Previsão do Tempo

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

De Vila Real Para o Mundo: Feliz 2014.




VAMOS FESTEJAR A ENTRADA DO NOVO ANO COM UMA NOVIDADE VINÍCOLA DE GRANDE QUALIDADE. QUANDO TIVER OPORTUNIDADE NÃO HESITE E EXPERIMENTE O VINHO ESPUMANTE MÉTODO CHAMPANHÊS DA ADEGA COOPERATIVA DE VILA REAL.

Hino da Tuna Eletrica Timpeira

Adeus, 3! Olá, 4! - FELIZ 2014



Concerto de Natal 2013. Teatro Ribeiro Conceição Lamego-Portugal



Concerto de Natal 2013
Banda Filarmónica de Magueija - Jingle Bells Forever arr:Robert W. Smith
Teatro Ribeiro Conceição
Lamego-Portugal

Um sistema que produz milhões de pobres não serve a sociedade"

Para todos os amigos e visitantes do Abaciente : Feliz Ano Novo 2014

FOI O FRIO!!! OU “O PLANO DE EXTERMÍNIO” ESTÁ A CORRER MUITO BEM …


FOI O FRIO!!! OU “O PLANO DE EXTERMÍNIO” ESTÁ A CORRER MUITO BEM …

Sim, o “Plano de Extermínio”. Ora vejamos: Três mil idosos mortos em cinco dias... é obra… Mas, para os “economicistas” as contas não são as mortes, as perdas, os aspectos humanos, as contas são outras: 3000 (idosos) X 350€ (fiquemos por esta média) de pensões, poupam-se, pelo menos, 1.050.000€... Nada mau, devem dizer. No fim do ano a soma dá: 14 700 000€ a menos no OE. Que poupança…!!! E sem problemas morais. Foi o frio. Não tem nada a ver com os baixos rendimentos destes idosos, nada tem a ver com o custos da energia com a qual se deveriam aquecer, nada a tem ver com a crescente inacessibilidade aos cuidados médicos, nada tem a ver com o custo dos medicamentos. Sim, foi o frio. Morrem 10 pessoas nas estradas por via de manobras perigosas e excesso de velocidade e é uma catástrofe, abre-se um processo de inquérito e tomam-se, de imediato, decisões: Legisla-se a favor dos vendedores de pneus, reforçam-se as campanhas de prevenção rodoviária, aumentam-se as coimas, investe-se em viaturas e radares para as polícias. Morrem três mil portugueses vítimas das condições terceiro-mundistas em que viviam, abusados por “garotagem” sem escrúpulos que os roubou de tudo o que tinham... e nem um pio, nem uma decisão. São idosos, reformados, um peso para o País. Sim… É O FRIO!!! Anónimus Activus

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Das extravagancias de uns à pobreza de outros. o exemplo de Tortosendo.


