulatórias de uma personagem por entre cidades e quotidianos, colocando ao mesmo tempo incertezas acerca da identidade própria de cada ser humano (ficção); "Photomaton e Vox", é uma colectânea de ensaios e textos e também de vários poemas.
"Poesia Toda" é o título de uma antologia pessoal dos seus livros de poesia que tem sido depurada ao longo dos anos. Na edição de 2004 foram retiradas da recolha as suas traduções.
Alguns dos seus livros desapareceram das mais recentes edições da Poesia Toda, rebatizada Ofício Cantante, nomeadamente Vocação Animal e Cobra.
A crítica literária aproxima a sua linguagem poética do universo da Alquimia, da mística, da Mitologia edipiana e da imagem da Mãe.
Faleceu no dia 23 de março de 2015, de causas ainda não conhecidas, e menos de dois meses após a sua morte é publicado o seu último livro de originais,"Poemas canhotos", que tinha terminado pouco antes da sua morte.
Quando do seu falecimento o PCP referiu que “Morreu um dos grandes fundadores da língua portuguesa, tal como Luís de Camões ou João Guimarães Rosa, como Fernando Pessoa ou Maria Velho da Costa. Como estes outros, Herberto Helder mostra que o português não está feito e acabado, é ainda hoje uma tarefa inacabada.”

A 23 de Novembro de 1937 - Nasceu Armando Rodrigues Aldegalega





Armando Rodrigues Aldegalega, fiel de armazém e atleta, nasceu em Setúbal a 23 de Novembro de 1937. Armando Aldegalega é militante do PCP e participou em muitas das corridas da Festa do Avante.
Armando Aldegalega foi descoberto pelo Sporting Clube de Portugal em 1956, quando representou o Internacional de Setúbal na Légua Nacional, iniciando aí uma longa carreira de 50 anos sempre a correr com a camisola verde e branca, até terminar nas provas de veteranos, nas quais foi um dos atletas portugueses com mais títulos conquistados.
Em 1958 foi Campeão Nacional de Juniores em Corta Mato e nesse mesmo ano teve a primeira das suas três participações no Crosse das Nações, terminando no 55º lugar, naquela que foi a sua melhor classificação nesta prova.
No Corta Mato nunca foi Campeão Nacional, mas era presença habitual nas equipas do Sporting que dominavam esta especialidade, tendo contribuído para a conquista de vários títulos nacionais e regionais.
Na época de 1962 foi pela primeira vez Campeão de Portugal nos 10000m, um feito que viria a repetir mais 4 vezes, isto para além de ter conquistado 2 títulos nos 5000m e outros tantos nos 3000m obstáculos, totalizando assim 9 Campeonatos de Portugal na Pista.
Embora as provas curtas não fossem a sua especialidade, fez parte da equipa do Sporting que em 1962, bateu o Recorde Nacional da estafeta não homologada dos 4x1500m, com o tempo de 16,11,6m.
Na época de 1964 cometeu a proeza de bater três Recordes Nacionais na mesma corrida, estabelecendo os melhores tempos da hora e dos 15 e 20 Km.
Fazia habitualmente parte das equipas do Sporting que disputavam a Estafeta Cascais-Lisboa, cabendo-lhe normalmente o percurso mais longo, e assim contribuiu para 10 vitórias do Clube nessa popular corrida.
No entanto foi na Maratona que mais se distinguiu, acabando por se especializar nessa dura prova, depois de em 1962 ter ganho a Medalha de Ouro nos Jogos Ibero Americanos, disputados em Madrid.
Daí para a frente passou a ser o dominador dessa especialidade em Portugal, ganhando 10 vezes a Maratona Nacional, com 16 anos de intervalo entre a primeira em 1964 e a última em 1980, quando já era um veterano e surpreendeu os favoritos, fazendo-se valer da sua experiência, numa prova disputada em Beja, em condições muito difíceis.
Mas entre 1964 e 1974 tinha ganho 9 vezes essa competição, conseguindo a melhor marca nacional em 1966, 1969 e 1971, um resultado que viria a melhorar durante o Campeonato da Europa de Helsínquia, disputado nesse último ano, onde foi 15º classificado, estabelecendo aquele que ficou como seu recorde pessoal: 2,20,01,2h.
Fez parte da equipa do Sporting Clube de Portugal que participou na 1ª edição da Taça dos Campeões Europeus de Atletismo, disputada em 1975, em Liège na Bélgica, classificando-se no 11º lugar nos 10000m.
Representou Portugal em inúmeras competições, desde 1958 no Crosse das Nações até 1986, quando já tinha 48 anos, tendo participado, na Taça da Europa de 1965 correndo os 10000m, e nas Maratonas dos Campeonatos da Europa de 1969 e de 1971, e dos Jogos Olímpicos de 1964 em Tóquio, e de 1972 em Munique, onde teve a honra de ser o porta estandarte da bandeira portuguesa, mas nesta competição rainha do Atletismo internacional, não foi além de um 44º e de um 41º lugares.
Em 1967 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Atleta Amador, e 10 anos depois voltou a receber este galardão, agora na categoria Dedicação.
Atleta de grande longevidade, conquistou inúmeros títulos internacionais na categoria de Veteranos, com destaque para as 4 Medalhas de Ouro conquistadas no Europeu de 1988, onde venceu os 1500, 5000 e 10000m e no Europeu de 1998 também nos 10000m, as Medalhas de Prata nos 10000m dos Mundiais de 1984 e de 1985 e nos 5000m do Europeu de 1998, e as Medalhas de Bronze nos 5000m dos Campeonatos da Europa de 1978 e de 1992 e dos Mundiais de 1985, e nos 10000m dos Campeonatos do Mundo de 1979, 1989, 1995 e de 1997, e dos Campeonatos da Europa de 1992. Isto para além de ter sido Campeão Mundial de Corta Mato em 1985 e 3º classificado em 1989 e em 1997.
Depois de se retirar das corridas de alta competição, manteve-se ligado ao Atletismo do Sporting como treinador adjunto de Bernardo Manuel.
Foi galardoado pelo Governo com a Medalha de Mérito Desportivo. Foi também distinguido pelo Comité Olímpico Português e pela Associação de Atletismo de Lisboa e recebeu a Medalha de Honra das Cidades de Setúbal, onde nasceu e de Loures, onde vive.

