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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Portugal e os Bancos.

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Há aquele jogo em que um grupo de pessoas anda à volta de um grupo de bancos e estes vão sendo retirados um de cada vez até sobrar apenas um. Pelo meio muita gente vai caindo de cu no chão na tentativa de ficar sentado.

Hoje foi retirado mais um e mais um grupo de pessoas caiu de cu. Tunga!

Banif está preparado para fechar.










In "No Vazio da Onda"




Poderá isto continuar assim ?




Aparentemente, a lógica de que os bancos têm que ser salvos pelos contribuintes vai continuar a drenar os recursos públicos, que se diz serem insuficientes para responder às mais candentes necessidades sociais.

O Estado está falido para tudo menos para financiar bancos. Os bancos não querem nada com o Estado – nem impostos sobre lucros e operações financeiras, nem regulação – menos quanto se trata de lhe passarem os prejuízos.

Se for inevitável que o Estado não deixe falir os bancos – o que muita gente credenciada se tem recusado a admitir – então mais vale que fique com eles e os administre bem, porque o negócio financeiro dá lucros quando entregue a outra gente que não a que tem sido dona disto tudo.




António Hespanha




A 15 de Dezembro de 1859 - Nasceu Ludwik Zamenhof, o criador do esperanto.

A 15 de Dezembro de 1944 - Nasceu Chico Mendes

A 15 de Dezembro de 1907 - Nasceu Óscar Niemeyer

A 15 de Dezembro de 1832 - Nasceu Alexandre Gustave Eiffel

A 15 de Dezembro de 1675 - Morreu Johannes Vermeer

A 15 de Dezembro de 37 - Nasceu o Imperador Nero



A 15 de Dezembro de 1909 - Morreu Francisco de Asís Tárrega Eixea



Francisco de Asís Tárrega Eixea, guitarrista espanhol que revolucionou a composição para guitarra, morreu em Barcelona no dia 15 de Dezembro de 1909. Nascera em Vila-real, em 21 de Novembro de 1852. É considerado um dos guitarristas mais influentes do mundo, sendo considerado a pai da guitarra clássica moderna.
Durante a juventude, sofreu uma queda grave num canal de irrigação que lhe veio a afectar a visão de modo definitivo. A família mudou-se para Castellón e inscreveu-o em aulas de música. Os seus dois primeiros professores eram cegos.
Em 1862, o concertista Julián Arcas, em tournée pela região e ouvindo falar no jovem talento, aconselhou o pai de Tárrega a deixá-lo ir para Barcelona estudar com ele. O pai aceitou, mas insistiu para que o filho tivesse também lições de piano. O violão e a guitarra eram, na época, considerados como instrumentos de acompanhamento para cantores, enquanto o piano estava mais em voga na Europa.
No entanto, Francisco teve de parar com as lições pouco tempo depois, porque Arcas partiu para o estrangeiro, onde ia dar vários concertos. Apesar da sua idade (10 anos), Tárrega fugiu e tentou começar uma carreira musical autónoma, actuando em cafés e restaurantes da capital catalã. Em breve, porém, foi encontrado e levado para junto do pai, que teve de fazer sacrifícios enormes para assegurar o prosseguimento da sua educação musical.
Três anos mais tarde, em 1865, nova fuga então para Valência, onde se juntou a um grupo de boémios. O pai procurou-o e levou-o para casa. Ele fugiria ainda uma terceira vez, novamente para Valência.
No começo da adolescência, Francisco era já um bom músico, tanto na guitarra como no piano. Para ganhar dinheiro, tocava com outros músicos em eventos locais. Em breve voltou para o lar, para ajudar a família.
Entrou para o Conservatório de Madrid em 1874, graças ao mecenato de um rico mercador da região. Utilizava uma guitarra recentemente adquirida, fabricada em Sevilha por António de Torres. Estudoucomposição e foi aconselhado a abandonar o piano e a dedicar-se exclusivamente à guitarra.
No fim dos anos 1870, já ensinava alguns alunos, dando também – com regularidade – concertos em várias regiões espanholas. Começou a tocar igualmente as suas próprias composições.
Em 1881, actuou na Ópera de Lyon, no Teatro Odéon em Paris e em Londres. Casou-se no Natal de 1885 com María José Rizo, fixando-se em Barcelona, onde teve como amigos Isaac lbéniz e Pablo Casals, entre outros músicos célebres.
Conheceu mais tarde uma viúva rica, Conxa Martinez, que se tornou sua mecenas. Ela autorizou toda a família a ocupar o seu casarão de Barcelona, onde ele veio a escrever a maioria das suas melhores obras.
Em 1900, visitou Alger, onde ouviu o ritmo repetitivo de um tambor árabe. Na manhã seguinte, compôs a sua famosa “Danza Mora”. Em 1902, cortou as unhas e criou uma sonoridade que se iria tornar típica nos guitarristas associados à sua escola. Fez uma tournée por Itália, actuando em Roma, Nápoles e Milão.
Tárrega teve as suas habilitações musicais questionadas, quando defendeu uma metodologia diferente da que era usada na época. Segundo ele, o toque realizado pela mão direita na guitarra deveria ser feito num ângulo de 90º e com a parte «macia» do dedo, ou seja, sem utilização da unha. Tárrega justificava a metodologia, afirmando que o toque do dedo causava assim uma sensação de maior «controlo emocional e técnico» das obras em execução.
Uma das suas mais famosas composições não é conhecida integralmente pela maioria das pessoas que, no entanto, já ouviram algum fragmento. Trata-se da “Gran Vals” (“Grande Valsa”), que é um dos toques padrão da empresa de telemóveis Nokia.
Em Janeiro de 1906, foi afectado por uma paralisia do lado direito e nunca recuperou completamente. Fez o seu último trabalho em Dezembro de 1909 (“Oremus”), falecendo treze dias mais tarde.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A 14 de Dezembro de 2001 - A região vinhateira do Douro foi classificada pela UNESCO como Património da Humanidade.