Moradia em Covilhã


Palacete Belmarco

Os playboys do Tortosendo

Na vila do Tortosendo, entre operários e pastores miseráveis da serra da Estrela, viveu, nos anos 60, uma elite de ricaços que conduzia carros de luxo, fazia compras no estrangeiro, ia de avioneta tomar café ao Estoril ou comprar peixe fresco à Figueira da Foz, para o almoço. O que resta hoje desse mundo de contrastes e de ressentimento?
O Mercury V8 azul, de 1950, a deslizar pela Avenida Viriato. As fábricas a laborar em pleno, sem dar tréguas aos teares, bobinadeiras, râmolas, urdideiras e cardas, mesmo quando os operários de fato-macaco abrem as marmitas com batatas cozidas, sentados à porta, na rua, faça sol ou caia neve.
O ronco altaneiro, fanfarrão, dos 4200 centímetros cúbicos dos oito cilindros do majestoso Mercury de Francisco Batista, a ecoar entre a sua casa e o edifício da Moura e Batista, e entre este e o Clube Avenida, onde se joga às cartas e se organizam bailes chiques, e onde os operários não entram.
Famílias a passar fome nos casebres do Casal da Serra, enquanto as senhoras vão à missa de limusina, conduzidas por um motorista fardado. Crianças de 11 anos a trabalhar nas fábricas, a troco de nada, enquanto os jovens filhos dos industriais coleccionavam carros e participavam em corridas, sem nunca terem tido um emprego. E sem nunca terem brincado com os filhos dos operários, que viviam na casa ao lado.
Que resta hoje desse Tortosendo de prosperidade de uns e miséria de outros, de exploração, de ostentação, de humilhação, de assédio sexual das operárias dos turnos da noite, de revolta, de greves e prisões? As fábricas estão em ruínas, os palacetes estão fechados, e o resto? Onde foi parar todo o esplendor, toda a vaidade? A superioridade, o preconceito e a prerrogativa?
Onde estão os carros de corrida? As avionetas que levavam os patrões ao Casino Estoril? Que será feito do imponente Mercury V8 de Francisco Batista?
Ao entrar pela estrada que vem da Covilhã, o Tortosendo é uma cidade-fantasma. Ou uma "cidade sinistrada", como prefere dizer o escritor Manuel da Silva Ramos, a respeito da Covilhã. O Tortosendo é igual, ou pior. Aqui não nasceu uma universidade, para aproveitar alguns dos edifícios monumentais da arqueologia industrial, atrair jovens estudantes, a quem as famílias dos antigos operários agora alugam quartos. Aqui não há nada. Nos arredores nasceu um parque industrial, com armazéns e fábricas de arquitectura horrenda, mas o centro da vila continua dominado pelos magníficos edifícios do seu período áureo. Nos anos 1950 e 60 havia mais de 20 fábricas na pequena povoação do Tortosendo, que davam trabalho a cerca de 5 mil pessoas. As elites dos lanifícios viviam à grande. No meio da serra da Estrela, num mundo de pastores, agricultores e operários mal pagos, um mundo de analfabetismo e isolamento, a elite industrial dançava pela noite dentro no Clube Avenida, ia às compras a Paris ou a Salamanca, às boîtes do Parque Mayer, tomar café a Espinho de Alfa Romeu desportivo ou comprar sardinhas frescas para o almoço à Figueira da Foz, de avioneta.
Em 1940, a Covilhã possuía 60 por cento de toda a produção de lanifícios do país. Em 1949, exportava 6 mil toneladas de têxteis, grande parte para Angola. Em 1968 exportava três vezes mais - 15 mil toneladas só para Angola.
A decadência começou nessa altura; o 25 de Abril de 1974 deu o golpe fatal nesse mundo de exploração e privilégio, e os anos 80 viram fechar, uma a uma, todas as grandes fábricas. Alguns dos edifícios foram convertidos em armazéns ou noutras indústrias (principalmente de confecções, que depois também foram abrindo falência). Mas a maior parte mantém-se no lugar, como que à espera que os operários voltem, que os teares se liguem de novo e a lã encha outra vez os armazéns. São edifícios degradados, quase sempre em ruínas, mas com estranhos sinais de vida emanando do interior. No meio da destruição, há máquinas, tecidos, botões, instrumentos espalhados pelo chão, como se o abandono não tivesse sido lento e duradouro, mas repentino e provisório.
A Sociedade de Lanifícios, a Sociedade de Fabricantes, a João Pontífice, a Cláudio de Sousa Rebordão, a José Laço Pinto Júnior, e tantas outras fábricas que ainda enobrecem a Avenida Viriato, a principal artéria do Tortosendo, pararam no tempo, cristalizando o momento em que a actividade se deteve, em que alguém fugiu, ou se escondeu, para não enfrentar o devir histórico que os sepultaria a todos.
Nas ruas do Tortosendo, a vida continua. As pessoas passam pelas carcaças das fábricas como que fingindo não as ver. Talvez não as vejam já. A inutilidade manifesta e monumental dos monstros de pedra transformou-os em acidentes naturais, como se fossem colinas ou árvores centenárias. Ou templos primitivos, habitados ainda pelos deuses do ressentimento.
Manuel Batista, 58 anos, vive no palacete da família. Hoje tem um negócio de importação de acessórios para as fábricas de confecção, com pouco que ver com as indústrias fundadas pelo avô, Francisco Pontífice Batista. Chegou a trabalhar nas fábricas geridas pelo pai, Gabriel, e os tios, mas afastou-se quando elas entraram em decadência. Depois, todo o império económico dos Batista se afundou.
Francisco foi pobre. Emigrou para o Brasil e trouxe de lá algum dinheiro, que investiu na indústria têxtil. Diz-se que usava calções rotos, quando chegou, antes de enriquecer. "O meu avô era um homem de poucas palavras, recto e justo", recorda Manuel. "Trouxe algum dinheiro do Brasil e investiu numa fábrica. Nunca pediu um empréstimo. Construiu as fábricas e depois deu sociedade a outros."
Francisco tinha quintas, várias fábricas, casas e propriedades. Diz-se que ajudava os pobres, que iam à quinta pedir comida. Ofereceu o terreno para a construção do seminário do Tortosendo, mandou construir um bairro inteiro, para os seus operários. Chamou-se Bairro dos Pinhos Mansos, mas era mais conhecido (e ainda é) como Bairro dos Batistas. Ficava ao lado das fábricas e incluía um parque para as crianças brincarem. Hoje chama-se Bairro José Carlos Ary dos Santos.
Mas foi Francisco quem fundou o Clube Avenida. Comprou a casa e convidou os amigos para sócios. Carlos Barata, 72 anos, habitante do Bairro dos Batistas, lembra-se do clube. Havia lá grandes festas, carros de luxo estacionados à porta. Mas nunca entrou. Ia ao outro, o Clube Unidos, onde se dançava ao som de uma banda chamada "O Jazz". Mas nunca ao Avenida. Não era sócio nem o deixavam ser. "Era só para os ricos. Nós não podíamos entrar." Carlos e a mulher, Maria do Céu Gabriela Silveiro, de 70 anos, vivem no Bairro dos Batistas há 50 anos. Trabalharam na fábrica de Francisco, ele desde os 10 anos, ela desde os 11.
Ganhavam muito pouco, mas pelo menos naquela altura havia trabalho, dizem agora a Manuel, o neto de Francisco. "Foi pena a indústria ter acabado, ó sr. Manuel", diz Maria do Céu. E Carlos: "A vida dantes era mais alegre do que é agora."
Manuel começou a trabalhar cedo, na empresa do pai e dos tios, embora sem ganhar nada. Um dos tios chegou a pagar-llhe um salário, quando ele tinha 18 anos, mas o pai veio a seguir e tirou-lhe o dinheiro. "Deves trabalhar para aprender, não para ganhar dinheiro", dizia-lhe.
Manuel andou a carregar tecidos, a distribuir calças com uma carrinha. Isso já na fase em que as empresas se dedicavam à confecção. Nos tempos gloriosos dos lanifícios, era ainda criança e o que recorda é uma época de abundância e redenção.
Brincava com os primos, nas várias casas e quintas da família. Tinha brinquedos caros, exclusivos. Como por exemplo um automóvel telecomandado, que ainda hoje guarda num armário, ao lado das colecções de carrinhos Matchbox.
Manuel lembra-se do primo Tó Rui e das brincadeiras com carrinhos. Era esse o tema que dominava toda a sua infância e adolescência, bem como as dos primos e amigos. No caso do Tó Rui, o hobby prolongou-se pela juventude, e depois dela. Substituiu as miniaturas por carros de verdade, tornou-se corredor de rallies.
Foi viver para Londres, dedicou-se às corridas de Fórmula 3 e Fórmula Ford. Chegou a ser campeão, com o nome de António Rui Bacelar de Moura. Conduziu um Fiat 600, um Abarth 1000, um Austin Cooper, um Alfa Romeu GTA e um Opel Commodore. Além de piloto, Tó Rui era músico numa banda de rock and roll que interpretava canções dos Beatles, Rolling Stones e Bob Dylan.
"O Tó Rui era um verdadeiro playboy", diz Manuel Batista. "Casou muito tarde e fazia uma vida... como disse um amigo dele, fazia suspirar as meninas da época e as suas mães."
Tó Rui morreu há dois anos, mas a paixão dos carros desportivos sobreviveu no Tortosendo. Manuel tem a parede do escritório forrada de fotografias de modelos dos anos 1960 e 70. E na garagem de uma das casas da família, na Avenida Viriato, junto à sede do Clube dos Ricos, hoje fechado, tem vários exemplares, perfeitamente tratados e conservados. Um Citroën Palas, um Taunus, um BMW 1600, um Renault 12, um Cortina GT e um Fiat 125 Special azul, o seu preferido.
A indústria têxtil na Covilhã começou a desenvolver-se no século XIX. No início do século XX, era já uma das indústrias mais importantes do país. Mas foi com as duas guerras mundiais que os lanifícios se tornaram numa actividade incrivelmente rentável. Os países europeus beligerantes pararam a produção de lãs e tecidos, abrindo a janela de oportunidade aos industriais da serra da Estrela.
Segundo Elisa Pinheiro, historiadora e investigadora, ex-directora do Museu dos Lanifícios da Covilhã, a elite dos industriais tem origem, desde o século XVIII, na comunidade judaica da região. Desenvolveram a actividade segundo um modelo sui generis baseado na existência de muitos cursos de água na cidade. Daí as fábricas terem sido construídas junto às ribeiras e, por terem apostado nos teares hidráulicos, terem prescindido da energia a vapor que se impunha na Inglaterra, na época da Revolução Industrial.
No Tortosendo, a indústria desenvolve-se mais tarde e como subsidiária das fábricas da Covilhã. Por isso as fábricas foram construídas junto à estrada, para facilitar o transporte para a Covilhã.
"As elites do Tortosendo são mais tardias", explica Elisa Pinheiro. Têm origem nos tecelões que enriqueceram a fornecer fio de lã para as fábricas da Covilhã. De um ou dois teares, passaram a juntar várias dezenas, num "casarão", que depois deu origem às primeiras fábricas. Estes primeiros empresários começaram por ser sócios de fábricas da Covilhã, antes de se terem tornado independentes.
E foi talvez por terem ascendido socialmente com rapidez e alguma facilidade que se tornaram mais exploradores dos operários e mais exibicionistas. Tinham características idênticas às dos seus congéneres da Covilhã, embora talvez mais exageradas em alguns dos seus traços. E, como viviam num meio mais pequeno e mais pobre, criaram uma sociedade ainda com mais contrastes e mais injustiças. Nos anos de 1960, no auge da indústria, havia uma centena de fábricas na Covilhã e cerca de duas dezenas no Tortosendo - o que, dada a dimensão relativa da povoação, representava um peso ainda maior na actividade da população.
Uma das características destas elites, tanto na Covilhã como no Tortosendo, era a sua fraca cultura. "O liceu na Covilhã começa tarde, já nos anos 40", conta Elisa Pinheiro. Nas actas da reunião da Câmara Municipal em que foi decidido criar o liceu, estão registadas muitas objecções. Um industrial importante da época disse: "Um liceu? Para quê? Nós pomos os nossos filhos a estudar fora. Se houver um liceu cá, os filhos dos operários também irão estudar."