A 23 de novembro de 1883 - Nasceu José Clemente Orozco



José Clemente Orozco nasceu na Ciudad Guzmán/México a 23 de novembro de 1883 e morreu na cidade do México/México a 7 de setembro de 1949, foi um dos maiores pintores mexicanos e um dos protagonistas do muralismo Mexicano, juntamente com Rivera e Siqueiros e amigo de Paiva
Orozco destacou-se principalmente na pintura mural, mas também se dedicou à pintura de cavalete, à aguarela, ao desenho e à caricatura, que fazia mais como forma de sustento do que como arte.
A temática central da sua obra é a revolução, a luta do povo para atingir os seus ideais e uma nova sociedade.
A representação formal na sua obra reflete uma mistura de influências estéticas que vão do realismo ao expressionismo e passam pela arte renascentista italiana dos séculos XV e XVI.
Orozco trabalhou principalmente no México, onde a sua atividade de muralista foi mais intensa, mas, à semelhança de outros muralistas mexicanos, desenvolveu algumas obras nos Estados Unidos.
Um dos seus mais famosos murais encontra-se no Dartmouth College, em New Hampshire, e foi pintado entre 1932 e 1934, abrangendo quase 300 m² em 24 painéis.
Outro dos seus murais pode ser encontrado na New School for Social Research, actualmente New School University.
Entre 1922 e 1949, Orozco pintou uma superfície total de 4.700 m², em dezessete edifícios no México e quatro nos Estados Unidos.

A 23 de Novembro de 1896 - Nasceu Klement Gottwald



Klement Gottwald nasceu em Dědice/Moravia/Império Austro-Hungaro a 23 de novembro de 1896 e morreu em Praga/Chescolováquia a 14 de março de 1953, foi um comunista checo, jornalista e deputado (a945/46), Primeiro Ministro (1946/48) e, finalmente, Presidente da República da Checoslovaquia (1948/53).
Era filho de um camponês e com 12 anos foi para Viena e tornou-se aprendiz de carpinteiro. Aos 16 anos tornou-se socialista.
Durante a I Guerra Mundial serviu o exército Austro-Hungaro e desertou para os russos antes do fim da guerra.
Quando regressou ao novo estado da Checoslováquia em 1918, ele juntou-se à ala esquerda do Partido Social Democrata da Checoslováquia, que em 1921 se tornou o Partido Comunista da Checoslováquia (PCC). Em seguida foi editor do jornal do partido em Bratislava, Hlas Ludu ("voz do povo") e mais tarde do Pravda ("verdade").
Em 1925 foi eleito para o comité central do PCC e mudou-se para Praga e, em 1927, tornou-se Secretário-geral do Partido. A partir de 1929 foi um membro do Parlamento da Checoslováquia.
Após o acordo de Munique de outubro de 1938, Gottwald foi para Moscovo, onde mais tarde fez várias ligações ao movimento de resistência na Checoslováquia. Em 1945 tornou-se vice- primeiro ministro num governo provisório, nomeado pelo Presidente Eduard Beneš, com a aprovação da URSS. Em março de 1946 tornou-se presidente do PCC e, em 3 de julho tornou-se 1º Ministro da Checoslováquia. Em 14 de junho de 1948, após a demissão de Beneš, Gottwald foi Presidente da República.
Gottwald consolidou rapidamente a sua posição. A Checoslováquia adoptou o socialismo.
Gottwald sofre um grande resfriado no funeral de Stalin a 9 de março de 1953 e veio a sucumbir de uma pneumonia, cinco dias depois.