A 14 de Dezembro de 1503 - Nasceu Nostradamus

A 14 de Dezembro de 1799 - Morreu George Washington

A 14 de Dezembro de 1911 - Roald Amundsen chega ao Polo Sul

A 14 de Dezembro de 1918 - Sidónio Pais é morto a tiro por José Júlio da Costa




Nenhum presidente da 1ª República foi tão amado e odiado como Sidónio Pais. Este major, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros em Berlim de 1912 a 1916, é difícil de definir. Na Alemanha ficara fascinado com a obediência e aparato bélico das tropas alemãs: Em Portugal, via o sistema parlamentar, com os partidos sempre em litígio, não levar a bom rumo as causas da República.
Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais, nasceu em Coimbra em 1 de Maio de 1872. Era filho de Sidónio Alberto Pais e de Rita da Silva Cardoso Pais. Entrou para a Escola do Exército com 16 anos, onde tirou primeiro o curso de Artilharia. Em 1895,já tenente, frequenta a Faculdade de Matemática, em Coimbra, onde será catedrático da cadeira de Cálculo Diferencial e Integral. Sabia-se que não nutria simpatias pela monar-quia, mas, como militar, não entrou cedo na vida política activa. Logo após o 5 de Outubro é senador e fez parte do ministério de Manuel de Arriaga como ministro do Fomento e depois como Ministro das Finanças.
Era apreciado como matemático. Em 1912 está em Berlim como Ministro dos Negócios Estrangeiros, mas como já se disse, regressa em Março de 1916. É então colocado na secretaria desse ministério. Militava já no Partido Unionista de Brito Camacho.
Não é demais repetir que o ambiente de pobreza e desemprego no nosso País era visível. Os Unionistas tinham aguardado que Afonso Costa formasse novo governo em que estes tivessem intervenção. Mas Sidónio Pais já preparara o golpe e, no dia 5 de Dezembro de 1917, o movimento revolucionário estala. Triunfará a 8 de Dezembro. No "Diário do Governo", Sidónio manda publicar um texto que termina assim: "Cidadãos! A Revolução é feita em nome da Liberdade contra a tirania e a verdadeira liberdade exige calma nos espíritos, respeito por a vida e propriedade alheia e confiança na autoridade. Viva a Pátria! Viva a República". Depois é proclamada uma Junta Revolucionária. Como já foi dito, o Presidente Bernardino Machado é destituído e Sidónio assume as pastas de Presidente do Ministério (Governo), da Guerra e dos Negócios Estrangeiros. Em 27 de Dezembro é decretado que "o Presidente do Ministério assumirá as funções de Presidente da República". É a ditadura. Depois segue-se a escalada das proibições. Suspensão do jornal "Mundo", porta-voz dos partidários de Afonso Costa, e dos jornais monárquicos, republicanos ("A República" de António José de Almeida, e a "Luta", de Brito Camacho), socialistas, católicos, anarquistas ou independentes. A 7 de Abril de 1918 o Congresso dos Unionistas rompe com o seu antigo membro, Sidónio Pais. Este é eleito Presidente da República em 9 de Maio de 1918.
Sidónio declarou-se "chefe de todos os portugueses", "mandatário da nação" legitimado pela eleição por sufrágio universal, o que acontecia pela primeira vez. Chegou a dizer que a sua "consciência interpreta milhões de consciências".
Mas Sidónio era extremamente popular. Era conhecido pelas suas aventuras amorosas e passou a andar muito aprumado na sua farda, que antes de ser Presidente raramente vestira. Rodeava-se de um séquito e em todas as suas aparições públicas era tocado o Hino Nacional.
Pessoas, poucas, que ainda hoje se lembram dele, sem a noção geral da situação política, dizem que gostavam muito da sua maneira de ser e que tinham muita esperança que o País se "endireitasse" sob o seu domínio. Este típico militar viajava por todo o país e gostava de sentir a multidão a ovacioná-lo. Dizia que tudo ia ser melhor.
Em prol dos mais necessitados, criou a chamada "sopa do Sidónio", que consistia na distribuição de refeições baratas à população de Lisboa. Só que esta não foi, ao contrário do que se julga, criação dele, mas apenas um aproveitamento das "Cozinhas Económicas" criadas pela duquesa de Palmela e pela marquesa de Rio Maior durante a monarquia, no reinado de D. Carlos.
Durante a presidência de Sidónio, foram reatadas as conversações com o Vaticano, revista a Lei da Separação da Igreja e do Estado (que fora uma das maiores conquistas do Governo Provisório, em 1911) e, a partir de Fevereiro desse ano, a Igreja Católica podia ter estabelecimentos de assistência em Portugal. Deixaram também de haver restrições ao culto e ensino nos seminários. Sidónio mostra-se assim como um protector da Igreja Católica, o que faz granjear ainda mais popularidade.
A dois de Março, Sidónio Pais esteve presente na Sé de Lisboa no "Te Deum" pelos soldados mortos na Grande Guerra. Para muitos, Sidónio representava mesmo "a paz religiosa". No entanto, esta aproximação à Igreja não se devia apenas à iniciativa de Sidónio Pais. Por motivos humanitários fora permitida a presença de padres junto dos nossos soldados, no teatro da guerra, desde 1917. Longe da Pátria, doentes, muitos deles, apesar da República, profundamente religiosos.
Durante o seu curto mandato, Sidónio estava sempre entre a multidão. O culto da personalidade era importante para ele. Quando grassou a mortífera epidemia de tifo, Sidónio visitou diversos hospitais e assistiu às cerimónias religiosas por morte das vítimas. Também impressionado com a situação dos presos, nas prisões do Porto, resolve amnistiá-los. Para o historiador António Reis, "o sidonismo foi uma mescla de poder pessoal, repressão e perseguição política, confusão administrativa e algumas medidas demagógicas, com um duplo objectivo: recuo e progressiva anulação da participação de Portugal na guerra, construção de uma nova ordem institucional - a chamada "República Nova" alicerçada na "mística do chefe", em antecipação das experiências fascistas que irromperam na Europa nos anos 20".
A derrota do nosso Corpo Expedicionário na batalha de La Lys, em 9 de Abril de 1915, onde morreram 327 oficiais e 7098 praças, o perigo do retomo à monarquia, a revolta republicana mal sucedida de 13 de Outubro em Coimbra e Évora, a União Operária Nacional que gritava nas ruas "Abaixo Sidónio Pais", faziam adivinhar que algo inesperado podia acontecer.
A Guerra acabou com a assinatura do armistício em 11 de Novembro de 1918 e o rei Jorge V da Grã Bretanha envia uma mensagem a Sidónio Pais realçando o valor dos laços de amizade entre os dois povos. Mas já o manto da morte rondava Sidónio. Escapou de um atentado em 5 de Dezembro de 1918, quando presidia à cerimónia da condecoração dos sobreviventes do cruzador "Augusto Castilho" que tinham enfrentado com valentia os alemães. Mas não sobreviveu ao segundo. Na noite de 14 de Dezembro de 1918, dirigia-se ele para a estação do Rossio a fim de apanhar um comboio para o Porto. Acompanhavam-no um filho e um irmão, entre outros. Quando a multidão que sempre o esperava o vê surgir, ovaciona-o como sempre. Entretanto a banda da Guarda Nacional Republicana começara a tocar o hino nacional. Sidónio vaidoso, ao ver tamanha multidão terá dito "Que quantidade de gente! Parece que esperam o imperador da Rússia!". É então baleado à queima-roupa, por balas vindas de duas direcções. Apercebendo-se do sucedido, terá dito: "Mataram-me! Morro, mas morro bem! Salvem a Pátria...". É conduzido o hospital onde falece. Um dos assassinos terá morrido e o outro foi preso.
O jornal "O Século" de 15 de Dezembro de 1918 relata que "em seguida ao crime, estabeleceu-se tumulto e confusão e ficaram mais quatro pessoas mortas e várias feridas, entre elas o irmão e o filho do sr. dr. Sidónio Pais". Como Nicolau II, o último czar da Rússia, Sidónio foi assassinado de noite e no mesmo ano, apenas com escassos meses de diferença.
Todo o país ficou consternado com o crime. De todos os países chegam condolências e jornalistas para cobrirem o acontecimento. A viúva e a filha de Sidónio chegaram de Coimbra para as exéquias. Estavam também presentes os seus outros quatro filhos. O corpo do Presidente será embalsamado e ficará em câmara ardente nos Jerónimos, por onde passaram milhares de pessoas.
Os jornais referiram mais de uma vez a presença da Sra. Condessa de Ficalho que apareceu logo que soube da morte de Sidónio Pais, bem como as irmãs Isabel e Stela Freitas Branco. Como é sabido, Sidónio Pais tinha uma numerosa corte de admiradoras de todas as classes sociais que lhe prestava uma autêntica veneração. Era jovem e bem parecido, muito aprumado. Morreu aos 46 anos.
O Parlamento português, nos termos do parágrafo 32 do artigo 382 da Constituição da altura elegeu então para Presidente da República o Secretário de Estado da Marinha e interino dos Estrangeiros contra-almirante Canto e Castro Silva Antunes.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Isto sim é alta precisão!...