O liceu acabou por ser inaugurado, mas não serviu de trampolim para a universidade.
Os industriais tinham possibilidade de mandar os filhos continuar os estudos, mas não o fizeram. Acharam que não era necessário. Era tão fácil ganhar dinheiro, que o estudo era visto como uma perda de tempo. Poucos foram os empresários que quiseram dar aos filhos uma formação na área dos têxteis. Ou qualquer outra formação. Elisa lembra-se de que quando chegou à universidade, em Lisboa, os professores se queixaram de que nunca ali tinham visto um jovem da Covilhã.
"Era fácil ganhar dinheiro. Estas pessoas gastavam muito e não tinham qualquer respeito por quem trabalhava." Elisa recorda-se de uma modista da Covilhã que contava que as senhoras ricas lhe encomendavam 20 ou 30 vestidos de cada vez, para levar ao casino, e depois não pagavam. Havia também a tradição da caridade, embora o objectivo fosse mais o exibicionismo do que o verdadeiro interesse pelos que viviam pior. Havia festas de caridade, onde as senhoras jogavam canasta, e o hábito de "adoptar" pobres. "As famílias tinham os seus pobres de estimação", diz Elisa. Ela estudou as listas de donativos para o albergue dos pobres, que os ricos mandavam publicar nos jornais. "Eram quantias miseráveis. Davam coisas em mau estado, que não valiam nada, só para aparecer nos jornais."
Os homens tinham amantes entre as operárias. "Escolhiam as mais bonitas, montavam-lhes casa, tinham filhos delas. Ter várias mulheres por conta era até um sinal de afirmação e poder."
Ao contrário desta espécie de "aristocracia iletrada", os operários tentavam colocar os filhos na Escola Industrial da Covilhã, que em 1881 abriu com cursos de especialização nas várias actividades fabris.
A partir de certa altura, o contraste era evidente entre a incompetência dos patrões e a alta capacidade dos operários, ou pelo menos dos quadros intermédios das fábricas, como debuxadores, tintureiros, etc. "Havia um escol de técnicos médios." E talvez isso tenha sido uma das razões para a violência do conflito que se seguirá.
A ignorância e incompetência dos industriais impediu-os de se modernizarem quando a crise chegou, explica Elisa Pinheiro. Com a concorrência do terceiro mundo e, principalmente, depois de 1974, com a contestação às condições de trabalho e o desaparecimento das colónias, a indústria morreu.
"As fábricas tinham sido equipadas com máquinas novas, mas estavam adaptadas para produzir para o mercado colonial, que era pouco exigente em termos de qualidade", diz Elisa. Desaparecido esse mercado protegido, não podiam concorrer num mercado mundial mais competitivo.
"Era um mundo muito violento", diz a historiadora. "Não só da parte dos patrões, mas também do lado dos operários." Desde cedo houve greves e manifestações, organizadas por um forte movimento anarco-sindicalista, e depois comunista. Logo em 1923, por exemplo, houve uma greve em protesto por a França ter ocupado o Ruhr. Os operários podiam ser tão arrogantes quanto isto.
Nas suas investigações, Elisa descobriu que este movimento contestatário não nasceu espontaneamente, nem na Covilhã nem no Tortosendo. Apercebendo-se das condições sociais propícias, activistas em Lisboa enviaram agitadores e militantes. Sabe-se que para as fábricas da Covilhã foram enviados estudantes, para trabalhar como operários e agitar os colegas. Ao Tortosendo chegou um sapateiro do Seixal, anarco-sidicalista, chamado Joaquim Roça, e também dois padeiros chamados José e Américo Ribeiro, maçons e ligados ao Partido Comunista. Trabalharam em conjunto para criar a célula comunista, que se tornaria célebre e poderosa.
Desde os anos 20, criou-se uma elite operária no Tortosendo. Foi fundado o Clube Unidos, onde os activistas davam aulas de teoria política revolucionária, mas também de outros temas culturais, como piano e francês. Era um clube de cultura, enquanto o Avenida era de jogo e futilidade. Um terceiro clube, o Sport Lisboa e Benfica, juntava elementos das classes rica e pobre.
O Clube Unidos reuniu uma biblioteca com muitos volumes, parte deles subversivos, que os operários escondiam em suas casas, por vezes enterravam, para escapar às rusgas da polícia.
Alberto Oliveira, 78 anos, usufruiu dessa biblioteca. Leu Zola e Stendhal na juventude, graças ao Clube Unidos. Trabalhou em fábricas e foi dirigente sindical grande parte da sua vida. Ajudou a organizar greves, deu apoio a operários presos.
O pai era carteiro e já tinha "tendências literárias". Escrevia artigos de cariz religioso para o Notícias da Covilhã. Alberto viria a ser membro da Juventude Operária Católica (JOC). Aos 11 anos foi trabalhar para o comércio, depois do exame da 4.ª classe. E aos 16 entrou para uma fábrica, a Sociedade de Fabricantes. Depois para a Leonel de Sousa Rebordão e, mais tarde, a Américo Sousa e Irmão. Nesta, trabalhou 40 anos.
Entrou cedo para o sindicato, que de início era organizado segundo o modelo corporativista. A autonomia sindical foi primeiro conquistada na Covilhã. O Tortosendo teria de esperar mais dez anos.
"Os trabalhadores não tinham qualquer protecção, não se podiam queixar. As mulheres ganhavam menos. As crianças trabalhavam como atadores de fios e não lhes pagavam. Só a partir dos 18 anos se tornavam aprendizes. Se os operários se queixavam, o sindicato, controlado pelos patrões, nunca lhes dava razão."
Uma vez, na Sociedade de Fabricantes, Alberto viu aparecer um inspector do trabalho. Um dos patrões, José Laureano de Moura e Sousa, que nunca comparecia na fábrica, foi lá e disse ao inspector: "Escolha aí o fato que quiser." O homem escolheu o fato e foi-se embora.
Quando o ministro das Corporações, Veiga de Macedo, visitou o Tortosendo, Na década de 1950, Alberto foi ouvi-lo à sessão oficial. No fim do discurso de circunstância, levantou-se e interpelou o ministro, pedindo a realização de eleições no sindicato, como já ocorrera na Covilhã.
O ministro desatou aos gritos. "No Tortosendo? Essa corja de comunistas? Ouvi dizer que têm um clube com uma biblioteca subversiva..."
Alberto Oliveira é um homem respeitado no Tortosendo. Quando passeia pelo Casal da Serra, um dos bairros mais antigos e mais pobres da povoação, todos o vêm cumprimentar.
Manuel Fernandes Pontífice, de 97 anos, conta como, durante 30 anos, ia todos os dias para a Covilhã a pé, pelo meio da serra, para trabalhar numa fábrica como cardador. Nos tempos livres, cultivava um terreno que pertencia a uma das famílias de industriais, os Garrett.
Januário Nunes de Almeida, de 72 anos, trabalhador dos lanifícios desde os 9, sorriso desdentado e pele talhada como um pedregulho, recorda a época em que conseguiu ir trabalhar para uma fábrica nova do mesmo patrão (Fernando Antunes, que ele nunca viu), em Unhais da Serra, na condição de não trabalhar mais nas cardas. "Não queria cardas. É perigoso. Aquilo pode apanhar os braços e a cabeça. Os das cardas, é muito poucochinho os que não ficaram aleijados. Ficaram todos baptizados".
As casas minúsculas, cravadas na encosta, de Casal da Serra, foram todas pintadas com um subsídio distribuído pela Câmara. Mas os habitantes deste bairro que fica num atalho de cabras para a Serra da Estrela continuam tão pobres como no tempo das fábricas e dos patrões exploradores. Já não há fábricas, e os industriais morreram todos, mas os contrastes sociais no Tortosendo continuam evidentes como nos anos 60.
"Ter o nome de uma importante família de industriais ainda vale alguma coisa nesta região", diz Natália Oliveira, oficial de Justiça, filha de Alberto. As pessoas dão-se umas com as outras, conta ela, mas ? ?na hora da verdade" não é bem assim. O filho de um rico não casa com a filha de um pobre, ainda hoje. Mesmo que isso não passe de preconceito, pois a maior parte dessas famílias de nome estão arruinadas.
As últimas gerações esbanjaram o dinheiro das famílias, explica Manuel da Silva Ramos, o escritor da Covilhã. "Tinham uma vida fácil, esbanjavam, compravam carros, gostavam de exibir-se. Pensavam que o dinheiro nunca iria acabar". Ramos, de 65 anos, escreveu vários livros, mas o mais famoso éCafé Montalto, em que retrata a vida das elites de industriais. Para o escrever entrevistou mais de 500 pessoas. "É a bíblia da Covilhã. Depois de o ter escrito, já posso morrer", diz o escritor.
Manuel da Silva Ramos nasceu na aldeia de Refúgio, filho de um alfaiate que fazia fatos para os operários e comprava fazendas aos ricos. Manuel conheceu por isso os dois lados da sociedade. Em 1970 escreveu um livro (Os Três Seios de Novélia) que lhe valeu o prémio literário Almeida Garrett. Com os 20 contos que ganhou partiu para França, fugindo à guerra colonial.
Regressou em 1997, para escrever mais livros. Em Café Montalto, uma obra de ficção, decidiu manter os nomes reais das famílias que retrata. Sofreu ameaças, processos judiciais. Mas o trabalho ficou feito. No livro, os patrões assediam as operárias, os pobres não podem entrar no Café Montalto, o mais famoso da Covilhã, as crianças oriundas de famílias pobres não podem brincar com os filhos dos ricos, os operários contraem doenças, sofrem acidentes de trabalho e tornam-se surdos, têm uma alimentação deficiente. Os filhos dos industriais ouviam Beatles e Adamo, conduziam carros desportivos, pilotavam aviões.
"A Igreja teve um papel importante como cúmplice deste patronato", diz Manuel da Silva Ramos. "Ainda hoje se pode ver que há igrejas construídas ao lado das fábricas. O objectivo era espiar os operários. Pelo menos de um padre tenho provas de que era informador da polícia. Chamava-se padre Morgadinho e, na confissão, fazia perguntas às mulheres dos operários grevistas, para depois os denunciar à PIDE".
Depois do 25 de Abril, a reacção dos operários foi violenta. Manuel Batista lembra-se de assistir, quando era criança, a comícios nas fábricas do avô. "Os sindicalistas chegavam, às horas de trabalho, e mandavam parar as máquinas, para fazerem discursos. Convocavam greves por tudo e por nada. Lembro-me de que uma vez levaram um operário de outra região, trabalhador metalúrgico. "Este camarada foi despedido", disseram. "Por isso vamos fazer greve, em solidariedade com ele"".
Manuel Ramos não se admira com as reacções dos operários. "O sofrimento das pessoas foi incalculável", diz ele. "Houve e ainda há muito ressentimento. A memória desse sofrimento nunca se poderá apagar".
No Tortosendo, os nomes de família dos industriais ainda causam um estremecimento e algum temor. Valdemar Rebordão, sobrinho de Cláudio Rebordão, sócio da Moura Matos. Carlos Sousa, filho de Américo Sousa. Eduardo Carvalhão, filho de João Carvalhão, da Sociedade de Fabricantes. Manuel Batista e os seus primos, que ainda são donos de terras, velhas fábricas e palacetes vazios.
É na garagem de um destes que, por baixo de uma capa de pano, ao lado de um carro moderno e de um barco de recreio, fomos encontrar o sumptuoso Mercury de Francisco Batista. Como e porquê foi mantido ali, todos estes anos? Estranhamente funcional, ao contrário das fábricas, transformadas em destroços. Impecável, pintura azul a brilhar, pneus novos, cromados cintilantes. O orgulhoso V8 de 1950, 4200 cm3 de cilindrada, pronto a circular. O motor ainda está quente, dir-se-ia. Como se tivesse acabado de chegar de um baile no Clube Avenida.