A 23 de Novembro de 1962 - Nasceu Nicolás Maduro Moros



Nicolás Maduro Moros nasceu em Caracas/Venezuela a 23 de novembro de 1962, é um político, ex-lider sindical e diplomático venezuelano, é o actual presidente constitucional da República Bolivariana de Venezuela. Após ter sido eleito nas eleições de 14 de abril de 2013.
Militou no Movimiento Bolivariano Revolucionario 200 (MBR-200) sendo um destacado activista pela libertação de Hugo Chávez, quando este se encontrava preso pela participação na insurreição militar em 1992.
É fundador da Fuerza Bolivariana de Trabajadores (FBT), organização da qual foi Coordenador Nacional.
Integrou a Assembleia Constituinte entre agosto de 1999 e agosto de 2000.
Foi deputado desde 2000 e depois foi Presidente da Assembleia Nacional venezuelana desde 2005 até 2006.
Durante quase 7 anos (2006-2013) exerceu o cargo de Ministro das Relações Exteriores, no qual promoveu o impulso das relações internacionais da Venezuela, o seu ingresso na MERCOSUR assim como a fundação de importantes espaços regionais como a UNASUR e a CELAC.
A 10 de outubro de 2012, três dias depois das eleiçõe presidenciais de 6 de outubro, o presidente Hugo Chávez designou-o Vice-presidente em sustituição de Elías Jaua que assumiria a candidatura a gobernador do Estado de Miranda.
Após a morte de Hugo Chávez, a 5 de março de 2013, assumiu a presidência da nação bolivariana até que a 14 de abril de 2013 foi eleito Presidente da Venezuela em eleições presidenciais, tendo sido empossado e feito o juramento a 19 de abril desse ano.
Fez os seus estudos secundários no liceu José Ávalos. Durante os anos da sua adolescência pertenceu à banda de rock “Enigma” e militou na Liga Socialista. Muito jovem começou a trabalhar como conductor na companhia de transportes Metro de Caracas, na qual foi dirigente sindical. Foi fundador do Sindicato do Metro de Caracas (SITRAMECA).
Com as tarefas de Ministro das Relações ExterioresAssuntos assinou acordos bilaterais com a China, Rússia, Bielorrússia e Irão, criticou a política do governo dos Estados Unidos, sobre a qual na Cimeira das Américas em Cartagena disse:
"Obama ignora a realidade do nosso país (...) actua como um grande cinismo, uma grande perversão. Seguiu, lamentavelmente, depois de três anos no Governo, o cinismo e a perversão do seu antecessor, George W. Bush"
A 10 de outubro de 2012 Hugo Chávez nomeou-o Vice-presidente Executivo da Venezuela.
Coincidindo com os 203 anos do primeiro grito de Independência da Venezuela, Nicolás Maduro fez juramento como Presidente constitucional da República Bolivariana de Venezuela a 19 de abril de 2013 na sala de sessões da Assembleia Nacional, em Caracas, para o período 2013-2019.
A faixa presidencial foi-lhe colocada pela filha do lider da Revolução Bolivariana, María Gabriela Chávez juntamente com Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional.
No juramento disse:
"...por Deus, por Cristo, pelo povo, pela memória eterna do Comandante Supremo que cumprirei e farei cumprir esta Constituição em tudo o inerente ao cargo para construir uma Pátria de felicidade, independiente e socialista para todos e para todas"
Após a morte de Hugo Chávez também foi eleito como presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), após o seu Congresso Nacional realizado entre os dias 26, 27 e 28 de julho de 2014.

Isto é que vai uma salada!...

Mas que grande defesa? Qual Júlio César?