A 11 de Dezembro de 1890 - Nasceu Carlos Gardel

A 11 de Dezembro de 1908 - Nasceu Manoel de Oliveira





Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no Porto a 11 de Dezembro de 1908 e morreu a 2 de abril de 2015, foi um cineasta português e, segundo se diz, foi o mais velho realizador do mundo em actividade.
Autor de trinta e duas longas-metragens, Manoel de Oliveira , nasceu na freguesia de Cedofeita, cidade do Porto, no seio de uma família da alta burguesia nortenha, com origens na pequena fidalguia.
É filho de Francisco José de Oliveira (Mosteiro, Vieira do Minho, 1865 - ?), industrial e primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal, e de sua mulher (Lordelo do Ouro, Porto) Cândida Ferreira Pinto (Porto, Santo Ildefonso, 13 de abril de 1875 - Porto, 2 de julho de 1947).
Ainda jovem foi para A Guarda, na Galiza, onde frequentou um colégio de jesuítas. Admite ter sido sempre mau aluno. Dedicou-se ao atletismo, tendo sido campeão nacional de salto à vara e atleta do Sport Club do Porto, um clube de elite. Ainda antes dos filmes veio o automobilismo e a vida boémia. Eram habituais as tertúlias no Café Diana, na Póvoa de Varzim, com os amigos José Régio, Agustina Bessa-Luís, Luís Amaro de Oliveira e outros.
Cedo é mordido pelo bichinho do cinema.
Depois uma longa carreira, com muitos filmes, muitos prémios e galardões!
Manoel de Oliveira faleceu a 2 de abril de 2015, com 106 anos e em actividade!