O Mercury Spot

O ano que vem será de desobediência civil.




EL AÑO QUE YA VIENE
2014
Desobediencia Civil!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Novas Bíblicas! Novidades para curiosos.

gospelofbarnabas

Uma Bíblia com mais de 1500 anos foi descoberta na Turquia e causa alguma preocupação no Vaticano. Isto porque este exemplar da Bíblia contém o Evangelho de Barnabé, que teria sido um dos discípulos de Cristo que viajava com o apóstolo Paulo e que descreve Jesus de maneira semelhante à pregada pela religião islâmica.
O livro teria sido descoberto no ano 2000, e foi mantido em segredo na cidade de Ankara. O livro, feito em couro tratado e escrito num dialeto do aramaico, língua falada por Jesus, mantém as páginas negras, por causa da ação do tempo. De acordo com as notícias, peritos avaliaram o livro e garantiram que o artefato é original.
Autoridades religiosas de Teerã insistem que o texto prova que Jesus não foi crucificado e que não era o Filho de Deus, mas um profeta, chamando inclusive Paulo de “enganador.” O livro também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar. Falaria ainda sobre o anúncio feito por Jesus da vinda do profeta Maomé, que fundaria o Islamismo 700 anos depois de Cristo. O texto prevê ainda a vinda do último messias islâmico, que ainda não aconteceu.
O Vaticano teria demonstrado preocupação com a descoberta deste livro e pediu às autoridades turcas que permitissem aos especialistas da Igreja Católica avaliar o livro e seu conteúdo.
Acredita-se que a igreja Católica durante o Concílio da Nicéia tenha feito a seleção dos Evangelhos que fariam parte da Bíblia, suprimindo alguns, dentre deles possivelmente o Evangelho de Barnabé. Há ainda a crença de que existiram muitos outros evangelhos, alguns já encontrados e conhecidos como Evangelhos do Mar Morto.


Read more: http://www.nerdices.com.br/wordpress/2013/12/23/biblia-de-1500-anos-preocupa-vaticano/#ixzz2orfrwkTf

O Substituto - INDIFERENÇA - completo e legendado



Como definir esse filme? É uma pintura da natureza humana ou, se preferirem, um livro expresso em película retratando os dramas, os temores e as diversas circunstâncias que orientam e determinam o agir humano. Traz como protagonista um PROFESSOR e sua didática alternativa para seus alunos momentâneos e problemáticos. Mas não se resume apenas a isso - o que já seria um grande tema - vai além: aborda cruamente os fatos diretores de cada ser nas transações do dia a dia, em seus inte-relacionamentos, dos mais frugais aos mais intrincados.
Na visão do existencialismo, no qual a obra é exposta, o ponto de partida do indivíduo é caracterizado pelo que se tem designado por "atitude existencial", ou uma sensação de desorientação e confusão face a um mundo aparentemente sem sentido e absurdo, o que pode denotar, a toda vista e num olhar superficial, um filme deprimente e de desesperança, o que não é verdade: a obra buscou o facho de luz no meio do caos. Caos que a maioria não vê, seja porque não quer, seja pelo "emburrecimento" a que foi e é levada todos os dias.
É, em síntese, uma verdadeira visão de nosso cotidiano, em que muitos sequer sabem de sua não-existência e preferem continuar simulando passageiras e entorpecidas felicidades, enquanto outros alcançam uma auto-consciência, que não obstante e às vezes desesperadora, abrem as portas para um verdadeiro sentido para vida. Essa observação remete ao clássico conto de Luís fernando Veríssimo, FINITUDE, que, engraçado, trata do mesmo tema de uma forma cômica. Enfim, trata-se, na verdade, da verdadeira condição humana e de seu verdadeiro fim último.
Outra obra de arte!

sábado, 28 de dezembro de 2013

Vamos levar este homem à Presidência da República!



No programa da TVI "Você na TV" do dia 19 de Setembro de 2012, Marinho Pinto critica fortemente toda a Classe Política Portuguesa. Acusa os políticos de serem empregados das empresas que beneficiam dos dinheiros do Estado Português.

Duas frases de pensadores célebres:

Entre um governo que faz o mal e o povo que o consente, há uma certa cumplicidade VERGONHOSA.
Por Victor Hugo

«Para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada»
Edmund Burke

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Passos Coelho e os Natais passados!


Passos natais passado

por FERNANDA CÂNCIOHoje
FERNANDA CÂNCIO

Em 2010, na oposição, Passos garante que, devido à crise, lá em casa só haverá presente para "a mais nova". "Foi um ano muito duro", diz no vídeo de Natal. "Pelo desemprego, pelo aumento dos impostos, na redução dos salários, na quebra do investimento. Enfim, é um período de grande tensão e de incertezas tanto para os mais jovens como para os menos jovens." Com o IVA a aumentar um ponto percentual nos três escalões e o IRS a subir para todos com um novo escalão de 45% acima dos 150 mil euros, o ano fecha com desemprego de 10,8%, dívida pública de 92,4%, e PIB a crescer 1,9%.
2011: mensagem natalícia é já de PM. O que cortou meio subsídio a toda a gente e anuncia que em 2012 funcionários públicos e pensionistas ficarão sem os dois (Natal e férias). Medidas que não estavam nem no memorando nem no seu programa eleitoral, mas não o impedem de falar de confiança: "É um ativo público, um capital invisível, um bem comum determinante para o desenvolvimento social, para a coesão e para a equidade. São os laços de confiança que formam a rede que nos segura a todos na mesma sociedade. Um dos objetivos prioritários do programa de reforma estrutural do governo consiste precisamente na recuperação e no fortalecimento da confiança." Ano fecha com défice de 4,2% (abaixo do previsto), dívida pública 107,2%, desemprego 12,7%. PIB contrai 1,6%.
2012 é o ano do anúncio do aumento da TSU para trabalhadores, que cairá pela contestação, e do "enorme aumento de impostos" para 2013, depois do IVA no máximo para a restauração, eletricidade e gás. Se desemprego alcança 15,7%, respetivo subsídio é reduzido em duração e valor, como indemnizações por despedimento. RSI e Complemento Solidário para idosos sofrem cortes. Tudo ao contrário da mensagem natalícia do PM, que exorta "todos [a] fazer um pouco mais para ajudar quem mais sofre, quem perdeu o emprego" e a celebrar os 120 mil lugares vazios dos emigrantes: "Esta quadra natalícia será um momento especial para recordarmos aqueles que estão mais longe, ou aqueles que se afastaram de nós no último ano." Tanto sacrifício para défice subir aos 6,4%, muito acima do acordado, dívida pública atingir 124,1% e PIB contrair 3,2%.
2013, e eis Passos redentor: "Começámos a vergar a dívida externa e pública que tanto tem assombrado a nossa vida coletiva. Fizemos nestes anos progressos muito importantes na redução do défice orçamental, e não fomos mais longe porque precisámos dos recursos para garantir os apoios sociais e a ajuda aos desempregados." De facto: num ano cortou-se CSI a 4818 idosos pobres e no OE 2014 vêm mais cortes, também no RSI e ação social. Prevê-se 17,4% de desemprego, com o de longa duração e jovem a aumentar (por mais que o PM jure que se criaram 120 mil empregos). Dívida vai a 127,8%, PIB contrai 1,5% e défice deverá ficar em 5,9%, 1,4 pontos acima do acordado em 2012. Mas o Pedro vê cenas. Este ano, às tantas, até houve presentes para todos lá em casa.

Como os tempos mudam?

Eis em 1ª mão o "Conto de Natal" que Passos tentou dizer aos portugueses:

PS diz que Passos quis contar 'conto de Natal'
Eis em 1ª mão o "Conto de Natal" que Passos tentou dizer aos portugueses:

Chapéuzinho, agora com dezasseis anos de idade, numa linda e ensolarada manhã vinha alegremente saltitando pela floresta quando lá na clareira ela avistou o Lobo Mau correndo no mesmo lugar, se aquecendo e fazendo uns alongamentos, ao vê-lo ela logo se aproximou e disse:
- Seu Lobo! Que surpresa, o senhor por aqui? Tudo firmeza?
- Oi Chapéuzinho tudo beleza comigo. E com você tudo legal?
- Comigo está tudo belezura. Só estou um pouco atarefada estudando para depois emigrar. Eu vim aqui só para trazer uns docinhos que a mamãe mandou prá vóvó. E o senhor? O que o senhor está fazendo aqui?
- Ah! Eu estou fazendo um pouco de exercício. Sabe como é a idade vai chegando e é um tal de subir tudo né? Sobe o colesterol, o açúcar no sangue, a pressão arterial, e sobe isso, sobe aquilo. Parece Portugal: Sobe tudo nesse país: A única coisa que não sobe é a ética, a honestidade, a boa educação, a qualidade do atendimento da saúde do povo, a minha reforma... Enfim...O que me resta é me cuidar. É ou não é chapéuzinho? E a sua vovozinha como ela está?
- Ela também está bem! Meio chateada porque os remédios aumentaram. Eles ficaram muito caros. Ela tem ficado muito chateada também porque ninguém tem obedecido ao estatuto do idoso, eles não estão dando a passagem que ela tem direito para que ela possa visitar a vó Matilde, a irmã dela.
- Num tô falando! Interrompeu o interessado Lobo Mau.Viu o que eu disse.
... e também porque deu um probleminha com a reforma dela. Continuou a falar a jovenzinha. Mas o resto está tudo legal. Mais tarde aparece lá em casa para comer aquele bolinho primavera que você tanto gosta. Estaremos te esperando!...É Isso aí Seu lobo...Bons exercícios e Boa manhã para o senhor.
- Valeu Chapéuzinho! Mais tarde, depois da minha corrida pela floresta eu darei uma passadinha lá... Boa manhã para você também.

Todo o homem é político!