Futebol nunca mais!...


Festival de Cannes


Dicionário da Língua Romontica Portuense


A 23 de Novembro de 1221 - Nasce o futuro rei de Castela Afonso X, o Sábio

A 23 de Novembro de 1900 - Claude Monet expõe pela primeira vez obras da série ninfeias

A 23 de Novembro de 1936 - Sai o primeiro número da edição ilustrada da "Life Magazine"

A 23 de Novembro de 1941 - Nasceu Franco Nero



Franco Nero, de seu verdadeiro nome Francesco Sparanero, actor italiano, nasceu em Parma no dia 23 de Novembro de 1941.
Estudou durante algum tempo na Faculdade de Economia e Comércio, abandonando depois os estudos para ingressar no Piccolo Teatro de Giorgio Strehler em Milão.
O seu primeiro papel no cinema foi uma pequena participação no filme “La Ragazza in Préstito”, em 1964. A sua primeira interpretação importante aconteceu na película “Django (1966), um western clássico de produção ítalo espanhola. Ainda nesse ano, participou em mais oito filmes, entre os quais “Tempo di Massacro” e “Texas, addio”. É considerado um dos melhores actores europeus de westerns ainda vivo, tendo privilegiado também filmes policiais, de guerra, de terror e de ficção científica.
Em 1967, entrou no seu primeiro filme em inglês, “Camelot”, a que se seguiram – entre outros – “The Virgin and the Gipsy” (1970), “Force 10 From Navarone” (1978), “Enter the Ninja” (1981) e “Die Hard 2” de 1990.
Teve interpretações memoráveis em “A Bíblia” (1966), onde interpretou o papel de Abel, filho de Noé, e em “Querelle” (1982)), onde protagonizou um tenente homossexual. Franco Nero já actuou em cerca de 150 filmes e também escreveu, produziu e interpretou a película “Jonathan degli Orsi” (1993).
Entre os realizadores com quem trabalhou, salientam-se Luis Buñuel, John Houston, Rainer Werner Fassbinder e Claude Chabrol, entre muitos outros. Fez também filmes dirigidos por cineastas húngaros, jugoslavos e argelinos.
Durante as filmagens de “Camelot”, aproximou-se da actriz Vanessa Redgrave, com quem viria a casar-se e com quem teve um filho em 1969.
Uma das suas mais recentes actuações foi em “Django Unchained”, escrito e dirigido por Quentin Tarantino, lançado em 2012 e no qual contracenou com Leonardo Di Caprio. Franco Nero, actualmente com 74 anos, continua activo tanto na televisão como no cinema.

domingo, 22 de novembro de 2015

Prendas de Natal!...

Ramada Curto - O homem e o advogado!