A 11 de Dezembro de 1945 - Nasceu Manuel Gusmão, professor catedrático, ensaísta e crítico, poeta e tradutor de poesia, membro do Comité Central do PCP!





Nasceu em Évora a 11 de dezembro de 1945, é professor catedrático (aposentado desde 2006), ensaísta e crítico, poeta e tradutor de poesia. É membro do Comité Central do PCP.
Licenciou-se em Filologia Românica com uma dissertação sobre os poemas dramáticos de Fernando Pessoa e doutorou-se com uma tese sobre a poesia e a poética de Francis Ponge.
Enquanto universitário trabalhou nas Literaturas portuguesa e francesa, em Literatura Comparada (estudos interartes) e Teoria Literária.
Foi redactor das revistas Letras e Artes e O Tempo e o Modo e colaborador permanente do jornal Crítica.
Foi fundador das revistas Ariane (do Grupo Universitário de Estudos de Literatura Francesa) e Dedalus (da Associação Portuguesa de Literatura Comparada).
Actualmente, é coordenador da revista Vértice (desde 1988).
Publicou regularmente crítica literária no suplemento Ípsilon do jornal Público, durante 2007 Publicou ensaios ou prefaciou obras de Fernando Pessoa, Gastão Cruz, Carlos de Oliveira, Herberto Helder, Sophia de Mello Breyner Andresen, Luiza Neto Jorge, Ruy Belo, Armando Silva Carvalho e Fernando Assis Pacheco; Almeida Faria, Maria Velho da Costa, Nuno Bragança, Maria Gabriela Llansol, Luís de Sousa Costa e José Saramago.
Foi deputado pelo PCP à Assembleia Constituinte. E durante uma parte da 1ª legislatura da Assembleia a República.
É membro do Comité Central do PCP e foi mandatário da candidatura da CDU ao Parlamento Europeu em 2004.
POESIA
Dois Sóis A Rosa/ a arquitectura do mundo, Editorial Caminho, 1990; 2ª ed. 2005
Mapas/ O Assombro A Sombra, Editorial Caminho, 1996; 2ªed. 2000
Teatros do tempo, Ed. Caminho, 2001, 3ª ed. 2002
Os Dias Levantados ( libreto para a ópera homónima de António Pinho Vargas, Teatro Nacional de São Carlos, 1998), ed. Revista e ampliada, Editorial Caminho, 2002
migrações do fogo, Editorial Caminho, 2004, 2ª ed. 2004
A Terceira Mão, Editorial Caminho, 2008 (Prémio Pen Clube Português, Poesia, 2009; Grande Prémio de Literatura, DST, 2009)
TRADUÇÃO DE POESIA
Calderón de la Barca, A vida é Sonho, Editorial Estampa/ Seara Nova, 1973
Francis Ponge, Alguns poemas, Cotovia, 1996
SOBRE POESIA e LITERATURA
A Poesia de Carlos de Oliveira, Seara Nova/Comunicação, 1981; O Poema Impossível: O “Fausto” de Pessoa, Editorial Caminho, 1986; A Poesia de Alberto Caeiro, Comunicação, 1986; Poemas de Ricardo Reis, Comunicação, 1991 .
Finisterra. O Trabalho do Fim: recitar a Origem, Angelus Novus, 2009
Tatuagem & Palimpsesto. Da poesia em alguns poetas e poemas, Assírio & Alvim, 2010
Uma Razão Dialógica. Ensaios sobre literatura, a sua experiência do humano e a sua teoria. Edições Avante!, 2011.




Bom dia! Sabedoria popular...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Cavco Silva e os comboios!...



Em 1991/1992, a Linha do Tua sofria de negligência na sua manutenção e modernização, e a população era remetida para autocarros de substituição, com menores condições de segurança e conforto, autocarros esses que acabaram ao fim de 5 anos, deixando-os sem comboio nem autocarro. Deixando o tempo passar sem nenhuma decisão de vulto, a hipótese de reabertura foi brutalmente apagada na Noite do Roubo de 14 de Outubro de 1992, onde numa operação de 12 mil contos, a coberto da noite, de uma forte escolta policial, e de um apagão nas comunicações, a CP e o Governo de Cavaco Silva levaram os comboios de Bragança em camiões. Prometeu-se o desenvolvimento para o Nordeste através do IP4, o que nunca veio a acontecer.
Hoje em dia, qual é a diferença na gestão da Linha do Tua em relação às mentiras de 1991/1992?
Não deixemos tudo isto acontecer de novo. E não se esqueça: estamos em ano de eleições.




A 10 de Dezembro de 1520 - Martinho Lutero queima, em Wittenberg (Alemanha), a bula de excomunhão decretada contra ele pelo papa Leão X.






Professor é professor!...

Edith Piaf - Non, je ne regrette rien (1961)


Edith Piaf - Non, je ne regrette rien (1961).mp4 from sergsavas on Vimeo.

Arte é Arte!..


Amedeo Modigliani from sergsavas on Vimeo.

A obra de Arte!...

Lopetegui no seu melhor!...