Se não sabia fica a saber!

Significados dos símbolos de Natal

Noite de Natal toda a família reunida e em convívio!

Nos dias de hoje...

Viticultores rejeitam"retirada" de estatuto de interesse público à Casa do Douro



Peso da Régua

 Viticultores rejeitam"retirada" de estatuto de interesse público à Casa do Douro


- A Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO) rejeitou hoje o que diz ser a intenção do Governo de acabar com o estatuto de interesse público da Casa do Douro (CD), considerando tratar-se do "assalto final" à instituição.

- A CD, sediada no Peso da Régua, é uma associação privada de direito público e de inscrição obrigatória para os viticultores durienses.

- O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, já disse que a solução para a CD, que possui uma dívida de 160 milhões de euros, passa pela venda de vinho, património e revisão dos estatutos, passando a ser de inscrição voluntária.

- A AVIDOURO criticou hoje, em carta aberta enviada ao Presidente da República, a vários membros do Governo, grupos parlamentes e comunicação social, o que diz ser a intenção de "privatizar" a CD, "pondo fim ao seu estatuto de interesse público".

- Os vitivinicultores consideraram que "está em vias de ser consumada toda uma situação tendente para a espoliação da Casa do Douro e dos lavradores durienses através do continuado processo institucional de retirada dos poderes públicos e de esbulho do património" da instituição.

- Para além de se desvirtuar a natureza do organismo, a consequência será, segundo a AVIDOURO, também uma "drástica redução da sua representatividade em número de viticultores".

- A associação criticou ainda a "preanunciada venda em hasta pública" do "precioso património" da CD, nomeadamente os stocks de vinho do Porto.

- Trata-se, portanto, do "assalto final" à Casa do Douro, criada em 1932 e que, desde 1995, tem perdido funções, nomeadamente os serviços de cadastro e de laboratório.

- A instituição foi criada com o objetivo de defender os produtores de vinho da Região Demarcada do Douro.

- A AVIDOURO lamentou ainda não ter sido incluída no processo negocial, considerando que este "nasce e avança com falta de transparência democrática ao pretender ignorar os legítimos representantes dos maiores interessados que são os lavradores durienses".

- Os vitivinicultores garantiram que não vão "cruzar os braços" e salientaram que a "faísca que falta para incendiar a região é este roubo brutal que se anuncia para a Casa do Douro".

- Para além da dívida de 160 milhões de euros, 30 milhões dos quais dizem respeito a juros, a intuição contabiliza ainda 40 meses de salários em atraso aos funcionários do quadro privado da organização.

|Fonte: http://portocanal.sapo.pt/noticia/13747/

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Uma família século XXI e o seu convívio de Natal.

Há burros e burros!

Farrapos velhos do natal

O farrapo velho é uma comida tradicional de Natal, normalmente confeccionada com as sobras do jantar do dia anterior ( batatas com bacalhau e couve ). Muito apreciada pelos portugueses, sobretudo por quem gosta de bacalhau, é muito fácil de preparar. Para confecionar esta maravilha da culinária faça da seguinte forma:
- Desfie o bacalhau , parta a batata aos quadrados  e a couve aos pedaços. Leve uma panela ao lume com bastante azeite, cebola, alho picado e envolva tudo. Deixe cozinhar em lume brando e por fim adicione cominhos e vinagre. Sirva bem quente.

SOLTAS DE NATAL 
A) Passos Coelho disse que "só comprou uma prenda de Natal para a filha mais nova". Parece-me de mau gosto mandar a mulher às compras quando ele tem carro com choffeur. Sinceramente não entendo na noite e dia de Natal tantos filmes de violência e criminalidade na TV. Ainda assim se nas televisões privadas tenho de compreender, já na RTP fiquei incrédulo por alinharem pelo mesmo critério, ao colocarem Passos Coelho a transmitir a mensagem de Natal, logo a seguir ao jantar, numa hora que ainda estão muitas crianças a ver TV. Numa quadra destas acho que não são estes valores que a televisão pública deveria difundir. E porque num dia destes não se deve incomodar as pessoas com coisas desnecessárias, o senhor da linguagem gestual que traduzia o que Passos Coelho dizia, podia ter sido substituído por uma foto de Dias Loureiro, que todos perceberíamos o discurso do primeiro-ministro. C) Por falar em Natal, o governo vai levar a cabo uma mini-remodelação. Falta menos de dois anos para o fim do mandato deste governo e ainda há muita malta do BPN à espera de vaga. Aconselho o governo a ir recrutar à Carregueira onde está Isaltino Morais. Poupar-se-ia bastante em formação de quadros. D) Sabe-se que Hélder Rosalino irá sair o que é sem dúvida um rombo enorme em termos capilares para o governo. Era um cabelo a todos os níveis lamentável que se perde. E) O Tribunal Constitucional chumbou pela 9ª vez medidas do Governo. Não valorizo especialmente estes chumbos pois estão a avaliar medidas elaboradas por pessoas de capacidades humildes e necessitadas de acompanhamento especial. Já com a Troika o Governo passa sempre nas avaliações. Entendem-se bem. Imagino a baba nos teclados durante as reuniões. F) Morreu Bigs o maior ladrão do século. Roubou 3 milhões de euros. Oliveira e Costa (BPN) riu-se quando ouviu a notícia. G) A propósito do vídeo das advogadas que tanta polémica tem dado. Por muita razão que tenham, não é Marinho Pinto, a escorrer azeite, cheio de caspa, a arfar, contra as senhoras que exalam saúde, a convencer alguém a não ir ao escritório das lobas. Era só isto! H) Ana Avoila tem de começar a dormir mais de um quarto de hora por noite. E digo isto porque ela antigamente ainda se penteava. A última vez que a vi tinha acabado de andar à chapada com o travesseiro. I) Christine Lagarde devia deixar os assuntos menores e explicar como é que desafia as leis do bronze facial em Bruxelas, uma cidade onde raramente aparece o sol. J) Estava a ver o Factor X, programa musical da SIC, e uma das juradas, a Sónia Tavares, disse: "há quem não goste do meu terceiro olho". Não é fácil comentar esta afirmação, mas parece-me desnecessário trazer para a praça pública este tipo de apreciações, por muito que tenha ficado magoada com a opinião. Estamos habituados a dois olhos e meter mais um ao barulho, nem sempre é pacífico. L) Este ano vimos muitas reportagens de Natal nas TVs. Gostei especialmente de uma onde vinha um senhor, na véspera de Natal, com quatro sacos de embrulhos de Natal, com os respectivos laços e papeis coloridos de Natal, ao que o jornalista perguntou: "então, veio às compras de Natal"? Pensei para mim que me corria jornalismo nas veias. Pelos sinais ainda que ténues, que o senhor estaria às compras de Natal, só alguém muito sagaz chegaria a essa conclusão, tal como eu. Podíamos ser despistados porque o entrevistado não trazia luzes a piscar nem o fato de pai Natal vestido, mas o olho de lince do jornalista, e o meu, não se deixaram enganar. M) Cubanos voltam a importar carros 50 anos depois. É natural; alguns veículos já apresentavam alguns pontos de ferrugem. N) "Judite de Sousa já vive um novo romance". - As piscadelas de olho de Medina Carreira não resultaram. Judite tornou-se exigente e quer alguém com cabelo pelo menos a meia testa. O) Bernardina (Casa dos Segredos): "Os meus pais estão orgulhosos de mim"; "Os meus pais não se preocupam com as cenas escaldantes que tenho protagonizado com Tiago"; "A minha mãe deve estar babada". - Se há coisa que um pai se deve orgulhar é de ver a filha em direto a aviar um cabrito como se não houvesse amanhã. Imagino com os amigos: "Viste a minha filha por cima? Que espetáculo! E como ela flete a perninha? O jogo de mãos?". Depois, mais preocupante, é ela achar que a mãe deve estar toda "babada". Isto já nos transporta para a bizarria. E vou ficar por aqui... P) Ronaldo disse que "Irina tem tudo o que procuro numa mulher: é linda e tem um corpo fabuloso". Não sejam assim, ele não ele não se referiu às capacidades intelectuais da namorada porque ela fala russo e ele português. Comunicam pouco além de gestos e gemidos.


Conversas intrigantes!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O PESADELO DE NATAL!!!



Catarina recebe camisola do FCP por "engano"...
foi 1 maldade...mas recompensada no final!

O NATAL DOS NOSSOS DIAS.


ESTA IMAGEM DIZ TUDO SOBRE O QUE FOI O NATAL!
AFINAL HÁ NATAIS E NATAIS.

UM DOS VIDEOS MAIS EMOCIONANTES DE 2013



Mensagem de Natal de Quim e Zé - 7 PECADOS RURAIS

DULCE PONTES - MEDO

ESPECIAL DE NATAL - PORTA DOS FUNDOS

Carta ao Papai Noel (Filho da Puta!!!)