Amilcar da Silva Ramada Curto nasceu em Lisboa, em 6 de Abril de 1886, filho de João Rodrigues Ramada Curto e de Delfina Guiomar da Silva Ramada Curto. Estudou Direito em Coimbra entre 1905 e 1910.
Era proprietário de uma quinta no Cartaxo (Quinta do Refúgio) e dedicou-se a diversas actividades: advogado, político, jornalista, dramaturgo, entre outras.
Enquanto estudante destacou-se como um dos líderes da greve académica de 1907, tendo sido um dos estudantes punido com dois anos de expulsão da Universidade. 
Foi um dos responsáveis pela criação de várias organizações republicanas como: 
Escola 31 de Janeiro, a Liga da Academia Republicana e o
Centro Académico Republicano de Coimbra. Foi também um dos principais organizadores do comité académico e civil que preparou a revolução republicana na cidade dos estudantes.
Foi também membro da Carbonária, tendo sido um dos organizadores do movimento em Coimbra até 1910.
Após a conclusão do curso de Direito foi apontado como candidato a deputado republicano em 1910 e foi eleito deputado em 1911, pela Covilhã, sendo mais tarde eleito pelos círculos da Évora, Lisboa, entre outros. Em 1919, após se desvincular do Partido Republicano, Ramada Curto adere ao Partido Socialista Português, sendo o líder parlamentar deste partido na Câmara dos Deputados.
Foi ainda chamado a desempenhar funções governativas durante a República sendo Ministro das Finanças entre 30 de Março e 28 de Junho de 1919, num governo liderado por Domingos Leite Pereira. Volta mais tarde as ser convidado a exercer as funções de Ministro do Trabalho, noutro governo chefiado pelo mesmo líder político, entre 21 de Janeiro e 8 de Março de 1921.
Como advogado participou em julgamentos célebres como o dos envolvidos no 19 de Outubro de 1921 e no famoso caso Alves dos Reis/Banco Angola e Metrópole.
Enquanto jornalista conhecem-se as suas colaborações em numerosos periódicos: A Pátria ; A Revolta, Coimbra; O Povo, Lisboa; A Liberdade;A Marselheza; Diário de Coimbra, Coimbra; Jornal de Notícias, Porto;Diário de Lisboa, Lisboa; ABC, Lisboa; Atlântida, Lisboa, 1915-1920; De Teatro,Lisboa, 1922-1927; O Diabo, Lisboa, 1934-1940; A Farça, Coimbra, 1909-1910; Girassol, Lisboa, 1930-1931; Mocidade, Lisboa, 1899-1905; O Popular, Porto, 1934-1935; Revista Mensal, Porto, 1925; Teatro e Letras, Porto, 1925.
A sua obra dramatúrgica é muita e variada: começando com O Estigma (1905); Segundas Núpcias (1913); A Sombra (1914); Os Redentores da Ilíria (1916); Os Tenórios (1922); A Fera (1923); O Caso do Dia (1926); Justiça! (1927); A Noite do Casino (1928); O Sapo e a Doninha (1929);A Boneca e os Fantoches (1929); Sua Alteza (1930); O Diabo em Casa (1931); Mascarada (1933); Sol Poente (1934); O Perfume do Pecado (1935); Recompensa (1938);Duas Mães (1939); Consciência (1939); Columbina e o Telefone (1940); Madame Solange, Vidente (1943); O Jogo do Diabo (revista-1945); Multa Provável (1951); A Voz da Cidade (1952); Fogo de Vistas (1956).
Publicou ainda outras obras como: O Preto no Branco (1944); Diário de José Maria (1941); Bianca Capelo (1933); Debaixo do Cedro (1931); e, A Vida Amorosa de Malaquias Raposo (1931).
Foi também tradudor de algumas obras como: Topaze de Pagnol; O Sexo Fraco de Bourdet; e Um Marido Ideal de Oscar Wilde.
Após a instauração da Ditadura Militar, Ramada Curto alinha sempre nas hostes da oposição.
Conhece-se também a sua iniciação maçónica em 1903, na Loja Elias Garcia, de Lisboa, com o nome simbólico de Elysée Réclus, tendo ascendido ao grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceite. Pertenceu ainda ao Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa desde 1934. Foi Presidente do Conselho da Ordem em 1931-1932.
Faleceu em Lisboa a 18 de Outubro de 1961.


Umas das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, expressão que, na altura, era considerada altamente ofensiva.
Nas sua alegações, o escritor e advogado Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar essa expressão em termos elogiosos ("Ganda filho da puta, és o melhor de todos !") ou carinhosos ("Dá cá um abraço, meu grande filho da puta !"), tendo concluído as suas alegações da seguinte forma :

"E até aposto que, neste momento, V. Exa. está a pensar o seguinte :

'Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente !"

Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :

"O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado".

A riqueza da língua portuguesa!...



Um português não tem um problema, na realidade ele está “feito ao bife”.

Um português não lhe diz para deixá-lo em paz, diz-lhe “vai chatear o Camões”.

Um português não lhe diz que é sexy, diz-lhe “é boa como o milho”.

Um português não repete o que diz, ele “vira o disco e toca o mesmo”.

Um português nunca se chateia, apenas “fica com os azeites”.

Um português não tem muita experiência, ele tem “muitos anos a virar frangos”.

Um português não se livra de problemas, ele “sacode a água do capote”.

Um português não está numa situação desesperante, ele está com “água pela barba”.

Um português não se irrita, ele “vai aos arames”.

Um português que muda de ideias facilmente é um “troca-tintas”.

Um português não é descarado, ele “tem lata”.

Um português não se recusa a dar informação, ele “fecha-se em copas”.

Um português não morre, ele “estica o pernil”.

Um português não se faz de surdo, ele “faz orelhas moucas”.
Um português não diz que está tudo suspenso por tempo indeterminado, ele diz que “ficou tudo em águas de bacalhau”.

Um português não diz “É indiferente para mim”, ele diz “Não me aquece nem me arrefece”.

Um português não passou por situações difíceis, ele “passou as passas do Algarve”.


A 22 de Novembro de 1963 - Morre Aldous Huxley



A 22 de Novembro de 1890 - Nasce Charles De Gaulle

A 22 de Novembro de 1928 - Estreia de "Bolero", de Maurice Ravel, em Paris.