A 10 de Dezembro de 1896 - Morreu Alfred Nobel

A 10 de Dezembro de 2000 - Morreu José Águas



José Pinto de Carvalho Santos Águas, mais conhecido por José Águas, nasceu em Luanda/Angola a 9 de Novembro de 1930 e morreu em Lisboa a 10 de Dezembro de 2000, foi um futebolista internacional português que conquistou em 1961 e em 1962 a Liga dos Campeões da UEFA, como Capitão de equipa, pelo Sport Lisboa e Benfica.
Filho de Raúl António Águas e Elisa da Conceição Pinto. Casou com Maria Helena de Jesus Lopes, nascida em Lisboa em 7 de Junho de 1930 e falecida em Lisboa no dia 18 de Junho de 2003. Do casamento nasceram Helena Maria de Jesus Águas, em 16 de Junho de 1956; Cristina Maria de Jesus Águas, em 22 de Novembro de 1957 e José Rui Lopes Águas, em 28 de Abril de 1960.
José Águas, com apenas 15 anos, fez-se dactilógrafo na Robert Hudson, uma empresa concessionário da Ford.
Tornou-se jogador de futebol da equipa da firma. Depois de ver os seu talento revelado, passou a representar o Lusitano do Lobito.Por influência paterna nasceu benfiquista. Um poster, já amarelo de gasto, devotadamente colocado no quarto, inspirava o jovem, numa altura em que até nem se (re)via no meio daquelas estrelas, sobretudo Rogério e Julinho, para ele as mais cintilantes.
Mais tarde em 1950 chegaram notícias, da então metrópole, da conquista da Taça Latina por parte do Sport Lisboa e Benfica.
José Águas nunca pensou na hipótese de alguma vez defrontar semelhante naipe de campeões. Enganou-se. Ainda o júbilo pela arrebatante vitória sobre o Bordéus animava as hostes do Benfica, já a equipa peregrinava por África. No Lobito, uma selecção local constituía um dos cartazes. Quando soube que havia sido seleccionado, José Águas sentiu um frémito e tardou a recompor-se. Custa até imaginar como ficou depois do jogo, que venceu por 3-1, com dois tentos da sua lavra, quando os dirigentes benfiquistas lhe pediram para passar no hotel, depois daquele feito, intrigante para Ted Smith, treinador inglês do Benfica.
O FC Porto, por telefone, convidou José Águas para ir passar férias na Invicta e… treinar-se na Constituição. “Amanhã respondo”, terá dito e desligado de seguida.
Só que o amanhã chamou-se mesmo Benfica e vezes sem conta olhou, sempre de soslaio, por timidez até na intimidade, a moldura que lhe dava vida ao quarto, onde só mais uma noite passou a sonhar.
Contrato rubricado e com os novos companheiros partiu à conquista de outras paragens africanas.
Chegou a Lisboa no dia 18 de Setembro de 1950, tendo-se estreado mais tarde na Tapadinha frente ao Atlético Clube de Portugal. Nunca tinha visto um campo relvado, botas de pitões também não. Com apenas um treino realizado, a estreia nada teve de auspicioso. Empate a duas bolas com o Atlético, sem que os créditos de goleador fossem exibidos. Mas antes que as criticas subissem de tom, na ronda imediata, com o Sporting de Braga, no Campo Grande, marcou quatro golos, terminando o jogo num invejável 8-2.
Pelo SL Benfica, José Águas viveu muitos anos em que a fábula e a realidade pareceram caminhar de mãos dadas.
Cansou-se de vencer, de marcar, de contagiar. Foi ele, a papoila mais saltitante do hino de Piçarra ou o melhor intérprete do jogo aéreo que o Benfica alguma vez teve, e Portugal também.
É o segundo melhor marcador da história do Benfica, depois de Eusébio. Só Eusébio, de resto, poderia relativizar José Águas. Mais ninguém.
Atravessou toda a década de 50 em sistemática laboração pelo golo. Fixou-se no topo dos marcadores em cinco ocasiões.
Levantou, triunfante, na qualidade de capitão, as duas Taças dos Campeões, sendo mesmo o goleador-mor da primeira competição, com 11 golos, e o melhor marcador do Benfica na segunda, com 7.
Nos Campeonatos Nacionais, apontou mais golos (290) do que os jogos que efectuou (282). Já não esteve presente na terceira final europeia, por opção do chileno Fernando Riera. “Algum tempo depois, pediu-me desculpas por não me ter colocado a jogar. Disse-lhe que até ficaria satisfeito com os golos de Torres. Era a verdade, era a voz do meu coração de benfiquista, mas Fernando Riera parece não ter ficado muito convencido”. Nem os adeptos com… Torres.
Pela selecção nacional, teve 25 internacionalizações entre 23 de Novembro de 1952 e 17 de Maio de 1962. Em 25 jogos, marcou 11 golos. Apreciável registo, em tempos marcados ainda por um certo complexo de inferioridade, que não poucas vezes encolhia, amarfanhava mesmo, os nossos melhores atletas. Em Portugal jogou 14 jogos em três estádios: Nacional (10), José Alvalade (2, em 1957 e 1962, o último) e Antas (2, em 1952 na sua estreia e 1955).
Nunca jogou com a camisola das quinas num Estádio do Benfica.
Ainda no apogeu, José Águas fez uma revelação surreal.
Confessou que vestia o traje de futebolista com “o mesmo espírito com que o operário veste o fato-macaco”, porque era assim que ganhava a vida, já que até “não gostava de jogar à bola”. E se gostasse? Dele, sempre
gostaram os benfiquistas, numa dívida imorredoura de gratidão.
À guisa de curiosidade, encontra-se colaboração da sua autoria na coluna futebolística da revista de banda desenhada Foguetão (1961), dirigida por Adolfo Simões Müller.