Garotos Podres - Papai Noel Filho da Puta - River Rock XI 2009

Maria Bethânia: Boas Festas (Natal)





Boas Festas, música cantada e recantada de Assis Valente em todos os natais desde 1933, quando lançada na voz de Carlos Galhardo, ganha nova versão. Desta vez, na interpretação de Maria Bethânia, cuja faixa está presente no CD "Natal Bem Brasileiro", lançado em novembro de 2008 pela Biscoito Fino. Neste disco também participam Elba Ramalho, Flavio Venturini, Jane Duboc, Zezé Motta, Marcos Sacramento, Maria Alcina, Dominguinhos, Célia, Miúcha, Leila Pinheiro, Francis Hime, Olívia Hime e, em faixa bônus, o poeta Vinicius de Moraes, com acompanhamento ao violão de Toquinho. O CD traz outra composição de Assis Valente - Recadinho de Papai Noel, originalmente gravada em 1934 por Carmen Miranda - na voz de Wanderléa, que pode ser conferida neste link: http://www.youtube.com/watch?v=_X8kgv...

Assis Valente é um dos mais notáveis compositores brasileiros, tanto que "Boas Festas" também foi aproveitada em jingle publicitário interpretado por Luiz Melodia, que pode ser assistido neste link (http://br.youtube.com/watch?v=k_kdaC_...). Favor preencher o espaço em branco do URL com underline.
Em março de 2008 completou 50 anos de sua morte, em 1958, por suicídio. Nasceu na Bahia e teve uma infância conturbada. Foi separado dos pais muito cedo. Trabalhou como farmacêutico, fez cursos de desenho no Liceu de Artes e Ofícios e profissionalizou-se como especialista em prótese dentária. Foi para o Rio de Janeiro em 1927, e empregou-se como protético. No início dos anos 30 começou a compor sambas. O primeiro, "Tem Francesa no Morro", tornou-se sucesso na voz de Araci Cortes em 1932.

Mais tarde conheceu Carmen Miranda e passou a compor sambas especialmente para ela, casos de "Good Bye, Boy" e "Etc". Carmen foi a maior intérprete e divulgadora dos sambas de Assis Valente. "Minha Embaixada Chegou", "Uva de Caminhão", "Camisa Listrada", "E o Mundo Não Se Acabou" e "Recenseamento" foram algumas composições de Assis eternizadas pela Pequena Notável. A música mais famosa do compositor, entretanto, foi rejeitada por ela . "Brasil Pandeiro" acabou gravada pelos Anjos do Inferno em 1940, com grande êxito e regravada pelo grupo Novos Baianos mais de 30 anos depois, de novo com sucesso.

Outros grupos vocais também popularizaram sambas do compositor, como o Bando da Lua, que gravou "Maria Boa" em 1936 ou o Quatro Ases e Um Coringa, que gravou "Boneca de Pano" em 1950. A vida pessoal de Assis Valente foi tumultuada. Em 1941 tentou o suicídio pela primeira vez, atirando-se do alto do Corcovado. Acabou resgatado pelos bombeiros, e depois de recuperado compôs "Fez Bobagem", canção marcante interpretada com grande sucesso por Aracy de Almeida. Mas sua carreira bem-sucedida como compositor não foi suficiente para mantê-lo vivo, e, depois de tentar cortar os pulsos, conseguiu matar-se ingerindo guaraná com formicida, em 1958.

Muitos artistas regravaram a obra de Assis Valente, como Nara Leão, Maria Bethânia, Chico Buarque, Wanderléa, Célia, Gal Costa e Adriana Calcanhoto, entre outros. Na década de 90 o musical "O Samba Valente de Assis", sobre a trajetória do compositor, foi encenado no Rio de Janeiro. A música "Brasil Pandeiro" voltou a ser extremamente popular em 1994, graças a uma campanha publicitária relacionada à Copa do Mundo.

Confirma a letra de Boas Festas:

Anoiteceu, o Sino Gemeu
A Gente Ficou Feliz a Rezar
Papai Noel Vê Se Você Tem
A Felicidade Pra Você Me Dar

Eu Pensei Que Todo Mundo
Fosse Filho De Papai Noel
Bem Assim Felicidade
Eu Pensei Que Fosse Uma
Brincadeira De Papel

Já Faz Tempo Que Pedi
Mas o Meu Papai Noel Não Vem
Com Certeza Já Morreu
Ou Então Felicidade
É Brinquedo Que Não Tem

Ficha técnica:

Arranjo e violões: Jaime Além
Acordeon mussete: João Carlos Coutinho
Produção: Thiago Marques Luiz
Direção geral: Kati Almeida Braga
Direção artística: Olívia Hime
Coordenação de produção: Joana Hime
Edição/vídeo: Chico Fukushima

John Lennon - Happy Christmas War Is Over

Simone - Então é natal feliz 2014

Feliz Natal - Ivan Lins.wmv

Simone - Então é Natal

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Dez motivos para criar um Povo idiota!

Ainda há homens exemplares!...



JOSÉ MUJICA (Presidente do Uruguay) sobre indicaçao para prémio nobel da Paz... Assim é que se fala !!!! Embrulha !!!
“Estão loucos. Que prémio da paz, nem prémio de nada. Se me derem um premio desses seria uma honra para os humildes do Uruguai para conseguirem uns pesos a mais para fazer casinhas... no Uruguai temos muitas mulheres sozinhas com 4, 5 filhos porque os homens as abandonaram e lutamos para que possam ter um teto digno... Bom, para isso teria sentido. Mas a paz se leva dentro. E o prémio eu já tenho. O prémio está nas ruas do meu país. No abraço dos meus companheiros, nas casas humildes, nos bares, nas pessoas comuns. No meu país eu caminho pela rua e vou comer em qualquer bar sem essa parafernália de gente de Estado.”

O show de luzes de Natal mais impressionante que você já viu



São 54.020 LEDs ligadas por fios e 15 controladores programados para acompanhar a canção que acompanha as luzes. Os flocos de neve e as árvores foram confeccionados artesanalmente, enquanto a parte elétrica foi montada com a ajuda de uma companhia de engenharia.

FELIZ NATAL

O capitalismo no seu melhor!...



SEM COMENTÁRIOS A IMAGEM DIZ TUDO.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Vamos recordar Manuel Maria Barbosa du Bocage!



II SONETO DO EPITAPHIO

La quando em mim perder a humanidade
Mais um daquelles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o theologo, o peralta,
Algum duque, ou marquez, ou conde, ou frade:

Não quero funeral communidade,
Que engrole "sub-venites" em voz alta;
Pingados gattarrões, gente de malta,
Eu tambem vos dispenso a caridade:

Mas quando ferrugenta enxada edosa
Sepulchro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitaphio mão piedosa:

"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".

O Euro e a Morte Lenta!

CONTINUAR NO EURO, SIGNIFICA MORRER DEVAGAR



Questiono! Em 2002, alguém perguntou ao povo português, se queria o Euro? A nação realizou alguma vez, algum debate analítico profundo, sobre esta questão? A resposta a estas perguntas, é Não! A nossa partidocracia dominante, sancionou o tratado que ratificou a adesão, passando de caminho, um atestado de menoridade e de ignorância ao povo português.
Onze anos depois, toda a gente sabe o que nos aconteceu; falidos, hipotecados, carentes e esfomeados, tristes e desempregados, sem esperança e tramados. Obrigado, caros senhores.
Mas eles lá continuam, trocando culpas e acusações; xingando-se na televisão ou no plenário da AR; confraternizando, nos intervalos; trocando favores e influências; conspirando dentro das sociedades secretas.
Veio a bancarrota, e concluiu-se não possuir o país meios de pagamento para cobrir as dívidas, que quem nos devia governar e respeitar, contraiu em nosso nome. Veio a Troika, e concluiu que o povo tinha de consumir menos, para poder pagar as dividas que não lhe pertenciam. Veio mais um governo do sistema, que concluiu que a élite que representa, não podia perder privilégios, mas que o povo auferia mais do que devia.
Um círculo infernal, de mais e mais impostos; de menos e menos rendimentos; de mais e mais desemprego; de menos e menos qualidade de vida; de mais e mais miséria; de menos e menos esperança…….
A correção das contas públicas (e particulares), faz-se através da redução do “deficit”; de modo que no futuro, comecemos a obter “superavits”, que nos permitam começar a pagar a divida. Este é em resumo, o objectivo estratégico dos nossos governos. Até lá, o povo português, tem obrigação de fazer um conjunto de sacrifícios, que permita que num futuro indeterminado os mercados voltem a acreditar em nós, e nos emprestem mais dinheiro, para que a nossa classe política, possa continuar em regime de “regabofe” a desbaratá-lo.
Logo, a questão presente, que perspectivará a nossa vida futura, será a seguinte: o que nos trará o futuro, se Portugal continuar no Euro?
Mantendo-se as condições político económicas impostas pela CE, que nos atrelam, a um comboio europeu que condiciona o que produzimos, o que consumimos e o nosso desenvolvimento económico; e estando estagnado o nosso PIB, pelo “diktat” europeu, que nos controla a capacidade produtiva; e sendo reduzida a nossa capacidade concorrencial pelo facto dos factores de produção estarem cotados em euros; preferindo os países, que são donos da Europa, adquirir produtos de baixo valor acrescentado, no extremo oriente; mantendo-se o dumping económico e social, na Ásia; e constatando-se que o nosso tecido empresarial só tem capacidade de sobreviver naqueles sectores em que existem apoios subsidiários, principalmente ligados aos sectores primários e terciários, conclui-se que o nosso país não tem capacidade, para melhorar a sua situação económica no médio prazo.
Constata-se também, que estes sectores produtivos, apesar de dinâmicos, têm falta de capacidade para promover trabalho e emprego para a totalidade da população activa, pelo que é natural que o desemprego continue a crescer; como a única maneira de reduzir o custo dos factores de produção, é baixando os salários, a capacidade económica das populações continuará em decréscimo; se se reduz o rendimento disponível e se se força a emigração, reduzir-se-á o consumo e os impostos para o Estado; se se reduzem os impostos pagos ao Estado, este tem de reduzir custos, para baixar o deficit….e voltamos ao principio deste parágrafo, com os portugueses mais pobres e mais endividados.
Eles dizem, que o que nos salva são as exportações; nem isso é verdade. Boa parte das exportações, estão na mão de multinacionais, cujos lucros muitas das vezes, nem cá pagam impostos, sendo repatriados na sua generalidade. O que cá fica, pouco mais é, do que o custo da mão-de-obra e dos serviços associados à produção. Migalhas, para nos alimentarem! Como poderemos pagar as nossas dívidas, se não nos deixam trabalhar?
A conclusão é que a nossa divida è impagável; na verdade irá continuar a crescer, imparavelmente, pois não conseguiremos criar as condições produtivas, que nos proporcionem superavits que a reduzam.
A continuação do nosso país no Euro, terá como resultado, um sangrar lento e continuo, das nossas riquezas; significará, a partida continua da nossa juventude; significará a limitação sectorial do nosso tecido produtivo; significará o prolongamento no tempo, de um tecido empresarial comatoso; significará, a marginalização total de uma parte da nossa população; significará a prazo, a falência dos nossos sistemas de reforma. Significará, a morte lenta de um país exangue.
A alternativa seria, a saída do euro; o assumir da nossa soberania como nação; a reforma das nossas instituições politicas, de modo a torna-las verdadeiramente inclusivas; o assumir de politicas económicas e produtivas, por nós definidas, segundo os nossos interesses; a criação de bases económicas e sociais, que permitam uma sociedade de oportunidades e de trabalho para todos, sem excepção.
O euro em si terá aspectos positivos, concordo; o problema são as políticas económicas da CE, que lhe estão associadas, que marginalizam os países da periferia, reduzindo as suas populações a meros fornecedores de mão-de-obra e matérias-primas baratas.
Cada ano que com ele permanecermos, estaremos mais “enterrados” e enleados. Mas seriamos capazes de criar uma alternativa?