A 10 de Dezembro de 1967 - Morreu Otis Redding



Otis Redding nasceu em Dawson, Geórgia/EUA a 9 de setembro de 1941 e morreu em Madison,Wisconsin/EUA a 10 de dezembro de 1967, com 26 anos, num acidente de avião, foi um cantor de soul norte-americano conhecido pelo seu estilo passional e pelo sucesso póstumo "The Dock of the Bay".
Foi considerado, pela revista Rolling Stone, o 8° maior cantor e o 21° maior artista de todos os tempos.
Quando tinha cinco anos a sua família mudou-se para Macon, também na Geórgia, onde Otis começou a cantar no coral de uma igreja e na adolescência ganhou o show de talentos do "Douglass Theatre" em 15 semanas consecutivas.
A sua primeira influência musical foi Little Richard, que também tinha morado em Macon.
Ainda na adolescência resolveu sair da cidade, dizendo que se aquele não tinha sido o lugar para Little Richard, não seria o lugar para ele também.
Em 1960, Otis Redding começou uma tourné pelo sul dos Estados Unidos com Johnny Jenkins and the Pinetoppers. Além de cantar, Otis trabalhava como motorista de Jenkins. No mesmo ano, fez as suas primeiras gravações, "Fat Gal" e "Shout Bamalama", com o seu grupo chamado "Otis Redding and the Pinetoppers", lançado pelos selos musicais "Confederate" e "Orbit".
Em 1962, fez a sua primeira marca no mundo da música, durante uma sessão de Johnny Jenkins, quando o estúdio ficou vago, ele gravou "These Arms of Mine", uma balada de sua autoria. A música virou um pequeno hit pela "Volt Records", uma subsidiária do renomado selo sulista Stax Records que tinha sede em Memphis, Tennessee.
Redding compunha a maioria das suas músicas, prática não muito comum na época, às vezes em parceria com Steve Cropper (do grupo Booker T. & the MG's).
Em julho de 1967, ele apresentou-se no influente Festival Pop de Monterey.
Em 10 de dezembro desse ano, Otis morreu num desastre aéreo. Ele estava a viajar para Madison, em Wisconsin, com a sua banda de apoio, The Bar-Kays, quando o avião sofreu uma avaria e caiu, por volta das 15 horas, nas águas geladas do lago Monona. O único sobrevivente da tragédia foi Ben Cauley, de 20 anos de idade (o membro mais velho dos Bar-Keys).
O funeral de Redding aconteceu, dias depois, em Macon, na Georgia e teve a presença de outros astros do soul, como Solomon Burke, Percy Sledge e Sam Moore, da dupla Sam & Dave.
A canção de Otis "(Sittin' On) the Dock of the Bay" viria a tornar-se famosa um ano depois da morte do cantor.
Foi sepultado no Big O Ranch (Family Estate), Condado de Jones, Geórgia no Estados Unidos.

A 10 de Dezembro de 1948 - A ONU adoptou "Declaração Universal dos Direitos do Homem"

A 10 de dezembro de 1920 - Nasceu Clarice Lispector



A 10 de Dezembro de 1936 - Eduardo VIII de Inglaterra abdica



No dia 10 de Dezembro de 1936, o rei Eduardo VIII de Inglaterra decide abdicar do trono por amor a Wallis Simpson, uma plebeia americana divorciada duas vezes. O escândalo na corte foi enorme. Os costumes da família real tornavam difícil e até mesmo impossível a ascensão de uma divorciada ao estatuto de consorte e o governo aproveita o affair para livrar o trono de um monarca que não escondia simpatias pela Alemanha nazi.
Eduardo assinou o "Instrumento de Abdicação" em Fort Belvedere, na presença dos seus irmãos mais novos: príncipe Alberto, Duque de York, o príncipe Henrique, Duque de Gloucester e o príncipe Jorge, Duque de Kent. No dia seguinte, o seu último acto como rei foi dar o consentimento real à Lei da Declaração de Abdicação de Sua Majestade de 1936. Conforme exigido pelo Estatuto de Westminster, todos os Domínios consentiram com a abdicação.
Na noite de 11 de dezembro de 1936, Eduardo, agora novamente príncipe, fez um discurso à nação e ao império, explicando a sua decisão de abdicar. Após reinar menos de um ano, Eduardo VIII torna-se o primeiro monarca inglês a abdicar voluntariamente do trono. Preferiu abdicar após o governo britânico, a opinião pública e a Igreja Anglicana terem condenado a sua decisão de casar-se com Wallis. “Considerei impossível carregar tão grave responsabilidade e desempenhar os deveres de rei, como gostaria, sem a ajuda e o apoio da mulher que amo”, explica naquela noite, numa declaração pela rádio.
Eduardo, nascido em 1896, era o filho mais velho do rei Jorge V, que havia subido ao trono britânico em 1910. Ainda solteiro perto dos 40 anos, Eduardo costumava frequentar a alta sociedade londrina. Por volta de 1934, apaixona-se profundamente pela norte americana Wallis Simpson, então casada com Ernest Simpson, um empresário anglo-americano que vivia perto de Londres.
Wallis, nascida na Pensilvânia, já se havia divorciado de um piloto da marinha dos Estados Unidos. A família real desaprova a relação. No entanto, em 1936, o príncipe manifesta a intenção de se casar com ela. Porém, antes de discutir o assunto com o pai, Jorge V morre e Eduardo é aclamado rei.
O novo rei era popular entre os seus súbditos. A coroação é marcada para Maio de 1937. Devido a um acordo de cavalheiros entre a imprensa britânica e o governo, após o impacto que a notícia provoca, o caso é abafado e retirado das páginas dos jornais. Em 27 de Outubro de 1936, Simpson consegue uma certidão preliminar de divórcio, provavelmente com a intenção de se casar com o rei, o que precipita o maior dos escândalos. Winston Churchill, então um deputado do Partido Conservador, é o único político notável a apoiar Eduardo.
Apesar da frente aparentemente unida contra ele, Eduardo não é dissuadido. Propõe um casamento em que Wallis não receberia direitos de distinção ou propriedade. A 2 de Dezembro, o primeiro-ministro Stanley Baldwin rejeita a proposta como impraticável. No dia seguinte, o escândalo explode nas primeiras páginas dos jornais e é discutido abertamente no Parlamento. Sem qualquer solução à vista, o rei abdica. No dia seguinte, o Parlamento aprova o acto.
Como novo rei, Jorge VI concede ao irmão mais velho o título de Duque de Windsor. No dia 3 de Junho de 1937, Eduardo casa-se com Wallis no Castelo de Cande, no Vale do Loire, em França.
Nos dois anos seguintes, o casal visita vários países, entre eles a Alemanha, sendo homenageado por funcionários nazis e tendo um encontro particular com Hitler. Depois da eclosão da Segunda Guerra, o duque aceita um posto como elo de ligação com a França. Em Junho de 1940, a França é ocupada pelos nazis e o casal mud-se para Espanha. Durante esse período, os alemães arquitectam um plano para sequestrar Eduardo com a intenção de fazê-lo voltar ao trono da Inglaterra como um rei fantoche. Jorge VI, a exemplo do seu novo primeiro-ministro, Churchill, opõe-se a qualquer acordo de paz com a Alemanha. Sem saber do complot mas consciente das simpatias pró-nazis de Eduardo, Churchill oferece-lhe o governo das Bahamas. O duque e a duquesa embarcam em Lisboa no dia 1 de Agosto de 1940, escapando por pouco a um esquadrão nazi pronto para raptá-los.
Em 1945, o casal retorna a Paris. Eduardo faz poucas visitas à Inglaterra, como para assistir aos funerais do seu irmão, em 1952, e o da sua mãe, a rainha Maria, em 1953. Eduardo morre em Paris em 1972 e é enterrado no Castelo de Windsor. Em 1986, morre Wallis, e o seu corpo é enterrado ao lado do marido.

A 10 de Dezembro de 1815 - Nasceu Ada Lovelace

Bom dia! Para começar um belo fado com humor.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Pedras

A 09 de Dezembro de 2013 - Morre Eleanor Jean Parker



Eleanor Jean Parker, actriz norte-americana, nomeada três vezes para o Oscar de Melhor Actriz, morreu em Palm Springs no dia 9 de Dezembro de 2013. Nascera em Cedarville, em 26 de Junho de 1922.
Mulher muito bela, Eleanor ficou marcada pelas personagens determinadas que interpretou ao longo da sua carreira, tendo-se tornado, também, uma actriz de grande versatilidade, o que a fez ficar conhecida pela «mulher de mil faces», que foi mais tarde o título da sua biografia escrita por Doug McClelland.
Foi uma das actrizes mais populares nos seus anos áureos e mesmo depois, quando a sua carreira já entrava num certo declínio, em que integrou ainda o elenco de “The Sound of Music” (1965), um mega sucesso internacional estrelado por Julie Andrews e Christopher Plummer, em que Parkerinterpretou o papel da elegante Baronesa Elsa von Schraeder.
Começou a sua vida artística actuando no Pasadena Playhouse, um pequeno teatro de Pasadena. Recusou entretanto duas proposições de contratos da Fox e da Warner para não interromper os estudos.
Contratada finalmente pela Warner Bros, estreou-se aos 19 anos em “They Died with Their Boots On” (1941), um filme com Errol Flynn e Olivia de Havilland. Teve depois pequenos papéis no estúdio até ver reconhecida a sua capacidade de interpretação dramática e ser convidada para o remakede “Of Human Bondage” (1946), mas o filme foi um fracasso e ela voltou a papéis menores.
Foi com “Caged” (1950), no papel de uma presidiária, que Eleanor Parker ingressou definitivamente no mundo das grandes estrelas de Hollywood, sendo nomeada para o Oscar de Melhor Actriz e recebendo a Coppa Volpino Festival de Veneza. Seguiram-se mais duas indicações para os Oscars, com “Detective Story” (1951), com Kirk Douglas, e “Interrupted Melody” (1955).
Na segunda metade dos anos 1950, Parker era uma actriz consagrada. Na década de 1960, porém, a sua carreira cinematográfica começou a ser irregular. Apesar de continuar a representar até 1991, especialmente filmes e séries para televisão, o seu único grande sucesso no cinema foi a película já referida, “The Sound of Music”, um grandioso musical da Fox (1965).
Protagonizou ao todo 45 películas (1941/1979) e 15 trabalhos para televisão (1960/1991).
Tendo sido criada segundo as regras do protestantismo, Eleanor converteu-se ao judaísmo já na vida adulta. Foi casada quatro vezes, tendo tido quatro filhos. Viúva desde 2001, viveu retirada em Palm Springs, falecendo aos 91 anos de idade, vítima de complicações derivadas de uma pneumonia. Tem uma estrela na Calçada da Fama no Hollywood Boulevard.

A 09 de Dezembro de 1854 - Morre o escritor e político português Almeida Garrett

A 09 de Dezembro de 1706 - Morre D. Pedro II

E eu a pensar que o "ar" estava cada vez melhor!...


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Silêncio que se vai cantar o FADO!...