Video que mostra o final das obras de construção da "Sagrada Família"




"Sagrada Família" acabada virtualmente

Um vídeo institucional mostra como será a obra de Antoni Gaudí quando acabada. O arquitecto responsável pelo projecto afirma que, a este ritmo, a "Sagrada Família" deverá estar concluída em 2026, 144 anos depois do início da construção.
A obra está, de acordo com o jornal espanhol "20 minutos", a 65% e deverá estar concluída em 2026. Segundo o arquitecto responsável pela continuidade da construção da basílica catalã, Jordi Faulí, a data é possível se se mantiver "o ritmo actual de trabalho".
Salientando que ainda faltam muitos detalhes artísticos, Fauli é o nono arquitecto responsável pela obra e coordena uma equipa de quarenta profissionais que se dedicam ao estudo e construção da fase final do protejo.
Ainda que inacabada, a basílica é considerada um ex-líbris da cidade. Visitado por milhões de turistas todos os anos, As receitas geradas pelas visitas são canalizadas para o financiamento da construção. O jornal francês "Le Figaro" avança que, por ano, os turistas contribuem com 13 a 20 milhões de euros com a compra dos bilhetes.
Fauli estudou em Barcelona e começou a trabalhar na oficina técnica da Sagrada Família em 1990, altura em que tinha 31 anos, a mesma idade de Gaudí quando assumiu o projecto. Segundo o "20 minutos", o arquitecto almeja ainda ser o responsável pela obra aquando da sua conclusão da obra, em 2026.




Recordando Adriano Correia de Oliveira



Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada

Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema

Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
Quem me dera me Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro

Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio

Porque tu me disseste quem em dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera..

Em Roma é assim: " Em Roma sê romano"



Iluminação natalícia na cidade italiana de Roma.

sábado, 21 de dezembro de 2013

O solstício de Inverno!

Natal! Uma Festa Pagã

Ao contrário do que muitos pensam o natal não é uma festa cristã. A prática de festejar o natal foi introduzida na igreja em fins do século IV. A palavra natal em inglês é christmas, a união de duas palavras, christ e mass que significamissa de Cristo ou missa de natal.
O dia 25 de dezembro foi escolhido porque coincidia com os festivais pagãos que celebravam a saturnália e o solstício de inverno, em adoração ao deus-sol, o sol invictus. O deus-sol é muito provavelmente, uma indicação de Ninrode mencionado em Génesis 10:8-10. Este festival de inverno era chamado a natividade do sol. A festa solar do natalis invicti (natividade do sol inconquistado) era celebrada em 25 de dezembro.
Saturnália é referente a saturnal, do latim saturnale, indica o deus saturno ou as festas em sua honra.
Solstício vem do latim solstitiu. Época em que o sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do equador. Os solstícios situam-se, respectivamente, nos dias 22 ou 23 de junho para a maior declinação boreal, e nos dias 22 ou 23 de dezembro para a maior declinação austral do sol. No hemisfério sul, a primeira data se denomina solstício de inverno e a segunda solstício de verão; e, como as estações são opostas nos dois hemisférios, essas denominações invertem-se no hemisfério norte.
A prática de trocar presentes era, segundo nos informa Tertuliano, parte da saturnália. Não há nada de errado em dar presentes. Os israelitas davam presentes uns aos outros em tempos de celebração (Et.9:22). Mas alguns têm procurado ligar os presentes de natal com aqueles que Jesus recebeu dos magos.
A árvore de natal também tem suas origens no paganismo. Segundo uma fábula babilônica, um pinheiro renasceu de um antigo tronco morto. O novo pinheiro simbolizava que Ninrode tinha vindo a viver novamente em Tamuz. Entre os druidas o carvalho era sagrado. Entre os egípcios era a palmeira, e em Roma era o abeto, que era decorado com cerejas negras durante a saturnália. O deus escandinavo Odim era crido como um que dava presentes especiais na época de natal àqueles que se aproximassem de seu abeto sagrado. Em inúmeras passagens bíblicas a árvore é associada a idolatria e a adoração falsa: Porque também os de Judá edificaram altos, estátuas, colunas e postes-ídolos no alto de todos os elevados outeiros, e debaixo de todas as árvores verdes (I Rs.14:23). Não estabelecerás poste-ídolo, plantando qualquer árvore junto ao altar do Senhor teu Deus que fizeres para ti (Dt.16:21). Portanto a árvore de natal recapitula a idéia da adoração de árvore, sendo que castanhas e bolas simbolizam o sol. (WOODROW, Ralph. Babilônia A Religião dos Mistérios).
A fim de justificar a celebração do natal muitos tentaram identificar os elementos pagãos com símbolos bíblicos. Jesus, por exemplo, foi identificado com o deus-sol. Tertuliano teve que assegurar que o sol não era o Deus dos cristãos, e Agostinho denunciou a identificação herética de Cristo com o sol. O salmo 84:11 diz que Jesus é sol. Mas este versículo não está dizendo que Jesus é o deus sol ou que o sol é um deus, mas que assim como o sol ilumina toda a humanidade, Jesus é a Luz que alumia todos os homens (Veja Lc.1:78,79 e Jo.1:9).
Na basílica dos apóstolos muitos cristãos, identificando Cristo com o deus-sol, viravam seus rostos para o oriente a fim de adorá-lo. O próprio papa Leão I reprovou o ressurgimento desta prática, como já havia acontecido com o povo de Israel: “...e com os rostos para o oriente, adoravam o sol virados para o oriente” (Ez.8:16).
É bom lembrarmos das advertências do profeta: Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice com machado; com prata e ouro o enfeitam, com pregos e martelos o fixam, para que não oscile (Jr.10:3,4).
Com o passar do tempo muitos outros costumes foram sendo introduzidos nas festividades do natal. O papai Noel, por exemplo, é uma representação de São Nicolau, um santo da Igreja Católica Romana. O presépio foi inserido por São Francisco.
Não devemos jamais nos esquecer que como cristãos verdadeiros somos ordenados a comemorar a morte de Cristo, sua ressurreição e sua vinda (1ª Co.11:25,26). Em nenhum lugar das Escrituras é ordenado aos cristãos que comemorem o nascimento de Cristo. Talvez porque o nascimento de Cristo, por ser um fato histórico inegável, é aceito por todos os homens, mesmo pelos não cristãos. Não é assim porém com relação a sua ressurreição. Todos comemoram o nascimento de Cristo, mas somente os cristãos comemoram a sua ressurreição. Devemos ainda lembrar que acerca de Jesus, identificado na pessoa de Melquisedeque, se diz que era “...sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência...” (Hb.7:3).
Em todos os períodos da história da cristandade uma minoria de líderes eclesiásticos tem se colocado contra a observância do natal (Eu prefiro ficar com a minoria - Ex.23:2; Mt.7:13). Vários fatores estão relacionados a essa oposição: (1) uma rejeição da autoridade eclesiástica na sua tentativa de estabelecer dias oficiais de festas dos quais o natal é um; (2) uma objeção às bebidas, festas e imoralidade associadas às festividades do natal em todos os períodos da história; (3) as associações antigas e contínuas entre o natal e as idéias e práticas religiosas pagãs.
Alguns protestantes, especialmente os de tradição calvinista (inclusive Calvino, Knox, os puritanos ingleses e norte-americanos e muitos presbiterianos) recusavam-se a celebrar o natal (OLIVER JR. O. G. Enciclopédia Histórico Teológica da Igreja Cristã. Edições Vida Nova, 1990, v. III, p.9).
Árvores de natal, bolas, presépios, luzes, pisca-piscas e enfeites natalinos em geral, são coisas abomináveis que não devem entrar no santuário, onde os verdadeiros adoradores do Deus Vivo se encontram para adorá-lo.
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. (Ap.2:29).