A 08 de Dezembro de 1911 - Foi fundado o Sport Comércio e Salgueiros (Salgueiral)



O Sport Comércio e Salgueiros, fundado em 8 de dezembro de 1911, é um clube multi-desportivo com sede na freguesia de Paranhos, no Porto.
No tempo do fascismo, quando o futebol ainda era praticado nas ruas pela miudagem de pé descalço, com bolas de trapos envolvidos por uma meia velha, Portugal estava ainda longe de conhecer a o que viria a ser hoje uma modalidade desportiva tão popular como o futebol.
Decorria o ano de 1911 e um grupo de amigos, o Joaninha (João da Silva Almeida), o Aníbal Jacinto e o Antenor, depois de assistirem a um Porto-Benfica no Campo da Rainha, reuniram-se e resolveram fundar um clube de futebol.
Embora parecendo um impulso de euforia após um jogo de futebol Porto-Benfica, de facto, junto do candeeiro 1047, entre as ruas da Constituição e Particular de Salgueiros, nasce o sonho de um grupo de rapazes, e que começou a ganhar forma e daí veio a nascer o Sport Grupo e Salgueiros, esse mítico e popular clube do Porto.
Embora já houvesse nome, era necessário dar forma à equipa de futebol!
Com muita carolice, todas as noites após o trabalho e o jantar, os "rapazes" reuniam-se debaixo do candeeiro 1047 para debater e acertar ideias e começar a construir o clube.
O clube oficializa-se com os primeiros jogos, mas era necessário arranjar dinheiro para comprar camisolas e umas botas para os jogadores.
Estava-se próximo do Natal de 1911 e os "rapazes" lembraram-se de organizar um grupo de Boas Festas e foram cantar as janeiras aos vizinhos de porta em porta, pedindo apoio!
Angariaram a modesta quantia de 2.800 Reis, o que lhes permitiu comprar a primeira bola de futebol.
Bola já havia, mas faltavam as camisolas. Ficou decidido que estas seriam vermelhas.
Seria então de vermelho, vermelho cor de sangue e paixão que seriam as camisolas do Sport Grupo e Salgueiros até aos dias de hoje!
O primeiro terreno seria na Arca D´Água, onde o clube teve como primeiros adversários o Sport Progresso, o Carvalhido Football Clube entre outros.
A partir daí o Sport Grupo e Salgueiros começou a sua longa caminhada no futebol nacional.
Na época de 1916/17 o clube ostentava a designação de Sport Porto e Salgueiros, esta mudança de nome deve-se a uma questão de orgulho.
Em 1920 após uma profunda crise do Sport Porto e Salgueiros, o Clube decidiu fundir-se com o Sport Comércio, outro clube da cidade, e surgiu então o Sport Comércio e Salgueiros como hoje conhecemos.
O Sport Comércio e Salgueiros é uma agremiação de utilidade pública que conta com as seguintes honras: Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique (28 de Janeiro de 1987), Medalha de Mérito Desportivo e Medalha de Ouro da Cidade do Porto.
A letra do Hino do Salgueiros é da autoria de José Guimarães.
Um século depois, o Salgueiros regista 24 presenças no principal campeonato de futebol e é o 13º clube nesse ranking. 750 jogos, 197 vitórias, 183 empates e 360 derrotas. Na Taça de Portugal foi quatro vezes aos quartos-de-final (1951/52, 1957/58, 1964/65 e 2001/02).
Mas tudo isto veio a conduzir a uma situação catastrófica em vários pontos de vista e fundamentralmente ao nível financeiro, que levou a que em 2004 o futebol profissional fosse “encerrado”.
Na verdade, por muito pouco não destruiu o clube portuense. O tempo e algumas gestões ruinosas. Mas o tempo, também ele, curou as feridas mais profundas e deu uma nova oportunidade à instituição. Essa oportunidade chama-se Salgueiros 08 e é a estrutura criada para competir no futebol sénior, na impossibilidade do SC Salgueiros se inscrever
Presentemente, o futebol profissional do clube não está activo.
O Salgueiros conta apenas com escalões de formação com:
2 equipas de juniores, uma disputará o Campeonato Nacional 2009/10, outra a 1ª Distrital
2 equipas de juvenis, uma disputará o Campeonato Nacional 2009/10, outra a 1ª Distrital
2 equipas de iniciados, uma a disputar o Campeonato Nacional 2009/10, outra a 2ª Distrital
3 equipas de infantis, a disputar o Campeonato Distrital (uma delas no F7)
3 equipas de escolas, a disputar o Campeonato Distrital (F7)
O Clube ainda possuí escolas abertas.
Depois do abandono do futebol senior em 2004, a equipa senior do Salgueiros regressou à competição em 2008/2009, com a participação na 2ª Divisão da AF Porto, o escalão mais baixo das competições distritais no Porto, terminando a sua séria no 1º lugar e tornando-se campeão, subindo assim à 1ª Divisão da AF Porto.
A equipa tem o nome provisório de Sport Clube Salgueiros 08, devido à impossibilidade de registar jogadores sob o seu antigo nome, em virtude das dívidas do clube.
O antigo capitão Pedro Reis é o actual treinador, contando igualmente com quatro antigos jogadores profissionais, Fernando Almeida, Heitor, Cau e Renato.
Na época de 2008/2009 assiste-se também ao regresso do futebol feminino com uma equipa sénior. Esta equipa disputou o campeonato distrital da AF Porto.
Em 2006 o Salgueiros sagrou-se campeão nacional de polo aquático pela 12ª vez consecutiva.
Apesar de em 2007 não ter conseguido revalidar o título, terminando no 2º lugar, o Salgueiros voltou a sagrar-se campeão em 2008.
No andebol, o Salgueiros conta neste momento com os escalões de formação, masculino e feminino, sendo que o maior realce verificado será a existência do escalão sénior feminino para a época 2008/2009, pela primeira vez na sua longa história de existência, sinal considerado por muitos como o grande feito e sinal do recuperar da alma salgueirista, juntamente com a nova equipa de futebol sénior criada com o novo nome de Sport Clube e Salgueiros 2008.

O SALGUEIRAL continua POPULAR como sempre!