Pastor Luiz Antonio Ferraz.

O meu coração é teu!





Teu sorriso na memória me faz bem
Teu olhar me encanta como ninguém
Teu falar pra mim é doce feito o mel
Eu vou amar você, presente de Deus
Se eu pudesse
Contaria as estrelas para te dar
O universo pararia só pra ver você passar
Te amo, te espero o tempo que preciso for
Meu sonho mais lindo
"MEU ANJO'', meu amor
Eu sei que nada apaga
O que existe entre você e eu
Vou gritar pro mundo inteiro
Meu coração é teu
O meu amor, oceano
Sentimento que não vai Ter fim
Deus arquitetou
Passo a passo desenhou você
Pra mim."
ANJO...Só tenho isso pra te dizer:
Meu coração é teu!!!

TE AMO!!!!




O meu coração ateu quase acreditou
Na sua mão que não passou de um leve adeus

Breve pássaro pousado em minha mão
Bateu asas e voou
Meu coração por certo tempo passeou
Na madrugada procurando um jardim
Flor amarela, flor de uma longa espera
Logo meu coração ateu

Se falo em mim e não em ti
É que nesse momento
Já me despedi
Meu coração ateu
Não chora e não lembra
Parte e vai-se embora

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL!

O retrocesso civilizacional faz reaparecer o que há muito estava representado em estátuas: Os Berrões

Político italiano obriga por contrato secretária a ter sexo



Este é um Berrão ibérico e deve ter sido tão ou mais famoso que o actual Berrão Italiano

O secretário de Cultura da região italiana de Los Abruzos, membro do partido conservador "Povo da Liberdade", Luigi De Franis, de 53 anos, incluiu no contrato da sua secretária a obrigação de manter relações sexuais com ele pelo menos quatro vezes por mês.
É isso o que consta nas pesquisas realizadas pela Procuradoria de Pescara que investigava De Franis, o qual se encontra em prisão domiciliária por delito de suborno, de acordo com a imprensa italiana.
A polícia encontrou, há um mês, uma cópia do contrato em casa da secretária, Lucia Zigarello, de 32 anos, quando foi notificá-la de um mandado de prisão por ser cúmplice dos subornos de De Franis a pequenos operadores culturais da região.
No contrato podia-se ler que a jovem estava obrigada a manter sexo pelo menos quatro vezes por mês e pela quantia de 35 mil euros anuais.
Durante o interrogatório, a secretária explicou que não pôde deixar de assinar o contrato.
"Ele estava obcecado por mim, obrigou-me a assiná-lo e não pude recusar, tinha medo", declarou ao procurador a secretária, que já fazia parte da equipa de De Franis há uns anos.
"Vais lá, marcas o ponto e sais para te pores bonita", dizia-lhe De Franis, de acordo com a escuta das chamadas telefónicas intercetadas.

Serei eu que estou louco ou este mundo enlouqueceu?

Quem não cumpre o código da estrada ou a Constituição será punido nos termos da lei!

E ninguém lhe tira a carta?


Será esta a razão?

Portugal é um país curioso, por cá há mais receio de violar o Código da Estrada do que violar uma qualquer norma constitucional, ainda por cima qualquer automobilista tem mais receio de um soldado da GNR do que o que Passos tem de Cavaco Silva em relação às sucessivas violações desse código da vivência em democracia que é a constituição de um país.

Pior ainda, enquanto em relação ao Código da Estrada todas as boas almas apelam ao respeito das regras, à condução cuidadosa e ao respeito pelos outros, no caso da Constituição assiste-se a uma histeria de apelos à violação das normas constitucionais, não houve dia nas últimas semanas em que não aparecesse um qualquer idiota a berrar “violem, violem a constituição!”.

Até Durão Barroso que ultimamente anda por Bruxelas a dizer “agarrem-se senão não me recandidato ao lugar” (parece que é mais difícil enfiar o barrete aos europeus pela terceira vez do que trair o António Vitorino) veio sugerir aos juízes constitucional que os portugueses iriam pagar com língua de palmo o facto de o país ter uma Constituição com princípios como a igualdade, princípios que um imbecil conhecido como adiantado mental foi dizer aos gringos que forram decalcados das obras completas de Pol Pot.

Um estrangeiro, que por acaso é português e deve a Portugal o tacho em que enriqueceu, dizer a um país que se não engolir a sopa leva tatau, é a mesma coisa que sugerir ao cabo da GNR que nos vai multar que a mulher está em casa em modernices e até anda a fumar na cama. O cabo da GNR não só nos dava umas cacetadas como ainda nos acusava de ofensas à autoridade. Quem faz chantagem sobre os juízes do Constitucional continua no tacho e como vai ser recorrido ainda se lembra de querer viver no Palácio de Belém.

As violações das regras constitucionais que de forma repetida Passos Coelho tem cometido é bem pior do que estacionar o carro em local proibido, é não respeitar traços contínuos, andar ao contrário na autoestrada, desrespeitar os limites da velocidade e por vezes até se fica com a sensação de que o homem até governa “bêbado”.

Qualquer GNR já o tinha mandado encostar o carro obrigando-o a ir a pé para casa e com tanta infracção grave é certo de que ficaria sem carta. Mas com o GNR que temos em Belém, um guarda da Constituição que fecha os olhos a todas as infracções, Passos Coelho pode continuar a conduzir desrespeitando o Código da Estrada sem que lhe tirem a carta.
Com condutores como Passos Coelho e guardas como Cavaco Silva o melhor é andarmos a pé.

A história “dramática” de um casal e o Viagra! De chorar a rir!



Esta curta metragem brasileira espectacular foi criada pela Digital Produções. É uma história bastante “dramática” em que um casal não se entende na cama. Farta da falta de actividade sexual a mulher resolve comprar a revolucionaria e famosa comprimido azul, o Viagra, para ver se as coisas mudavam. Mas o comprimido azul teve um desempenho dramático que desenrola uma história bastante divertida à volta do comprimido para a potência sexual. Vejam a curta-metragem!

Troika distribui prendas de Natal pelos portugueses



Vê o vídeo para saberes quais são as prendas que as troikas, a estrangeira invasora (FMI, BCE e UE) e a nacional colaboracionista (PS, PSD e CDS), ambas a MANDO DO CAPITALISMO e do IMPERIALISMO, oferecem aos portugueses...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Imagens do desfile do natal ao vivo realizado em Abaças a 19/12/2013






Parabéns aos participantes e organizadores por mais uma prova de vitalidade da nossa Freguesia.
Agradeço também a amabilidade com que acederam ao meu pedido para registar o acontecimento em fotografias. Lamento que nem todos os participantes tenham sido focados.
Por fim quero dar os meus parabéns à :
Associação Cultural e Recreativa de Abaças - Mérito Rebelde


SERÁ QUE O RETROCESSO POLÍTICO/SOCIAL AINDA PORÁ EM VIGOR ESTA "LEI"?

O QUE É A CULTURA?

Há dias pediram-me que definisse CULTURA, eis a minha resposta:


QUAL CULTURA? A POPULAR? A ERUDITA, A DE ELITE, A GAY, A HETEROSSEXUAL, A URBANA, A RURAL, A MARGINAL, A GLOBAL E TANTAS OUTRAS PARA NÃO FALAR NA DA BATATA. acham fácil definir cultura? A CULTURA É COMPLEXA E O MELHOR É NEM FALAR NELA, É COMO A UNIÃO EUROPEIA: TODOS DISCUTEM MAS QUEM MANDA É A ALEMANHA, OU SEJA O MAIS FORTE. DEU PARA PERCEBER?

Eles andam aí os Lobos!



Este bando é muito alargado inclui o bando do BPN, do BANIF, das PPPs, dos Swaps e os vendedores da EDP, CTT, GALP, ENVC, PT, ANA, Seguros da CGD, etc. etc. etc. E a divida continua a aumentar, os salários a diminuir e as reformas  cada vez mais tardias e menores, aumentam horários de trabalho, aumentam os sem abrigo, aumentam diariamente o nº de portugueses a entregarem casas e carros aos bancos porque já não ganham para as prestações (mensalidades), aumentam as famílias no desemprego, aumenta a emigração (como nunca) e vou ficar por aqui. 
Eu não votei nesta camarilha, mas estou a pagar aquilo que não fiz.